O time Deeva já tinha chegado até berkley, logo que chegaram lá, foram atrás de um hotel pra se hospedar, e quando acharam um, viram uma coisa estranha, um cortejo de um enterro passava por perto de lá.

Quando entraram no hotel e foram até a recepção, escutaram a recepcionista falar algo interessante com um rapaz.

–Já é a segunda mulher que morre esse mês, e sem motivo aparente, não é estranho?. - A recepcionista disse.

Eles se aproximaram do balcão para se registrar e a recepcionista os recebeu com um sorriso no rosto.

–Bom dia. - A recepcionista disse.

–Bom dia. - Todos eles disseram.

–Vão se registrar?. - Ela falou sorrindo.

–Sim. - Samuel disse.

Enquanto isso, Dominick ainda averiguava o que acontecia do lado de fora, pela porta de vidro do hotel, o cortejo do enterro já estava passando para outra rua, foi então quando Dominick se virou para a recepcionista e perguntou algo pra ela.

–Com licença, mas... Quando aquela mulher morreu.

–Ontem... Ela apareceu morta na cama dela, quando o marido dela acordou, ele viu ela morta, a ao lado dela estava a filhinha dela... A abrançando, a garotinha deve ter ficado tão traumatizada... Dizem que ela não chorou quando a mãe morreu, e que desde então não disse uma palavra, e vem agindo de modo estranho.

–E você sabe o nome da mulher?. - Aaron perguntou.

–Claro, nós moravamos no mesmo bairro, o nome dela é Abgail Hastings.

–E quanto a filha dela?. - Liam se pronunciou se encostando no balcão.

–Se chama Eleonor. - A mulher disse sorrindo. - Coitadinha, coitadinha só tem sete anos...

–Hn... - Dominick resmungou. - Muito obrigada, vamos?. - Ela disse olhando para seus companheiros.

Dominick subiu as escadas até o quarto, e eles a seguiram, logo que entraram no quarto se acomodaram, Liam se jogou no sofá, e Dominick foi até Aaron que ainda segurava sua bolsa de viagem.

–Aaron, você conseguiu aquilo que eu te pedi?. - Ela falou segurando no braço dele.

Aaron colocou sua bolsa no chão, e se agachou, de um dos bolsos ele tirou uma pulseira, e um colar com um crucifixo, Aaron se levantou, pegou o pulso do Dominick e colocou a pulseira no pulso dela.

–É tudo feito de ferro.

Ele foi para trás de Dominick, com intenção de colocar o colar nela.

–Pode levantar o seu cabelo, por favor?. - Ele disse.

Dominick pegou o seu cabelo, e o colocou todo no lado do seu ombro esquerdo, então Aaron colocou o colar.

–Obrigada. - Ela disse.

Depois de fazer isso, Aaron tirou do seu bolso um colar feito de ferro e pôs em seu pescoço, depois de fazer isso, ele deu também colares a seus companheiros de equipe.

–Porque temos que usar isso?. - Liam perguntou enquanto colocava o colar.

–Changelings odeiam ferro, e não se aproximam de quem usa. - Aaron repondeu.

–Espera... Mas se agente quer encontrar eles, se usarmos colares assim eles não vão se afastar de nós?. - Liam perguntou.

–Isso é só pra eles não nos tocarem. - Dominick respondeu.

–Aah!. - Liam pronunciou.

–Eu vou sair pra averiguar algumas coisas, alguém vem comigo?. - Dominick perguntou enquanto segurava a maçaneta da porta.

–Eu vou!. - Aaron disse se levantando do sofá.

–Eu também!. - Liam disse animado, se levantando também.

–Não, liam! É melhor só eu e Dominick irmos, porque se um Changeling ver três de nós logo vai imaginar que existem caçadores na cidade. - Aaron disse.

–Ah, tudo bem, então eu vou ficar aqui, olha! tem playstation no quarto. - Liam disse animado.

Dominick e Aaron riram, e depois saíram do quarto. Dominick e Aaron estavam descendo as escadas.

–Então, por onde você pretende começar. - Aaron perguntou enquanto eles desciam as escadas.

–Primeiro nós vamos atrás do endereço dessa mulher que morreu, e vamos ficar em frente a casa dela pra ver se vemos alguma coisa suspeita.

–Mas se ficarmos parados em frente a casa dela, não vai ser meio estranho?. - Aaron perguntou.

