People Vs. Zombies escrita por Anna


Capítulo 1
Ai meu Deus


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo talvez não seja tão aterrorizante, mas espero que gostem. Obs: a narradora-personagem se chama Bethy.



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Eu acordei bem cedo, apesar de não ter aula e ser Domingo, mas acordei apenas para dar uma caminhada e relaxar, já que eu estava precisando muito. Fui caminhar no Parque Central, vi muitas crianças brincando com os pais, gente soltando pipa e até alguns tomando banho de praia, apesar de o céu estar nublado e estar fresco. Sentei em um banco perto da praia, estava ventando muito e o mar parecia prestes a passar de seu limite. Depois de um tempo, saí de perto da praia e fui tomar um chocolate quente, para me esquentar um pouco e, percebi que o chão estava fazendo barulho e estava se mexendo um pouco, mas resolvi não ligar, quem sabe eu era a única que estava percebendo isso. Mas não parecia, muitos estavam olhando para o chão e murmurando uns para os outros.

Resolvi voltar para casa, mas quando estava no meio do caminho, uma tampa de bueiro foi jogado para o alto e desceu batendo no ombro de um garoto de aproximadamente quinze anos, que ficou chorando. Depois o chão começou a tremer e pedaços de asfalto foram quebrando, como moradias e lotes comunitários. Terremoto. Foi a primeira coisa que pensei, mas o terremoto não estava de um modo impossível de se proteger, mas não posso dizer que estava de um modo que você poderia estar sentada contemplando o tempo. Corri para a direção da minha casa, mas fui atingida na perna por um pedaço de concreto perdido de uma casa. Caí no chão, senti muita dor. Rastejei até debaixo de uma casa quebrada e fiquei lá, me protegendo.

Depois de minutos, o terremoto acabou, deixando a expressão das pessoas com terror e susto. Levantei e quando passei os olhos pela rua, o estrago não foi péssimo, posso afirmar que foi ruim. Continuei a andar para a direção da minha casa, com a perna doendo muito. Passei por uma mulher deitada no chão, implorando por ajuda.

- Por favor, me ajude – pedia a mulher para mim – me ajude, por favor!

A perna dela estava coberta de terra, por isso ela não conseguia sair. Fui até ela e segurei o braço dela para puxá-la, mas algo começou a puxar ela para dentro da terra, eu não consegui identificar o que era e a mulher também não estava me ajudando, porque não parava de gritar, mas o pior foi que ela disse que tinha alguém segurando e mordendo a perna dela. Soltei ela e corri para minha casa.

Quando cheguei, não achei meu pai e nem minha mãe.

- Mãe! Pai! – chamava.

Chamei mais uma vez e vi minha mãe, mas ela tinha uma mordida no ombro que sangrava muito.

- Mãe! O que houve? Cadê o papai! Mãe me ajude.

- Filha – explicava ela, chorando muito – seu pai foi puxado para dentro da terra, mas parecia que alguém havia puxado ele e... Eu fui mordida, mas eu vi, foi por uma pessoa. Uma pessoa me mordeu, filha.

Eu não conseguia entender o modo que ela estava falando, o susto devia ter sido tão grande que ela imaginou, mas eu não conseguia acreditar, a mulher que eu tentei ajudar também falou de algo mordendo ela, então a única coisa que pensei foi:

- Zumbis, mãe? Está tentando dizer que existe zumbis?

Ela abaixou a cabeça, mas pela sua expressão, parecia mesmo que até ela acreditava que fosse zumbis. Minha mãe começou a andar até a cozinha e pegou a arma dela. Ela tinha uma arma porque trabalhava no exército e já que ela se aposentou, deram de “presente” uma arma para ela.

- Vai atirar em mim? – perguntei confusa.

Mas ela apontou a arma para a própria cabeça e atirou antes que eu pudesse falar alguma coisa.

- Mããããããããããe! – gritei.

Fui até a direção dela e comecei a lamentar, por que ela fez isso? Mas um pedaço de meu cérebro quase que já sabia a resposta, ela, literalmente, acreditava que zumbis existiam. Beijei sua testa e fiz um curativo na minha perna. Peguei minhas malas, comecei a arrumar e guardei no carro. Eu não sabia dirigir muito bem, apesar de eu já ter feito aulas. Quando carreguei o carro, olhei para trás e vi um grupo de pessoas andando de modo estranho para minha direção, todas quase que esqueléticas e com roupas sujas e rasgadas, outras que não tinham algum membro ou que nem pele tinham. Só tinha uma explicação, que aparecia nas TVs. Zumbis.

- Ai meu Deus – as únicas palavras que consegui dizer para expressar meu medo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, pois os próximos capítulos estarão melhor ;>