All For You escrita por Komorebi


Capítulo 34
It's film


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas =)
Vocês podem não gostar do capítulo, ele é meio agressivo e... sei lá.
Só para avisar, só há mais um capítulo para acabar.
Boa leitura XD



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Rachel finamente juntou coragem suficiente para encarar todos os alunos do McKinley de cabeça erguida. Até agora só dois dias de aula se passaram, Rachel não era de faltar, mas sabia o que a esperava na escola – copos gigantescos de slushie, palavrões e sessões de humilhação pública – e no final das contas não precisaria de muita força. O que? Uma semana e logo estaria fora daquele lugar de encontro ao seu destino brilhante na Broadway.

Botou o primeiro pé nos corredores do McKinley, rezando para que alguém do coral aparecesse – de preferência um dos garotos gigantescos – e quem sabe dividir uma raspadinha?

Ela não podia estar mais certa sobre o slushie.

Ele congelou seu rosto por uma fração de segundos. Mas era seu favorito.

O garoto que lançou o líquido contra ela se foi com a mesma velocidade que apareceu. Do nada! E ela era a única coisa parada no meio de um corredor, rodeada por alunos rindo dela. Como no primeiro ano, só que pior.

Quando alguns cochichos se alastraram e as risadas cessaram, Rachel viu uma barreira de uniformes vermelhos e estremeceu ao reconhecer a cabeleira loira e curta da garota que tanto ama. “Ama? Caralho, Rachel, isso não poderia ser pior!” – Ela balançou a cabeça para dispersar os pensamentos dolorosos. “Ela tentou tirar uma com a sua cara. FOCO!” – Rachel brigava tanto consigo nos últimos dias.

As líderes formaram uma espécie de fila indiana e atravessaram o corredor, como cabeça do grupo Santana estava com as mãos na cintura – “Elas realmente mandam nesse lugar...” –, atrás Brittany sorridente deu um tchau para Rachel e atrás da loira estava Quinn com um meio sorriso.

“Cara de mau!” Rachel fechou o semblante completamente para o sorriso da garota. E recebeu um olhar triste de volta.

Ouch!

Uma garota no final da fila ficou para trás ao lado de Rachel esperando um dos alunos passar para ela o copo de slushie. A morena fechou os olhos se preparando para aquilo.

– Isso é por transformar nossa líder em uma lésbica!

“Acalme-se, esse pesadelo logo acabará”. – Rachel repetia isso a cada passo para o banheiro.

(...)

– O que você quer? – Blaine esfregou a nuca.

– Que admita! – O garoto empurrou Blaine outra vez contra o muro.

– Fique esperando, otário! – Blaine cuspiu, literalmente.

Sebastian soltou Blaine para limpar a bochecha e os olhos com certo nojo. As aulas para os Warblers haviam terminado na semana anterior, agora ele tinha muito tempo para tratar de reparar as merdas que Blaine fizera. Uma delas era forçar o garoto a explicar sobre o painel no McKinley.

Ele socou o estômago de Blaine contra o muro mais algumas vezes, segurou o garoto pela gola do blazer perfeitamente passado. O rapaz era tão convencido e cheio de si. O sorriso arrogante não desgrudou um segundo do rosto de Blaine.

– Você não vai mesmo? – Sebastian bateu a cabeça de Blaine com mais força que na vez anterior.

Ele assentiu.

– Espero que goste das consequências – Sebastian soltou Blaine de uma vez, deixando o garoto sentado no chão.

Depois de Sebastian entrar no carro alisando sua roupa para ficar perfeitamente alinhada ao corpo, Blaine finalmente se permitiu tirar o sorriso idiota. Ele lambeu o interior dos lábios para engolir o pouco sangue que saia. Tentativa falha já que em seguida uma grande quantidade foi cuspida em suas mãos.

– Maldito – Blaine balançou a cabeça, praguejando contra Sebastian. – O que é seu está guardado Smythe.

(...)

Eles observavam a carta em cima do banco do Glee Club, muito apreensivos. Três cartas que definitivamente mudaria a vida deles. Duas de NYADA que Kurt prometeu guardar assim que chegou dois meses atrás e só abriria depois do ano letivo acabar caso Rachel não recebesse – e ela cogitou essa possibilidade –, mas agora que eles venceram as nacionais e a maldita avaliadora deu à ela uma segunda chance, Rachel tinha a sua carta. E a última é de Mercedes, sua carta não era exatamente de uma universidade e sim de uma gravadora que recebeu um vídeo de Sam com a diva cantando ao lado de Santana e se interessaram bastante na apresentação dela nas nacionais.

Contaram até três e pegaram as cartas em mãos colocando contra o peito. Os corações batiam forte, um a um foram abrindo as cartas para ler o conteúdo delas, eles não falaram nada ao abrir. Os olhos de cada um encheram-se de lágrimas.

– Mercedes? – Kurt choramingou.

