The Whore escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 1
O1. Its A Hard Day, Hard Life.


Notas iniciais do capítulo

Well... não sei por que eu comecei essa bosta, mas vamos ver no que vai dar...
Enjoy : )
(ou não, sei lá)



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Eu estava ofegando no banheiro da suíte. Por um segundo pensei no que eu fazia da minha vida, mas uma voz feminina chamando-me me fez voltar à realidade. Suspirei e me ergui do chão. Inspirei e expirei duas ou três vezes para retomar meu tom e minha aparência facial de dois minutos antes e saí do banheiro.

- Pronta? – Perguntei, encostando na parede, com as mãos no colarinho da camisa xadrez vermelha que eu vestia. A mulher, deitada na cama, somente de sutiã vermelho e uma calça jeans preta resinada, seu corpo definido e suas curvas bem delineadas e charmosas, ela sorriu maliciosamente para mim, e mordeu o lábio inferior, delineado de um batom bem vermelho, a maquiagem bem forte, seus olhos azuis claros me observando como se eu fosse uma presa, os cabelos negros sedosos escorrendo por seus seios volumosos.

- Oooh, pode vir! – Ela disse, e eu sorri de lado. Desabotoei minha camisa e a deixei cair no chão, deixando meu tórax aparecer, e caminhei até a cama, ajoelhando a frente da mulher e me deitando sobre seu corpo sem machucá-la, e juntando nossos lábios num beijo quente, envolvendo minha língua na dela com cuidado. Ela envolveu suas mãos em meu dorso, e senti sua mão esquerda descer minhas costas e apertar meus glúteos. Ri.

- Já tão rápido, princesa? – Perguntei num tom provocador, quando separei o beijo para respirar. Ela riu.

- Vou desperdiçar essa bunda gostosa? – Ela me perguntou, e eu toquei seus seios por cima do sutiã, juntando nossos lábios novamente, passei a massagear os seios da mulher, que passou a gemer baixinho. Minha vez de gemer foi quando ela colocou sua mão sobre minha calça, sentindo o volume que eu tinha debaixo da calça. Ela me virou na cama e me jogou no colchão, sentando sobre meu corpo, beijando meu pescoço e passeando as mãos pequenas por meu abdome, arranhando-me levemente, e me livrou da minha calça e minha box roxa. Ergui as mãos e tirei seu sutiã vermelho e desabotoei sua calça, e a joguei no colchão, daquela vez indo de boca em seus seios, brincando com a língua e com meus dedos com eles, arrancando gemidos altos dela. Desci meus beijos por sua barriga lisa e a livrei de seus jeans e de sua calcinha. Quando minha língua tocou sua intimidade, ela conteve um gemido. Passei a estimular seu clitóris com minha boca, penetrei-a com meus dedos, ouvindo-a gritar, daquela vez, gritar meu nome, segurar meus cabelos, gemer, e então senti que ela havia chegado ao orgasmo.

Sorri quando senti seu líquido entrar em minha boca, e eu subi para seu rosto. Iria dizer algo, mas ela rodou na cama de novo, colocou rapidamente um preservativo em mim e sem hesitar penetrou meu membro em sua boca. Contive um gemido baixo e ela passou a me masturbar com os lábios, beijar meu amigo lá de baixo, e quando senti que eu estava perto de gozar eu a peguei pelos braços e a fiz sentar em meu membro. Ela gritou quando a penetrei, e eu a deitei na cama sem tirar meu membro dela, e comecei a fazer movimentos de vai e vem fortes e rápidos, gemendo, fazendo-a gritar, nossos corpos faziam estardalhaço. Senti meu gozo sair e tive de parar para ofegar. Mas não acabei.

- Bom? – Perguntei.

- Maravilhoso. – Ela respondeu.

- Quer mais?

