All For You escrita por Komorebi


Capítulo 1
Trick or Treat (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa é minha primeira fic.
É Faberry, meu segundo ship preferido =)
Eu não sei se escrevo bem, mas sei a diferença entre "mas" e "mais".
Esse capítulo se passa depois do Halloween.



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                Quinn analisava cada centímetro das enormes portas da sala de espera do hospital, ou melhor, o principal hospital de Lima. Afinal de contas o pai de Santana trabalhava lá e seria tudo melhor tendo alguém que cuidasse de tudo.

                O Dr. Lopez voou direto para a recepção arrumar a papelada e falar com uma enfermeira, para instruí-la perfeitamente de como seria cuidar da nova paciente. Santana desvencilhou-se do pai durante o trajeto ao ver a loira agora com os olhos opacos encarando o nada.

                A latina se sentou ao lado da amiga e suspirou com raiva, aquilo para a loira foi um pequeno pedido de desculpas mesclado com dor e angústia. Lentamente foi apoiando a cabeça no ombro da amiga e fechou seus olhos, o corpo quente da latina conseguia, mesmo que minimamente, aliviar a tensão.

                - Eu ainda não entendi como isso aconteceu. – Dr. Lopez entrou como um furacão pela porta da sala de espera, assim, assustando as meninas.

                - Foi um acidente, papai. – A latina mais nova murmurou. – É complicado explicar, você pode apenas me contar como ela está?

                - Tudo bem. – O mais velho decidiu respeitar o silêncio da filha, ela falaria quando se sentisse pronta ou Brittany contaria quando acordasse. – Ela está bem, fora de perigo. Trouxeram-na a tempo, evitando complicações. – Ele examinou o corredor que dava para os quartos e foi caminhando em direção ao corredor. – Eu tenho algumas coisas para resolver agora, se me dão licença...

                As duas meninas assentiram e o homem continuou seu caminho, agora a passos firmes, rápidos e largos.

                Santana, que havia se levantado numa frustrada tentativa de encarar o médico nos olhos, sentou-se novamente e suspirou mais uma vez, porém, agora, Quinn queria distância de Santana, seu suspiro carregava alívio e não era exatamente que ela deveria se sentir, ou como a loira queria que ela se sentisse.

                Alguns minutos de um silêncio extremamente desconfortável se instalaram e Santana mordia constantemente o meio dos lábios como tentativa de não gritar com Quinn. Ela estava nervosa – mais que o comum – e poderia dizer coisas que não deveria, não queria e não fariam nexo.

                - Sinceramente? – Quinn quebrou o silêncio, para alivio da latina. – Deveríamos ir à delegacia. Não estou brincando Santana. – A loira encarou a morena nos olhos.

                - Eu também acho. – Santana assentiu sem razão aparente e levantou-se. Ela estendeu a mão para Quinn e puxou a loira para fazerem o trajeto até o carro da menor.

~Flashback On~

                O McKinley estava totalmente receptivo àquela data, o Halloween realmente é uma das coisas mais esperadas pelas pessoas. Na opinião de muitos, tudo fica mais bonito nessa época – o velho clichê do Natal – e todos ficam alegres e sorridentes, e apesar de todas as vibrações “dark” que envolvem essa época do ano, tudo transpirava alegria.

                Os jogadores de futebol faziam seus planos de aterrorizar a vida de todos, enquanto as Cheerios faziam seus planos de aterrorizar a vida de alguns. O resto da escola apenas temia o que aconteceria no dia.

                Uma frente de batalha composta por jogadores de futebol com vários slushie foi montada, atrás alguns seguravam ovos e rolos de papel higiênico.

                - Gostosuras ou travessuras? – Azimo perguntou para David seu comparsa. Todos os presentes no corredor viraram a atenção para os jogadores, os olhares assustados de alguns era um alimento a mais para eles.

                - Travessuras! – David gritou e um primeiro ovo foi arremessado no meio do corredor, iniciando uma onda de corre-corre e lançamento de ovos podres e papel higiênico.

                Quinn olhou toda aquela cena e sorriu desanimada. Era legal ver aquele pessoal todo correndo de medo, mas ainda sim o dia dela estava sendo uma droga, então ela não pensou duas vezes antes de xingar para que todos saíssem de sua frente.

                Um mar de pessoas foi aberto ao primeiro grito da loira e todos ficaram apreensivos a cada passo da mesma. Alguns – poucos e espertos – aproveitaram esse tempo, e a proximidade que tinham de algum corredor livre, para fugir dos jogadores.

                A loira continuou seu caminho até chegar ao Glee Club. Todos a olharam inquisitivos, eles esperavam o momento que todas as Cheerios sairiam de trás de Quinn e atacariam todos, afinal: é Halloween!

