O Diário Perdido De Bella escrita por Miss Stilinski


Capítulo 8
7.




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– Eu prometo trazê-la antes das onze, senhor. – Falou Will todo cavalheiro. Que lindo.

O pai de Ane apenas concordou com a cabeça.

– Até mais – falou a garota, fechando a porta.

Ane e Will saíram para a noite fria e escura.

– Você está... Linda – falou ele olhando-a.

– Obrigado – ela sorriu. – Voce está maravilhoso também.

– Obrigado.

– Aonde voce vai me levar? – perguntou Ane curiosa.

– Gosta de surpresa? – perguntou ele.

– Sim.

– Então é surpresa – ele deu seu famoso sorriso angelical.

Ele a conduziu até seu carro e abriu a porta para ela.

– Que cavalheiro. – Falou ela, sorrindo.

– Tenho que ser assim. – Disse ele fechando a porta e dando a volta para sentar-se no banco do motorista.

– Então, você tem idade suficiente para dirigir? – perguntou a menina.

– Mais ou menos – disse ele pensativo. – Para falar a verdade, eu deveria dirigir daqui um ano mais ou menos.

– Por quê?

– Por que eu faço 17 no meio do ano. – Respondeu ele. – Fico metade metade na escola, entende?

– Sim. – Respondeu Ane. Ela o olhava. Ele estava com uma calça jeans, uma blusa branca – destacava seu peito musculoso – e uma jaqueta de couro preta. Lindo.

– Voce está lindo – falou Ane, sem pensar.

– Nossa, obrigado. Voce está perfeita – ele sorriu.

– Não sabia que era perfeita. – Comentou Ane.

– Então você não se olhou direito – respondeu Will.

Ane sorriu e eles seguiram a metade do caminho em silêncio.

Enquanto eles estavam em silêncio, Ane pensou no passara até ali.

Ela detestara Forks desde o momento em que seus pais pronunciaram a palavra. Mas quando chegara e conhecera Will, Mary e lido o diário, Ane passou a perceber que aquele lugar era legal e que escondia um precioso segredo.

– Voce está tão quieta – falou ele olhando para a estrada.

– Estava pensando.

– Em quê? – perguntou ele.

– Em tudo.

– Hum... – respondeu ele.

– A... a gente está chegando? – perguntou a garota. Ele respondeu sorrindo.

– Quase.

Decorridos alguns minutos, Will a olhou.

– Gosta de comida brasileira? – perguntou ele.

– O quê? Não, nunca comi. Você já?

– Sim. – Ele sorriu. Era incrível como ele não fica bravo.

– É bom?

– Muito.

– Hum... – falou a menina.

– O quê?

– Tenho um palpite de onde voce está me levando.

– É?

– É. – Respondeu Ane.

Ele sorriu, Ane sabia que ele já tinha pescado o palpite que ela dera.

Ane não sabia para onde ele a estava levando. Ele dirigia como se já tivesse feito isso várias vezes. Bem, ele comeu várias vezes em algum restaurante brasileiro.

Depois de bastante tempo dentro do carro, ele finalmente o estacionou o veículo em frente a um restaurante, como a garota suspeitava, brasileiro.

Ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta do carona para Ane sair.

– Eu sabia que você ia me levar num restaurante brasileiro – falou ela andando com Will até a entrada do restaurante.

– Mas esse é especial. – Disse ele.

– Por quê? – perguntou Ane.

– Por que é da minha família. E reservei-o para a gente hoje.

– Nossa que legal! – exclamou a menina. – Seus pais são brasileiros?

– Não. Mas são apaixonados pelo país. Devo confessar que eu também gosto de lá.

– Vocês já foram para o Brasil? – Ane estava achando tudo àquilo que ele estava dizendo fascinante.

– Já. – Respondeu ele abrindo a porta do restaurante para entrar. – E foi lá que meus pais aprenderam os segredos da comida brasileira.

– Qual estado você já foi?

– Nós só passamos três estados: Manaus, São Paulo e Rio de Janeiro.

– Você gostou mais de qual?

– Ah, do Rio! – falou ele. – Lá é muito lindo. As praias, as árvores... Tudo.

Ela o olhou por um momento. O que será que ele vira lá no Brasil? Garotas bonitas, com certeza.