- Claro! – Ela sorriu, e eu me deitei ao seu lado, atrás dela, correndo minhas mãos para seus seios, acariciando-os e posicionei minhas pernas para que pudesse entrar nela por trás. Quando a penetrei, primeiro devagar, ela gemeu, e apertou forte meu braço, os nós da mão que me segurava estavam brancos de tanta força que ela aplicara em mim. Quando estava dentro dela por completo e comecei a mover meus quadris, desci minha mão direita para sua intimidade, penetrando-a por trás e por sua intimidade com os dedos. Ela gemia e sussurrava que eu devia fazer mais rápido, e obedeci. Ela se contorcia em meus braços, e era divertido saber que eu que a deixava louca daquele jeito. A mulher ficou de quatro quando mandei e eu me ajoelhei, chocando meu quadril contra seus glúteos, dando tapas em suas nádegas e dizendo que ela era gostosa, quando enfim eu cheguei a meu máximo. Não lembro muito bem das coisas depois disso, só lembro de depois de muita sacanagem eu estar deitado com ela, de concha sobre ela, de mãos dadas à mulher, conversando com ela, nossas vozes arrastadas de cansaço, o suor pingando de minha franja e da ponta do meu nariz. A mulher, que aliás, se chamava Vanessa, ofegava mas não estava tão suada quanto eu. Sua maquiagem já era.

- Quantos anos você tem, Jason? – Ela me perguntou.

- Dezesseis. – Respondi.

- Tão novinho?

- Sim.

- Tem muito pique na cama pra um menino da sua idade... – Ela disse, e eu ri.

- É que eu comecei cedo. – Respondi, me encolhendo um pouco. Peguei a mão esquerda dela e fiquei mexendo cuidadosamente em seus dedos, até que vi um anel dourado em seu dedo anelar. – Você é casada?

- Sim, mas... com você foi muito melhor. – Vanessa respondeu, e eu olhei para baixo. Odiava quando isso acontecia.

- Isso foi um elogio? – Perguntei, num riso.

- Sim! Claro! Foi maravilhoso. – A mulher se virou para poder me beijar e eu cedi, simplesmente. Eu a acariciei mais um pouco, e então eu me ergui, dizendo que o tempo havia acabado da forma mais gentil. Vanessa se ergueu e começou a se vestir, dizendo que havia sido maravilhoso e que ela iria voltar. Sorri, agradeci, coloquei a cueca e as calças de novo e quando ela já estava vestida e colocava sua bolsa nos ombros. A blusa que ela usava era preta, de renda, era bonita. Vanessa abriu sua carteira e me deu duas notas de cem e uma de cinqüenta dólares.

- São só cento e oitenta dólares, Vanessa. – Eu alertei. Ela sorriu.

- Um bônus. Foi bom conversar com você, Jason. – Vanessa disse. – Bye, little boy.

Ela me deu um último selinho e saiu do quarto. Fiquei ali, sentado. Mais um casamento que eu estragava. Me ergui da cama e andei até o banheiro, lavar o rosto, me recompor. Aquele era meu emprego: transar. Transar, transar e transar. Eu era um garoto de programas, vulgo prostituto ou vadio. Com homens e mulheres, eu era obrigado a fazer aquilo desde que tinha 13 anos de idade. Parece ser bom, mas não é. Eu comecei sendo forçado por um tutor filho da mãe, já tendo sido vítima de estupros, apavorado e com medo, e nunca eu senti prazer fazendo aquilo. Pude ter ganhado prática e jeito de fazer a coisa direito, mas eu odiava ter de fazer aquilo. Estragar famílias, ajudar homens e mulheres a trair esposas e esposos, arruinar casamentos, namoros e relacionamentos. Eu tinha nojo de mim mesmo por fazer aquilo. Mas eu tinha de fazer. Era meu único jeito de sobreviver. Eu só fazia aquele tipo de coisa bem.

Vanessa havia sido a última cliente da madrugada. Me arrumei, tranquei o quarto, que era o quarto que eu usava para os meus clientes, bati ponto e fui embora da boate, que eu trabalho desde os 15 anos. Antes disso eu era prostituto de rua. Aos quinze eu era mais rodado que muita vadia de faculdade. Não falei com ninguém, geralmente eu conversava com outros caras que trabalhavam lá forçados como eu, que eram legais e eu era amigo deles, tal, mas naquela noite eu estava acabado de tanto transar, de tanto me ferir por dentro por acabar casamentos e de tanto Viagra. Vocês não achavam que minhas ereções eram de verdade, né? Como eu disse, eu nunca senti prazer naquilo. Eu tomava Viagra a cada programa para pelo menos encenar um orgasmo.

