Lordes do Tempo: O Torneio de Sombras escrita por Thay


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

gostaria de pedir que todos me desculpasem pela demora...
Aproveitem o capitulo!!!!!



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Capitulo 4

“Equipe de resgate”

>Salem, Oregon

Alguns minutos atrás.



Alice observava os grandes pinheiros do Bush`s Pasture Park, eles continuavam por uma grande extensão de terra,as longas árvores de coníferas estavam mais escuras com a chegada da noite. A lua brilhava no céu, cingida de prata, como uma rainha, e a noite, como servo da lua, deixava que o brilho de sua rainha iluminasse aquela escuridão infinita. Uma leve brisa passava por entre os pinheiros, como uma música tocada pela harpa de Deus.

Contente por não avistar as Criaturas, Alice olhou para trás, ali via uma espécie vegetal que não era típica daquele lugar, um grande Salgueiro se destacava entre os pinheiros. A grande arvore mostrava sinais de que o tempo havia passado por ela, e esta não havia conseguido acompanhar; seus galhos tinham a marca da velhice, esses eram curvos e retorcidos, suas folhas paravam a alguns centímetros do chão, como uma imensa cortina verde. Por trás do Salgueiro, continuavam os grandes pinheiros, cada vês mais altos, tentando alcançar o céu, mas Alice sabia que não era bem assim.

Alice passou pela cortina feita das folhas do salgueiro, viu o que não poderá ver antes de passar pelas folhas do Salgueiro, uma pequena cabana. Esta era feita de tijolos vermelhos que já estavam perdendo a cor, o telhado era pontudo, e lá se encontrava uma chaminé, que se estreitava ao decorrer de seu tamanho, e dela saia uma pequena nuvem de fumaça preta. Alice avistou a porta de madeira rústica, desgastada pelo tempo, mostrando vários arranhões.

–Alice!- Um grito saiu da cabana.

Alice correu para dentro da cabana, empurrando a porta com força. O interior da cabana era de madeira, no cômodo em que Alice entrou, tinha apenas uma lareira de tijolos vermelhos, onde o fogo crepitava alegremente, dois sofás pretos, um grande e outro médio.

Alice repousou o olhar no sofá maior, e lá estava um corpo. Um garoto de em media dezessete anos estava lá; este tinha cabelos ruivos grudados na testa, devido ao sangue que escorria dela, o garoto estava branco, Alice não sabia disser se era sua cor natural, ou era a perda de sangue. Os olhos estavam fechados, e os dentes eram rangidos, como tentativa de suportar a dor. O garoto estava sem camisa, mostrando um abdômen enfaixado, enquanto uma manha vermelha se expandia.

–Chris está piorando- Falou uma garota ao lado do corpo. Ela tinha cabelos castanhos claros, que iam ate os ombros, os olhos da mesma cor olhavam Alice com preocupação; sua pele pálida destacava os olhos inchados,devido as lagrimas que não paravam de descer.

–Ele vai ficar bem Sarah- Disse Alice tentando acalma-la- Você sabe que não morremos assim tão fácil.

–Tem alguma coisa errada, você sabe que tem- Falou Sarah, que voltou o seu olhar para a mancha vermelha no abdômen de Chris- O sangue já devia ter coagulado, e o corte deveria estar se fechando.

Alice não tinha resposta, sabia que Sarah estava certa, mas não queria admitir, com se falar aquilo em voz alta, fosse tornar tudo mais real.

–Quando Jordan voltar,irei pedir para ele comprar mais faixas e antissépticos- Falou Alice fitando as faixas quase vermelhas no abdômen de Chris.

–A onde ele foi?- Perguntou Sarah.

–Quem?- Perguntara Chris com a voz arrastada.

–Jordan- Respondeu Alice- Assim quando chegamos aqui, ele sentiu uma presença ruim e foi verificar.

–Ele deveria estar aqui- Falou Sarah- Nos ajudando a cuidar de Chris.

–Falando desse jeito, você me faz parecer um estorvo- Disse Chris quase como um sussurro.

–Jordan achou que foram os Zuzims que nos atacaram antes- Falou Alice, se agachando ao lado de Chris e perto de Sarah. Tentava não demonstrar sua preocupação, para dar mais confiança a Sarah, e esperança a Chris.

–Alguém mais notou que tinha algo diferente naqueles Zuzims?-Perguntou Sarah

–Você só esta sendo pessimista demais, Sarah- Falou Chris, fitando Sarah com seus olhos castanhos claro- Alguma outra vez eu já lhe disse que você era pessimista demais?

–Já- Falou Sarah, olhando para Chris com uma expressão incrédula- E quando você disse isso,fomos atacados por aqueles Zuzims, e agora você esta nesse estado.

–Dessa vez não conta. Teve alguma outra vez?- Perguntara Chris voltando a fechar os olhos.

–Sim,e nos fomos atacados por uma orda de Zumbis em New Jersy- Respondera Sarah, na face, demonstrando satisfação.

–Alguma outra?- Chris perguntou, já esperando a resposta que não queria ouvir.

–Mais uma vez, sim. Ficamos presos durante duas semanas na sede do FBI.

–Me lembro dessa- Falou Chris, com um leve sorriso no rosto- Adorei como enganamos aquele anão pra nós tirar de lá. Naquele dia, ele aprendeu uma lição valiosa, nunca confie em alguém mais alto do que você.

–Concordo com você- Falou Alice.

–Sobre não confiarem alguém mais alto?- Perguntara Sarah incrédula.

–Não- Apresou-se Alice a responder- Sobre os Zuzims

–Toma essa Chris- Falou Sarah vitoriosa, Chris não respondeu, pois teve uma crise de tosse, e a mancha em seu abdômen acabara por se expandir, causando uma nova preocupação a Alice e Sarah.- Quer disser, não toma não.

–Chris, você tem que admitir que isso é estranho- Dissera Alice com maior preocupação- Você já deveria estar curado, e alem disso, eles carregavam armas, Zuzims nunca usaram armas antes.

Chris permaneceu em silencio por alguns segundos, ate que por fim falou:

–Você esta certa, eles ate pareciam- Chris parou por um segundo, como se estivesse pensando na palavra certa- consegui pensar.

–É verdade, bestas não pensão, mas aqueles Zuzims pareciam ter ate consciência.

Todos ficaram em silencio, lembrando aqueles momentos obscuros, que eram cobertos por uma camada de medo.

Alice lembrou-se dos poucos momentos em que conseguirá entender a situação. Eles estavam chegando ao Bush’s Pasture Park, era noite, mas a lua iluminava seus caminhos. Chegaram a certo ponto do Park, em que os pinheiros pareciam agrupar-se, apenas para impedir a passagem do grupo, a lua parou de iluminar o lugar, seu brilho prateado havia diminuído, como se estivesse aguardando, sedenta por sangue, a chacina eminente.

Dos grandes pinheiros desceram varias criaturas, cercando o grupo, que foi pegou de surpresa pela súbita aparição da ameaça.

Alice lembrava-se apenas de ter matado quatro Zuzims, e os ter visto virar uma gosma preta, que foi absorvida pelo solo, que desde aquele momento seria amaldiçoado, nada mais nasceria ali, foi quando Chris urrara de dor.

Alice olhara para trás, viu um Zuzim cravando uma lâmina no abdômen de Chris. A lamina era completamente branco, como se fosse feita da própria escuridão, e que com inveja da luz, se passou por um ser branco, que no final, enganara a si mesmo e todos aqueles que escolheram o mau caminho. Aquela lâmina não fora feita para proteger, mas para roubar vidas; e com tudo que aquela lâmina já roubara, somava-se uma coleção de itens roubados, um vestuário de almas.