A diva engoliu o choro e sorri fraco, tentando controlar as emoções – outra parte do acordo, no caso de um deles ter falhado, os outros deveriam controlar os ânimos.

– Eu... – ela tremia visível – fui... – ela limpou uma lágrima que escorria pelos olhos – contratada...

Rachel bateu palmas, acompanhada de Kurt, juntos fizeram uivas de felicidade pela garota e ela sorriu feliz, colocando a mão no peito e abraçando-os ao mesmo tempo. Ela realmente não sabia como agir naquele instante.

– Kurt... – Rachel sussurrou.

Ele suspirou, derramando algumas lágrimas que lutava para segurar nos olhos.

– Eu fui... – Rachel sorria para ele, isso o tirava completamente o ânimo – rejeitado.

Kurt suspirou enxugando uma lágrima e expulsando qualquer abraço de consolo.

– Agora fale Rach – ele choramingou.

– Eu fui aceita – ela também deixou cair lágrimas que segurava, mas estar eram de felicidade.

Kurt comemorou pela amiga, de verdade, ele estava feliz por Rachel, eles não eram mais inimigos e de qualquer forma ele tinha outras oportunidades para aperfeiçoar a técnica e realmente entrar em NYADA, viver junto com Rachel Berry e ser a superestrela da Broadway em poucos anos.

– Hey! – Rachel afastou o rosto de Kurt de seu ombro, agora que ele permitia um abraço de consolo – não pense que vadiará por Lima! Você vai entrar no avião comigo e nós vamos morar juntos em New York. E isso acontecerá nem que eu tenha que amarrar as suas mãos e pés, te jogar no porta-malas do carro do papai e te sequestrar da sua própria família.

Ele suspirou inspirado pelo discurso.

– Não brinque comigo Rachel Berry, eu adoro drama.

Os três na sala sorriram e se abraçaram outra vez.

(...)

Quinn choramingava em um canto do banheiro da escola, o lugar privado das Cheerios, como fazia em todos os dias dessa semana cada vez que Rachel passava por ela e ignorava seu sorriso branco e feliz. Por que a garota a tratava assim? Ela não notava a falta de caso de Quinn para com toda a situação?

Talvez porque não fosse bem assim. Desde o primeiro dia em que colocou os pés na escola, Rachel foi atacada de toda e qualquer forma pelos alunos, os nerds, os jogadores e em raras ocasiões pelas líderes de torcida. Palavras, slushies, tudo! E doía em seu pequenino coração Quinn não a proteger – era tudo o que ela pedia: fechar os olhos diante do copo e não sentir o suco de fato em seu rosto, então ao abrir os olhos e ver Quinn fumegante de raiva, cuspindo fogo contra o idiota que quis se por no caminho da sua garota. Mas não acontecia. Ela fechava os olhos e sentia o rosto congelar, vez após vez.

Já Quinn tinha aquele uniforme das Cheerios, uma espécie de armadura divina com proteção bônus de algum jogo que Puck provavelmente era viciado em jogar. E Santana que, inclusive, Puck chamava de: barreira protetora dos lagos de flamas do submundo.

Quinn secou as lágrimas ao ouvir alguém entrar no banheiro, uma pequena batida na porta, meio assustada. Ela saiu do seu lugar ao escutar o suspiro da pessoa, ela reconheceria aquele suspiro em qualquer lugar. Sim, o suspiro.

– Rach? – Ela sorriu.

Rachel olhou para ela com deleite, ela podia jurar que não havia uma gota de raiva naquele olhar. Tão diferente da garota que via pelos corredores.

– Quinn – ela falou com voz rouca.

Quinn cambaleou até Rachel, passando seus braços em volta da cintura da morena, ela sorriu uma última vez antes de se aproximar da garota.

– Ficou louca? – Santana afastou Quinn.

A loira olhou confusa para a amiga, em seguida chacoalhou a cabeça, limpando os pensamentos...

– Eu... – Quinn abriu e fechou a boca algumas vezes – acho que estou pensando demais nela.

Santana franziu o cenho.

– Dane-se – ela bufou. – Schue está nos chamando na sala com aquela cara típica de enterro. Vamos!

Elas caminharam pelos corredores, Quinn arrastada pelo braço esquerdo até a porta do coral onde todos esperavam apreensivos pela entrada das duas antes do professor dar a notícia que levou àquela última reunião do clube do coral.

Rachel mordeu o lábio quando Quinn sorriu para ela. Todos se voltaram para Will, ele abaixou a cabeça e respirou fundo.

– Hoje... Figgins recebeu uma ligação – ele ergueu a cabeça – e eu sinto muito pessoal, mas – ele murmurava.

– Sebastian está morto. Pronto, falei! – Puck levantou para cortar a cena patética e o drama desnecessário do professor.

