Mansão Mal Assombrada escrita por Melanie


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês se divirtam com essa pequena one-shot. Nos vemos em Hanging. ;)



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“Quinn!”

                A loira virou abruptamente ao ouvir seu nome sendo chamado. Uma pequena figura morena a encarava de forma temerosa, enquanto focava a lanterna que segurava na mão de forma firme. Um sorriso pequeno se formou no rosto de Quinn. A morena era a coisa mais adorável que já havia visto no mundo, e parecia um pequeno gatinho assustado.

“O que foi Rach?”

“Nós temos mesmo que entrar ai?”

“GayBerry, entra logo nessa maldita casa, antes que eu quebre essa lanterna no seu cabeção.” Santana interrompeu a conversa das duas com impaciência. Queria entrar na porcaria da casa de uma vez e se livrar de todos os perdedores do Glee que a acompanhavam.

                Quinn a lançou um olhar repreendedor e puxou Rachel para o seu lado, enlaçando as duas mãos. Tornaram a caminhar, iluminando o escuro caminho com as duas lanternas. Ainda não sabia como concordara com a estúpida ideia de Puck em passar o Dia das Bruxas na casa abandonada que ficava perto da escola.

                Puck já os esperava impaciente em frente a imensa porta. Conseguira com um pouco de dificuldade destrancar a fechadura enferrujada e sabia que entrariam em problemas se alguém os visse entrando no casarão. Aos poucos os garotos do Glee foram entrando e quando Santana e Brittany cruzaram a porta, Puck os fechou.

                Só eram vistas as luzes das lanternas iluminando seus rostos.

“Então, agora cada um vai pra algum lugar, e se escutarem alguma coisa é só gritar que o Puckssauro vai salvar vocês.” O garoto ofereceu um sorriso sacana e tanto Santana quanto Quinn bufaram. “Quero ver se os fantasmas dessa casa são tão badass quanto o Puckzilla.”

“Cala a boca Puck.” A latina murmurou e puxou Brittany para as escadas.

                Os garotos começaram a se dividir. Quinn voltou a segurar a mão de Rachel e a puxou para as escadas, seguindo as duas cheerios. A escada velha rangiu assim que as duas colocaram os pés no primeiro degrau. Rachel apertou a mão de Quinn de forma apreensiva e recebeu um aperto apaziguador de volta.

                Logos os gritos eram escutados na casa. Então uma estrondosa gargalhada seguida do barulho de um tapa e a voz de Mercedes gritando ‘Noah Puckerman’.

“Parece que o Puck já começou a se divertir.” A loira soltou um riso baixo enquanto subia as escadas.

“Isso não é engraçado Quinn.” Rachel falou aborrecida. “E não tente me assustar assim.”

“Tá bom Rach, eu não te assusto.” Quinn assegurou a namorada. “Mas eu vou assustar os outros. A Santana já começou a organizar as coisas.”

                A morena bufou contrariada mas nada disse. Já devia ter imaginado que a namorada e Santana iriam aprontar alguma com os colegas de clube. Aquelas duas mentes eram perturbadoramente parecidas e só iriam concordar em fazer um tour terror se pudessem ser as que assustavam.

                Ainda estava assustada com as histórias que havia ouvido sobre a mansão. Circula pela cidade que o casarão havia sido construido por volta do ano de 1910 por um dos primeiros banqueiros de Lima. Era a família mais rica de toda a região. Davam grandes festas e tinham inúmeros empregados a seu inteiro dispor. Certo dia o cozinheiro da casa chegou para preparar o almoço de negócio que seria realizado e não encontrou uma única alma dentro da casa.

                A polícia foi acionada, e o misterioso desaparecimento de Lima virou manchete em todos os jornais que circulavam pelo país. Todos tinham sumido – desde os empregados que viviam na casa até a própria família – e ninguém nunca mais fora visto. Anos depois as pessoas que moravam nas redondezas começaram a ouvir barulhos vindos do casarão. Estranharam a princípio, já que ninguém mais morava por ali e a casa havia sido fechada.

                Numa noite fria de outubro alguns jovens entraram no casarão e nunca mais foram vistos. Dias depois as pessoas juravam ter visto o fantasma de um deles. E assim a história foi crescendo. Cada noite um novo fantasma era visto perambulando pelos jardins e as luzes e barulhos do lugar eram vistos e ouvidos. Assim nasceu a história sobre a assustadora mansão dos Harmond.

“Rachel? Rach? Você tá ai ainda?” A voz de Quinn puxou a morena de seus pensamentos. Nem havia percebido que já tinham terminado de subir as escadas e estavam paradas no imenso corredor. “Em que mundo você estava céu?”

“Tava pensando na história dessa casa.” Rachel admintiu.

“Você ficou realmente impressionada com isso, não é?” A loira a inquiriu e quando a morena acenou com a cabeça, ela depositou um suave beijo em seus lábios. “Não precisa ter medo, é só uma história boba.”

“Tudo bem.”

                As duas voltaram a caminhar e logo escutaram a voz de Santana. Rachel se juntou a Brittany e ficou observando a loira e a latina prepararem as coisas para os sustos que pretendiam dar. Não tiveram a oportunidade de irem arrumar a tarde já que a treinadora havia quase tirado seu coro nos treinos.

                Felizmente não foram necessários muitos minutos, já que a casa em si ajudava muito. Escutaram alguns passos nas escadas e foram se esconder. Rachel correu para Quinn e Brittany se juntou a Santana.

“Esse lugar é assustador.” Escutaram a voz de Kurt.

“Porque nós estamos aqui mesmo?” Blaine perguntou.

