Marry Me, Please! escrita por Gabii


Capítulo 8
Família carcerária.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, eu ganhei um bom número de leitoras no último capítulo, então eu espero que elas deixem reviews.
Estou com 37 comentários, se você conseguirem 45 rapidamente, o post sai rápido, senão...
Bem, pode demorar mais.
Prometo que não vai ter fim do mundo ou campeonato de surf.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/284708/chapter/8

– Pois bem. Ele conseguiu um habeas corpus, Thalia. - explicou-me Percy - Zeus Grace sai da prisão ainda hoje.

– Nossa... Isso é bom?! - falei um pouco incerta. Na verdade eu nem sabia o que sentir.

Ele era meu pai, tudo bem, mas ele nunca fez questão de ser. Nunca o pai da Thalia Grace, o da Athena talvez. Ou até mesmo o de Ártemis. Mas Thalia? Eu era como um encosto. Zeus nunca foi de fato o meu pai, nunca me deu o que eu mais queria.

Não era de amor o que eu precisava, sim da verdade:

– O que aconteceu com a mamãe, pai? - essa foi a pergunta mais frequente na minha vida até certa idade. Zeus apenas se curvava para a pequena e frágil menina a sua frente e forçava um sorriso. Eu sempre odiei quando ele sorria, era sinal que ele não iria falar nada.

Apenas com os meus quinzes anos descobri que minha mãe era uma amante. Só mais uma que o ajudou cornear Hera. Eu fico feliz pela vaca ser uma chifruda, porem o fato de eu ser um estorno me consumia.

Acho que foi nessa época que eu mudei, virar uma menina fútil que estourava cartões de credito era como uma pequena vingança minha. Uma vingança por Zeus ter me privada de eu conhecer minha mãe, por ele ter a enlouquecido e acabado com a sua carreira de atriz.

Tinha chegado a hora de eu enlouquecer Zeus com as minhas confusões. Deu completamente errado, isso só o afastou mais de mim, ele liberava a grana e contratava uma babá 24h. Somente isso.

Foi nessa época que eu também me afastei de meus amigos. Luke.

Nico sempre me perguntou com que eu aprendi tudo. Pois bem, foi com aquele garoto maltrapilho que andava comigo no inicio da adolescência, o di Ângelo nunca acreditaria se eu contasse.

– Thalia! - Percy estalou seus dedos próximo ao me rosto - Você está me ouvindo?

– Claro... - menti saindo dos meus devaneios. - Eu vou poder visitar meu pai?

– Melhor do que isso. Vai ter um jantar em família. - anunciou Nico frustrado - É uma clausula do contrato, certo, Percy?

– É verdade. - respondeu Jackson - Tem uma serie de coisas que os noivos devem fazer antes do casamento, eu até fiz uma lista para facilitar as coisas para vocês.

Percy me entregou um papel, estava rasgado e com uma mancha de café. A letra dele também não era muito legível, mas valia a intenção.

Deveres dos noivos

– Procriar, adotar ou estar esperando um filho.

– Promover um jantar entre a família de ambos.

– Viajar de noivado para a ilha do Caribe

– Estagiar na empresa Di Ângelo corporações executivas

– Comprar a casa própria com o próprio dinheiro.

– Estarem realmente apaixonados.

– Casarem.

Apos ler os deveres a minha vontade era de exterminar Nico. Por que, meus deuses, aquele imbecil assinou esse contrato?

– Nico? - perguntei estridente - Você não lê o que assina?

– Eu não sabia disso... - falou com um pouco de remorso - Eu achei que era só casar e ter um filho.

– Imbecil! - me controlei para não bater nele no meio do cartório. Percy me lançou um olhar de alerta. Eu suspirei profundamente, mas parecia que eu não sabia mais respirar. - Como a gente vai fazer tudo isso em seis meses, Nico?

– Com rapidez. - Nico sacou seu celular do bolso e se afastou de mim e de Percy.

– Meus pêsames, Thalia! - falou Percy - Vocês não vão se dar bem enganando Hades!

– E quem falou em enganar?

– Como vocês vão arranjar uma criança? - perguntou cauteloso - Pretende mesmo engravidar só por dinheiro? Isso é ridículo e sem escrúpulos...

– Olha que fala em escrúpulos, chegou ao apartamento de Nico bêbado e só de calça!

– Pelo menos eu tinha roupa, cabeça de vento! - rebateu rapidamente - Não se esqueça de que eu paguei seu vestido!

– Ah... Pagou foi? - chega. Não aguento ver mais ninguém tirando onda com a parte pobre da família. Isso é humilhante!

Comecei a descer o zíper do meu vestido lentamente. Percy arregalou os olhos.

– Não faz isso, Thalia, você pode ser presa! - mas já era tarde demais. O vestido já estava caído sobre os meus pés, o peguei e joguei na cara de Percy. Ele deixou o vestido cair novamente no chão, como se fosse venenoso.

Eu tirei os meus sapatos e também os entreguei para Jackson.

– Não se esquece dos saltos Chanel! - falei sorrindo cinicamente - Você também pagou por eles!

Ele continuava estático. Eu ri e dei meia volta, indo em direção à saída.

– Com licença, senhorita! - um homem falou enquanto tapava o meu caminho bruscamente - Policial da cidade de NY, você está presa por... Ahn... Isso!

