Hey, Ho. Let's Go! escrita por RubyRuby


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE! Não demorei muito, né?
Bem, a Magda pode frustrar vocês nesse capítulo MAS, PORÉM, TODAVIA, ENTRETANTO, essa história é narrada em primeira pessoa, ou seja, é a visão das situações por apenas uma personagem_ Magda. Ela pode fazer coisas que talvez não sejam corretas, mas ainda assim ela mesma não se culpará por seus atos. O que eu quero dizer é que os fatos apresentados aqui são escolha da Magda, não os julgo certo ou errado.
TEM UMA FIC MUITO LINDA que eu queria que vocês lessem. Se chama "A Origem dos Dragões" e é da minha amiga do Nyah! Corram lá e deem uma lidinha. Obrigada!



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Trinta e dois

"O beijei".

Miguel congelou. Me empurrou pra trás, como se eu fosse um veneno que não podia ser bebido em hipótese alguma.

_O que foi?

_Magda, não!_ ele me olhava, arrependido_ Não era isso que eu queria... a Paola morreu. Não posso me curar de uma usando a outra de remédio.

_Qual é o problema? Miguel... deixa eu te mostrar que as coisas não precisam ser tão tristes...

Ele me sacudiu, olhando firme para os meus olhos:

_Magda! Você está descontrolada!

Eu o olhei, em dúvida.

_Eu não devia ter pedido pra você vir aqui..._ ele me olhou, tentando negar que me queria, desviando seu olhar de mim para que não entrássemos naquela "conexão" fatal.

Uma pausa mortal separou Miguel de mim. Eu não podia fazer nada, sabia que ele estava certo. Mas... como assim?! Ele não me quer?!

_Magda...

Ele me olhou, retomando aquela dor nos olhos, lembrando-se de Paola.

_Sai daqui, por favor....

Ele mal conseguia me encarar. Depois do nosso beijo, parecia que ele tentava, em vão, se controlar para não me beijar novamente. Ele virou de costas para mim, passando a mão no cabelo, olhando para cima.

_É isso que você quer, mesmo, Miguel?

Miguel andou até o portão, onde o abriu e olhou para mim.

_Antes que a gente faça alguma coisa que não devemos.

Saí, chocada com tudo o que aconteceu, sem nem olhar pra trás.

A rua estava escura e vazia. Mas eu não estava me importando com isso. Miguel não queria ser meu namorado, não queria me ver. Fui andando, desolada, enxugando as poucas lágrimas de decepção.

Ainda perto da casa do Miguel, um homem cruzou a rua e veio em minha direção. Nos encaramos, sem querer.Ignorei-o, e refiz o trajeto, voltando para casa do Miguel. Mas ele andou mais rápido, e me empurrou para o muro:

_O que uma donzela faz sozinha de madrugada?

Ele começou a passar a mão na minha barriga, puxando meu cabelo para trás. Seu bafo era quase insuportável, e seu cheiro era muito forte.

_Miguel!_ gritei, com o maior pavor do mundo.

O homem riu.

_Miguel? Bem, acho que ele não está aqui, gatinha.

Em questão de segundos, posso ouvir os passos do dele dentro de casa.

Miguel apareceu no portão, ainda em dúvida pelo tom da minha voz. Mas assim que vê o que está acontecendo, suas feições pálidas e tristes mudam completamente. Ele vem correndo, forte, com seus olhos cheios de fúria.

_Solta ela, seu filho da puta!

O homem olha para o lado, e, ao ver que um outro homem, muito maior que ele, vinha em sua direção, até tenta se recuar, mas Miguel o joga no chão com um soco. Ele estava parecendo uma fera, ainda mais irritado do que no dia em que viu Nicolas me beijando. Sua respiração estava ofegante, mas não mais que a minha.

O homem olha para ele, com a boca sangrando, surpreso pelo surgimento tão repentino do Miguel. Ele, ainda morto de raiva, vermelho_ e lindo_, puxou o homem pela gola do casaco e deu um chute entre suas pernas e outro soco no rosto, que agora estava completamente sujo de sangue.

Ele me puxou pra perto dele e fomos rapidamente para dentro da sua casa.

Eu chorava tanto... minhas mãos tremiam e eu estava fria. Eu mal sabia o que falar para Miguel, muito menos ele para mim. Aliás, Miguel ficou super mal com isso. Suas feições, antes tristes e com raiva, agora revelavam-se arrependidas e preocupadas.

_Magda, v-você está bem?

Estávamos sentados no sofá dele, muito próximos. Ele me protegia com seus braços quentes e pesados sobre mim, que agora me tratavam com o maior carinho do mundo, como se ele não tivesse me expulsado de sua casa há pouco. Em um certo momento, pude perceber que ele também estava tremendo. Eu ainda não conseguia falar nada, apenas olhei para ele, com os meus olhos ainda espantados. Ainda podíamos perceber que havia resquícios daquele amor que ele fingiu ter acabado... não tinha como negar. Éramos amor. Um pelo outro.

Eu comecei a chorar mais ainda. Aquele homem! Me olhando daquele jeito, me apertando, me beijando... sabe lá o que ele podia fazer caso Miguel não tivesse aparecido!

_Calma, Magda..._ ele pegou levemente o meu braço, que estava roxo_ vem, eu vou passar um remédio pra ficar menos roxo.

Fomos para o banheiro, onde tinha um armário só de remédios e pomadas. Eu me sentei numa cadeira, ainda com o rosto vermelho, trêmula. Ele puxou um vidrinho escuro, com uma espécie de gel verde. Se ajoelhou de frente a mim e me olhou como se quisesse me tocar, mas não pudesse.

_Miguel..._finalmente consegui falar alguma coisa.

Ele suspirou como se não quisesse mais evitar o inevitável. Olhou-me, com seus olhos verdes, confirmando o que eu tanto queria que fosse confirmado: ainda não estávamos mortos. Pelo contrário, estávamos vivíssimos. Dentro de mim não cabia mais meu amor por Miguel, e deixar isso transparecer fê-lo ficar ainda mais convencido em aceitar os fatos do jeito que são.

Pus a mão em sua bochecha corada, me lembrando do quanto já tínhamos sido felizes juntos... nos beijamos novamente.

_Magda... você sabe. A Paola morreu. E agora_ ele olha para mim, mais intensamente ainda_ isso acontece contigo... eu...

Nos olhamos novamente.

_...Sinto muito.

Ele simplesmente passou o remédio no meu braço, e fez um curativo e se retirou do banheiro.

__________________

_Posso dormir aqui?

_Eu acho melhor eu te levar em casa e...

_Tá, tá bom, Miguel._ deixei visível a minha decepção com ele.

Entramos no seu carro e seguimos em direção à minha casa. Chegamos.

_É..._ ele arriscou uma palavra.

Eu saí do carro e Miguel pisou no acelerador.


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Notas finais do capítulo

REVIIIIIIIIIIIIIEEEEEEEWWWWWSSS????