Eu cheguei no meu apartamento no Harlem, tomei um banho, me livrei da sujeira da boate, dos resíduos das transas e voltei a ser eu. Meu apartamento não era grande coisa, nem eu era, eu fugi do meu tutor canalha com 14 anos e juntei dinheiro o suficiente para comprá-lo. Era pequeno, mas era bom para um garoto de 16 anos como eu. Sala, um quarto, banheiro, cozinha e área de serviço juntas. Eu não era bagunceiro, eu cozinhava, eu lavava minhas roupas, era bem organizado... bem, nem parece, não é. Fora da boate eu sou outra pessoa. Dentro dela eu sou um dos garotos mais pedidos, danço, faço strip-tease em palco, coisas assim, sem contar o que faço com os clientes na cama, mas fora? Eu estudo, estou um ano adiantado, tiro as notas mais altas da turma, sou tímido, não tenho amigos, sofro bullying por ser nerd, escondo os músculos com casacos grandes de The Big Bang Theory e uso óculos.

Coloquei um conjunto de moletom de Stanford, a faculdade para a qual eu queria ir fazer Direito para me livrar daquele inferno que era a minha vida, deitei na cama de lado e juntei as mãos. Fiz uma pequena oração, eu sei, não faz sentido, mas eu era cristão desde pequeno, sendo forçado a ser prostituto ou não, eu nunca ia largar as raízes dos meus pais e nunca iria largar a fé de que eu ia poder largar aquela minha vida tão ruim.

Meus pais... a menor lembrança deles me derrubou feito avalanche. Minha família... é engraçado. Era revoltante. Eles foram forçados a me abandonar. Por que eles eram muito pobres e nós, eu, mamãe e papai estávamos abaixo da linha da miséria. Tinham dias que se eu somente bebesse água e comesse um pouco de pão teria sido ótimo. E veio o Conselho Tutelar, eu tinha nove anos. Me arrancaram dos meus pais e me jogaram para um homem chamado Nick. Ele tinha 30 anos, professor de história de faculdade, rico, um cara legal, ia ser meu tutor. Ele era legal até que eu o conhecesse, e provou ser um canalha. Ele me estuprou, me torturou, me violentou até eu estar sangrando no chão, e quando eu tinha 13 anos passou a me deixar em uma esquina para transar com quem quisesse por dinheiro. 13 anos. E ele me tomava o dinheiro que eu conseguia com as transas que eu era forçado a fazer. Me deixava com fome, trancado num sótão, e com o tempo eu descobri que ele só me queria para isso. Nos poucos tempo que ele ia me ver, era para me forçar a fazer sexo com ele. Até que eu cansei, fugi de casa com quinze anos e arrumei emprego naquela boate e bordel de go-go-boys ou algo assim. Homens e mulheres freqüentavam o lugar e pagavam para programas, mas as atrações eram só homens (ou adolescentes, como era o meu caso, e único por ali). Eu era o mais novo, tinha 16, quase 17, o mais velho era meu melhor amigo, se chamava Ryan Good e tinha 24 anos. Um dos caras mais legais que eu já conheci e até hoje tenho orgulho de chamá-lo de "melhor amigo".

Minha mente voltou à realidade, e depois da minha oração, eu fechei os olhos e simplesmente adormeci.

Acordei com meu despertador tocando, eram sete horas da manhã de terça feira, e eu me levantei para me arrumar e ir para o colégio, eu estudava num colégio no Queens, era meio longe, mas eu sempre ia para lá de bicicleta, demorava menos, não pegava engarrafamento e ia por um caminho menor. Me ergui da cama, suspirei e coloquei meus óculos e tomei um banho, coloquei um jeans e um casaco, nem me importei em trocar minha camiseta cinza, não ia tirar o casaco mesmo... quando já estava vestido, andei para a cozinha e fiz um suco e torradas. Comi rapidamente, peguei minha mochila, as chaves, apaguei as luzes, tranquei a porta da sala e saí. Desci as escadas, meu apartamento ficava no terceiro andar, peguei minha bicicleta, subi e fui. Pedalei em alta velocidade, por ruas que hoje eu nem faço mais questão de lembrar, com o tempo virou automático, ouvindo música no meu iPod (presente de uma cliente mega-satisfeita.) até chegar no prédio de quase dez andares no meio de vários outros prédios altos. Desci para a garagem e guardei minha bicicleta lá, tranquei e tal, e subi para minha sala antes que me atrasasse.