Jordan logo socorrera Chris, matou o Zuzim e retirou a lamina do abdômen de Chris, que veio encharcada e sangue. Jordan guardou a lâmina cuidadosamente para não se ferir. Dos grandes pinheiros desceram mais Zuzims.

O grupo estava cansado da luta, e seus inimigos pareciam sempre surgir das sombras; com suas ultimas forças, o grupo correram para onde eles não sabiam, talvez para qualquer lugar onde pudessem sobreviver; eles corriam, mas sempre olhando para trás, temendo que seus medos os estivessem segindo, vindo logo atrás.

Então, como se Deus estivesse atendendo aos pedidos de socorro, o Salgueiro apareceu num piscar de olhos. O grupo passou pela cortina formada pelas enormes folhas do Salgueiro, logo viram a cabana, e lá se refugiaram. Visto que seus inimigos não os seguiam, seus temores os deixaram, e foram substituídos por novos, quando perceberam que o abdômen de Chris não parava de sangrar.

Alice voltara a realidade quando Chris teve uma violenta crise de tosse.

A mancha vermelha já tomava conta da maior parte das faixas brancas.

Alice não gostava de ver esse tipo de coia, principalmente com alguém próximo, se sentia extremamente agoniada, só por presenciar o sofrimento de Chris. Para esconder sua cara de preocupação, Alice se levantou e foi em direção à porta.

–A onde você vai?- Perguntou Sarah.

–Esperar Jordan lá fora- Alice respondeu, já com a mão na maçaneta.

Ao abrir a porta, uma leve brisa gélida a atingiu. Ao sair, foi ate o Salgueiro e se escorou no imenso tronco da árvore.

Como uma bela sinfonia tocada por uma harpa, os ventos passavam pelos picos dos pinheiros, fazendo os galhos dessas arvores chacoalharem, numa bela música entrando em seu concilio.

Alice olhou mais adiante, não vira sequer a sombra de Jordan. Insatisfeita com o que não vira, Alice subiu ate o mais alto que pode no Salgueiro. Uma vez mais, procurou Jordan por entre os pinheiros, mais não o encontrou. Alice desceu da arvore e sentou-se na terra, se escorando no grande troco do Salgueiro.

Alice repousou sua atenção em um anel que usava no dedo anular.

O anel era de ouro se ajustava perfeitamente ao eu dedo, a safira que estava no centro, parecia conter uma tormenta de águas e sentimentos, que girava em torno de da rainha das águas, que com sutileza, comandava as águas de suas cachoeiras, fazendo todos os animais se apaixonarem por sua gentileza. No ouro, fora entalhado delicadamente dois tigres, que pareciam caminhar sutilmente em direção àquela rainha abençoada pela graça divina, os tigres eram belos e cheios de orgulho, suas pelagens eram cobertas pela gloria, seus dentes pela vitoria, e seus olhos espelhavam o triunfo.

Alice lembrava-se quando encontrara o anel, foi no momento de seu maior desespero, quando perdera tudo que conhecia. Lembrava-se de ter visto uma pequena caixinha de veludo vermelho, estava escrito em dourado, no topo da caixinha:

ISL

Alice voltou à realidade, quando sua atenção foi direcionada a outro lugar, quando ouviu um ruído vindo de uma moita ali perto. Alice se levantou depressa, e devagar se aproximou da moita. Quando estava a menos de um metro dela, uma criatura saltou em cima de Alice, que pega de surpresa, caiu no chão. A criatura em cima dela, botou a mão em seu pescoço e começou a apertar.

Alice sentiu o ar saindo de seus pulmões, e nem os ventos frios que passavam por entre os pinheiros, lhe pareceram suficientes naquele momento. Alice colocou a perna em baixo da barriga da criatura, e com força, a arremessou por cima de si. A criatura bateu no enorme tronco do Salgueiro, caiu com a cabeça no chão, acabando por quebrar o pescoço.

Alice se levantou rapidamente, e passou pela grande cortina, formada pelas folhas do Salgueiro. Olhou atentamente os pinheiros a sua frente, e mais alem. Viu oito sombras se aproximando.