Eles entraram no restaurante que tinha uma aparência muito alegre. Com cores vibrantes, o balcão cor de prata, tinha a bandeira dos Estados Unidos e ao lado a bandeira do Brasil, as mesas eram coloridas e o piso era de um tom branco. Mas no final do amplo espaço, havia uma mesinha com uma toalha vermelha com arranjo de flores, que não combinava
nada com a habituada decoração do restaurante.

– Que... lindo – falou a menina encantada.

– Ah, não é nada demais. Foi a minha mãe que fez – respondeu Will.

– Sério, Will. É lindo. – Disse ela novamente. – É simples, charmoso e tudo mais. Você meu deu um encontro perfeito. Nada de idéia mirabolantes.

– Que bom que você gostou – ele sorriu. E então, pegou a mão de Ane e a conduziu a te a pequena mesa ao fundo.

Ela sentou-se defronte para ele. De trás de uma porta, surge uma mulher alta, de cabelos lisos e castanhos – igual à de Will – com uma bandeja. Vinha sozinha com um sorriso bondoso no rosto.

– Olá – falou ela. – Meu nome é Sarah, e vou servi-los hoje. O que desejam?

– Ane, essa é minha mãe. – Disse Will rindo.

– Prazer – disse Ane estendendo sua mão para apertar a de Sarah.

– Prazer – disse a mulher apertando sua mão. – Então, o que vão querer?

– Por que não traz um especial? – Perguntou Will.

– Claro. – Falou sua mãe e saiu.

– Não tem pimenta na comida não, tem? – perguntou a menina com medo. – Eu odeio pimenta. – Will riu.

– Não. Isso não é comida mexicana.

– Ah sim! – exclamou a garota aliviada.

Eles conversaram sobre tudo. Will perguntou sobre Nova York, perguntou sobre os amigos que ela tinha lá, o que ela fazia quando não estava na escola, se ela ia ao shopping, se ela gostava de animais. Enfim, sobre tudo. Depois foi a vez da garota. Ela perguntou se ele sempre morara em Forks, se já havia perdido alguém, se ele já se apaixonou, se ele tinha muitos amigos, se ele gostaria de ter um irmão e outras coisas.

Depois de algumas horas a mãe de Will chega com a comida. Ela colocou os pratos em cima da mesa junto com os refrigerantes.

– Obrigado – falou Ane. – Que cheiro ótimo. O que é isso? – perguntou para Will, apontando para o prato.

– Isso, é arroz e feijão. – Falou ele.

– Sério? – falou Ane olhando para os grãos de arroz branquinho. – Que legal.

– É gostoso.

– E isso? – perguntou novamente a garota, apontando para o que estava por cima. Will riu.

– É engraçado. Essa comida, originalmente não era para ser servida assim. Só que eu adoro. Um homem ensinou meu pai isso. E é realmente bom.

– Humm... Isso é visivelmente batata frita.

– É – falou Will. – E isso é farofa e isca de carne e molho acompanha. – Will disse tudo que estava no prato.

– Farofa? – falou Ane sorrindo, tentando falar a palavra. – Fa-ro-fa. – Ela riu. – Legal!

– Come, é o meu favorito. – Disse Will, servindo de uma garfada. Então, Ane fez o mesmo.

– Junta tudo. – Falou ele rindo. Ane o olhou comer. Até comendo ele parecia educado e lindo.

Ane o imitou e comeu. Era muito bom!

– Nossa! – exclamou a menina. – É muito gostoso!

– Eu falei que era. – Disse ele. – Posso lhe dizer uma coisa?

– Pode me dizer tudo. – Respondeu Ane.

– Eu já trouxe alguém para um encontro parecido com o nosso. Mas ela não gostou da comida. Estava com medo de que você não gostasse. – Admitiu ele.

– Eu sou o tipo de garota que não liga para esses tipos de coisa. Eu experimento. – Falou Ane. – E é perfeito tudo que você fez hoje. Só não gostei da parte da outra garota.

– Isso não importa – disse ele. – É com você que eu estou agora, não é? É isso o que realmente conta.

Ane sorriu e comeu.

Eles não conversaram muito enquanto comiam. Quando terminaram, ainda eram nove e quarenta da noite.

– Você ainda não precisa me levar para casa agora – falou Ane.