Quando entrei na sala, na hora, fui imediatamente atacado por uma bolinha de papel que me atingiu no rosto.

- Muito engraçado. – Disse para o garoto que me zoava desde muito tempo e me sentei numa das primeiras cadeiras da fileira rente à parede. Logo uma professora chegou. Srta. Edmunds. Ela era minha professora favorita desde que a conheci, apesar da matéria que ela lecionava. Química. Talvez a matéria que eu mais odeie desde sempre. Mas eu era bom por causa dela. Ela era simpática, ela era bonita, ela era simplesmente maravilhosa, ela me dava atenção, não só a mim, mas como a todos os alunos, ela ensinava bem desde o primeiro ano. Srta. Edmunds era alta, tinha olhos azuis claros, se vestia feito hippie, com calças boca de sino, tênis All-Stars sujos e rabiscados, camisetas de bandas antigas, os cabelos escuros encaracolados descendo levemente por seus ombros. Não me importava mais com ela ser professora e apaixonada por Química, ela chegava radiando alegria, assoviando a melodia de Don’t Worry, Be Happy de Bobby McFerrin, era sua hipnose para fazer todos prestarem atenção na aula e tirarem as melhores notas do terceiro ano do Ensino Médio do colégio.

- Bom dia, pessoal! – Ela disse, sua voz doce soando em meus ouvidos e me deixando entorpecido por quão maravilhosa era minha professora de Química. Nem faço questão de me lembrar da matéria que ela lecionou aquele dia, o que realmente fez daquela aula especial foi quando ela entregou um certo teste que eu tirei a nota máxima. Ganhei um beijo dela. Um selinho de quase dois segundos, mas um beijo. Fui o único da turma a ganhar beijo dela. Começou quando ela avisou que iria entregar o teste. Um a um, ela foi entregando as folhas corrigidas na mesa de cada um, dizendo coisas do tipo Parabéns!, muito bem!, Só não use mais batom como corretivo!, coisas desse tipo, até que ela parou na minha mesa. Eu era o último.

- Você fez meu dia! – Ela ergueu as mãos em comemoração. Não entendi.

- Han? – Soltei.

- Você tirou A+! – Ela me entregou o teste e eu abri a boca quando vi a nota escrita em vermelho no topo da folha. Eu nem sequer havia estudado. – O único do terceiro ano inteiro a tirar nota máxima! Merece um beijo!

E foi nisso que ela segurou meu rosto e juntou nossos lábios. E depois ainda me deu um beijo na bochecha. Quando ela se afastou de mim eu estava vermelho, olhando para ela, um sorriso fraco no rosto. O fim da aula estava chegando, mas mesmo depois de Srta. Edmunds ter deixado a sala, eu fiquei quase com a mesma expressão de idiota, olhando para o quadro, nem ouvindo o que os professores diziam, só lembrando do beijo que ela me dera.

O dia correu rapidamente graças a minha retardadice. Logo eu estava em meu apartamento, sentado no sofá, depois de um banho e de um sanduíche de peito de peru, jogando videogames quando o telefone tocou. Com o controle em uma das mãos, tentando não fazer o carro de Need for Speed bater ou ser pego pela polícia, eu atendi.

- Jason Banks. – Soltei, assim que pus o telefone no ouvido.

- Jason? – Reconheci a voz feminina de longe. Era minha chefe. Se chamava Annie, mas no trabalho era conhecida como Sasha, era dona da New Delight, que era o nome da boate em que eu trabalhava (dona da boate, não cafetina). – Sou eu, Annie.

