DNA escrita por Paulo Hallier, Bruna Lima


Capítulo 1
Dreams & Magic


Notas iniciais do capítulo

Essa é nossa primeira história,então se gostarem divulguem.
E deixem suas reviews.



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Mel

“-Não, Não. O que eu fiz? O que você ta fazendo garota? Socorro!

–Filha! Acorda! O que está acontecendo com você?”

Mel acabava de acordar de mais um sonho, ou premonição, e era cada vez mais estranho. Estava gritando as palavras que o “escolhido” dizia, gritando com a mesma força, de que estivesse morrendo.

Na verdade sempre teve esses sonhos, o qual nunca pode entender. Tinha algo como visões, premonições macabras. Via pessoas morrendo de formas cada vez mais horríveis, e na maioria das vezes acabava sabendo que pessoas morriam deste mesmo jeito.

“Eu tinha cada vez mais medo, porque de jeito algum eu poderia contar a alguém sobre meus sonhos. O que iriam pensar de mim? Que eu era uma louca?”

Seus pais sabiam que algo estava errado, mas não sabiam o quanto o problema era grande. Ela acordava todos os dias gritando, chorando. Sentia como se a dor do “escolhido” pudesse atingi-la, numa espécie de boneco em que a pessoa sente a dor.

Nesse dia tinha sido do mesmo jeito, mas uma coisa a assustou, era a Lia, uma de suas colegas de classe.

Nina

Nina estava na loja onde trabalha deitada em um sofá velho, com cheiro de mofo, (aliás, toda aquela loja tinha cheiro de mofo) até que foi acordada por um rapaz não tão alto, muito bonito e com um ar misterioso em seu olhar.


Nina acordou assustada. Seus olhos cheios de lágrimas olharam para o rapaz que estava ajoelhado que logo perguntou:


– Você está bem? –Perguntou nervoso, por vê-la naquele estado.


– A Lia! Ela está morta! Eu... – Nina não conseguia terminar seu pensamento. O choro não deixava.


– Calma! Foi só um pesadelo. Calma... – Thomas, tentava acalma-la. – Onde tem água aqui?


– Não quero água, quero a Lia! Cadê ela? – Nina não sabia o que fazer. – Espera quem é você? – Depois de uns segundos voltando ao mundo real Nina se deparou com um rapaz desconhecido em sua frente.


– Desculpe não me apresentar. É que eu fiquei nervoso com você, mas enfim... Chamo-me Thomas. – Ele esticou seu braço para cumprimentá-la.


– Eu... Eu me chamo Nina. – Nina apertou sua mão com um pouco de medo.


– É... Bom, você está melhor?


– Acho que sim. – Nina respondeu.


– Tem certeza que não quer um copo de água?


– Tenho, estou melhor.


– Fique calma, foi só um pesadelo... – Thomas disse colocando um sorriso nos lábios.


– Não, não foi só um pesadelo. – Nina dizia olhando pro nada, e tentando se lembrar do que aconteceu. – Foi real! Lia está morta mesmo!


Thomas olhava para Nina sem saber o que fazer, ainda mais quando ela novamente caiu no choro.

Sem saber o que fazer, a única reação que Thomas teve foi abraçá-la.

– Eu não sei quem é Lia, mas fique calma! Por favor. – Ele dizia olhando para os olhos verdes de Nina.

– Desculpa, eu nem te conheço e já estou te atormentando com meus problemas. Desculpa. – Nina desfez o abraço dos dois, e se levantou no sofá, enxugando suas lágrimas.


– Então... O que você quer? – Ela perguntou curiosa.

– Bom, é... Eu vim ver se vocês não precisam de um funcionário aqui... – Logo Thomas olhou em sua volta e percebeu que aquela loja não era como as outras.


Nina percebendo o espanto do garoto ao ver do que se tratava a loja logo soltou uma risada.


– Fique calma, aqui não é loja de coisas do mal...


Ele deu uma risada medonha, e logo os dois estavam rindo juntos.


– Mas enfim, acho que não precisamos de mais um funcionário aqui não. Essa loja é tão pouco movimentada e também não tem muita coisa para fazer aqui...


Thomas ouvia o que Nina dizia, enquanto mexia nos enfeites de uma das prateleiras.


– O que é isso? – Thomas pegou um anel com um “V” escrito.


Nina se aproximou do rapaz e pegou o anel de sua mão. Nina nunca havia visto aquele anel ali, embora todos os dias olhava cada canto daquela loja


– Eu... Eu não sei! Esse anel não estava aqui!


Thomas olhou com um ar curioso para Nina, que não tirava os olhos do anel.


– Esse “V” parece com o do meu cordão! – Disse Thomas, pegando em seu pescoço um cordão com um pingente de estrela e no meio um “V”.


Um filme passou na cabeça de Nina naquele momento. Os sonhos da Mel. Tudo, exatamente tudo passou por sua cabeça. Nina estava ficando pálida.


– O que foi? Você ta pálida Nina! – Thomas perguntou preocupado.


– Quem te deu esse colar?


– Minha mãe, antes de morrer, porque Nina? O que foi?


Nicholas

Nicholas estava na porta do quarto de seus avós, eles pareciam estar irritados, bastante irritados, como ele nunca havia presenciado. Eles pareciam falar sobre algo que ele não poderia, nem deveria saber. Algo muito ruim, horrível, mas algo que aconteceria.

“- Não, ele não pode de jeito algum saber sobre isso – Dizia sua avó quase histérica”.

