War Of The Union escrita por GreenTop


Capítulo 5
Um momento bom em meio a tantos ruins


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san, neste capitulo NaLu, Jerza (Na parte jerza tive ajuda da minha amiga EternaElena (http://fanfiction.com.br/u/119846/)) e Gruvia, acho que vocês vão gostar, boa leitura.



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Fechei meus olhos em uma tentativa de afastar aqueles pensamentos, mas por mais que eu me esforçasse eles permaneciam ali. O medo da perda era algo dominante em minha mente e só de pensar em perder mais uma pessoa querida eu já sentia o chão ruir ao meu redor.

Mesmo com os olhos fechados eu podia sentir o olhar de Natsu sobre mim. Não me incomodava muito com aquilo, na verdade chegava a ser um tanto confortante, era um modo de saber que ele estava ali. Acho que a expressão em meu rosto demonstrava meus pensamentos, pois ele me chamou parecendo preocupado.

― Ei Lucy, você está bem?

Abri meus olhos lentamente, dando de encontro com os belos olhos ônix dele. Mostrei a ele um simples sorriso tímido, em resposta a sua pergunta.

― Sim, só estava pensando em algumas coisas.

― Na guerra?

― Algo relacionado a isso.

― Não está preocupada de novo com o que pode acontecer, não é? – Ele perguntou se sentando.

― Não, estava apenas me lembrando dos meus pais. 

Decidi que a melhor resposta era a mentira, em grande parte porque eu não teria coragem de dizer que estava com medo de perdê-lo, com certeza ele iria achar que eu era louca. O conhecia há tão pouco tempo para nutrir tal anseio.

― Também me sinto triste às vezes quando me lembro do Igneel ― Ele disse, também com um sorriso tímido no rosto.

― Você triste? É difícil de acreditar que isso realmente aconteça. – Eu disse me sentando, assim como ele.

― Eu não sou uma máquina. Possuo todos os sentimentos que um humano comum possui. Às vezes tenho medo; me sinto triste; sinto dor; somente minha percepção sobre o mundo é diferente dos demais. Penso que um sorriso é a melhor maneira de sair de uma situação difícil, seja essa situação um momento ruim ou uma dor. No caso da perda de um ente querido, ambos.

― Concordo com você, mas em alguns momentos é difícil sorrir. Existem coisas que não podemos disfarçar.

― Mas temos sempre que tentar, não é mesmo? Esforçar-nos ao máximo para afugentar os medos e as angústias; as dores e os pensamentos negativos; as lembranças dolorosas; enfim, tudo que perturba nossa mente.

― É, acho que sim.

Sabia tão poucas coisas sobre aquele garoto de cabelos peculiarmente rosados. Desconhecia coisas simples como: Sua idade, onde morava, o que gostava de fazer, o que gostava de comer. Coisas básicas e desnecessárias no momento em que vivíamos. Queria conversar e descobrir mais coisas sobre ele, mas infelizmente Erza e o resto do grupo já chagavam ao local em que estávamos repousando. E ela logo nos notara.

― O que vocês preguiçosos estão fazendo?! – Ela disse/gritou assim que nos viu. 

― Nós estávamos exaustos. ― Gray respondeu.

― Isso não é desculpa! Eu não dei nenhuma ordem para pararem.

Erza e Jellal foram os que chegaram primeiro. Não demonstravam nenhum sinal de cansaço, ao contrário dos outros que vinham logo atrás, se arrastando.

― Por favor, Erza, nos deixe descansar um pouco. ― O homem de cabelos brancos disse, muito ofegante. 

― Sem pausas, se o inimigo estivesse atacando não teríamos tempo para descansar.

― Mas não tem ninguém nos atacando, além do mais este é o primeiro treino de sobrevivência, seja um pouco menos rígida. ― Gajeel disse, também cansado, mas tentava não demonstrar. Erza suspirou, todos ali concordavam com um descanso.

― Erza, eles tem razão, um descanso não vai nos matar ― Jellal disse, convencendo Erza.

― Tudo bem. Mas não se acostumem, permitirei apenas por esse ser o primeiro treinamento.

Todos ficaram felizes, o treinamento de Erza era muito rígido, estavam cansados, ou melhor dizendo, exaustos. A alegria por poder descansar aumentou ainda mais quando Gajeel percebeu que não muito longe dali existia um lago.