- Oi. – Eu disse. Gostava dela, mas quando ela me ligava no meio do dia não era legal. Geralmente um programa à domicílio. – Tudo bem?

- Oi, tudo. Veja... eu sei que não é da sua praia, mas um homem em Manhattan ligou querendo seus serviços. – Ela disse. Sabia que eu não gostava de fazer programas com homens, ela até tentava me livrar deles, mas tinham vezes que eles me queriam.

- Eu?

- Sim, ele disse que só você servia. Se não quiser não tem problema.

- Não, eu... eu vou. Quanto ele vai pagar?

- Trezentos e cinqüenta mais o quanto você gastar no táxi e gorjetas. – Annie me respondeu.

- Eu vou. Onde é? – Perguntei. Ela me deu um endereço no Lower Manhattan, disse o nome do cliente e umas informações básicas sobre ele, e disse que eu teria de encontrar meu cliente lá em uma hora. Concordei e ela desligou, me desejando boa sorte. Quando a linha caiu e eu guardei o telefone eu desliguei a televisão e o videogame. Hora de voltar a ser vadio. Eu troquei de roupa, coloquei um jeans mais justo, uma camisa branca de gola v com jaqueta de couro, óculos escuros fiquei mais sexy e provocante, digamos assim. Ensaiei caras e bocas como sempre fazia na frente do espelho e coloquei meu celular no bolso.

Peguei as chaves e saí. Peguei um táxi e segui para o lugar, enquanto tentava lembrar de tudo. O meu cliente era um homem chamado Daniel Wilson, um cara rico, empresário, tinha lá seus trinta e tantos anos. Morava em uma rua residencial, onde o endereço que Annie me dera me levou, quase um condomínio, e eu parei na frente de uma mansão enorme. Dei uma nota de vinte dólares para o motorista, havia dado exatamente vinte dólares, e eu desci. Quando eu parei na frente do portão de entrada, ele logo se abriu, como se já estivessem esperando por mim. Um homem estava na minha frente. Era alto, moreno, forte, e estava de terno.

- Boa tarde, Jason! – Ele disse, me dirigindo um sorriso. Tirei os óculos escuros e dirigi a ele um sorriso fraco.

- Boa tarde. – Respondi. – Você deve ser Daniel, certo?

- Sim. Mas só Dan está bom. Venha comigo, vou te levar para dentro. – O homem me respondeu, e pôs o braço em volta de meus ombros. Me guiou pelo jardim, pelo caminho que tinha no meio de vários arbustos e árvores cuidadosamente podadas até a mansão moderna, grande e bem... uau. Quando chegamos perto da entrada principal as portas correram sozinhas e eu vi a sala de estar enorme. Nem sei descrever. Só me lembro de que havia um sofá vermelho, e foi onde ele me apontou para que eu sentasse. Quando ele não estava olhando para meu rosto eu suspirei, hora de deixar de ser eu e ser o prostituto tarado bissexual.

- Como está? – Ele me perguntou.

- Bem. E você?

- Me disseram que você é bom. E eu não quero que seja ruim, tudo bem? – Daniel disse.

- Claro. – Disse, assentindo. Ele se posicionou na minha frente e segurou minha mão. Suspirei e então fui para frente abruptamente, beijando-o de surpresa. E então ele tocou meu rosto. E então tudo passou na minha mente em um lapso de tempo, Daniel me erguendo do sofá e me guiando pela casa enquanto me beijava, me jogando contra a parede a cada corredor, tirando minha jaqueta e a arremessando em qualquer lugar.

- Então você gosta de dominar? – Perguntei, num intervalo, e ele riu, voltando e me beijar. Senti suas mãos subindo por meu abdômen, e então ele abriu uma porta. Senti meu corpo sendo arremessado e caí sentado numa cama. Olhei para ele enquanto desabotoava a própria camisa e quando a livrou de seu corpo vi que Daniel tinha o hábito de malhar. Ele se deitou sobre meu corpo novamente, daquela vez beijando meu pescoço. Ele tirou minha camiseta branca, e quando a fez, passou a acariciar meu peito e eu fui meio que forçado a fazer a mesma coisa com ele. Quando senti que ele iria tirar minha calça, eu parei e me ergui.

