Hey, Ho. Let's Go! escrita por RubyRuby


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Gente, não se esqueça que eu só sumi daqui por causa da minha outra história. Se chama "Devil Side" e envolve "incesto", "drogas", "álcool", "sexo", etc. Se quiserem dar uma conferida, ficarei agradecida! E mais uma vez, desculpa pela demora de um século, prometo tentar publicar aqui mais frenquentemente. Boa leitura!



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Trinta e nove

Depois de tomarmos café na cafeteria_ onde ironicamente não encontramos Miguel, como o de costume_, voltamos para casa do Afonso.

_Você sabe mexer nesses aparelhos da Apple...?

Ele sorriu. De fato, eu nunca tinha percebido que ele tinha um iPhone 4.

Ele se sentou no sofá, já tirando seus sapatos, e ficou me encarando.

_Vem cá. Vou te ajudar com toda essa tecnologia, vó._ ele ria de mim, enquanto eu caminhava em sua direção, sentando-me em seu colo.

__________________

Não me restava mais nada senão esperar meu aniversário chegar. Estava pensando em quê iria fazer pra gente comer, ou os enfeites que colocaria na casa, enfim, coisas bobas mas que precisavam urgentemente ser resolvidas.

Bem, Roberta sempre comeu de tudo, tanto é que ela malha justamente para compensar a bagunça que era sua vida alimentar. Miguel era saudável na medida do possível, afinal ele era médico e não tinha muito tempo para se preocupar com isso. Nicolas, enfim, não poderia estar conosco e Talita não deveria. Sobrou-me apenas os três amigos mais próximos que, de fato, fariam toda a diferença pra mim.

Porque querendo ou não, praticamente tudo que eu fiz nesse ano foi com eles_ Miguel, principalmente. Depois de mudar de postura, percebi que há mais para ser visto através das pessoas sem ser seu lado bagunceiro e desordenado como eu fazia com Nicolas. Com Miguel eu aprendi a ser gente de verdade. E foi com Miguel também que eu aprendi que nada é pra sempre, mas que pode continuar a ser bom mesmo depois que já tenha acabado.

Talita, ao contrário de todos, só me fez decepcionar. Ela sempre foi aquele tipo de amiga que você pode contar pra tudo, que você não precisa esconder absolutamente nada porque sabe que com ela estará tudo bem, mas desde uma certa época ela vem me mostrado uma completa traíra. Até chegar o ponto de marcar um encontro comigo e ficar com meu namorado.

Isso tudo ainda estava muito estranho. Digo, toda aquela humilhação que ela se fez passar, tudo aquilo que ela também fez no restaurante estando plena e consciente de suas ideias, bem, aquilo para mim não teria desculpa. Mas o que me incomodou mesmo foi ver que depois disso ela se apresentava tão arrependida quanto eu queria que ela ficasse; ou ainda mais. Estava propriamente derrotada. Só que eu não podia fazer nada além de lamentar, porque o que ela fez foi puramente escolha dela.

De resto, Roberta tem sempre me ajudado bastante com as coisas mesmo depois de termos parado de estudar juntas. Ela estava sempre na minha casa e eu na dela, embora não fôssemos lá as maiores amigas do universo. Eu queria poder chamá-la assim, trazê-la pra minha casa como sempre e poder contar tudo que me afligia no momento, mas é como se a história se repetisse. Eu não podia confiar na Roberta porque eu também não podia confiar na Talita.

Mas por outro lado, Roberta nunca se mostrou cansada pra me ajudar, nem mesmo quando mal conversávamos. Ela sempre tinha a coisa certa pra me falar e me confortar, mesmo que eu não estivesse ciente de que precisava de sua palavra pra seguir adiante. Ela fazia coisas por mim silenciosamente, sem pedir nada em troca.

Afonso, eu nem preciso dizer nada. Parecia um Miguel na fase evoluída. Estava me fazendo crescer como ninguém durante os meses que estávamos juntos, tanto que eu sequer me lembrava do Miguel quando se era esperado.

É claro, tanto Miguel quanto Afonso tinha suas próprias características, mas elas sempre se igualavam quando diziam respeito à mim: ambos ciumentos, que se tornavam grandes homens quando precisavam me proteger ou me defender da mais simples situação. Eles sempre quiseram meu bem. Bem esse que Nicolas nunca demonstrou ter, talvez porque nunca me amou como eu o amei. Mas de certa forma ele também me fazia um bem danado, mesmo que não percebesse, até mesmo quando não queria, e, como eu disse há um tempo atrás, Nicolas sempre me tinha mesmo que não soubesse.

Decidi então, como ninguém estava realmente preocupado com a forma, fazer pizzas. Era clichê, mas continuava sendo muito bom, e, quem não gosta de pizza?

_Amor..._ nesse momento, estou deitada em cima do Afonso, ambos em baixo de uma coberta, em seu quarto, vendo televisão.

_Oi?

_O que você acha de fazermos pizza pra festinha?

_Acho bom, Amor._ disse ele, com uma voz sonolenta.

Eu me revirei em cima dele, de modo à me ajeitar para que os dois fossem dormir, mesmo que ainda fosse de tarde.

Afonso ficou me olhando estranho.

_O que foi?

_Você não devia fazer tantos movimentos em cima de mim, sabia? Eu sou um homem e... Bem..._ ele olhou para baixo e, mesmo que eu ainda estivesse em cima dele, dava para entender o que ele queria dizer.

Nós dois rimos, embora quiséssemos fazer mais. Só que aquela tarde ficou resumida em preparativos para festa, filme, coberta e flertes desnecessários com o próprio namorado.


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Notas finais do capítulo

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