Deve ser alguns dos Zuzims que nos atacaram antes” Pensara Alice

Alice correra para a cabana, abrindo a porta brutalmente, isso fez com que Sarah pulasse com o susto.

–O que foi?- Perguntara Sarah- Jordan chegou daí você ficou nervosa de mais para vê-lo, e veio correndo para cá?

–Não- Falou Alice, sem se importar com o comentário de Sarah- Estamos sendo atacados.

Sarah demorou alguns segundos para entender a dureza daquelas palavras, mas quando as absorveu, uma expressão de horror tomou conta de seu rosto.

–O que fazemos com Chris?- Perguntou Sarah em um sussurro.

–O deixe ai- Falara Alice, também num sussurro, temendo que Chris a ouvisse- Ele não pode fazer nada nesse estado.

Sarah concordou com um aceno da cabeça.

–São quantos?

–Oito- Respondera Alice sem rodeios.

A expressão no rosto de Sarah não se alterou, mais ainda sim respondeu:

–Damos conta.

As duas saíram da cabana e ficaram paradas em frente do Salgueiro, esperando que seus inimigos chegassem.

–Sarah, pegou sua arma?- Perguntara Alice.

–Não, esqueci- Respondeu Sarah, se achando uma idiota- Vou pegar na cabana.

Sarah rapidamente entrou na cabana e voltou, trazendo consigo uma lança, a lamina parecia bastante afiada, e a haste da lança, era feita completamente de prata.

–Fique atenta enquanto eu pegou minha arma- Falou Alice- Eles estão chegando perto.

Alice ergueu o braço, e juntou os dedos das mãos uns nos outros, dando ao seu braço uma forma de espada, então abaixou velozmente o braço, cortando o ar. No lugar onde cortara o ar, estava uma fenda no espaço, cortando a realidade. A fenda era negra, como o céu ao anoitecer, dentro daquela escuridão, certas coisa brilhava, como estrelas no céu no escuro.

Alice pós a mão dentro da fenda, era quente e aconchegante, lhe passava a sensação de ter voltado para casa depois de longos anos fora. Alice tateou a fenda em busca de uma de suas melhores armas.

Quando tirou a mão de dentro da fenda, segurava uma adaga. A lâmina era tão clara e fina como gelo, e mais afiada e letal que qualquer metal. A lâmina banhada a luz do luar, adquiria um brilho prateado, deixando a lâmina translucida e com um ar divino. A lâmina tinha um brilho adamantino, que deixava inegável sua aparência nobre. O punho era feito de prata, como se feito pelas estrelas cadentes que caiam do céu, também era incrustados de diamantes, que pareciam lagrimas cristalizadas daqueles que encontraram o concilio da vida. Da empunhadura saia uma corrente dourada, como se fosse feito por pequenos raios de sol.

–Sempre tive inveja de seu legado- Falou Sarah ironicamente- Estive me perguntando, o que é essa fenda que você faz no ar?

–É o País das Maravilhas- Respondeu Alice, empunhando sua adaga, Inverness, como costumava chama-la.

–O que?- Perguntara Sarah.

–Explico depois- Disse Alice com um olhar serio no rosto- Eles chegaram.

Se aproximando do Salgueiro, estava um Zuzim. Ele tinha forma humanoide, usava um palito muito caro, que estava respingado de sangue. Sua pele era cinzenta e cheias de feridas, as unhas de sua mão eram feitas de ferro. Seu rosto estava com varias gotículas de sangue, seus olhos eram completamente brancos, e deles saiam lagrimas de sangue, enquanto as lagrimas descia, deixava marcado o caminho de sangue em sua face. Da boca, saia grandes presas de Javali.

