DNA escrita por Paulo Hallier, Bruna Lima


Capítulo 2
This Kiss


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem !



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Mel

Mel estava triste. Por vários motivos, ela percebera o quanto deixou Nina atordoada com toda história de Lia. Ela ficava o tempo todo pensando, pensando e procurando o que realmente teria acontecido com Lia.

Era à noite após o dia em que Lia havia morrido, e Mel estava completamente atordoada, a agonia de dormir e sonhar mais uma vez com Lia,ou quem fosse a deixava ainda mais apreensiva,ela talvez descobriria algo em seus sonhos,mas tentava de tudo para não dormir.

Eram 2 horas da manhã e a mãe de Mel e seu irmão já estavam dormindo. Mel com medo se levantou e foi à cozinha para ver se continuava acordada.

Abriu a geladeira e tomou um Red Bull, coisa que ela nunca havia feito com a intenção de não dormir, bebeu quase tudo de uma vez, levando a lata à sala e se sentando no sofá.

Mel estava vendo MTV, enquanto passavam uns clipes o qual ela nunca tinha visto. Seu telefone tocou e ela o atendeu rapidamente:

– Oi – Disse uma voz desconhecida de um jeito totalmente medonho.

– Alô, quem é? – Disse Mel assustada

– Vinte e cinco Vinte e cinco – Disse a pessoa com uma voz irônica.

– O que? Vinte e cinco? – Disse Mel totalmente perdida na história.

Antes que ela pudesse terminar sua frase a pessoa desligou e Mel ficou parada ouvindo o barulho no telefone

Depois de um tempo parada ela finalmente fez seu raciocínio. Vinte Cinco era o número marcado no pulso de Lia. Era óbvio que quem estava ligando era a pessoa que matou Lia. Era óbvio, ela na mesma hora pensou em olhar o número em seu celular, já que antes de atender ela nem olhou.

Mel procurou nas chamadas e simplesmente a chamada não existia. Não existia, não havia nenhuma chamada.

Nenhuma.

Laura

Laura estava deitada em sua cama,pensando,chorando. A morte de Lia havia deixado ela triste e além de coisas que a sempre faziam chorar.

Ela estava olhando para o teto, atormentada.

Seu quarto era o que diríamos o quarto dos sonhos de qualquer patricinha. Era enorme, basicamente rosa, branco e lilás. Tudo parecia ter essas cores, o guarda-roupas, a mesa, seu computador, sua cama, enfim... Tudo

Mas toda aquela riqueza e vida de princesa não a deixavam melhor porque o que realmente importava ela não tinha. Amor!

Seus pais viviam viajando, e ela normalmente ficava sozinha em casa, com a empregada claro, mas se sentia sozinha.

Na verdade Darota, a empregada era quase sua mãe, ela sabia muito mais de Laura do que sua própria mãe, Viviane. O nome de Darota era de origem grega, por isso era tão estranho.

Darota e Laura eram quase que mãe e filha, mais realmente amigas, Darota sabia de tudo sobre Laura, enquanto sua mãe, mal sabia sua cor preferida.

Laura e Nina eram melhor amigas desde pequenas, estudavam juntas desde o Jardim de Infância, Nina vivia na casa de Laura e vice-versa.

Hoje Laura iria pra casa de Nina e dormiria lá, ela não estava em condições de dormir sozinha.

Darota entrou em seu quarto e a viu chorando. Logo Laura enxugou suas lágrimas e mostrou um sorriso tímido para ela, que sabia que Laura não estava nada bem.

Darota sentou na ponta de sua cama e Laura deitou no colo dela e continuou chorando.

– O que houve com você? O que está acontecendo? – Disse Darota com sua voz doce.

– Ah... São tantas coisas que eu mal sei aonde começar.

– Diga meu amor, eu irei ouvir tudo. – Disse Darota

– É que, ontem a Lia morreu. Na verdade ela deve ter morrido anteontem, mas todos descobriram ontem.

– Como? Morreu? Quem a matou – Disse Darota com os olhos arregalados.

– Ela foi morta de um jeito simplesmente horrível –

Disse Laura parando entre algumas palavras, estava soluçando de tanto chorar. Lembrou-se do tempo de criança em que sua mãe não tinha a mínima paciência com ela e a mandava engolir o choro a todo tempo.

– Ela estava pendurada no quadro da nossa sala, pendurada pelo pescoço com uma corda amarrada em um prego colocado no quadro estava com cortes nas mãos. E com o número 25 marcado em seu braço, marcado com um vidro. Ela estava completamente nua. Uma cena completamente horrível, de arrepiar qualquer um. Tinha sido há pouco tempo, pois o sangue ainda estava escorrendo.

