hoje mais um dia como qualquer outro, me levantei e fiz minha higiene matinal,peguei meu violão, e sai andando pelas ruas bousnevick( cidade fictícia) uma pequena cidade no sul da Rússia, fui até um dos meus pontos favoritos uma catedral, me sentei num degrau de pedra que dava entrada para dentro da catedral, me preparei pra mais um dia de cão,assim como todos o dias que eu estava levando desde que fugi da minha casa. todos que passavam por lá me olhava com indiferença,como se eu não pertencesse a esse planeta,outros tinham pena,e era da pena deles que eu vivia,ganhado trocos na rua. Eu ficava o dia todo debaixo de sol quente,suando por míseros centavos.tocando sempre as mesmas musicas.depois de não ter muito sucesso na catedral segui para uma lanchonete ,lá vivia cheio com certeza eu conseguiria bem mais,ou pelos menos o suficiente para hoje,me sentei no chão e consegui bastantes trocados,porém o dono da lanchonete me viu em sua porta e veio correndo em mim direçao
- saia já daqui, você esta espantando a freguesia - ele gritava,todos na rua me olhavam, eu me levantei pegando meus trocos meio desajeitada
- anda,se não vou chamar a policia - ele gritou novamente, eu corri para bem longe dali ,sentei- me numa praça com um lindo gramado verde e bancos de madeira,havia algumas pessoas alimentado pombos com migalhas de pão, também pude observar uma barraca de churros, aqueles churros me davam agua na boca,fui ate a barraca
- vai querer um? - perguntou o vendedor me observando comer os churros com os olhos, eu neguei com a cabeça,sem tirar os olhos dos maravilhos churros
- então saia daqui - o vendedor fechou a cara.eu sai andando,tirando notas amassadas do meu bolso e contando quanto eu tinha feito hoje,não tinha muito, continuei andando até encontra outro lugar onde tivesse bastante pessoas, novamente comecei a tocar desta vez ganhei um pouco mas porém avistei a policia e me levantei correndo,e sai já era quase noite, então resolvi voltar para meu luxuoso apartamento,que era num prédio abandonado do outro lado da cidade fui andando até passar por um padaria,entrei e pedi cinco pães,peguei também um pacote de biscoito, fui em direçao a fila do caixa que estava enorme e cheia,chegando minha vez a balconista me olhou de cima em baixo com cara de nojo e passou meus produtos, puxei as notas amassadas do meu bolso e algumas moedas,joguei em cima do caixa a balconista contou e me olhou seria
- isso não é o suficiente - na fila as pessoas me olhavam e algumas até cochichavam - só da pra levar os pães - completou a mulher do caixa
- passe o biscoito também é por minha conta - disse uma senhora que estava atrás de mim ,eu sorri e peguei minha sacola, sai antes que a senhora me visse com certeza ela era alguma tipo de assistente social e ia querer me mandar para um abrigo,voltei para minha casa, antes de entrar no velho prédio abandonado ,certifiquei -me de que ninguém estava olhando ,pois se soubesse que tem uma pessoa morando lá dentro,no dia seguinte eu estaria expulsa de lá.subi as velhas escadas de madeira, passando a ponta dos meus dedos sobre o corrimão empueirado,entrei no quarto que agora se tornara minha casa, e coloquei meu violão encostado na parede,traquei a porta e acendi uma vela ,pois lá não havia energia eletrica,era um hotel que foi  desativado a muitos anos atrás, peguei o castiçal com o pequeno pedaço de vela queimando, e levei para o pequeno e frio banheiro,tirei minha roupa e entrei no chuveiro,me molhando rápido, e me encolhendo de frio,passei somente uma agua rápida no corpo, e sai, me enrolei na toalha e peguei o castiçal levei para o quarto e vestir uma roupa, me sentei no velho colchão onde eu dormia ,e peguei minha sacola com comida, comi um,dois,três pães feito um bicho,já estava roxa de fome,depois do meu banquete,dormi.