Cuidando Do Meu Bem Maior escrita por Manú GSR
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem ;)
E que não queiram me matar quando lerem a última frase!
Beijo... Amo vocês :-*
– Grissom!
Ela acabara de chegar a cena do crime.
Estava caindo uma tempestade e de longe ela conseguiu visualizar que ele estava sem guarda-chuva, tomando assim um belo banho.
Desviando-se de toda lama que havia no lugar, conseguiu chegar perto dele.
Abaixou-se e o cobriu com seu guarda-chuva.
Ele estava em um lugar isolado, o que permitiu que ela conversasse com ele em um tom mais íntimo.
– Griss... Ficou maluco... Por que está tomando essa chuva toda? Cadê seu guarda-chuva?
– Não o encontrei dentro do carro, deve estar em casa e o que uso para trabalhar deve estar em meu armário.
– Céus, você vai ficar doente.
– Não vou, querida... Sou um homem forte. - Disse em um tom de brincadeira.
Ela ergueu uma sobrancelha e ele sorriu.
– Atchinnnnnn.
– Homem forte néh, Senhor Grissom?
Ele deu um sorrisinho de lado.
Ela o olhou com piedade e pensou em o quanto ele se sacrificava por seu trabalho. Era um homem excepcional e não importava como estava sua saúde, sempre se sacrificava pelo laboratório. Se aquele laboratório era o segundo mais bem sucedido dos Estados Unidos, ficando atrás somente do Laboratório do FBI, era por total competência dele.
Ficaram ali por mais um tempo e depois foram até o laboratório.
Estavam na sala de Grissom quando ela o alisou a barba cheia e completamente úmida.
– Griss... Vá tirar essa roupa e colocar uma seca. - Ela estava preocupada.
– Já estou indo... Estou começando a sentir os efeitos da chuva em meu corpo... Não estou me sentindo muito bem.
– Venha cá.
Ele chegou perto dela e ela colocou a mão muito macia em sua testa, verificando a temperatura dele.
– Ah não... Você está queimando em febre.
– Ficarei bem, querida... Vou tomar um remédio.
– Vá para casa, Griss...
– Não posso, tenho muitas coisas para fazer por aqui.
– Grissom! - Ela o olhou com uma cara bem carrancuda e ele se arrependeu de ter falado aquilo.
Por várias vezes ela já havia dito que não gostava quando ele sacrificava sua saúde pelo laboratório.
– Ficarei bem, Sara.
– Não aqui... Você vai embora, ou por bem ou por mau.
– O quê quer dizer com isso? - Levantou uma sobrancelha e virou a cabeça de lado.
– Que se não for embora agora... Ficará de castigo.
– Castigo?
– Sim... E você sabe que tipo de castigo estou falando, não sabe?
– Você não faria isso... Faria?
– Quer pagar para ver?
Ele a olhou meio desconfiado, mas decidiu não arriscar. A última vez que ele decidiu pagar ver, ficara uma semana sem nem ao menos vê-la em roupas íntimas. Um tormento total.
– Tudo bem... Pegarei algumas coisas em meu armário e irei para casa... Melhor assim?
– Muito melhor!
Ela depositou um beijo rápido nos lábios avermelhados por efeito da gripe e saiu.
¨¨¨¨¨¨
– Griss?
Ela abriu a porta do apartamento dele e percebeu que tudo estava quieto demais.
– Estou aqui.
A voz muito fraca vinha do quarto, e ela percebeu que estava um breu.
– Posso acender a luz?
– Por favor, querida... Não faça. Acenderei o abajur.
Ele acendeu a luz mais fraca e ela pôde visualizar somente seus cabelos grisalhos e quase cacheados. O restante do homem grande estava completamente escondido em baixo de duas cobertas muito grossas.
Ela se aproximou e o beijou a boca com muito cuidado.
Seus lábios e seu nariz estavam bem vermelhos, assim como suas maçãs do rosto. Ele estava muito corado, daria para ver de longe o quanto a febre dele aumentara.
– Griss... Você não pode ficar queimando em febre e de baixo de um monte de cobertores.
– Mas estou com muito frio.
– Mas assim a febre aumentará cada vez mais.
– Não posso evitar.
– Já tomou algum remédio?
– Sim.
– Há quanto tempo?
– Umas três horas... Não tenho certeza.
– Venha aqui.
Ela o puxou pela mão e ele sentou na cama.
– Você precisa tomar um banho... Tenho que trocar essa roupa de cama, está encharcada... Olha como você está suando!
– Não posso sair daqui agora, Sara... Estou com muito frio.
– Pois trate de se levantar e tomar um banho bem gelado.
– Está maluca?... Acabei de falar que estou morrendo de frio e você quer que eu tome banho gelado... Nunca!
– Gilbert Grissom! - Ela o olhou feio e ele sentiu-se como uma criança quando faz alguma coisa errada e a mãe briga.
– Não vou tomar banho gelado, querida.
– Griss...-Ela agora falou mais suavemente- Você acha mesmo que eu faria você tomar banho gelado estando com tanto frio, se não soubesse que baixará a febre?
Ela não faria isso com ele. Odiava saber que ele teria que se enfiar embaixo de um chuveiro de águas geladas estando com tanto frio. E ele sabia disso.
