DNA escrita por Paulo Hallier, Bruna Lima


Capítulo 3
Telephone


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso! Espero que gostem, e prfv divulguem a fanfic!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/284427/chapter/3

– Nicholas acorda! Você está bem? – Disse Laura ofegante

– Oi, oi. Só estava pensando, quer dizer sonhando com algo.

Nicholas pegou no sono em um segundo e tudo parecia real. Ele e Laura. Ele estava sonhando. Apenas sonhando. Mas porque estava sonhando com Laura?

– Sonhando? Nossa! Com quem?

– Nada , nada – Disse Nicholas envergonhado.

No momento em que Nicholas terminou sua frase Nina saiu da livraria.

– Vamos! Não vi nada de interessante.

– Novidade! Nunca tem nada interessante Nina. – Disse Laura entediada

– Porque não cala a boca Laura?

– Parem de brigar e vamos comer alguma coisa.

– O que vamos comer Nicholas? – Disse Nina.

– Sei lá, escolhe vocês duas.

– Pizza. – As duas pela primeira vez concordaram em algo

Eles sentaram-se em uma mesa e pediram uma pizza. A pizza parecia demorar uma eternidade!

– E ai. Como vai você e a Mel? – Disse Laura olhando para o outro lado.

– Por que essa pergunta? – Disse Nicholas assustado. Ele não queria tocar nesse assunto. Ainda mais com ela.

– É... Nós? ... É, a gente ta bem, normal! – Disse Nicholas tentando fingir, coisa que nunca conseguia.

– Não minta! – Disse Laura com os olhos fixos nos dele.

Cortando a conversa dos dois, Thomas falou com Nina e ela saiu da mesa pra conversar com ele ao lado.

Laura olhou para Nina como se não entendesse nada. “Quem era aquele cara?”

Nina foi avisar a eles que iria dar uma volta com Thomas e não ia demorar.

– Quem é esse Nina? – Disse Laura franzindo o cenho

– Um amigo.

– Ta bem, sei bem como é seu amigo!

– Já volto! – Disse Nina negando.

E assim ela se foi andando, ela e Thomas que mal se conheciam.

Laura e Nicholas continuaram conversando, mas nada sobre ele e Mel. O que o deixou mais confortável.

Logo a pizza chegou e os dois mal esperaram Nina, sabiam que ela não viria.

– Bem melhor sem a Nina. – Disse Nicholas rindo.

– Nossa! Por quê?

– Pelo menos assim podemos comer mais – Disse ele tendo um ataque de risos idiota.

– Você e Nina só pensam em comida. Nossa!

__________________________________________________________


Depois que Nicholas deixou as meninas na casa de Nina, Laura como sempre muito curiosa, foi logo perguntando a Nina quem era aquele rapaz que foi falar com ela no shopping.


– Ah Laura, eu já disse! É o Thomas, um rapaz que eu conheci lá na loja, só isso.


– Hum... Sei só isso né?


– É, e pode tirando esse sorriso malicioso do seu rosto.


– Então porque ele pediu seu telefone?


– Ué, ele quer ser meu amigo. Ele foi procurar trabalho lá na loja e a gente acabou saindo.


Laura fez uma cara de espanto de felicidade.


– Vocês saíram? Para onde? Como foi? Fala logo!


– Ih menina, calma. Bom, ele perguntou se eu queria sair, dar uma volta pelo shopping para me distrair, e eu estava mesmo precisando disso, então aceitei.


– E o que vocês conversaram? – Disse Laura empolgada


– Ele me perguntou quem era Lia, e porque eu estava assim... foi difícil contar toda a história mas eu consegui, sei lá, acho que eu precisava desabafar...e acabei contando tudo.


– Tudo o que?


– Tudo! Toda minha vida... ele também contou a dele.


– Você é maluca? Mal conheceu o garoto já vai contando toda sua vida pra ele?


– Ai Laura, eu não sei, eu tava muito mal, precisava desabafar... – Nina deitou em sua cama abraçando seu travesseiro e por um momento voltou ao tempo.


