Mas Sarah não a matou, levantou a blusa de Natasha e viu uma mordida.

Eu gritei, fiquei apavorada. Como Natasha foi mordida? Quando eu iria falar alguma coisa, um zumbi pulou em mim e me fez cair, batendo com a cabeça no chão. Bryan, Sarah e Sam me ajudaram tirando o zumbi de cima de mim. Bryan pegou uma faca e enfiou no crânio do zumbi. Eu não sabia se conseguiria andar depois do susto.

– Bethy você está bem? – perguntou Sarah.

– Claro que estou – respondi, ironicamente – acabei de ser atacada por um zumbi e estou ótima.

Ela virou as costas e foi pegar as malas para irmos ao aeroporto. Dessa vez pegamos mais coisas para adicionar nas malas, como armas, comida e roupas.

– Vai ficar tudo bem, OK? – consolou Bryan e me abraçou.

Eu estava tão apavorada que cheguei a chorar. Conseguimos chegar ao aeroporto, não foi fácil, tivemos que matar muitos zumbis para chegar até lá e também tivemos que carregar Natasha, que já estava muito mal. Conseguimos encontrar quinze aviões, mas todos quebrados por causa do terremoto e cinco helicópteros, sendo que só um estava em melhor estado. Deixamos nossas coisas no helicóptero. Sarah sabia pilotar helicóptero, mas não tinha um co-piloto, o que íamos fazer?

– Bryan, você será o co-piloto – decidiu Sarah.

– Mas eu não sei pilotar – reclamou.

Mas ela o ignorou, explicou um pouco sobre o que fazer e o deixou no helicóptero. Enquanto entrávamos no veículo, vimos alguns zumbis passando, não eram poucos, tinham no mínimo uns quarenta zumbis.

– Não vamos conseguir fazer o helicóptero funcionar até eles chegarem – avisou Sarah, mas não desistiu de ligar o helicóptero.

Eu entrei no helicóptero, mas Sam não quis entrar, a mãe dele estava prestes a morrer, não conseguiria aguentar mais tempo.

– Sam, temos que ir – eu disse.

– Mamãe, vem conosco – pediu Sam – eu não vou te abandonar.

Os zumbis estavam muito perto e tínhamos que ir.

– Isso! – Sarah se alegrou, pois o helicóptero funcionou – Sam venha, a única escolha que temos é deixá-la aí!

Mas Sam não deixou, queria que Natasha estivesse por perto.

– Filho vai – disse a mãe – é a única opção.

Sarah não hesitou, o helicóptero começou a subir e Natasha e Sam ficaram para trás.

– Espere o Sam! – gritei para Sarah, mas ela continuou.

Sam pulou e eu peguei a mão dele e o puxei para dentro do helicóptero. Ele começou a chorar. Eu também fiquei assim quando os meus pais morreram, mas o coitado só tinha sete anos, não conseguiria viver sem a mãe. Natasha, mesmo prestes a virar um zumbi, começou a ser devorada pelos zumbis que chegaram e assim, partimos, sem mesmo poder se despedir.