Eles já tinha descido as escadas, e ficaram parados por um tempo, Dominick ficou imaginando o que poderiam fazer pra disfarçar.

–Não se preocupe, eu tenho um plano. - Ela falou saindo do hotel, sendo seguida por Aaron.

Eles foram até uma biblioteca, e encontraram o livro de registros da cidade, procuraram pelo endereço dos Hantings no livro, não demoraram muito e encontraram.

Da biblioteca eles partiram até o bairro, eles encontraram a casa, eles viram movimento na casa, afinal, depois do enterro, os parentes e amigos foram prestar suas condolências ao viuvo e a filha de Abgail.

Eles ficaram na outra rua, assim eles ficavam de frente para a casa dela, eles acharam um banco abaixo de uma arvore, e lá eles se sentaram, e ficaram observando.

–Então era esse o seu plano? Ficar aqui parada dando bandeira. - Ele perguntou irônico.

–Não.

Nesse momento Dominick se virou, e abraçou Aaron, ele ficou sem entender o que ela estava querendo fazer, e o que ela pretendia com aquilo.

–Dominick, o que você tá fazendo?. - Aaron perguntou confuso.

–Finge que é meu namorado!. - Ela sussurrou.

Logo Aaron entendeu o plano dela, niguém acharia estranho um casal de namorados, afinal aquilo era muito comum em qualquer lugar, e ninguém suspeitaria deles assim.

Eles estavam de mãos dadas, de tempos em tempos, trocavam falsas caricias, como beijos no rosto, na testa, davam sorrisos um pra o outro.

Dominick estava com a cabeça no ombro de Aaron, os dois ainda observavam a movimentação na casa, mas muito discretamente, e assumindo muito bem seu papel de falsos namorados, estavam bem convincentes.

Eles viram pessoas entraram e saírem da casa, a maioria chorando, algumas ficavam no quintal da casa conversando, algumas crianças normais, brincando, é claro que crianças normais não sentem muito a morte de pessoas com quem não conviveram muito, mas eles viram uma coisa estranha, eles viram duas meninas no quintal, uma bem animada, como se estivesse tentando a aliciar a outra a brincar, mas a outra, estava inespressiva, como se estivesse achando aquilo tudo um "saco", a expressão da menina... Aquela criança parecia perturbada, e aquilo chamou bastante a atenção de Aaron e Dominick.

–Viu aquilo?. - Aaron perguntou se referindo a menina.

–Vi... Acho melhor sairmos daqui, depois nós voltamos pra averiguar isso de longe. - Dominick falou em tom baixo. - Agora sorria, se levante, e me pegue pela mão.

Aaron fez exatamente o que Dominick disse, quando ele a pegou pela mão, ela sorriu também, depois eles saíram de lá, sorridentes e felizes, até pareciam um casal de verdade, até saírem da rua eles se comportaram assim.

Sugurando um na mão do outro, sorrindo, dando beijos no rosto.

Mas logo que saíram, se apressaram em voltar pra o hotel e falar sobre a menina pra Samuel, mas antes, eles falariam com alguém...

Chegando no hotel eles foram até a recepção, e antes de falar com a recepcionista repararam no nome que estava numa plaquinha de metal, com certeza deveria ser o nome dela, "Georgia".

–Oi georgia. - Dominick disse sorrindo amistosamente.

A mulher logo olhou para eles.

–Olá, o casalsinho deseja alguma coisa?. - Ela falou ao ver que eles seguravam um na mão do outro.

–Casal?. - Dominick falou baixo.

Foi quando ela olhou pra baixo, e então ela e Aaron elevaram suas mãos, ainda juntas a altura de seus olhos, e novamente passaram a assumir seus falsos papéis.

–Ah, sim! Eu e meu namorado estavámos passeando pela cidade hoje, e vimos um uma casa cheia de pessoas de luto, talvez a casa da sua amiga que morreu.

Georgia falou o nome do bairro para saber se era da casa de Abgail que eles estavam falando.

–Foi nesse bairro mesmo. - Aaron falou.

–Bem, como a filha dela é?. - Dominick perguntou, enquanto recostava a cabeça no ombro de Aaron.

–É linda! Ela tem olhos verdes, cabelos loiros cacheados, pele branquinha, e é um pouquinho baixinha. - Ela falou sorrindo.

Georgia deu exatamente a descrição da garota apática que Aaron e Dominick tinham visto, agora eles tinham certeza, que se alguém era o Changeling naquela casa só poderia ser ela.