– E havia várias velas também, apagadas no chão, em um círculo. – Terminou a história quase parando o choro.

– O que? Que cena horrível Laura, eu nunca tinha visto isso. Mas...

Antes que Darota pudesse falar mais alguma coisa Laura a interrompeu.

– Ah, mais eu quero esquecer isso, vou para a casa da Nina hoje, preciso me distrair, esquecer isso. Ajude-me a escolher uma roupa então. – Disse Laura ofegante

Laura era o tipo de garota que a todo lugar que ia tinha que pensar bastante para escolher a roupa.

Ela escolheu a roupa com Darota, e foi tomar banho.

Nina

25/05/2012

“Eu odeio esse lugar, as pessoas olham pra mim como se fosse uma anormal por trabalhar em uma loja de antiguidades, só porque tenho 16 anos.” – Disse para ela mesma.

Era extremamente horrível o que as pessoas achavam, mas ela se sentia bem naquela loja, aqueles livros. Nina sempre gostou de bruxaria, mas não do tipo “mal”. Sempre achou esse assunto maravilhoso. Todos achavam estranho, mas realmente adorava aquele ambiente!

A porta fez o barulho de sino que fazia todas às vezes as quais passavam alguém por ela. Amanda entrou meio assustada, afinal ninguém estava acostumado com uma loja daquele tipo.

Ela meteu o pé em um dos bonecos que ficavam na frente, e Nina automaticamente deu uma gargalhada idiota. Ela a olhou com um olhar que praticamente dizia: “Você está bem?”, Mas por via das dúvidas quem não estava bem era ela.

– É, é... Vocês tem algum livro sobre... É... , magia negra?

– Magia Negra? – disse Nina assustada. Afinal não é todo dia que se ver falar de Magia Negra. –Não, a gente não trabalha com esse tipo de coisas entende? –Disse tentando ser irônica, mas fingir nunca foi seu ponto forte.

– Ah, sim... Desculpe-me. Meu nome é Amanda. E afinal, qual o seu nome?

– Ah... Mel. – Por que motivo uma qualquer gostaria de saber seu nome. Amanda era o tipo de garota dos sonhos, digamos, tinha o ar sensual e macabro, mas nada demais. O sonho de qualquer garoto.

– Você parece ser legal. Ta afim de uma festa hoje, eu e uns amigos meus, uma espécie de clube dos livros, clube dos nerds, pra falar a verdade – Disse Amanda, rindo.

– É... Sim, claro, que horas? - Estava com medo, porque ela a chamaria para uma festa, sei lá o que? Mas Nina aceitou.

– Te encontro as sete, aqui na porta ok?

– Sim – Disse com um sorriso amarelo, com medo.

– Ah, e meu telefone, qualquer coisa me liga – Disse Amanda ela saindo e a deixando um papel com o telefone dela.

25/11/1998, 19 horas;

–Mamãe. Não. Eu te amo! Vem comigo. Mamãe!

–Se acalme Nina, eles vão voltar – Disse minha avó chorando.

–Mas porque você ta chorando vovó?

–Nada meu amor, tudo vai ficar bem, vamos.

Tudo que ela lembrava-se era isso, a cena de sua avó a tirando daquele cenário preto, poluído pelo fogo e pela tristeza. Lembrava-se também de vários bombeiros retirando o corpo de meus pais de dentro da casa.

Havia perdido tudo naquele incêndio. Meus pais, meu amor, minhas lembranças.

Em meio a toda a tristeza que abalava Nina e seus amigos, ela se lembrou de quando seus pais morreram num incêndio na casa onde ela morava em Goiás.Ela estava quase que dormindo em pé,quando se lembrou rapidamente que eram 16h40min , e que ás 17h Laura iria pra sua casa, dormir lá,ou ir em algum lugar se distrair pois nenhuma das duas tinha conseguido dormir

No mesmo instante ela saiu correndo avisando a Carla, dona da loja, que tinha que ir embora urgente. Saiu andando pela loja trocou de roupa e foi quase correndo para casa.

Já que a loja era perto, ela chegou em 15 minutos, e ainda tinha 5 minutos antes que Laura chegasse, tomou banho em menos de cinco minutos e quando acabou de se arrumar Laura chegou.

Ela parecia estar indo a um desfile de moda, parecendo uma das princesas da Disney. Nina deu uma gargalhada dizendo:

– Aonde vai a onde com essa roupa? À Disney?