Alice enrolou a pequena corrente dourada em seu punho, olhou atentamente Zuzim, e lançou Inverness em direção a criatura. A corrente, que ate então era pequena, se estendeu ate atingir o alvo, cravando-se no coração da criatura. Sangue negro jorrou do seu peito esquerdo, a criatura caiu de joelhos, e lá ficou durante alguns segundos. Apesar de ter uma adaga em seu coração, o Zuzim não expressava sofrimento, pelo contrario, o sentimento de alívio, seu rosto expressava facilmente.

Alice viu o rosto d criatura expressar a felicidade com a chegada da morte e a deixa da loucura, viu o que sempre via nos rostos dos Zuzims em seu leito de morte, o arrependimento de ter feito as escolhas erradas, mas os erros sempre vêm com consequências, e diante disso, a expressão no rosto da criatura, mudara para o sofrimento,e não era por conta da adaga que estava enfiada em seu coração, mas por que ele sabia o que vinha depois da morte, pelo menos aos que fizeram a mesma escolha que ele.

Para muitos, a chegada da morte é um alívio, por seus sofrimentos e infelicidade mundanos terem lhe deixado, mas não pra os Zuzims, pois os mesmos sabiam que para onde eles iam após a morte, é um lugar onde a dor queima como fogo, onde seus lamentos e pedidos de socorro suam por todo lugar, só que nunca eram ouvidos, onde a loucura andava em seu encalço e sempre tentava abraça-lo.

Alice puxou Inverness de volta e a segurou, tocou-lhe a lâmina, apesar do sangue quente que a manchava, a pequena lâmina estava tão frio quanto o Inverno.

Seu olhar repousou no Zuzim que matara, mas ele não estava mais lá, em seu lugar estava uma gosma preta. Os setes Zuzims restantes apareceram.

Alice não queria perder tempo, então correu em direção ao Zuzims a sua frente, este usava calça Jeans e uma blusa vermelha, se era sangue ou a cor natural. Alice não sabia.

Ao chegar perto da criatura, Alice pulou em cima do mesmo, derrubando-o, e com Inverness, apunhalou o coração. Mais uma vez aquela enxurrada de sentimentos passou pelo rosto do Zuzim, antes deste se dissolver e se transformar em certa gosma preta.

Quando Alice se levantou, um Zuzim que estava muito próximo dela desferiu um golpe suas unhas de ferro, antes que Alice fosse ferida, o Zuzim parou no meio do ato, quando a lâmina de uma lança atravessava seu estomago.

Sarah chutou a criatura, para que essa se desprendesse de sua lança.

–Nada mau- Falou Alice sarcasticamente, enquanto observava a criatura se transformar na gosma preta.

–Você também não é ruim- Disse Sarah, também com ironia.

–Abaixe-se- Falou Alice. Sarah abaixou-se, e atrás dela estava um Zuzims de jaleco branco, e nas mãos luvas da mesma cor, as unhas de ferro rasgaram a luva, deixando expostos apenas os dedos. No rosto, usava uma mascara de hospital, as presas de Javali rasgaram a mascara para poder sair, a mascara também estava manchada de sangue, devido as lagrimas que desciam dos lhos do Zuzim.

Alice deu um chute na criatura, na altura do pescoço, derrubando-a. Sarah se levantou e falou:

–Atrás de você- Sarah se virou para matar o Zuzim de jaleco.

Alice se virou, se aproximando estava um Zuzim de smoking, rapidamente enrolou a corrente dourada no punho, e lançou Inverness, que se esticou ate cravar no coração da criatura.

Alice puxou sua adaga de volta, e a segurou. Perto dela, estava um Zuzim, que tentou arranhar o rosto de Alice, esta, percebendo o movimento, se abaixou e deu um chute para cima, acertando o estomago da criatura, que cambaleou para trás. Alice rapidamente correu ate a criatura, e esfaqueou o coração.

Alice viu como nunca antes, as expressões faciais do Zuzim ao ser atingido por cada sentimento, reconheceu quando a felicidade deu lugar ao sofrimento. O rosto da criatura era de puro horror, os olhos se dilataram, e deles saiam uma grande quantidade de lagrimas vermelhas, e a boca, se abria em um grito silencioso.