“-Mas isso vai acontecer, é importante ele saber sobre o que ele ou ela irá fazer – Disse seu avô mais calmo.”

“- Mas quem é essa pessoa Otávio?

– “É...”

Nesse momento sua mãe chamou seu avô, e ele precisou sair correndo, para que não notassem sua presença.

Ficou com medo, assustado, mas não havia nada para fazer, pois não sabia o que era isso! Devia ser por este motivo que seus pais estavam tentando saber tudo que acontecia em sua vida, olhavam suas conversas e etc.

Nesse meio tempo ouviu seu telefone tocar, era a Mel, ela pouco o ligava, pois morava bem perto dele. Só podia ser algo importante.

“- Nicholas? – Disse ela um tanto que ofegante

– O que foi?

– Você não sabe o que acabou de acontecer, foi horrível – Disse ela em um tom melancólico, quase um choro.

– Mais um sonho?

– É, mas dessa vez foi diferente, foi muito pior. A pessoa morta era a Lia.

– O que? Você ta doida? A Lia? Não pode ser verdade – Nicholas disse assustado. Lia era sua amiga, há muitos anos, o tipo de pessoa na qual ele poderia confiar sempre.

– É, eu estou tremendo. Ela parecia estar pendurada a uma corda, amarrada no quadro da nossa sala, tinha muito sangue, muito mesmo, e parecia ter o número 25 feito com um vidro ou algo assim, bem no punho dela.

– Eu preciso falar com ela urgente ”

Ele pronunciou essa frase ofegante, e desligando o telefone saiu correndo apavoradamente pelas escadas em direção à porta

Nisso sua mãe me gritou:

–Aonde você vai à uma hora dessas?

–Mãe é urgente, eu preciso ir – Ela percebeu que ele estava quase chorando.

–Tudo bem, volte logo.

Ele saiu correndo pelas ruas, mas nem pode pensar já que ela morava a umas 6 casas.Nicholas não sabia o que pensar,chorava muito,parecia uma eternidade até que eu tocou o interfone da casa de Lia,e se jogou no chão na mesma hora.

–Oi, a Lia ta em casa?

– Não, ela saiu com uma amiga só deve voltar amanhã!

– Que é essa amiga? – disse Nicholas temerosamente

– Eu esqueci o nome dela, elas se conheceram hoje.

“Não, não podia ser. Eu não posso acreditar, mas de forma alguma posso contar a mãe dela, muito menos chorar na frente dela.”

Ela notou seu choro e disse:

– O que foi Nicholas? Você está bem?

– Sim, sim não foi nada – Disse ele enxugando as lágrimas e dando um sorriso falso.

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“Eu acordei com minha mãe gritando para eu ir para escola, eu não tinha como ir, mas era obrigado, então.”

“Eu mal conseguia levantar, eu estava realmente muito mal. Arrumei-me o mais lento.”

“Quando cheguei à escola, eu mal conseguia entrar, todos estavam tristes, assustados, com muito medo.Quem teria feito algo tão ruim com uma pessoa tão boa.”

“A primeira pessoa a qual veio falar comigo foi a Laura, ela não sabia o que Mel tinha sonhado, então ela veio chorando tentando contar-me devagar.”

“- Nick, a Lia está... Ela... Está morta.”

Nicholas se segurou, pois quase disse: “Eu sei”, mas ele não poderia, de jeito nenhum.

Sua cabeça rodava, não conseguia imaginar quem poderia ter a frieza de cometer algo tão ruim.


Mel

“Eu não podia acreditar, ver a Lia morta na minha frente, exatamente como eu tinha sonhado, era terrível pra mim. Como se eu fosse a melhor amiga dela.Todos os detalhes eram o mesmo que eu tinha sonhado.”

“Sentia-me como uma cúmplice. Mas o que poderia fazer? Ninguém acreditaria em mim e se vissem que aconteceu pensariam que eu era a assassina.”

Mel se sentia um lixo, uma idiota criminosa. Porque tudo isso tinha que acontecer com ela, era horrível.

Ela via nos olhos de Nicholas o medo, terror e a tristeza presente no seu olhar. Eles não tiveram aula, mas ele ficou lá o tempo todo, enquanto a polícia fazia a perícia, mas eles não entendiam, eles não entendiam de magia, o único sentido do número nela, e do jeito no qual ela foi morta.

Ela tentaria de todo jeito descobrir o sentido do número 25 e quem fez isso, ela imaginava que seria mais de uma pessoa, ninguém faria isso sozinho.

Nina

“Vinte e cinco, Vinte e cinco, tem algo errado com isso, eu tenho que descobrir” Dizia Nina para si mesma, várias e várias vezes. Tinha algo errado, e ela tinha que descobrir, talvez por trabalhar numa loja de antiguidades, onde vários livros envolviam magia, números e etc. Nina se sentia no dever de descobrir qual era o real sentido significado daquele número.

O primeiro de tudo era porque alguém iria matar a Lia. Porque de um jeito tão horrível? Porque em um quadro na escola?

E o principal, porque o número 25? Seria algo como numerologia?

Foi assim que Nina pegou no sono, pensando nesse mistério.

Seu sonho se misturava entre vários fatos:

“- Nina,Nina,não mexa nisso menina.”

Nina via várias velas, um círculo, vários “V”, uma espécie de DNA, não sabia decifrar, e uma pessoa no meio do círculo.Era Lia.

Na parte onde o círculo parecia ter alguém desmaiada. Lia parecia estar de cabeça baixa, e amordaçada. Parecia querer gritar,estava chorando,chorando muito.







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