“ – Eu tinha apenas 3 anos quando tudo aconteceu, eu nem me lembro muito bem daquele dia. A única coisa que eu me recordo daquele incêndio na minha casa, foi minha avó me puxando para fora daquele lugar cheio de fumaça, aquelas pessoas gritando, barulho da sirene da polícia em todos os cantos... – Nina dizia isso e suas lágrimas rolavam calmamente por seu rosto. – Depois daquele incêndio, o tempo passou e eu vim morar aqui no Rio com meus avôs, eles já estavam velhos e eu ficava sempre muito sozinha. Sempre. Na escola era pior, as pessoas olhavam para mim com ar de pena e ninguém queria ser amiga de uma garota toda estranha, e que ainda não tinha pais. Eu mudava de escola quase todo mês. Meus avôs já estavam quase desistindo de mim, porque eu nunca conseguia me adaptar em nenhum local. Até que eu fui estudar na escola na qual eu estou hoje. No começo as pessoas me julgavam pelas minhas roupas, meu cabelo, enfim toda minha aparência, mas ninguém conhecia o que eu era por dentro, sabe. Então, um dia a Laura e a Mel se meteram em uma briga na escola com uma garota que estava me xingando, que me perturbava todos os dias, a garota simplesmente me odiava! E foi assim que nós ficamos amigas, por elas terem me defendido. As pessoas começaram a gostar de mim e a me aceitar, acho que na verdade viram que eu não era a “estranha” que todos pensavam, e assim começaram a falar comigo.

– Nossa Nina. Nunca pensei que a história fosse essa. Eu sinto muito por seus pais... Por você também, por tudo que você passou.

– É eu sei, quando eu conto minha história às pessoas ,acabam sentindo pena mesmo... Mas tudo bem.

– Você é muito forte, por ter passado por tudo isso sozinha.

Nina deixou um leve sorriso escapar de seus lábios, e perguntou:

– E você, qual é sua história?

– Ah, minha história é quase igual a sua, é que meus pais também morreram quando eu era pequeno, só que ao invés de eu ficar com meus avós eu fui para um orfanato e lá eu fui adotado por um casal, que hoje são meus pais. Eles são tudo para mim, me deram amor, comida, escola, um lar de verdade, sabe. O tempo que eu fiquei no orfanato foi difícil, mais não foi tão difícil como ver meus pais sendo mortos na minha frente.

– Meu Deus Thomas! Que horror!

– Eu nunca contei isso pra ninguém sabia?

– Que você é adotado?

– Isso.

– E porque você me contou isso? Não precisava Thomas...

– Não sei, eu me senti seguro perto de você, e quis contar.

– Eu também. - Eles sorriram.

– Tenho que ir, já está ficando tarde. – Disse Nina olhando para seu relógio.

– Quando podemos nos encontrar de novo? – Perguntou Thomas se levantando do banco junto com Nina.

– Bom, depois da escola eu volto pra loja, então provavelmente você vai me encontrar aqui.

– Tudo bem então.

Thomas deu um beijo na bochecha de Nina que saiu caminhando pelo corredor do shopping. “

– Nina? Nina? Ninaaaaa! – Laura a chamava várias e várias vezes mas Nina parecia estar no mundo da lua.


– Ah desculpa amiga.


– Até que enfim, fiquei te chamando maior tempão! Sério deu medo de você, parecei uma morta viva.


Nina soltou uma gargalhada alta.


– To com fome. – Disse Nina com a mão na barriga


– Me diga um momento que você não está com fome Nina?


Nina deu língua para Laura, que em troca deu um sorriso malicioso.


As duas foram em direção à cozinha ver o que tinha para comer.


– Como você vive nessa casa aqui sozinha em garota? Sem ninguém, sem uma empregada? – Perguntou Laura.


– Vivendo ué. Não sou fresca igual a você que precisa de uma empregada para fazer um pão com queijo.


– Ha Ha Ha que engraçada.


– Adoro morar sozinha e não troco isso aqui por nada.


– Eu já te convidei para ir morar lá em casa comigo, mas você fica de palhaçada.


– Não é palhaçda, Laura você sabe muito bem que seus pais não gostam de mim.


– Odeio adimitir isso, mas é verdade. Não sei proque eles não vão com a sua cara.

Laura tentando mudar de assunto...


– Eu não conseguiria morar sozinha, é muito chato.


– Não Laura, você não conseguiria morar sem conforto isso sim.


– É, também. – Ela sorriu.


– Até hoje me perguntou como uma patricinha como você foi se interessar em ser amiga de uma estranha como eu. – Disse Nina, enquanto preparava uma pizza para elas comerem.


– Também não sei, e me arrependo muito disso.


Nina olhou para Laura com uma cara séria, fazendo Laura soltar uma gargalhada.


– To brincando.


As duas foram para sala e decidiram ver televisão até a pizza ficar pronta.


– Vamos ver um filme? – Sugeriu Nina


– De comédia, por favor, precisamos sorrir um pouco.


– Não, filme de terror.


– Que terror! Já não basta o terror que está nossas vidas? E você sabe que eu sou uma medrosa, e odeio filme de terror.


– Deixa de ser fresca garota. Vamos ver esse aqui! – Nina disse mostrando o filme para Laura.


– Você tem algum problema? Nem morta que eu vejo esse filme.


– Ah vamos Laura! Por mim.


