Beauty And The Beast escrita por Maria C Weasley


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ira conter algumas cenas de violência, mas nada muito grande e detalhado.



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- Eu estou um pouco confuso.

- Perdoe-me Ministro, sou Mirach, Mirach Prewet.

- Prewet? Então ela é sua filha Kristan, mas não me lembro de você comentar que tinha uma menina.

- Ela é minha única menina, é a segunda mais nova.

- Bem, de qualquer forma, bem vinda ao Ministério, minha jovem.

- Obrigada ministro.

Eles voltaram a discutir sobre o pseudo bruxo das trevas que vinha atacando alguns trouxas e também alguns nascidos trouxas, me limitei a preparar o relatório e fazer as descrições que Kipling me pedira, mas eventualmente eles até pediam a minha opinião em alguns pontos, eles lê-se Kipling e o ministro, e acredito que tenha me saído bem.

- Você pode ir para casa, não vou mais precisar de você hoje. – Kipling falou ao fim da reunião quando entreguei a ele o pergaminho contendo detalhadamente o que fora discutido na reunião. – A propósito, bom trabalho.

- Obrigada, vejo você amanhã.

Entrei calmamente no elevador, mas quando as portas estavam prestes a se fecharem meu pai entrou.

- Como você ousa aparecer aqui? – Ele perguntou agarrando o meu braço assim que as portas se fecharam.

- Fazendo da mesma maneira que você, conseguindo um emprego.

- Não banque a engraçadinha comigo Mirach, você acabou de me fazer passar a maior vergonha na frente do ministro. – Ele falou apertando ainda mais o meu braço.

- Bom nós dois sabemos que isso não teria acontecido se você ao menos comentasse com as pessoas a respeito da minha existência ou se você tivesse parado ao menos um segundo da sua vida para saber o que eu faço com a minha e escutasse o que eu digo, porque desde meus oito anos comuniquei que trabalharia aqui.

- Você não pode falar comigo desse jeito Mirach Prewet e como você bem sabe ou ao menos deveria, esse não é o comportamento que se espera de uma dama. Amanhã você dirá ao Kipling que pensou melhor e percebeu a besteira que estava fazendo para então pedir demissão.

- Não!

- O que você disse?

- Não! Eu não vou fazer isso!

- Não me desafie Mirach ou será pior para você. – Ele falou apertando novamente o meu braço, que ele ainda não soltara.

- Eu não tenho medo de você, não sou mais uma garotinha que você pode ameaçar a hora que quiser, então eu lhe darei apenas um conselho papai, não me subestime. Eu não fui a melhor aluna de Hogwarts e tirei as notas mais altas em meus NIEM’s de Feitiços e de Defesa Contra as Artes das Trevas a troco de nada. – Falei sem elevar o meu tom de voz. – Eu sei azarar pessoas melhor do que ninguém e possivelmente conheço mais feitiços até do que o senhor então não me ameace, não ouse me ameaçar porque quem sairá arrependido dessa história será o senhor e não eu. E apenas mais um conselho, se eu fosse você largaria o meu braço e não voltaria a fazer isso ou pode estar certo que não me comportarei como uma dama delicada.

Ele me encarou atônico e no choque acabou soltando o meu braço, nunca nenhum de meus irmãos, ou até mesmo eu, falara com ele dessa forma. A única diferença é que ao contrário de Argos e Ignatio agora que eu era independente não daria satisfação a ninguém, bem talvez a Tom, mas apenas porque gosto de contar as coisas para ele.

- Obrigada. – Eu soltei sarcástica enquanto a porta do elevador se abria. – Eu vejo o senhor em casa.

Assim que me encontrei no saguão aparatei para casa, alguns anos atrás eu estaria morrendo de medo por ter falado com ele daquela maneira, mas hoje não porque eu sabia que já não tinha como fazer nada contra mim.

- Mirach Prewet onde foi que você se meteu? – Minha mãe perguntou furiosa assim que me viu e eu sabia muito bem o motivo, ela odiava não saber das coisas.

Não respondi de imediato, pois observei Othy espiando do corredor assim como Ink fazia da cozinha e apenas por não querer que eles pagassem pela minha rebeldia que não sorri na direção deles.

- Estou esperando uma resposta.

- Bem, eu... – Mas qualquer coisa que eu pretendesse falar foi interrompida pelo grito do meu pai que acabara de chegar via pó de flu.

- MIRACH PREWT!!!!

- O que você fez? – Minha mãe perguntou agora assustada.

- Estou trabalhando no Ministério. – Falei simplesmente e me virei para encará-lo. – Presente.

- Você não irá falar comigo daquela maneira.

- Achei que já tínhamos sido claros quanto a isso. Você não manda mais em mim.

- Enquanto viver sobre o meu teto terá que me obedecer, sua garotinha mimada.

- Olha, você pode me chamar de muitas coisas, mas mimada não é uma delas, até porque uma coisa que sempre me falto nessa casa foram mimos. – Eu falei séria. – E quanto ao outro ponto, não iremos discutir por conta disso, me de apenas alguns minutos para fazer as minhas malas que eu vou embora.

- Você não teria coragem de fazer isso.

- Quer apostar? – Perguntei aproximando o meu rosto. – E pode perguntar a qualquer um, eu sempre ganho as apostas que faço.