                Porém tudo o que saiu de trás de Quinn foi Santana e Brittany, com sorrisos fracos no rosto. As três pediram licença para o professor do coral licença para um pequeno anúncio.

                - Não é costumeiro das Cheerios fazer isto, mas este ano todos do Glee Club estão convidados a participar da Festa de Halloween do McKinley High, cuja organização é feita pelas Cheerios. E está em sua quinta edição. Este ano conseguimos um convite para todos da escola. – Quinn despejou tudo em um só fôlego. Ficar perto de Berry realmente tinha seus efeitos colaterais.

                Todos urraram de alegria, finalmente um pouco de democracia estava surgindo dentro do McKinley, e todos sabiam que as melhores festas eram as organizadas pelas meninas da Sue. Isso nem mesmo Will poderia negar.

                - Só lembrando, a festa não possui um tema definido, então qualquer fantasia é bem-vinda. – Santana completou.

~Horas depois, na festa~

                A loira de olhos verdes vestia uma perfeita fantasia de noiva cadáver, a latina trajava algo que segundo ela era uma fantasia de caça vampiros e a loira de olhos azuis vestiu-se de branca de neve – que após minutos de insistência de Quinn, recebeu dentes de vampiros como acessório.

                Todos na festa se divertiam, mas ainda sim pessoas faltavam. Kurt, Rachel, Finn e Blaine ainda não estavam presentes. Nem Puckerman. Onde estariam?

                Quinn levantou-se do sofá que foi colocado no meio da quadra do colégio do McKinley e foi pegar outro drink.

                - Hey, nem vai esperar eu batizar? – Puck puxou a mão da garota.

                - Desde quando você está aqui? – A loira examinou bem a fantasia de cowboy que o moreno de moicano usava. Era maneira.

                - Tem pouco tempo, foi difícil entrar aqui sem encontrar com a Sue. – O garoto riu e batizou completamente a bebida. Ele pegou um copo e encheu, depois tirou o que a loira segurava. – Pega esse, batizadinho. – Ele estendeu o copo que acabara de encher.

                Quinn rolou os olhos, divertida e deu um leve abraço no garoto, se despedindo do mesmo. Era inacreditável aquilo, tudo em Puck, aliás. Como alguém poderia levar a vida tão assim na brincadeira?

                Os pequenos passos da loira foram cessados ao ver Kurt segurando a mão de Rachel. Nem tanto pela cena, mas sim os trajes. Kurt estava com fantasia de Aquiles, a armadura, que convencia muito ser ouro puro, fazia seus bíceps parecerem maiores deixando o garoto incrivelmente sexy. E a garota que segurava sua mão vestia-se de Afrodite – precisa explicar mais? – ela parecia perfeitamente encantadora.

                “Pare com isso Fabray!” – Quinn se advertiu.

                Com o desenrolar da festa, alguns amigos foram indo embora e chegaram até a metade da festa, com apenas doze pessoas a menos. Entre eles Artie e Sugar, que saíram para fazer algo por aí.

                Santana puxou Brittany da pista de dança e tirou a outra loira do sofá, arrastando ambas para o campo de futebol. Quinn tentava se soltar da mão da latina, mas Britt apenas tentava não tropeçar.

                Ao chegarem, Santana virou-se para as duas e começou a rir, ela olhava para algo atrás de Brittany. As outras duas viraram-se e olharam. Kurt e Rachel, agarrados e dançando algo que as garotas não fazia ideia do que era, mas realmente não era engraçado.

                - Vocês dois! – A latina gritou o mais alto que conseguiu. Imediatamente Kurt se separou da morena e levantou o olhar para Santana que agora acenava. – Venham aqui!

                Eles se entreolharam e por fim Rachel acenou com a cabeça. Foram caminhando até a latina que tinha um sorriso bobo no rosto, provavelmente já estava muito bêbada. Quando chegaram, Kurt apertou a mão de todas as garotas e ficou ao lado de Brittany, Rachel parou ao lado de Santana e sorriu para as meninas, ficando sem jeito ao receber um sorriso de volta de Quinn.

                - Vamos fazer algo legal? – A latina sugeriu, quebrando o silêncio que se instalara.

                - O que? – Quinn rebateu.

                - Não sei. - A latina parou de falar por alguns segundos – Mercedes! Puck! Mike! Venham!

                Ao longe, na entrada do campo, Mike vinha agarrado em Mercedes que gargalhava de nada, Puck ao lado ria também. Graças ao grandalhão, metade dos convidados estava bêbado, mas ninguém admitia ter adorado aquilo.

