Os Legados De Lorien - A Origem escrita por Cherles Belem


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Fim das lutas! Espero que gostem e comentem bastante! o/



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Os monstros de pedra de Sete investiram em nossa direção e nós contra eles. Cada um se deteve com um monstro, exceto Pittácus que foi até onde Quatro estava para curá-la. A sala parecia um verdadeiro campo de batalha. Um deu uma descarga elétrica em um dos leões segurando-o pela boca que fez seu corpo de rocha explodir. Dois com uma espada de osso retalhava um enorme urso. O garoto de Kupin com seu corpo de metal lutava contra um gorila. Seis atravessara o corpo de uma serpente e agora a destruía por dentro com uma lança de energia sólida. Mas quanto mais nós destruíamos mais surgiam.

Depois de destruir um leão aos socos fui me juntar a Cinco, Oito e Pittácus que estavam junto com Quatro.

- Oito por que você não faz com ele aquilo que fez comigo nele? Seja lá o que foi. Deixa ele louco, funcionou comigo, talvez o faça parar também. – Sugeriu Cinco.

- Eu não havia te deixado louca, só estava manipulando suas emoções. E já tentei usar esse legado nele, mas não está funcionando, ele é muito forte, está resistindo. Você podia tentar entrar nele para pará-lo. – Falou Oito. Então era esse o legado dela, controle emocional.

- Pode dar certo, mas eu precisaria chegar perto dele pra isso. Posso tentar, mas vou precisar de cobertura contra essas coisas de pedra. Mas e depois? Uma hora eu vou ter que sair de dentro dele.

- Nós podemos prendê-lo até ele voltar ao normal. – Sugeriu Oito. – Ou Nove poderia usar aquele legado dele de indução de dor.

- Também já tentei – Tive de admitir. – mas também não deu certo.

- Escutem! – Era Mika, Cêpan de Sete quem gritava de onde estava para se fazer ouvir. – Se fosse vocês discutiria os planos um pouco mais baixo, um dos legados de Lóridas é super sentidos, seu olfato, visão, audição, são todos muito acima do comum.

- E agora que ele fala. – Reclamou Quatro já recuperada.

- Você está bem? – Quis saber Oito.

- Sim, não estou mais ferida, mas não sei se ainda consigo usar algum legado, estou esgotada.

- E como vamos criar um plano em equipe sem falarmos? – O garoto de Kupin se justara a nós, assim como os outros. Do outro lado da sala um exército de monstros de pedra nos observava enquanto Sete ria por trás deles se divertindo com aquilo tudo.

“Que tal assim?” – Era a voz de Pittácus, mas ele não abrira a boca.

- Como você fez isso? – Oito perguntou.

“Shhhh. Não falem, apenas pensem. Eu posso me comunicar por telepatia, conectei nossas mentes para que possamos conversar sem sermos ouvidos.”

“Perfeito!” – Pensou Três. Então será que o que fazia minha mente e a do meu irmão serem conectadas era apenas um legado que ele desenvolveu? Seria útil eu saber isso depois.

“Mas e então, qual o plano?” – Perguntou Seis.

“Nossa melhor opção seria a Oito fazê-lo se acalmar para voltar ao normal.” – Sugeriu Pittácus.

“Mas ele está me resistindo.” – Falou Oito.

“Talvez eu possa ajudar. Além da possessão eu também posso ampliar os legados de outros e absorver a energia das pessoas. Eu posso eu posso aumentar seu controle emocional e drenar a energia dele, mas para isso preciso chegar perto dele.” – Falou Cinco.

“Então Cinco e Oito, vocês tentam chegar perto dele para enfraquecê-lo e acalmá-lo enquanto os outros lhes dão cobertura.” – Disse Pittácus.

“Então vamos nessa!” – Falou o garoto de kupin animado.

“Cinco, você pode me dar uma mãozinha?” – Perguntou Quatro.

“Claro.”

                Cinco se posicionou atrás de Quatro pondo as mãos em suas costas. Não dava para ver o que acontecia, mas Quatro arregalou os olhos arquejando um pouco para frente quando Cinco a energizou.

“Incrível!”

                Quatro saltou à frente já em processo de transformação, mas dessa vez não apenas cresceram pelos, mas todo o seu corpo mudou. Ela se transformara numa enorme loba com olhos humanos. Todos se posicionaram e partiram para a investida.