― Ei, olhem aqui ― Ele disse, todos os outros, movidos pela curiosidade, foram ver do que se tratava.

Natsu segurou minha mão e me puxou para perto também, mas nós ficamos um pouco distantes, ainda sendo possível ver o grande lago que se localizava logo abaixo do morro. Se alguém pulasse do morro iria cair naquela água cristalina, era para lá que ia a água do riacho que vi no dia anterior.

Era incrível como a mão de Natsu era quente, o contato com sua pele fez com que eu corasse muito levemente.

― Ei seus idiotas, estamos esperando o que para ir até lá? ― Gajeel disse.

Todos desceram o morro com presa, já era de se esperar, Erza não nos deixava parar nem ao menos para beber água. Somente eu e Natsu permanecemos parados no mesmo lugar, Erza e Jellal também não desceram, mas os dois continuaram andando.

― Eles vão demorar muito para chegar lá embaixo desse jeito ― Natsu disse.

― Mas o que mais podem fazer? Esse é o único caminho.

― Talvez não ― disse olhando para mim com um sorriso divertido. Não tinha uma boa impressão sobre aquilo.

Eu estava certa, pois logo depois de falar ele agarrou minha mão e saiu correndo, saltando do morro, eu não tive tempo para fazer nada, quando percebi o que ele iria fazer apenas me segurei nele gritando. O choque com a água não foi muito calmo, mas refrescante, eu continuava agarrada nele, já que não sabia nadar.

― Você é louco?! ― Eu gritei assim que consegui recuperar o ar.

― Não, eu não sou louco, mas um ato de loucura às vezes faz bem.

― Quando não se corre risco de morte, sim

― Não era uma queda tão grande assim, de que forma poderíamos ter morrido?

― Eu não sei nadar!   

Natsu sorriu

― Então é por isso? Não se preocupe, eu não vou deixar você se afogar. Confia em mim?

―Acho que sim ― Eu disse, um tanto hesitante.

― Acha? ― Ele perguntou arqueando a sobrancelha

― Eu te conheço há muito pouco tempo para afirmar com certeza que confio em você.

― Então acho que terei que conquistar sua confiança aos poucos, certo? – Ele perguntou novamente, sorrindo.

― É, acho que sim.

Nós dois estávamos sorrindo, muito próximos um do outro, pois eu lhe contornava o pescoço com meus braços enquanto ele segurava minha cintura, para que eu não me afogasse; apesar de tudo eu estava feliz, podia dizer até mesmo que estava me divertindo. Senti-me assim até novos pensamentos melancólicos invadirem minha mente, apagando o sorriso em meu rosto.

― O que foi? ― Natsu perguntou ao perceber a mudança em minha expressão.

― Nada de mais... é só que isso parece errado.

― O que parece errado?

― Pessoas com as quais nos importávamos morreram a menos de uma semana ou pouco mais e mesmo assim estamos sorrindo.

― Isso não é errado. A vida não pode parar porque perdemos pessoas queridas, pelo contrário, temos que viver ainda mais, eu sei que era isso que Igneel iria querer e tenho certeza que também seria o que seus pais iriam querer.

― Eu sei, mas é difícil controlar os pensamentos.

― Eu sei que é, mas é necessário. Não se prenda ao passado, concentre-se apenas no presente e tente esquecer isso.

― Tudo bem, vou tentar. Mas será que agora podemos sair dessa água, está frio.

― Certo ― Ele disse rindo.

Assim que saímos da água o resto do grupo chegou. Eu e Natsu estávamos sentados à beira do lago quando Gray veio novamente discutir com Natsu.

― Como vocês chegaram aqui antes de todo mundo?

― Eu fui mais esperto do que todo mundo. – Natsu disse.

― Você? Impossível, se fosse para você ser algo mais do que todo mundo seria mais burro.

― Olha quem fala.  

Aqueles dois só brigavam. Parecia existir uma grande barreira entre eles. Gray logo se juntou aos outros no lago.

― Essa camiseta está toda molhada, isso incomoda ― Natsu disse reclamando do seu estado.

― Ninguém mandou você pular no lago vestindo ela.

