Sou a garota que divide o cabelo ao meio, que senta bem no centro da sala, que não tem amigos quem dirá então um namorado, faz todas as lições em dia, usa óculos fundo de garrafa, todos só falam com ela quando precisam de algo, mas ela não se importa, porque? Ninguém sabe, ela é querida pela sua familia, sempre foi educada e muito culta, mas por pensar ser feia se fecha ao mundo. Sonhos? Ela tem, muitos, que pensa jamais realizar. Ela prende seus longos e castanhos cabelos em um coque, usa uma blusa de manga comprida de abotoar, e uma saia até os joelhos, o que chama bastante atenção e a faz ser motivo de chacota.

 - Filha! - grita minha mãe

 - Já estou indo! - Gritei em resposta. Meu nome é Mellanie e tenho 15 anos, amo ir a escola, mas sinceramente quero que esse inferno acabe logo para poder ir para Harvard, onde todos realmente estão lá para aprender e ser alguém na vida.

Terminei de arrumar meu coque e desci, meus dias são sempre muito previsiveis, acordo, me arrumo, tomo café e vou para escola, passo o intervalo sozinha, volto pra casa sozinha, faço lição, como, arrumo a casa e durmo, simples, fácil mas não rápido.

Como sempre terminei de comer, escovei os dentes e fui para a escola, não pego ônibus por que prefiro ficar sozinha e além disso a escola é perto da minha casa. Entrei no grande prédio cinza, fui para a minha sala no segundo andar, como sempre fui a primeira a entrar, logo em seguida entra um rapaz alto, cabelos escuros e curto, seu físico de um atleta nato, ele entregou o papel da transferência para a professora, ela o assinou e devolveu. Entre tantos lugares vazios na sala ele sentou justo do meu lado esquerdo, eu o olhei e ele sorriu gentilmente, retribui o sorriso e comecei a arrumar meu material.

Mas logo ele chama minha atenção: