Nós nos encaramos. Ele fechou os olhos e, quando íamos nos beijar, ouvimos gritos.

Saímos da cama e fomos ver o que estava havendo. As portas da casa haviam se quebrado e os zumbis entrado.

- Como vamos sair daqui? – perguntei a Bryan.

Camila chegou até a gente.

- Gente, temos que sair daqui agora! – falou ela.

- Por que? – perguntou Bryan.

- Olha! – Ela apontou e vimos alguns zumbis no segundo andar.

Fiquei espantada, os zumbis podiam subir escadas?

Camila, Bryan e eu nos trancamos no nosso quarto. Abrimos as janelas e fomos para o telhado. Ouvi batidas na porta. Quando todos saíram do quarto, trancamos as janelas e começamos a descer. Tinham poucos zumbis na rua, a maioria estava entrando na casa. Nos jogamos para uma árvore e descemos. Quando meu pé tocou no chão, senti um choque, eu havia me esquecido que tinha torcido meu pé.

- Bethy, como você vai sair daqui? – perguntou Bryan.

- Vamos para um barco elétrico e saímos pelo mar – palpitei.

Começamos a correr para o barco elétrico mais próximo. Fui a primeira a entrar, depois Bryan e logo, Camila. Camila e eu começamos a movimentar o barco com a mão, enquanto Bryan tentava ligar o barco. Os zumbis começaram a chegar mais perto e, finalmente, conseguimos movimentar o barco. Sentamo-nos enquanto Bryan dirigia.

- Essa foi por pouco – comentou Camila e logo olhou para Bryan – está de mal comigo?

Ele movimentou a cabeça em sinal de negação.

- Eu sei que fez seu trabalho, para dizer a verdade, tenho que te agradecer se não fosse por você, Sam teria me matado sem querer – resmungou ele.

Ficamos a maior parte do tempo sem falar, enquanto seguíamos para os Estados Unidos. Para mim, não tínhamos mais chance de viver, se os Estados Unidos também estivesse assim? O que íamos fazer?

Eu peguei um mapa que estava no barco e comecei a ver as latitudes e longitudes, poderíamos chegar ao nosso país desejado em dez dias, sem contar os zumbis que teríamos que enfrentar, então, vamos dizer em um total de um mês, também sem contar o que pode acontecer com a gente, morrer, balancei a cabeça, queria tirar esse pensamento. Eu não estava sofrendo tanto para não chegar ao meu destino. Eu já estava cansada, não só de fugir, mas sim de perder as pessoas que eu mais amava. Deitei em um pequeno espaço no barco e dormi. Quando acordei novamente, já estava no pôr do Sol. O céu até que estaria bonito se não estivesse tão nublado.

- Vai chover – avisei.

- E isso não é bom – completou Bryan.

Quando olhei para trás, vi Camila cochilando. A ponta da espada dela estava centímetros de mim, me afastei um pouco.

- Como será que Sam está? – perguntou Bryan.

- Esquece isso, vai ser melhor – falei.

Mas eu sabia que ele não ia esquecer, era o mesmo que ele esquecer o irmão vivo. Ficamos mais de uma hora calados, o que iríamos conversar? Não mais o que conversar agora a única coisa que podíamos conversar era: como se proteger. Pronto, não podíamos marcar um cinema, porque poderíamos ver um filme em 3D de zumbis baseado em fatos reais, e nós seríamos os fatos, deu para entender meu raciocínio? Espero que sim.

- Chegamos – ele avisou.

- Aonde? Aqui não é os Estados Unidos – falei.

- É óbvio que não é – disse Camila atrás de mim.

Que não era os Estados Unidos eu sabia, agora eu não sabia o que era o lugar.

- É um laboratório – respondeu Camila.

- Por que viemos para um laboratório? – perguntei.

Bryan e Camila olharam para mim como se fosse óbvio.

- O que foi?

Bryan respondeu por Camila.

- Vamos tentar fazer uma cura para esse apocalipse.