Rockers - Associação De Caçadores escrita por Diva


Capítulo 19
Capítulo 19




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Era de madrugada, uma figura feminina caminhava pela sala, como se procurasse por algo, sua expressão era fria, e o seu olhar era o de um assassino, seu olhar era avermelhado, e ela estava sedenta por sangue.

Ela abriu a primeira porta que viu, e então viu a figura dormindo de modo desleixado sobre a cama, e descoberto dos lençois, os cabelos pretos ondulados bagunçados, a pele pálida pelo frio, e apenas uma calça folgada, e uma camiseta lhe cobriam o corpo, ela logo estava por cima de seu corpo, o pegou pelo pescoço, e então Liam abriu os olhos.

–Nick? O que você..? - Dizia, até ser interrompido pela ação dolorosa dela.

Ela lhe mordeu forte o pescoço, Liam sentiu uma dor descomunal lhe dilacerar, ela sugava fortemente o seu sangue, ele se debateu contra ela, mas ela lhe segurou com força, ele berrou alto de dor, mas ela logo lhe tapou a boca.

Então, sem esperar, a luz do quarto de Liam foi acesa, Liam estava quase desmaiando, quando um Samuel surgiu ao lado da porta que estava entreaberta

–Liam será que dá pra ficar quiet..

Antes que pudesse completar sua frase, ele se encontrou petrificado diante da cena que presenciava, ele olhou nos olhos dela, e se sentiu um garotinho indefeso diante aqueles olhos sedentos de sangue, ele via, mas não acreditava, Dominick estava lá, mas aquela não poderia ser ela, aquilo era um animal, não ela.

Ela largou o corpo de Liam sobre a cama, e andou lentamente até o seu até então mentor, ele andava para trás a medida que ela vinha em sua direção, ele olhou fundo nos olhos dela, e estremeceu mais uma vez de medo, antes que Samuel se desse conta, ele estava sobre o chão, ela estava em cima dele, ele não entendeu o que viria depois daquilo, mas sabia que não era coisa boa.

Ela deu um sorriso fraco e sarcastico pra ele, ele estreitou os olhos, em uma tentativa de entender o que estava acontecendo, mas antes que pudesse pensar muito, ela agarrou sua cabeça, e a arrancou de seu corpo, ela saiu de cima dele, e tudo o que restou de Samuel foi o corpo, e a cabeça decapitada que jorravam sangue para tudo quanto era lado.

Ela seguiu para uma escada, atrás do quarto do andar de cima, o quarto de seus pais, rapidamente tinha chegado a porta do quarto deles, a abriu sem cerimônias, e encontrou o pai e a mãe dormindo calmamente, ela caminhou lentamente até a cama, e logo subiu nela, ela andou por cima da cama, até chegar perto do rosto de seu pai, ela se abaixou, e viu ele abrir os olhos, mas logo ela lhe pegou pelo maxilar com as duas mãos, o virou, e assim quebrou o seu pescoço.

Sua mãe ouviu aquele barulho, e se remexeu na cama, antes que tomasse conciência, Dominick cravou suas unhas no peito dela, logo, a mãe também morreria.

Ela desceu da cama, e sem pressa alguma foi até a porta, a abriu para que pudesse sair, e antes que saísse, deu uma ultima olhada no corpo dos pais, deu um sorriso macabro coberto de sangue, e disse.

–Será que isso é de familia?.

Ela saiu do quarto, e num pulo já estava no andar de baixo, ela se lembrou de uma ultima pessoa na casa, foi até seu quarto, e abriu lentamente a porta, seus olhos se depararam com a visão dele dormindo, sereno, e calmo.

Os fios de cabelo lhe cobriam parte da face, e a respiração dele fazia com que o seu peito subisse e descesse lentamente, apenas uma calça de nylon cinza, era o que ele usava.

Ela andou lentamente até sua cama, mas o rapaz tinha sono fraco, acordou ao sentir o peso extra em sua cama, ao abrir os olhos, não acreditou na visão que teve, era ela, em sua cama, sentada ao seu lado, e olhando para ele.

–Nick, O que voc..? - Tentou lhe perguntar, mas teve seus lábios calados pelos dedos dela.

–Shh!.. - Ela retrucou.

Ele se quer reparou nos olhos dela, tão vermelhos, e demoniacos, que colocariam medo até no mais forte e anabalável dos homens.

Estava tão extasiado pela ideia de ver que ela estava tão perto, que se hipnotizou pela simples presença dela.

Ela se pôs por cima dele, e ele estremeceu, o cabelo longo dela tocava o rosto dele, ela se curvou, e a sua boca empregnada por cheiro e gosto de sangue, fez contato com a dele, Aaron sentiu aquele gosto amargo, que era semelhante a ferro, Aaron a principio quis reclamar, mas o que era aquele mero gosto de sangue comparado as sensações que estava tendo?.

Aaron jogou tudo para o alto - Literalmente - e se envolveu de corpo e alma no que estava acontecendo, ele desceu sua mão até as costas dela, e a virou, deixando-a por baixo de si, ele a beijou com vontade imensa, e desceu aquele beijo para seu pescoço.