A criatura se transformou em certa gosma preta, mais conhecida por siyah. Alice sentiu como se qualquer dor ou sofrimento do mundo, fosse insignificantes perante a dor que o Zuzim viria a sentir.Alice estava distraída, pensando em dores que não eram as suas, tanto, que não viu um Zuzim vir em sua direção sorrateiramente, quando percebera, já era tarde de mais.

A criatura pulou em cima d Alice, derrubando-a no chão.O Zuzim colocou as mãos no pescoço de Alice e começou a sufoca-la. Alice tentou encontrar uma brecha para colocar sua perna de baixo da criatura e joga-la por cima de si, mas não encontrou nenhuma. Todo o ar que tinha em seus pulmões se esvaziou, as lagrimas de sangue começaram a cair no rosto de Alice, sua visão começara a ficar turva e pontinhos pretos apareceram e cobriram a sua visão.

O desespero se instalou em Alice, ela não queria morrer, não poderia morrer, não antes de ter sua vingança.

Foi quando os pontos pretos que embaçavam sua visão desapareceram, quando a pressão em seu pescoço se afrouxou e o ar voltou aos seus pulmões.

Alice só percebeu que o Zuzim estava morto, quando uma lâmina negra atravessará se crânio, e a criatura cairá para o lado, se transformando em siyah.

Alice olhou para frente, e viu um garoto de aparentemente dezesseis anos de idade, a noite parecia se destacar se comparar com os cabelos negros do garoto, tão macios com plumas negras, que caiam sobre seus olhos azuis, que eram tão fulgurantes como um relâmpago. O garoto andou em direção a Alice, majestosamente e invicto.

–Parece que estou sempre aparecendo não hora certa- Falou o garoto com um sorriso malicioso no rosto.

–É o que parece, Jordan- Falou Alice, entregando a adaga de lâmina negra para Jordan.

– Mas você poderia ter chegado antes- Disse Sarah, quando enfiara a lança, até a haste no último Zuzim.

–Não, não poderia- Falou Jordan, agora mais sério- O que eu senti antes não foi esses Zuzims.

–Então o que foi?- Perguntara Sarah.

–A alguns quarteirões daqui, uma casa foi atacada por vários Zuzims- Respondera Jordan.

–O que?!- Perguntaram Alice e Sarah ao mesmo tempo, alarmadas.

–Foi isso que vocês ouviram

Alice não podia acreditar, aquilo não era comum Zuzims se juntarem e muito menos atacarem uma casa com um objetivo em comum, Zuzims era bestas controladas apenas pelo instinto, então por que eles atacaram uma casa mundana?

–São quantos?- Perguntara Alice

–Eu não sei ao certo, contei 26 antes de sair, e estão chegando mais.

O silencio fora instantanio, era uma quantidade bem grande para três adolescentes enfrentarem, mas Alice iria ajudar, não ia deixar que as pessoas naquela caso morresem, não deixaria que isso acontecesse de novo.

–Vamos- Falou Alice.

–Para onde?- Perguntou Sarah, já sabendo a resposta.

–Ajuda-los- Respondeu Alice.

–Mas, e o Chris?

–O deixe ai- Disse Jordan.

–E se aparecer mais Zuzims?

–Acho que seria mais perigoso para ele lá, onde tem vinte e seis Zuzims, e aqui nenhum- Respondeu Jordan.

–Vamos então- Disse Sarah relutante.

–Jordan, vá na frente- Disse Alice- Nos mostre o caminho.

Jordan concordou. Juntos, correram o maximo que puderam, deixando apenas borrões por onde passavam.

Em cerca de oito minutos, eles chegaram ate seu objetivo, e se surpreenderam com o que viam.

Alguns partes da casa pegavam fogo, enquanto vários Zuzims, grotescos e sangrentos, atacavam a casa como bestas saída das profundezas, em busca de sangue e carnificina.




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Notas finais do capítulo

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