“Não faço a menor ideia.”

                Santana fechou com força a porta do armário que ficava ao seu lado e Quinn começou a dar pequenos passos pelo quarto. A casa era tão velha que o barulho ecoou pelo corredor inteiro, confundindo a origem original.

“Você ouviu isso?” Mercedes perguntou. “Eu quero ir embora.”

“Deve ter sido o vento.” Sam tentou a tranquilizar, mesmo estando completamente assustado.

                Mais passos foram ouvidos. Seguidos de um grito agudo que foi produzido pela latina. Mesmo assim os quatro jovens continuaram andando pelo corredor. Sam iluminava todos os comodos que iam aparecendo.

                No último quarto as quatro garotas soltavam risadinhas baixas. Rachel já não sentia mais medo, e isso se devia ao fato de saber quem produzia os barulhos. Sabia que se não estivesse com as três cheerios provavelmente já teria saido correndo para a sua própria casa.

“Vamos assustar eles por quanto tempo?” Murmurou baixinho e recebeu em troca um som irritado de Santana.

“Não muito Rach. Logo vai perder a graça.” Quinn respondeu. “Depois nós podemos ir pra sua casa.”

“GayBerry, cuidado pra não ser desencaminhada pela Juno.” Santana latiu uma risada baixa. “Espera, eu esqueci, vocês duas já se desvirtuaram mutuamente.”

“Cala a boca S.” Quinn gruiniu irritada.

“Santy, se comporte.” Brittany repreendeu a namorada e a latina parou de rir.

                Agora os passos já se aproximavam do quarto onde haviam se escondido. E mais vozes haviam sido adicionadas. Praticamente todo o coral caminhava de forma temerosa pelo corredor. A porta do quarto foi aberta e a luz de uma lanterna apareceu.

“Eu juro pra vocês que o barulho vinha daqui!” Sam falou para os outros garotos. Só para enfatizar a sentença Santana arremesou um pequeno pedaço de madeira para uma das paredes. Todos os jovens pularam e alguns gritaram. “Tem alguma coisa aqui.”

“Ilumina esse quarto denovo Sam.” Mike resmungou. “Acabou as pilhas da minha lanterna.”

                A luz foi passada pelo comodo novamente. Assim que todos entraram a porta de fechou em um estrondo. Sam apontou a lanterna para lá. E no exato momento as suas próprias pilhas começaram a falhar.

“Você tá de brincadeira, não é?” Kurt perguntou apavorado e segurando firmemente a mão do namorado. As lanternas de todos eles haviam parado de funcionar. Santana havia se certificado de colocar pilhas com pouca carga em cada uma delas. Não duraram nem cinquenta minutos.

                O quarto estava completamente escuro. Quinn e Santana levantaram de onde estavam e quando Rachel fez mensão se as seguir, a mão da loira a parou. Entendeu que era melhor ficar ali e se aproximou de Brittany, segurando sua mão quente.

                As duas cheerios avançaram para os amigos. Quinn chegou perto de Sam silenciosamente e assoprou levemente sua nuca. O garoto deu um pulo e Mercedes acabou gritando no processo. Então o caos se fez. Os garotos corriam de um lado para o outro enquanto as duas faziam ruídos. Os gritos apavorados eram cada vez mais altos e a porta trancada os estava deixando completamente aterrorizados.

                Tinham completa certeza de estarem sendo atacados pelos fantasmas que habitavam o casarão. E então a porta foi destrancada. Sem pensar duas vezes todos saíram correndo em direção a saida e provavelmente para fora da casa.

                Quando os passos não podiam mais ser ouvidos as duas cheerios começaram a rir. Brittany acendeu uma das lanternas e focou a luz nelas. “Vocês duas são más.”

“Eu queria ter visto a cara de apavorado do Porcelana. Eu pagava para ter visto isso.” Santana se contorcia de tanto rir.

“Isso foi divertido.” Quinn falou se aproximando de Rachel. “Você se assustou?”

“Não na verdade. A Britt me deixou tranquila.” A morena a assegurou.

“Vamos?” Ofereceu a mão para a namorada e a puxou do chão. As duas saíram do quarto, sendo seguidas por Santana e Brittany.

                Lentamente refizeram o trajeto até a entrada do casarão. Encontraram todos os seus amigos parados no portão com caras de pavor indenticas. Exceto Puck, que vestia um sorriso malicioso no rosto. Eles correram em direção as garotas, e as encheram de perguntas sobre os barulhos e onde elas estavam.

“Ainda não sacaram que foram essas duas marginais ai que deram um maldito susto em vocês?” Puck perguntou e vários pares de olhos viraram em sua direção. “Sério mesmo?”

“Foi impagável.” Santana voltou a rir. “Nunca vou esquecer dos gritos desesperados de vocês. Sempre que me sentir deprimida, vou repassar isso na minha mente para dar mais risada.”

                Os garotos as encaravam incrédulos. Então tudo isso não passava de uma brincadeira das meninas? Quase tinham morrido do coração e elas ainda riam?

“Isso não foi legal.” Tina resmungou.

                Alguns minutos e desculpas depois todos os jovens seguiram para suas casas. Quinn levou Rachel até seu carro e as duas foram para a casa da morena. Os homens Berry iriam se divertir muito quando contassem o que havia acontecido.

                Fora o Dia das Bruxas mais divertido de todos. E no próximo Rachel ajudaria as outras garotas a assustar seus amigos. Agora já não tinha medo, e sabia que se algo a assustasse a linda loira ao seu lado a protegeria. Até de fantasmas imaginários.


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Notas finais do capítulo

Comentem e Feliz Halloween atrasado ;)