– Você é realmente petulante Nina. – Disse Laura rindo – Eu pensei que poderíamos ir ao shopping, fazer umas compras, sei lá... Distrair-se. Estamos precisando.

– Não acho que seja a melhor opção Laura – Disse Nina.

– Não podemos ficar assim, precisamos levar a vida, por mais horrível que tenha sido – Disse Laura determinada.

Nina estava pensando, talvez Laura tivesse razão, elas precisavam levar a vida.

– Tudo bem, desde que não fique meia hora em cada loja rosa que achar. – Disse Nina debochando.

– Desde que você não fique cem anos na “Saraiva” por mim tudo bem – Disse Laura rindo.

– Está esperando o que Laura? Vamos logo.

– Espera aí, você acha mesmo que você vai com essa roupa? – Disse Laura franzindo o cenho.

– Ai, era só o que me faltava, a estilista falar, o que tem a minha roupa Laura? – Disse Nina quase rindo. – O que você queria que eu usasse um vestido rosa?

– Vem comigo. – Disse Laura subindo as escadas.

Laura foi direto ao guarda-roupa, tentando achar algo que a agradasse, finalmente encontrou algo e disse para Nina vestir, excepcionalmente ela aceitou e vestiu sem reclamar.

– Que tal se a gente chamasse o Nicholas? – Disse Laura extremamente animada.

– O convença e se sinta a mais poderosa – Disse Nina rindo. – Aquele não sai por nada.

– Espere 5 minutos que o convenço.

– Tudo bom, tente... – Disse Nina debochando.

– Nicholas?

– Oi – disse Nicholas, num tom de voz triste.

– Que tal,um cinema sei lá um shopping,agora. E ai quer ir?

– Não acho que seja a melhor hora Laura, não estou muito bem sabe...

– Ah por favor, tenta, por mim. A gente precisa distrair-se.Vamos por favor.- Disse Laura no seu tom de voz doce.

– O que eu não faço por você não é – Disse Nicholas rindo – Quem vai?

– Eu, e Nina, que dizer nós três agora.

– Em 20 minutos estou ai. – Disse Nicholas mais animado

– Nossa quanta rapidez.

– Não ficarei escolhendo roupas nem uma hora no banho como você – Disse ele rindo.

– Tudo bem. Tchau!

– Fui.

– Prontinho Nina acabo de convencê-lo ! – Disse Laura ganhando “A batalha”

– Nossa! O que você fez pra conseguir essa proeza?

– Tenho meus truques.

– Tudo bem estou pronta. – Disse Nina

– Maquiagem! – Disse Laura em tom de negação.

– Que? Nunca uso isso

– Você parece um cadáver com esses olhos.

Depois de um tempo a maquiando, Nicholas chegou.

– Ta vendo idiota,ele chegou antes da gente se arrumar! – Disse Nina – Que? Eu to parecendo uma boneca – Disse ela olhando-se no espelho.

– Era essa a intenção.Vamos logo, daqui a pouco O Nicholas vai estar nos xingando!

– Nossa tenho um encontro com a Barbie – Disse Nicholas sarcasticamente.

– Eu mereço. – Disse Nina rindo.

– Tudo bem,já nos vimos vamos logo.Estamos perdendo tempo – Disse Laura apressando tudo.

Nicholas

Estavam no shopping, e Nina tinha ido à Saraiva e Laura não gostava muito de livrarias então mesmo não querendo muito, Nicholas ficou do lado de fora com Laura.

Eles estavam sentados em um banco logo perto, quietos, sem nenhuma palavra,quando Nicholas deitou sua cabeça no colo de Laura.

Laura sorriu e disse:

– Relembrando os velhos tempos em que você vivia fazendo isso?

– É, acho que preciso disso. Voltar no tempo. Voltar... Talvez nada fosse assim!

– O que não fosse assim?

– Nada Laura.

Laura sentiu que Nicholas estava chorando, sabia o porquê, mas preferia deixa-lo.

Nicholas sentia-se tão bem, tão bem de estar do lado de Laura, tão bem de estar no seu colo, chorando, mas quase sem dor.

– Me sinto tão bem perto de você – Disse Nicholas sorrindo.

– Eu também.

Ele se levantou bruscamente, os dois se olharam e Nicholas a beijou!

Tudo parou, os dois pensavam em nada. Não sabiam o que estavam fazendo mas estavam felizes.

Nicholas sentia algo que nunca havia sentido antes. Paz!



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Notas finais do capítulo

DEIXEM REVIWES !!!! POR FAVOR! :)