Quinn fechou os punhos o mais forte que pode, esquecendo-se de suas unhas agora grandes que cortavam as palmas de suas mãos. Ela observou o corpo de Blaine ser arrastado para fora da sala antes de qualquer um poder tomar providência contra Santana e seus palavrões em espanhol para o garoto. Quinn não se contentou e foi o terceiro corpo a sair da sala, porém ela se pronunciou na frente da porta para impedir a saída de qualquer um, diferente das expectativas ela conseguiu lutar contra o corpo de garotos três vezes maiores que ela. Como Puck, Sam e o próprio Will Schuester.

Ela não sabia por que Santana batia no garoto, mas se a latina não o fizesse, seria Quinn batendo a cabeça de Blaine exatamente igual a ela contra o chão.

– Você causou isso! – Ela sibilava conforme sacodia o garoto.

Santana arrastou Blaine pelos pés até a porta de saída, onde ele conseguiu se impor e sair do alcance da latina irada com o moleque.

Eles corriam pela rua desviando dos carros habilidosamente até que um deles abrisse a mão pelo cansaço. Todos observavam a cena da calçada. Uns riam, outros fingiam espanto e Will gritava sobre os perigos de correr pela rua.

Quase atropelado, Blaine rolou pela grama com Santana sobre ele.

– Eu não tenho culpa se ele se envolveu com aquele pessoal... – Blaine deu de ombros.

– Se meteu? – Santana teve a voz esganiçada.

– Você o enfiou de volta naquele lugar! – Brittany se pronunciou, soltando Santana no meio de sua tentativa de salvar a pele do garoto. – Ele estava muito bem aqui namorando Kurt e me ensinando coisas que os professores não têm paciência e tempo de me explicar.

Blaine riu com escárnio.

– Esse é o problema... Kurt. – Blaine chutou a terra algumas vezes até sair de baixo da latina. – Primeiro de tudo, ele não deveria ter se metido com o Kurt. Segundo, eu o empurrei de volta para lá, mas de volta! Ele já esteve uma vez porque quis!

Todos observavam a conversa da qual aparentemente só eles sabiam sobre o que se tratava, só eles se entendiam e isso parecia funcionar na discussão.

– Você é um maldito mesmo! – Brittany empurrou Blaine de leve. Seu lema era: não violência. Logo ela não poderia usar violência.

– Maldito? – Blaine riu irônico. – Ele é um vendedor hipócrita de drogas e eu sou maldito? Ele destruiu vidas Britt-Britt.

– E Blaine Anderson está fazendo muito diferente, não é? – Santana cruzou os braços sobre o peito. – Vamos contar até agora: eu, Britt, Rach, Q, Seb, Kurt, Tina, Puck, Artie, Sam... Uau! Destruiu a vida dos seus próprios amigos!

Ele olhou para todos.

Quinn assistia chocada à cena. Era demais para só uma garota suportar tanta informação de uma vez só.

E sem perceber, Quinn e Rachel estavam lado a lado – durante a distração – de mãos dadas, apertando uma à outra. Um envio sútil de força para a outra amada. Rachel se mataria se visse que segurava a mão de Quinn, mas a loira sorriu ao perceber tal. Ela beijou o rosto da morena que foi puxada de lá por Kurt. O garoto das lágrimas nos olhos, correndo com o amor de sua vida pelas ruas do bairro do William McKinley High School.

“Caramba, ela ainda usa o colar” – Lucy comemorou dentro de Quinn.

“Você é tão gay...” – Quinn mordeu o lábio para evitar rir.

Nenhuma resposta de Lucy.

“É, eu sou mesmo” – Finalmente sua outra eu admitiu que ela quem tem o coração acelerado ao ver Rachel.

As duas, na verdade.

(...)

O enterro de Sebastian aconteceu no final de semana antes da última semana de aula do McKinley. Todos os amigos do garoto estavam lá. Kurt chorou junto com Rachel mais próximos ao caixão, Santana consolou Brittany por minutos e minutos do começo ao fim da cerimônia e um pouco mais. Quinn ficou acanhada em um canto lendo e relendo um pedaço de papel que encontrara sobre sua escrivaninha junto a uma máquina fotográfica velha conhecida.

“Desculpe não ter encontrado o cartão de memória – Sebastian” – o cartão dizia.

“É filme...” – ela riu consigo.


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Notas finais do capítulo

Erros? Perdão.
Deixe seu review, seu favorito, sua recomendação.
...
Já que Brody não quis ser traficante na série Seb foi fazer isso na fic u.u e isso é coisa do passado dele, então não vou aprofundar, as razões dele ter entrado nesse mundo fica da mente meticulosa de vocês, mas eu sei o por quê, então quem quiser arriscar palpite.
Mas sobre a morte dele vocês verão no próximo cap (detalhes).
Assim, só dois recados: eu adoro vocês, e na próxima fic eu serei mais imparcial em relação às notas finais. Quem quiser falar comigo, mande mensagem para falar pelo Skype.
E... vocês já podem ler minha fic nova, né? Para quem não sabe qual é: http://fanfiction.com.br/historia/353233/Mediator/



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