Mas ela o tirou de cima de si bruscamente, e o colocou por baixo dela, ela sorriu, deslizou suas unhas pelo peito dele, e logo as cravou em sua pele.

–Arg! - Ele reclamou.

Ela enclinou a cabeça para perto de seu ouvido, e disse com uma voz suave e calma.

–Você tem uma coisa que eu quero. - Dizendo isso, ela lhe mordeu a orelha, mas sem machucá-lo.

Ela desceu aquelas leves mordidas até o pescoço dele, Aaron já não se controlova mais perante aquela situação, estava completamente extasiado, mas antes que ele pudesse aproveitar mais a situação, Dominick cravou suas presas sem aviso em seu pescoço.

Ele não sentiu nada, sentiu aquilo como uma caricia qualquer dela, mas aquilo estava custando a vida dele, ela sugava o sangue dele com vontade, seu sangue tinha gosto indescritivel, por ela, aquilo duraria uma eternidade, mas, tudo que é bom dura pouco, e assim como as forças de Aaron, o sangue dele também se esvaiu.

Ela tirou suas presas de seu pescoço, olhou para o rosto pálido dele, estava desolada.

–É uma pena.. - Sussurrou.

Dominick acordou em sua cama ofegante, suada, com sua respiração descompassada, e com o coração acelerado.

–Pesadelo dos infernos!. - Ela disse pra si mesma. - Mas que gosto horrível é esse?. - Ela reclamou ao sentir aquele gosto amargo em sua boca. - Ah, dane-se!. - Ela exclamou deixando de dar atenção aquilo.

Ela se levantou da sua cama, e foi até sua porta, girou a maçaneta, mas a porta não abriu, estava trancada por fora, ela tentou abrir mais uma vez, forçou a porta, mas o mesmo, não abriu de jeito nenhum. Dominick começou a se irritar, por algum motivo, o temperamento dela estava muito instavel naquele momento.

–Não vai abrir facil não, é?. - Ela disse com um sorriso sarcastico no rosto. - Ok!.

Assim que disse isso, ela se preparou, e deu um chute na porta, ela sinceramente não esperava, mas a porta se quebrou em pedaços, naquele momento ela ficou confusa, ela ficou parada em frente ao que restou da porta nas dobradiças.

–Mas o que foi isso!?. - A voz de Nolan soou grossa ao berrar do andar de cima.

Rapidamente ele desceu das escadas, ao lado de Lila, assim que viu aquilo, Lila ficou perplexa.

–Dominick Marrie Rowland, o que aconteceu aqui?. - Lila berrou.

–Lá vem pancada.. - Dominick retrucou.

Nolan lançou um olhar avaliativo sobre Dominick, deu um sorriso satisfatório, que passou despercebido por Dominick.

–Tudo bem, Lila. - Nolan disse pôndo a mão sobre o ombro dela. - Eu resolvo isso.

Lila suspirou insatisfeita.

–Quando vocês acabarem, venham tomar café. - Ela disse se retirando do lugar.

–Pai, eu não tive culpa, a porta tava trancada por fora, eu fiquei com raiva, quis dar um chute na porta, mas eu não pensei que fosse quebrar. - Explicou rapidamente.

–Tudo bem, eu sei.. Fui eu quem trancou a porta. - Nolan disse calmo e despreocupado.

Dominick olhou pra ele confusa, não entendeu, porque ele trancaria ela?.

–Olha, o senhor me explica isso depois, eu to com um gosto horrivel na boca, e mataria um por um copo com água. - Ela disse calma, e estava para sair de lá, mas então..

–Desculpe se o meu sangue não tem o melhor gosto pra você. - Nolan disse irônico.

Dominick parou onde estava, ficou perplexa com aquilo, ou ela tinha ouvido errado, ou era mentira.

–O que você quer dizer com isso?. - Ela perguntou nervosa, ainda de costas.

–Eu não sei se eu tomei a decisão certa, mas tenha tomado ou não, que seja! Eu não podia deixar você renegar o que você era, você precisa aprender, e logo! O maior erro da minha vida foi não ter te criado do mesmo jeito que eu fui criado por meu pai. - Nolan disse calmo e sereno.

Dominick se virou lentamente para ele, o olhar dela era de pura raiva, e os olhos castanhos dela, estavam perto de ficar cor de avelã.

–Você me deu seu sangue enquanto eu dormia?... E ainda trancou minha porta, é claro! Você deveria estar com medo do monstro sanguinario aqui sair por aí atacando, não é?. - Ela disse aos berros.

Agora ela entendia o porque daquele pesadelo, o corpo dela devia estar desejando sangue.

–Me desculpe.. Mas você ainda vai me agradecer por isso. - Nolan disse cabisbaixo, ele de fato estava envergonhado, mas ele tinha motivos para o que fez.

–Eu acho que não. - Ela disse fria, seu olhar sobre ele era de puro ódio, uma raiva tão imensa, que palavras não explicavam, faltava muito pouco para os olhos dela estarem vermelhos, de tanta raiva.


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