Ao acordar, Megan percebe que tudo não passou de um sonho e suas amigas ainda dormiam.

Mas o pesadelo acabara de começar.

Depois de suas amigas acordarem Megan contou-lhes tudo que havia acontecido em seu pesadelo.

- Então, em seu sonho ele era um vampiro. Megan isso é idiotice. Vampiros não existem, são no máximo criaturas místicas de contos de fadas macabros. – Falou Lilly acrescentando sua opinião fria e calculista.

- Guarde suas opiniões para você. Isso foi um sonho, eu não disse que eu havia realmente visto ele como vampiro, isso é só uma hipótese. Mas, e se ele realmente fosse um vampiro? – Perguntou Megan.

- Impossível e inacreditável. – Acrescentou Lilly.

- Talvez. Sabe, em algumas cidades perto daqui que já registraram vários sumiços e mortes de pessoas que não haviam nenhuma gota de sangue no corpo. – Falou Amy deixando Lilly ainda mais perplexa com a situação.

- Talvez. Onde você conseguiu tanta informação Amy ? – Perguntou Lilly duvidando da amiga.

- Ao contrário de você eu fiquei preocupada quando a Caitlin morreu e fiz pesquisas em vários sites de desaparecimentos e apareceram arquivos e recortes de jornais na internet que falavam sobre pessoas mortas sem sangue no corpo. –

- Eu fiquei sim preocupada com a Caitlin, se você não se lembra fui eu quem passou 2 dias procurando ela de cidade em cidade. – Ruborizou Lilly fazendo com que Amy se arrependesse de suas palavras.

- Me desculpe. – Falou Amy.

- Tudo bem.

- Já chegas de brigas. Agora... Vamos voltar lá? – Perguntou Megan deixando todas assustadas. - Vamos lá, e se ele realmente for um vampiro? Isso é só uma hipótese eu sei, mas se essa hipótese existir?

- Tudo bem. Amanhã as 08h30min. – Respondeu Amy como se fosse uma ordem.

- Então eu vou para casa. Minha mãe já deve estar pirando querendo saber onde eu estou. – Falou Megan relembrando do ataque que sua mãe teve da última vez que ela sumiu e não deu notícias.

- Verdade, minha mãe também deve estar preocupada. – Falou Amy.

- Até amanhã então. – Faliu Megan se despedindo de suas amigas.

Ao chegar em casa Megan se depara com sua mãe aparentemente preocupada debruçada sobre a mesa da cozinha.

- Mãe, o que houve esta tudo bem? – Perguntou Megan preocupada com estado da mãe.

- Sim esta tudo bem. Onde você passou a noite? Perguntou a mãe de Megan desconfiada da filha que já havia feito muita bobagem fora de casa.

- Eu fiquei na casa da Lilly. Ela me levou para lá para fazer um trabalho e como acabamos tarde eu acabei dormindo lá. Desculpe-me por não te avisar eu peguei no sono assistindo um filme. – Mentiu.

- Tudo bem. Megan você se lembra da Caitlin? –

- Como não iria me lembrar mãe ela era minha amiga. Por quê? –

- Hoje chegou uma carta da mãe dela para você. Olhe. –

A mãe de Megan entregou-lhe um pedaço de papel abarrotado. No pedaço de papel havia a seguinte escritura:

Querida Megan,

Eu sei que faz muito tempo que não dou noticias minhas e do desaparecimento de Caitlin então por isso escrevo essa carta.

A polícia entregou-me o relatório das investigações do desaparecimento da Caitlin e ao ler o relatório a solidão tomou conta do meu ser.

Nem Caitlin nem seu corpo foi encontrado. Tudo continua igual. Nenhuma noticia sobre ela. A polícia desistiu de procurá-la e eu continuo tomada pela sensação de que ela esta viva e saudável em algum lugar.

Peço que você me encontre no Royal’s Coffe dia 22 de setembro. Por favor, me encontre lá, estou precisando de sua ajuda. Leve também Amy e Lilly. Elas com certeza irão querer saber sobre a Caitlin.

Com carinho,

 sua segunda mãe Elizabeth Marie Stwart.

Depois de ler a carta Megan sentiu lágrimas escorrendo por seu rosto. A agonia em não saber nada sobre Caitlin era sufocante. Ela ainda não havia sido encontrada, nem mesmo uma pista sobre ela.

- Tudo bem? – Perguntou Lilian mãe de Megan.

- Sim, Elizabeth quer me encontrar no Royal’s Coffe terça-feira. Não encontraram nada sobre Caitlin, nem mesmo uma única pista.

- Sinto muito querida. Eu vou trabalhar você vai ficar bem? – Perguntou Lilian abraçando Megan.

- Claro. Bom trabalho. Vai chegar a tempo do jantar? – Perguntou Megan.

- Não tenho certeza. Tchau.

- Tchau mãe.

A tarde foi entediante e Megan só conseguia pensar em Caitlin. Nada encontrado, nenhuma pista. Como seria possível? E se ela tivesse ido embora para fugir de alguém. As duvidas só torturavam a garota que lentamente adormecia.