- Espera! – Eu disse.

- Quê? – Ele perguntou, atordoado.

- Onde é o banheiro?

- Ali. – Ele apontou uma porta.

- Já volto. – Falei, me erguendo. – É rapidinho.

Me levantei da cama e corri até o banheiro. Quando fechei a porta eu peguei imediatamente a cartela de comprimidos azuis que eu guardava no bolso. Só tinha mais um, era o que eu precisava, pequei o comprimido e coloquei na boca. Bebi a água da torneira mesmo, fiquei alguns minutos ali, dez, quinze, talvez, e voltei para Daniel. Ele reclamou da minha demora, óbvio, mas eu tinha de enrolar um pouco para ter tempo do Viagra fazer efeito. Eu me deitei sobre seu corpo e ele voltou a me beijar e acariciar. E então a ereção veio quando devia, quando Daniel se sentou na cama, eu sobre o colo dele.

- Hum... bem dotado, você, han... – Ele murmurou quando colocou a mão sobre meu membro ereto, ainda por baixo da calça, cortando o beijo. Ri.

- Obrigado, eu acho. – Respondi. Daniel tocou meu rosto delicadamente.

- Engraçado... disseram que você tem pique e essas coisas...

Meu rosto perder expressão.

- Eu não estou fazendo bem?

- Não! Não, não é isso! – Ele riu. Fiquei confuso.

- Então... algum problema?

- Não... só não é como eu esperava, eu esperava um alguém desinibido e todo depravado. – Ele riu. – Você é meio tímido. Eu gosto assim... soa até infantil, é fofo.

Ri.

- Quer que eu mostre meu lado depravado? – Perguntei. – Ou desinibido?

- Agora? Bem, seria útil... – Ele disse.

- Uma pergunta: você tem AIDS ou algo assim? – Perguntei. – Alguma DST?

- Não, eu juro. Fiz exames semana passada. Pode... pode mostrar sua depravadice sem preservativo. – Ele riu. Assenti. Daniel me deitou sobre a cama e abriu a braguilha do meu jeans, descendo minha calça até eu estar somente de cueca, uma cueca box preta da Calvin Klein. Ele me livrou daquela peça de roupa que era inútil a ele e eu desabotoei sua calça, livrando-o dela também. Inverti nossas posições e fui de boca em seu membro, fazendo-o gritar de prazer. Fui fazendo um vai-e-vem com a boca em seu membro grande e ereto até que ele gozasse em minha boca. Ri, quando ele se acomodou nos travesseiros, sentindo o amargo de seu sêmen, e me levantei, meus lábios estavam num tom avermelhado e o sêmen escorrendo pelo canto de minha boca.

- Sou fofo e tímido agora? – Perguntei.

- Oh... não mesmo. Mas eu gosto assim. Gosto assim e fofo e tímido.

- Tudo a seu tempo? – Perguntei, me deitando sobre seu peito e beijando seu pescoço.

- Tudo a seu tempo. – Ele concordou. Sorri, e posicionei minhas pernas uma de cada lado do corpo de Daniel, e me ergui, sentando sobre seu tórax. Não demorei a penetrar seu membro em mim, sentado mesmo, e soltei um gemido enquanto mordia o lábio inferior. Daniel quase gritou de prazer quando eu comecei a me movimentar, rebolar em seu colo para fazer seu membro me invadir mais.

Ele se sentou e eu afoguei meus dedos em seus cabelos negros curtos.

- Oh, Deus... – Ele murmurou ao pé de meu ouvido. – Como você é gostoso...

Ri, uma risada baixa e quase sussurrada ao pé de seu ouvido.

- Você ainda não viu nada. – Disse, depois da risadinha. Eu me mexia e provocava seu prazer até que o sentisse gozar dentro de mim. Suspirei, trêmulo. – Oh...

Ele sorriu e me jogou na cama, abrindo minhas pernas e me invadindo novamente. Gritei de prazer. Oh, Deus, aquilo ia demorar para terminar.


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Notas finais do capítulo

Bom ou ruim?



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