– Baba logo! - respondi irritada - Eu sei que eu sou sexy e fico melhor ainda de lingerie! Pode liberar a minha passagem?

Porem o policial ficou mais sério ainda.

– Desacato a autoridade. A Srta. Possui o direito de ficar calada! - falou enquanto algemava as minhas mãos.

– Desculpa, senhor! - aproximou-se Percy - Mas por que algema-la? Ela não resistiu!

– O senhor está duvidando da minha autoridade?

– Não, com certeza não... Só tô tentando ajudar, podemos resolver isso civilizamente!

– Você quer dizer que não sou civilizado?

– Não! - Percy parecia se embolar com as suas palavras- É que você poderia ser um pouco mais compreensivo...

– E parar de olhar para a minha bunda! - conclui a frase de Percy, que assentiu levemente com a cabeça.

– O que? Agora já chega! Não aguento mais esses riquinhos mimados! - o policial parecia que ia explodir de tanta raiva - Luís, algema esse aqui, leva os dois para o camburão!

Outro policial algemou Percy que gritava por seus direitos sem parar. Os policiais nos conduziram até a viatura e nos enfiaram no camburão. Aquilo era realmente muito apertado, os tiras haviam algemado Percy a mim, então as coisas estavam muito piores.

Nos estávamos de costas um para o outro, e a mão de Percy acabou soltando o fecho do meu sutiã. Nada malicioso, foi acidental, mas isso só deixou tudo muito tenso.

– Se Annabeth não curtir ex-presidiários eu te mato.

– Você está numa viatura, Percy! - falei calmamente - Acho melhor não falar nada sobre matar.

Ele bufou irritado.

– Espero que o Di Ângelo pague a nossa fiança.

(...)

Quando chegamos à delegacia fomos conduzidos até a sala do delegado. Ele nos conhecia do EGO, mundo infeliz, não?

Nem quis ouvir a nossa versão da história, eu seria a peladona do cartório e Percy meu cafetão. Pronto, tudo certo.

– Cala a boca, garoto! - pediu o delegado - Você não pode ser o seu próprio advogado. Nem é formado.

Percy revirou os olhos, me lançando um ultimo olhar ameaçador antes de ser conduzido às celas masculinas da delegacia. Os policiais havia me dado uma roupa laranja horrível para eu vestir e me levaram para as celas femininas. Entrei com muita repulsa naquele lugar, umas cinco mulheres me olharam com desdém.

– Maria Claudia! - disse um estendendo a mão. A apertei. - Acusada de assassinato.

– Maria Joaquina! Sequestro!

– Maria João! Eu sou inocente! - todas as mulheres riram simultaneamente- Mas parece que estuprei meu marido! - ri junto com elas, imaginando como aquilo seria possível - Com um pepino...

– Ergh... Thalia Grace! Pelo visto ficar nua é errado.

Elas pararam de rir.

– Nua, serio? - perguntou uma. - Serio mesmo que você fez isso? Foi para ver seu papai?

– O que meu pai tem a ver com isso? - perguntei sentando-me num canto da cela. - Vocês o conhecem?

– Quem não conhece Zeus Grace e sua filhinha mimada? - perguntou uma mulher. Parece que ela é Maria Joaquina, mas eu não tenho certeza. - Aquele filho da mãe derrubou a área da minha casa, uma represa indígena...

– Você não parece ser indígena...

– E não sou! - respondeu-me a mulher me encarando. Isso era assustador. - Mas ali era minha casa! E agora é um condomínio de luxo para gente que nem você!

– Ah... - eu cheguei à conclusão que quanto menos eu falar, melhor para mim. Ela disse o que mesmo? Acusada de assassinato?

Eu não ia mexer com essa mulher.

– Mas olha aí para a cela em frente a nossa, é masculina! - mandou Maria Joaquina - Seus papai veio para aqui hoje, vai ser liberado de tarde!

– Você só pode estar de brincadeira...

Então eu o vi. Zeus Grace, com a barba a fazer e o olhar de desaprovação me encarando profundamente, ele balançava a cabeça de forma negativa. Pai e filha atrás das grades. O que poderia ficar pior?

Eu deveria parar de me perguntar coisas. Pois foi nesse momento que um oficial chamou:

– Thalia e Zeus Grace. Vocês tem visita. - então eu o vi. Muito pior do que ver seu pai por trás das grades é ver seu noivo sorrindo de forma maliciosa enquanto espera a noiva carcerária.

Lembrei-me de rezar baixinho aos deuses para tudo ocorrer bem nessa visita, porque senão iria haver morte.

E dessa vez Nico di Ângelo não iria escapar.

Foi quando o policial abriu a porta da cela que eu percebi que uma presidiaria é sempre uma presidiaria. Já havia passado um tempo ali, eu não me preocuparia em voltar pelo assassinato de Nico.

– Querida! - ele gritou vindo me abraçar - O que aconteceu? Eu estava tão preocupado!

Pelo visto eu rezei muito bem aos deuses, porque o meu Nico não me abraça me chamando de querida, me abraça me chamando para a cama. Tem uma boa diferença nisso.

Então eu saquei tudo.

Um bom genro a casa faz.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, deixe um review, em busca dos 45!
Huhuu!
Tchau.