Lucy Heartfilia , 17 anos , filha do presidente de uma grande empresa.

Após a morte de sua mãe a 5 anos , ela passou a se tornar solitária , não fazia muitos amigos , e o máximo que se comunicava era com uma enteada que lhe cuidava desde que sua mãe ainda era viva.

Lucy apenas estudava todos os dias para se tornar a sucessora da empresa Heartfilia. Certo dia o pai de Lucy a chama.

~POV Lucy~

–Srta. Lucy, seu pai lhe aguarda em seu escritório.

–Diga-lhe que já irei descer.

Lucy odiava ter que falar tão formalmente, sempre fazia o que o pai queria e não tinha nenhum sonho para o futuro, o único desejo que tinha era que um dia pudesse se casar com alguém que amasse como os livros nos quais sua mãe lhe lia quando era pequena, não que viesse em um cavalo branco, mais que fosse gentil e carinhoso.

Terminei de me vestir e fui até meu pai. A empregada que estava ao lado de

fora logo bateu na porta em aviso para seu mestre.

–Sr. Heartfilia, sua filha aguarda seu chamado no lado de fora de seu escritório.

–Mande-a entrar - ele respondeu rapidamente.

Eu fui até meu pai e aguardei que o mesmo se dirigisse a mim.

–Lucy, ultimamente temos fabricas no norte, leste e oeste, infelizmente algo nos impede de ir para o sul , e mesmo que fossemos não iríamos ter chance de vendas , o sul é completamente dominado por uma certa empresa - Não sabia onde ele queria chegar com isso , mais pela expressão em sua face não era boa coisa para mim – Mandei que fizessem uma investigação sobre ela , e aparentemente o futuro sucessor , assim como você tem 17 anos - Arregalei meus olhos, meu coração disparou, não sabia o que fazer, já sabia aonde aquilo iria levar, ele me quer tirar meu único desejo – E em negociação com a família Dragneel, você irá se casar com ele.

Arregalei ainda mais meus olhos e pela primeira vez levantei a voz com ele.

–Você não pode me tirar o único desejo que eu tenho. Sempre lhe respeitei e fiz tudo o que você quis sem lhe responder um único “AH” mais isso eu não farei! - ele se assustou.

Pela primeira vez eu tinha lhe respondido, ele estava totalmente nervoso.

–Eu não me importo com o que você pensa ou quer, cresça você não é mais uma criança para sonhar que vai achar que ame para se casar. Faça suas malas, você partirá amanhã para se adaptar com o noivo.

Eu não poderia lhe responder mais uma vez, ele estava com um rosto que eu não via a muito tempo, não era aquela sua expressão de ignorante e sério que ele ficava todos os dias, era uma expressão de raiva.

Apenas concordei com a cabeça e sai, estava totalmente arrasada, por mais que fosse apenas um sonho infantil, era o único que minha mãe havia deixado pra mim “Ame alguém um dia e cuide-o muito bem, alguém que você ama é para a vida inteira”.

Uma lágrima escorreu pela minha face. Mamãe, se você estivesse aqui, tudo seria tão diferente.

Mandei uma de minhas empregadas organizarem minhas malas e fui me deitar, logo dormi e acordei apenas na manhã seguinte com alguns raios de sol em meu rosto.

Levantei-me e fui me arrumar, disseram que eu iria para a casa do meu futuro noivo após o almoço. Esperei pacientemente até o horário, assim que o mesmo deu fui pegar algumas coisas que faltavam em meu quarto, peguei tudo e por ultimo o porta retrato de minha mãe.

–Mamãe me deseje sorte - beijei o porta retrato e coloquei-o em minha bolsa.

O carro já me esperava na saída, entrei no mesmo e foram-se longas 5 horas de viagem, logo eu via um grande portão, e não se via a casa atrás, assim como a minha, parecia que o terreno era realmente grande.

Depois de 10 minutos de carro, chegamos a mansão principal. Assim que paramos vários empregados vieram me receber. O mordomo veio para me acompanhar até os pais do noivo.

–Por aqui senhorita. - ele foi me guiando.

Aquela mansão era incrível. Era o total oposto da minha, era totalmente moderna e com um ar mais feliz, cores mais vivas, era completamente perfeita, alguém que cresce em um ambiente como esse, provavelmente deve ser uma das melhores pessoas.

Logo cheguei à sala, uma pessoa muito bem vestida me esperava ali, deveria ser seu pai, me curvei assim que cheguei perto do mesmo.

–Meu nome é Lucy Heartfilia, é um prazer conhece-los.

–Muito prazer Lucy, eu sou Igneel, vejo que Jude não me desapontou, é ainda mais bela do que pelas fotos.

Sorri com o comentário e agradeci. Trocamos um pouco de conversa enquanto tomávamos chá e por curiosidade perguntei:

–E meu noivo, como ele é?

–Hm – ele resmungou pensativo – O Natsu, é uma pessoa muito enérgica, adora esportes e é um pouco fechado, mesmo não parecendo ele esconde muita coisa das pessoas, é muito difícil ele se abrir para alguém.

–Então ele é tímido?

Ele olhou para uma das paredes pensativo.

–É, algo assim.

–Algo assim?

–Bom, acho que você deve estar cansada. Pedirei para que o mordomo te leve até seu quarto.

–Ah, ok – estava totalmente curiosa, e intrigada por ele ter cortado uma conversa pela metade.

O mordomo foi me explicando sobre algumas cosias sobre a rotina deles, e me falou que meu quarto seria ao lado do meu noivo, aparentemente chamado Natsu.

Por mais que esse casamento fosse forçado, eu tinha interesse em saber como seria o homem que eu iria dividir uma vida. Eu imaginava que fosse um garoto culto, que como eu estivesse apenas se obrigando por medo de seus pais, um garoto bonito, esperto... Até que eu entro em meu quarto e encontro um pontinho cor de rosa sentado na minha cama mexendo em minha mala.

–Quem diabos é você, e o que pensa que está fazendo mexendo minha mala? - corri até ele e o puxei pela camisa pra fora da agora minha cama.

–Senhor Dragneel, o seu pai estava lhe aguardando no escritório.

Drag...neel ? Me assustei, isso só pode ser brincadeira, aquele ser não poderia ser meu futuro marido, lhe soltei e ele me olhou.

–Quem é você? - ele me perguntou com uma cara totalmente entediada.

–Como assim quem sou eu? Você não é o tal do Natsu Dragneel, meu futuro marido? – olhei-o indignada e irritada.

–Marido? –ele me olhos confuso

–Senhor, acho que era disso que seu pai queria conversar.

Ele ficou ainda mais confuso e se virou pra mim.

–Não irei me casar com você.

Simplesmente me deu as costas e mandou o mordomo avisar o pai que queria conversar com ele.

Como pode alguém ser tão mal educado? Eu não me conformei com ele, de fato eu não queria me casar com ele também, e se pelo menos ele falar que não quer, posso voltar para casa com a consciência limpa.