– Eu sei – disse ele. – Vou levá-la para a praia.

Ele dirigiu até uma reserva chamada La Push.

Ele dirigiu até para numa praia que via todo o mar.

Eles saíram do carro e fomos andar pela praia.

– Sabe, lá Nova York é tão cheio da luzes artificiais. E aqui temos a luz da lua e das estrelas. – Disse Ane.

– É verdade – falou Will. Eles estavam tão perto um do outro, que eles chegavam a se encostar.

Will estava morrendo de vontade de pegar a mão de Ane.

Então, ele se encheu de coragem e segurou a mão de Ane. Ela foi pega de surpresa, mas depois segurou firme a mão de Will.

Ane e Will conversaram mais. Era incrível como eles dois tinham tanto em comum e tanta coisa para conversar.

Eles conversaram sobre tudo novamente.

– Sabe, eu nunca contei para as minhas amigas de Nova York que eu nunca beijei alguém – falou Ane.

– Você nunca contou para suas amigas que você nunca beijou? – espantou-se Will.

– Você fala como se fosse pecado não contar para alguém. Todo mundo esconde alguma coisa de seus amigos. - Falou Ane. – Além do mais, eu tenho vergonha.

– Vergonha? Por quê? – falou Will.

– De elas tirarem sarro de mim. – Respondeu a garota com sinceridade. Eles se sentaram em um tronco grande e branco na praia.

– Posso acabar com isso – disse Will. Ane o olhou confusa.

Will já queria fazer isso há algum tempo. Ane era linda e ele a queria. Então, o garoto se inclinou, deixando Ane na duvida se o beijava ou saía correndo. Então ela resolveu que era melhor deixar rolar.

Will já estava quase chegando. Ane enrijeceu. Ela nunca havia feito isso. Ela abaixou a cabeça. Will a olhou e sorriu. O seu famoso sorriso angelical.

– Calma – disse ele, levantando o rosto de Ane para cima. – Não precisa ter medo.

Ele, então, de vagar, se aproximou mais e a beijou.

Foi um beijo leve e calmo. Mas fez Ane se sentir mais feliz do que já se sentira na vida.

Will se afastou de Ane e sorriu.

– Foi tão ruim do jeito que você imaginava? – perguntou ele.

– Não. – Respondeu Ane corando. – Mas posso fazer uma pergunta?

– Tecnicamente, você acabou de fazer uma. Mas pode fazer outra – ele deu seu sorriso angelical. Aquele sorriso acabava com qualquer uma.

– Você costuma beijar todas as garotas no primeiro encontro? – perguntou ela.

– Para falar a verdade – ele fez uma pausa. Ele estava é brincando com ela. – Não. Não, nunca beijei uma garota no primeiro encontro.

– Por que então, você me beijou?

– Porque simplesmente, para mim, você é a mais especial. E você também não sabia beijar. – Ane corou quando ele disse aquilo e baixou a cabeça.

– Não fica envergonhada não. – Disse Will, levantando novamente a cabeça de Ane. – Você beija muito bem.

Ane riu. O som do seu riso meio histérico ecoou pela praia. Ela arregalou os olhos para
Will, que riu abertamente.

Ane olhou para as árvores. O que a fez olhar, ela não sabia. De relance ela viu um vulto gigante. Parecia ter pêlos. Ela estreitou os olhos.

Will a puxou para perto. Ela o olhou e sorriu. Will a beijou novamente.

– Não me canso de beijá-la – disse Will suspirando.

– Nunca sentiu isso por ninguém? – perguntou Ane.

– Não. – Respondeu ele. – Nunca.

– Que bom – disse ela. Ele riu. Ane continuava a olhar a floresta. Mas a coisa que ela vira antes, havia sumido.

– O que você tanto olha? – perguntou Will.

– Nada – ela sorriu. Will olhou para o relógio em seu pulso.

– É melhor a gente ir. – Disse ele. – Eu não quero que seu pai tenha uma má impressão de mim.

– Tenho certeza que ele vai se conformar – disse Ane dando-lhe um selinho e se pondo de pé.


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Notas finais do capítulo

Esse foi um capítulo grande, creio eu :)
Não liguem para o meu "Farofa". Sou uma farofeira kkk
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