- Você é uma imprestável que vai arruinar o nome dessa família, eu devia ter me livrado de você junto com aquela bastarda da sua irmã. – Ele falou retribuindo meu olhar, dois pares de olhos cinza que brilhavam tal qual verdadeiras laminas de aço. – Eu devia saber que vocês duas eram farinha do mesmo saco e graças a sua mãe acabei deixando que ao menos um das imprestáveis que vocês duas são permanecesse sobre o meu teto.

- Não vai falar assim da minha irmã! – Eu gritei.

- Parece que mesmo depois de todos esses anos ela continua a ser seu ponto fraco. Muito interessante, porque eu pensei que já a houvesse esquecido.

- Aparentemente pensou errado e além do mais você não pode fazer nada contra ela, não pode mais usá-la para me ameaçar, porque o senhor não faz a menor ideia da onde ela está.

- Eu tenho meios Mirach, não duvide nem por um segundo que posso encontrar Liandan, porque quando eu tiver essa moeda de troca nós finalmente veremos quanta coragem você tem.

- Você não vai tocar nela. – Eu falei pausadamente enquanto pegava a minha varinha para então gritar com todas as forças que eu tinha. – Estupefaça!

Meu pai voou batendo contra uma das paredes da sala e por alguns segundo achei que minha mãe iria desmaiar, mas aparentemente ela conseguiu se controlar, pude também ver as expressões de choque nos rosto de Othy e de Ink.

- Sua... sua... – Ele começou se levantando, mas aparentemente não encontrou em seu vocabulário uma palavra para usar contra mim.

Eu sinceramente não estava preocupada, sabia que em um duelo o superaria com facilidade, mas quem poderia ter imaginado que Kristan Prewet, um dos bruxos que mais prezava sua imagem e a pureza do sangue, deixaria a varinha de lado e partiria para uma agressão física, característica dos trouxas, me dando um soco que me derrubou no chão e chutando a minha varinha para longe.

Eu jamais teria imaginado porque não percebi uma coisa, não percebi que ele tinha consciência de que não poderia me vencer em um duelo mágico, mas eu sou uma intelectual baixa e muito magra enquanto ele assim como meus irmãos mais velhos era forte. Sou bastante realista para saber que estava perdida.

- Você quer brincar Mirach? Então nós vamos brincar. – Ele falou enquanto me erguia do chão com facilidade.

Como ocorrera com Liandan minha mãe ficou parada sem ter coragem para contrariá-lo, mas vi Othy correr até Ink dizendo alguma coisa que não escutei antes de vir em meu socorro.

- Essa briga não é sua Othymyer, se afaste agora.

- Saia daqui. – Eu consegui falar, afinal não queria que acontecesse com ele o mesmo que aconteceu comigo muitos anos atrás.

- Seu amor pelos outros sempre foi seu maior defeito, sabia disso? – Ele falou empurrando Othy para o lado e me dando um tapa logo em seguida.

Meu irmão tentou voltar para perto de mim, mesmo eu dizendo claramente para ele não fazer isso, mas nossa mãe o segurou, ela sabia muito bem o que aconteceria se ele tentasse novamente, afinal ela estava na cozinha dez anos atrás. Nesse meio tempo recebi um novo tapa e minha face que já ardia agora parecia queimar, eu vi a mão se levantar para um novo golpe quando novas mãos o pararam e o dono delas tinha os olhos escuros focados no meu pai, olhos que transbordavam ódio.

- Não vai tocar nela.

- Não pode me dizer como tratar a minha filha.

- Posso, quando essa filha é minha noiva. – Ele falou com a voz fria, uma voz que eu tanto amava.

Meu pai acabou me soltando com o susto pela notícia, mas Tom me segurou impedindo que eu caísse no chão.

- Não era exatamente assim que eu tinha imaginado contar para eles. – Ele murmurou para que apenas eu escutasse e consegui lhe dar um pequeno sorriso apesar dos machucados no meu rosto.

Minha face ardia de mais e sabia que meu nariz estava sangrando, mas Tom ignorou qualquer coisa e me levou até o meu quarto onde me deitou delicadamente na cama, verdade seja dita ele não é uma pessoa romântica, mas eu me contento com esses pequenos momentos.

- Você é louca sabia? Se não fosse seu irmão mandar aquele elfo doméstico atrás de mim eu não teria chegado a tempo e você podia estar morta. – Ele falou enquanto usava a varinha para curar os meus ferimentos.

- Alguém tinha que enfrentá-lo. – Eu falei o encarando, pois parecia que ele estava realmente preocupado comigo e Tom não é disso. – Além do mais ele queria me tirar do Ministério.

- Não se preocupe, minha querida, apenas descanse que eu vou resolver tudo.

Tom saiu me deixando sozinha, mas menos de um minuto depois Othy e Ink entraram no quarto e percebi que o primeiro estava chorando.

- Eu devia ter te protegido.

- Você fez isso. – Falei o abraçando. – Se não tivesse pedido para Ink buscar Tom não sei o que teria acontecido, só estou aqui por conta de vocês.

Me obriguei a sorrir para os dois, graças a Tom meu rosto já não doía mais, mas o mesmo não posso dizer do meu orgulho, era verdade que eu havia ganhado, mas qual fora o preço que eu mesma pagara por essa rebeldia que sempre cultivei? Com essa pergunta ainda rondando a minha mente adormeci.


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Notas finais do capítulo

Eu sempre imaginei o pai dela como uma pessoa violenta então acabou saindo esse capítulo. E aí o que acharam do Tom, ele está realmente preocupado com ela ou é apenas encenação?
Sei que estou fugindo um pouco da história original com essa história de casamento e tudo mais, mas prometo que logo tudo fará sentido.



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