Ele começou a se despir, mas tirando apenas a camiseta. Natsu era mesmo muito musculoso, possuía todos os músculos bem definidos, era um garoto muito bonito.


Lucy pov’s off   


Jellal e Erza caminhavam lentamente entre as árvores, não trocavam nem uma palavra, nenhum dos dois sabia exatamente o que falar.

― Você deveria ser um pouco mais flexível, menos rígida, como aquele homem disse  Jellal disse, tentando iniciar algum assunto.

― Eu só não quero ver mais ninguém morto.

― Mesmo assim, é bom relaxar às vezes.  

Erza não disse nada. Jellal riu, deixando a ruiva sem entender.

― O que foi?

― Você. Não mudou nada, desde quando éramos crianças sempre se mostrou forte e rígida por fora, mas por dentro possui um coração bom e mole.

Erza corou violentamente com as palavras do amigo de infância.

― I-Isso não é verdade... eu não sou tão mole assim ― Jellal riu ― D-Do que você está rindo?

― Você também é muito modesta. Sabe que o que eu estou falando é verdade, mas não admite ― Erza corou, mas decidiu não discutir mais sobre os elogios ―. Sabe, Erza, apesar de tudo eu estou feliz por poder ficar ao seu lado.

Ele colocou sua mão no rosto gélido da garota, olhando em seus olhos sorriu.

― Eu também estou feliz por poder ficar com você, Jellal.

Ela colocou sua mão sobre a dele, ambos estavam sorrindo, conversavam com o olhar, dizendo o quanto sentiram falta um do outro. Pingos gelados que caiam do céu interromperam o casal. Erza se afastou um pouco.

― Está chovendo, acho que é melhor encontrar os outros e começar a caminhada de volta antes que um temporal se inicie.

Jellal concordou.


Já fazia dez minutos que chovia; Gray percebeu que a garota de cabelos azulados, Juvia, não estava mais perto dele. Percebeu que ela estava sumida desde que a chuva se iniciou. Decidiu procurá-la, estava preocupado, podia ter acontecido alguma coisa com ela.

Começou a andar pela floresta, parando ao ouvir gemidos de alguém chorando. Seguiu o som e encontrou Juvia sentada, chorando.

― Ei, o que está fazendo aqui? ― Ele disse. Assim que percebeu que ela estava chorando se aproximou mais, se ajoelhando em frente a ela ― Por que está chorando?

― Juvia está com medo, sempre que chove coisas ruins acontecem com Juvia.

― Como assim coisas ruins?

― Sempre aonde Juvia vai começa a chover, as pessoas se afastam por causa disso; Juvia nunca teve amigos por causa disso, e as pessoas que gostavam de Juvia morreram enquanto chovia.

― Ei, você não pode controlar a chuva, sendo assim não é sua culpa.

― Então por que em todos os lugares que Juvia vai começa a chover?

― Deve ser apenas coincidência. Você não acredita mesmo que é por sua culpa que chove, não é?

― Juvia acredita, porque é verdade.

― Talvez seja esse seu pensamento que atraia a chuva, pare de pensar que é sua culpa, porque não é. 

― Mas...

― Não diga nada, apenas concentre-se em pensar que não é sua culpa.

― Juvia tem medo, de que coisas ruins aconteçam. 

Gray segurou a mão de Juvia.

― Não vai acontecer nada de ruim, eu prometo. ― Ele disse sorrindo ― Mas tente pensar que não é sua culpa, pense em outra coisa, vai se sentir melhor assim.

Juvia fez o que Gray disse, fechou os olhos, ainda segurando a mão do moreno, concentrou-se nele, e funcionou, pois pensar em Gray para ela era mais forte do que seu medo. Já sabia o que fazer, sempre que estivesse se sentindo mal iria pensar nele, e isso com certeza a deixaria feliz. Abriu os olhos sorrindo, vendo que ele também a olhava sorrindo.

― Obrigada, Gray-sama. Você é tão bom, graças a você Juvia não se sente mais mal ― Ela disse, pulando em Gray e o abraçando.

― Ei!

Ele hesitou, mas acabou retribuindo o abraço.  



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Minna, digam o que estão achando da fic até agora e também o que acharam do capitulo, é importante para que eu possa saber se vocês estão gostando ou não



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