                Cinco e Oito corriam ao centro do grupo. Eu e Seis íamos pela esquerda, eu lutando com os punhos usando minha força e Seis atravessando-os e usando uma armadura e lança de energia. Pela direita iam Três, também lutando com as mãos e lançando rajadas de fogo e Dois com duas espadas de osso. Na frente iam Pittácus com um chicote de cipó espinhoso envolto de uma energia igual à de Seis e uma cobertura óssea que saiam de sua pele protegendo os braços e pernas; Um lançando rajadas de energia elétrica; Quatro mudando de forma, alternando entre loba, gorila, leoa, serpente, entre outros animais e umas cinco cópias do Três. Mas eram muitos monstros de pedra e Sete continuava criando mais.

                Rochas voavam para todos os lados enquanto mais e mais monstros eram destruídos. Um leão conseguiu se desvencilhar dos outros e chegar perto de Cinco e Oito, mas Oito elevou a placa de metal acima da qual ele estava até o teto usando seu controle eletromagnético, esmagando-o. Mas uma horda de animais, cães, lobos, tigres, leões, vinham correndo.

“É agora!” – Oito pensou. Ela agarrou Cinco e voou com ela por cima dos animais para frente e saltando bem atrás de Sete.

- Oi garoto. – Falou Cinco.

- Vocês não... – Sete que havia se virado para elas tentou protestar, mas Cinco já agarrara seu rosto com ambas as mãos e começara a drenar sua energia. O resultado era nítido, os monstros de pedra se mover mais devagar, seus olhos brilhavam menos e foram escurecendo até se apagarem e pararem totalmente, como simples estátuas.  

                Sete arquejou, os braços pendendo ao lado do corpo.

- Minha vez. – Disse Oito. Ela colocou a mão na testa de Sete e fechou os olhos se concentrando. Ela parecia estar fazendo muito esforço. Mas deu certo, Sete começava a encolher, estava voltando a ser o garotinho de antes.

Cinco e Oito o soltaram e ele caiu inconsciente no chão. Pittácus foi até ele pegando-o nos braços e erguendo-o do chão de maneira tenra e cuidadosa, como que pegando um irmão mais novo que pegara no sono.

- Quem diria que um garotinho desses pudesse dar tanto problema. – Falou o garoto de Kupin se aproximando junto com os outros.

- Muito bom. – Era Tezen, o Ancião de Seakon quem falava, vindo em nossa direção de maneira imponente junto com os demais Anciãos e os Cêpans. – Vocês foram realmente incríveis. Muito melhor do que esperávamos até.

- Espera ai, como assim melhor do que vocês esperavam? Vocês tinham planejado isso? – Perguntou Seis com um tom de ameaça e indignação na voz.

- Não totalmente. Mas sabíamos que era muito provável que Sete perdesse o controle, por isso o deixamos por último, era para ser um teste. – Explicou Drinian de Povan.

- Um teste? – Perguntou Três.

- Lóridas geralmente usa um cordão com um pedaço especial de Loralite. – Começou a explicar Venel de Orlin. – Nós o tiramos hoje para...

- Vocês o usaram –Pittácus o interrompeu com um tom de indignação.

- Anciãos às vezes precisam tomar decisões difíceis. – Disse Myraz de Barasen de forma serena.

- Se é isso o que vocês chamam de liderar um planeta de forma justa, estou pensando seriamente se quero mesmo ser Ancião. – Pittácus disparou de forma rude.

- Pittácus, cuidado. – Nosso pai o repreendeu. Era a primeira vez que o via fazendo isso.

- Os fins não deveriam justificar os meios. Se me dão licença, vou levar Lóridas para o quarto.

- Deixa que eu te guio. – Ofereceu-se Quatro.

- Você sabe o caminho?

- Não, mas posso encontrar. Eu tenho visão de raio-x.

Três juntou rápido as mãos à frente do corpo abaixo da cintura, como se aquilo pudesse impedir Quatro de ver alguma coisa caso quisesse, o que tinha certeza que não era o caso.

- Eu vou com vocês. – Falou Oito.

Pittácus foi se retirando da sala com Sete nos braços, seguido por Dois, Três, Quatro e  Oito.

- Descansem bem. Seus treinos iniciam-se amanhã. – Disse Bonaz, o Ancião de Calin.

- Vamos, nós mostramos onde ficam seus quartos.

Quem falou foi uma mulher bonita, alta, de corpo atlético, pele bronzeada, cabelo negros escorridos que iam até os ombros. Ela e outro cara branco, alto, de cabelos loiros e lisos abaixo dos ombros, preso em rabo-de-cavalo, com olhos castanho-claros, foram os únicos que não haviam se pronunciado em momento algum durante as partidas. Provavelmente eram os Cêpans meu e de Pittácus.

Com isso todos nos retiramos para nossos quartos, deixando para trás uma sala aos escombros e com novas estátuas de decoração. 


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