                - Hey latina! – Puck fez um toque desengonçado com Kurt e beijou cada uma das garotas na bochecha. – Fazem o que? – Ninguém respondeu então ele continuou: - Mike, Mercedes e eu vamos para a floresta, meio quilômetro daqui. Lá tem um lago e ficaremos fazendo nada. Querem vir?

                Todos assentiram, o garoto de moicano abriu um enorme e malicioso sorriso.

                Tiveram que se dividir em dois carros. Santana ofereceu o seu e Mike ofereceu o dele. Dividiram para o carro de Mike: Mercedes, Puck, Mike e Rachel. Já no de Santana iam a própria latina, Quinn, Britt e Kurt.

                Quinn foi ao banco do passageiro, ao lado de Santana que segurou o volante firme e vociferou para todos colocarem o cinto de segurança. Kurt riu, mas tratou de colocar imediatamente, afinal, com uma Santana já alta na direção, ficar sem o cinto era como pedir para morrer.

                Na entrada da floresta, Kurt procurou imediatamente por Rachel e segurou sua mão com urgência. As Cheerios ficaram lado a lado e Mike continuava pendurado, agora em Puck também.

                - Cadê o Finn? – Quinn quebrou o silêncio. – E o Blaine.

                - Do Blaine eu não sei, mas o Finn estava doente, então não pode vir. – Kurt vomitou as palavras.

                Blaine e o garoto brigaram e se separaram por alguma razão desconhecida. Desde então, ele não desgrudava de Rachel, não que isso incomodasse alguém, apenas Finn – um pouco.

                - Vamos logo pessoal! – Puck chamou todos, puxando Mercedes e Mike, consigo. Em poucos segundos os garotos desapareceram.

                Um leve silêncio se instalou, silêncio suficiente para que as respirações de cada um pudessem ser ouvidas. O ar ficava cada vez mais denso, algumas vezes entre as expirações saia uma fumaça – vapor – fina.

                - Então, vamos entrar Quinn? – Britt puxou a outra loira pelo pulso e agarrou a cintura da latina próxima de uma árvore cheia de musgo.

                Kurt entrelaçou seu braço esquerdo no direito de Rachel e a levou para uma direção não muito diferente das que as Cheerios tomavam.

                Quinn abria espaço entre plantas para suas amigas passarem, não faziam nada além de procurar uma clareira para fazer mais nada ainda. Depois de alguns minutos a loira de olhos avelã notou o silêncio excessivo e virou-se para conferir.

                - Santana? Brittany? – Ela sentiu seu coração falhar uma vez quando um longo uivo foi escutado. As garotas haviam sumido.

                A pequena loira continuou seu caminho. Procurando pelas amigas, até ver uma silhueta ao longe, correndo. Ela se assustou, mas inspirou firme e voltou a caminhar. Outra silhueta passou correndo perto da loira.

                - Que bosta é essa? – Ela xingou.

                Alguma coisa acertou a loira e ela foi direto para o chão. Quinn não saberia dizer quanto tempo se passou, mas acordou e examinou tudo ao seu redor, levantou e sentiu algo lhe empurrar de novo.

                Dessa vez essa coisa não foi embora, pelo contrário, caiu também. A loira abriu os olhos e viu Rachel. Ela chorava. Então a loira se aproximou da morena.

                - O que foi? – Perguntou removendo uma mecha da frente dos olhos da morena.

                Rachel não conseguia responder, ela apenas agarrou a loira pelo pescoço e chorou ainda mais. Quinn se limitou a reconfortar a diva. Massageando seus cabelos marrons.

                - Kurt sumiu aposto que foi ele, ou eles. Não sei! – Ela gritava em meio a soluços. – Eu estava com ele e ouvimos um uivo e depois uma coisa negra se aproximando, eu me virei por um segundo e Kurt desapareceu. Depois eu encontrei uma coisa morta.

                - Calma Rachel, está tudo bem. – Quinn puxou mais o abraço da morena, fazendo seus corpos colarem.

                - Estávamos aqui, abraçados e então tudo aconteceu. – Rachel parou ao lado de uma árvore seca na clareira. – Eu estou com medo Quinn! – A morena se aproximava da maior.

                - Acalme-se Berry! – Ela respondeu fria. – Vamos achar Puck, Santana e os outros e tudo ficará bem.

                Sem notar, Berry deu a mão à Fabray que sem perceber, segurou a mão da diva.

~Flashback Off~

                O carro de Santana parou na frente da delegacia. Ela assentiu para Quinn e ambas desceram.

                - Certeza absoluta? – A latina abraçou a amiga.

                - Não! – Quinn respondeu.


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Notas finais do capítulo

Confuso? No próximo capítulo tudo será esclarecido.
O flashback continuará.
Obrigada pela atenção de todos =)
Comentem!



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