– Você acha mesmo que vai ajudar?
– Tenho certeza.
– Mas eu estou com muito frio... Sara!- Ele praticamente suplicava com os olhos extremamente azuis para que ela não o fizesse isso.
– Vamos fazer um trato... Pode ser?
– Humhum.
– Você vai lá, toma um banho bem gelado e enquanto isso eu fico aqui trocando a roupa de cama. Depois vou lá na cozinha e vou pegar seu remédio e um belo copo de laranjada com vitamina C para você, depois vou preparar uma sopa deliciosa para que fique bem forte.
– Tá. - Mas ele ainda parecia chateado, e ela não queria isso.
– E depois que você comer tudo... Vou tomar meu banho e me deitarei com você, para lhe esquentar, caso você ainda esteja com frio.
Ele a olhou e deu o melhor sorriso que poderia dar naquele momento.
– Assim está muito melhor.
– Então vai lá... Estarei a sua espera.
Ele tomou o banho, muito chateado por sinal. Mas haveria a recompensa, só em pensar em tê-la em seus braços já se sentia mais aquecido.
Ela fez um copo bem generoso de laranjada com vitamina C, colocou os legumes da sopa para cozinhar e foi encontrá-lo no quarto, que já estava com a roupa de cama trocada e seca.
Ele tomou a laranjada e o antigripal que ela lhe trouxe e voltou a deitar.
Ela voltou a cozinha e colocou o macarrão em meio aos legumes e os pedacinhos de carne picada e foi para o banheiro tomar seu banho.
Quando saiu, pensava que ele já estaria dormindo, mas não, seus olhos azuis e naquele dia, também vermelhos, encontrava-se apesar de muito pequenos, abertos.
– Pensei que o encontraria dormindo.
– Estou lhe esperando.
Ela abaixou-se e deu-lhe um beijo suave nos lábios.
– Como está sua dor no corpo?
– Muito melhor.
– E a febre?
– Abaixou consideravelmente... Obrigada, querida.
Ela lhe deu outro beijo e foi rumo a cozinha.
Quando voltou, estava com um belo prato de sopa nas mãos, que por sinal cheirava muito bem.
– Hum... Isso parece estar bom.
– Espero que goste.
– Queria sentir o gosto dessa comida... Meu paladar foi completamente afetado por essa gripe.
– Coma essa e quando estiver melhor, farei outra se quiser.
Ele comeu e ela ficou velando-o. Ele era um homem tão grande, em vários sentidos, mas naquele momento parecia tão frágil. Nesse momento sentiu seu coração falhar uma batida. Se alguém quisesse fazer algum mal a ele, era só fazê-lo quando estivesse doente, ele ficava não extremamente frágil. Sentiu ímpetos de fazer amor com ele naquela hora, mas precisou se controlar, ele parecia tão... Doce.
Ele acabou de comer e enquanto ela levou o prato para a cozinha, ele foi fazer sua higiene e voltou para a cama.
Ela estava, assim como ele, com uma roupa tem confortável. Deitou-se ao lado dele, e dormiram por longas horas.
¨¨¨¨¨¨
Ela acordou sentindo seus cabelos serem calmamente acariciados. O toque era bom, muito bom, e sabia de quem era, pois só ele conseguia fazê-la sentir-se não bem apenas com um toque.
– Hum... Isso é tão bom!
– Tenho que pagar de alguma maneira por tudo o que está fazendo por mim.
Ela virou de frente para ele e o olhou muito séria.
– Sabe que não estou fazendo nada querendo algo em troca,não sabe?
– Claro que sei... Mas quero lhe agradar também.
– Eu te amo tanto, Griss... Odeio quando está doente... Fica tão frágil... Dá vontade de lhe pegar no colo para que ninguém lhe faça mal algum!
– Sei como é...
– Sabe?
– Sim... Me sinto assim em relação a você... Você parece tão frágil, dá vontade de lhe colocar em uma redoma de vidro para que ninguém a faça mal. Eu te amo e você é a minha vida.
Ela o beijou muito forte. Sua língua mostrou em gestos e carícias o quanto ele também era tudo para ela.
Ela parou de repente quando as mãos dele começaram a tomar rumos que se continuasse, não teria mais voltas.
– Hum... O que foi?
– Griss... Não podemos fazer isso.
– Por quê?
– Você está doente, amor... Está com o corpo ruim e se fizer algum esforço, sua dor no corpo vai piorar... E quero você muita bem.
– Mas querida, esse não é meu castigo... É?
– Não... Mas, enquanto estiver assim, não poderei fazer amor com você. Temo pelo seu bem estar.
– Mas o meu bem maior é você... Estarei muito bem fazendo amor com você.
– Meu amor... Prometo que quando estiver melhor... Compensaremos o tempo perdido, tudo bem?
– Está bem.
Ele estava desolado, mas ela tinha planos nada inocentes para quando ele melhorasse.
"Darei a ela a melhor noite de amor de sua vida. Ela cuidou de mim... Será a minha vez de cuidar dela."– Pensou um certo supervisor que naquele dia estava doente, mas que daqui a alguns dias, estaria novinho em folha e ela será prova viva dessa melhora, porque ela era a melhor coisa que lhe aconteceu!
' To be continued #
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