– Nem por você, nem por ninguém... Sabe que eu odeio esse tipo de filme.


– Ah fresca, tudo bem então. Escolhe um filme ai, vou ver a pizza.


Como Nina não iria aceitar ver um filme de comédia, estava pensativa na cozinha e decidiu fazer uma pequena “brincadeirinha” com Laura.


Foi correndo para o banheiro, pegou seu celular e ligou para o telefone da casa.


*telefone tocando*

– Alô? – Laura atendeu.

– Arrrrg – Nina fazia sons estranhos com a boca.

– Alô??

– Uhhhh....

– Da pra parar de palhaçada? Isso são horas de ligar pra casa dos outros?

– Vinte e cinco...

– Que?

– Vinte e cinco, vinte e cinco...

– “Vinte e cinco” o que? Para com isso babaca.

– Esse número... vinte e cinco...você...morrer...


– O que? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Laura deu um grito muito alto e atacou o telefone longe


– Ninaaaaaaaaaaa! – Laura gritou correndo em direção a cozinha.



Chegando lá não viu ninguém, olhou em volta e a única coisa que tinha era a pizza em cima da mesa, só que tinha um “25” escrito com ketchup no meio da pizza bem grande.


Laura foi chegando para trás quase perto da porta do banheiro, seu rosto estava pálido, ela tentava gritar, mas sua voz não saia.

De repente:


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


Laura gritou tão alto que até os vizinhos conseguiram ouvir. Parecia que tinha levado uma facada nas costas. Mas eram apenas as mãos de Nina a agarrando.


– Calma garota! Sou eu!


– Você tá maluca sua vadia? Eu quase morri! – Laura se apoiava com uma mão na mesa da cozinha e a outra no coração.


– Desculpa, foi só uma brincadeira! - Nina estava ficando vermelha de tanto que ria.


– Não cara, que grito foi esse? Quase fiquei surda!


– Não acredito que você fez isso comigo, sabe que eu não gosto dessas brincadeiras... – Laura foi em direção a sala onde pegou sua bolsa querendo dizer que iria embora.


– Ai para Laura, você mesma não disse que queria rir, então? Foi só uma brincadeira.


– Não, não foi! Pra que mexer com essa história de “25”? Sabe que isso é muito estranho.


– Por isso mesmo, essa é a graça.


– Não vi graça nenhuma.


– Você ta chorando Laura? – Nina deu uma risada alta


– Ai tchau Nina. – Laura disse abrindo a porta do apartamento.


– Para Laura, volta aqui! Desculpa...


Já era tarde, Laura já estava entrando no elevador.


Nina voltou para dentro do apartamento e olhou seu telefone quebrado no chão.


– Nossa que legal. Agora tenho que comprar outro telefone. – Nina disse para si mesma.


Nina voltou a cozinha pegou a pizza e se sentou no sofá onde começou a comer. Nina não parava de rir lembrando-se da cena de Laura chorando.


Ela ligou a tv e foi passando de canal para ver se encontrava algo que a agrada-se, até que encontrou um filme de ação e começou a vê-lo.


Estava quase pegando no sono quando seu celular toca. Ele estava na poltrona que ficava do lado do sofá onde ela estava deitada.


– Alô?

– Cuidado...

– Ah ta bem Laura, não vou cair nessa.

– Vinte e cinco, vinte e cinco, vinte e cinco...

A campainha de sua casa toca e ela vai até a porta ver quem é, mas continuava com o telefone no ouvido...


– Até parece que eu vou acreditar né Laura, você não sabe disfarçar.


Nina abre a porta e leva um susto.


– Laura?

– É eu voltei minha mãe não tava em casa e nem a Darota, não queria ficar em casa sozinha porque eu sei que vou ficar chorando, então te desculpo e vou dor...


– Laura cala a boca!


– Que? Olha o abuso, eu te perdoei e você ainda...


– Não é você que está me ligando? – Nina perguntou assustada olhando para Laura que não entendia absolutamente nada.


– Ligando? Pra onde?


“- Não adianta fugir, esse número está ...” *fim da ligação*


Nina estava pálida, largou o celular que automaticamente caiu no chão. Sentou-se no sofá com as mãos na cabeça.


– O que foi Nina? Porque você está assim?


Nina não respondia, estava sem palavras.


– Ninaaaaaa, o que foi? – Laura quase que gritava e não recebia nenhuma palavra em troca.


– Vinte e cinco Laura!


– Ih Nina, parou a palhaçada ta, já te desculpei, mas não começa com essa brincadeira boba de novo.


– Não Laura, agora é sério. Eu estou com medo.


– Medo de que garota?


De tudo! Dessa história,desse número,Tudo!




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

GOSTARAM???? DEIXEM REVIWESSS!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "DNA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.