Forgive Me escrita por Fernanda
Notas iniciais do capítulo
Oiii ! Comecinho tosco mas a gente supera depois kkk
Eu acordei mais cedo do que Ana.Tinha acabado de chover e a grama estava molhada,o ar cheirava a terra e Maria,nossa porquinha da índia,dormia tranquilamente em sua gaiola azul.Me levantei,abri a janela,desliguei o ar condicionado e troquei de roupa.
– Laura ? – Ana bocejou.- Tem pão ? – Seus olhinhos piscaram uma ou duas vezes,tentando se adaptar ao sol .
– Não,idiota.- Vesti um macacão azul e uma chinela.- São 6h,da manha.Vai dormir.
Laura resmungou alguma coisa e colocou o lençol em cima da cabeça.Peguei dinheiro da bolsa dela e sai fechando a porta com cuidado.Abri todas as janelas da sala e da cozinha e Valeria já estava lá,fazendo café.
– Bom dia. – Ela sorriu sem se virar completamente para olhar para mim. – Você vai comprar pão hoje,Ana Cecília ?
– Ai,Vava- Eu me sentei na bancada. – Eu nem sei porque vocês me confundem tanto com Ana Cecília,nós nem somos parecidas. – Zombei e Vava riu.Eu e Ana éramos irmãs gêmeas,igual que nem.Ambas baixinhas,com cabelo ondulado e olhos escuros.A diferença é que Ana era mais calada e tímida,e eu era barulhenta e extrovertida como uma galinha molhada.O engraçado é que eu nasci 23:57 da quarta feira,dia 24 de dezembro e Ana nasceu 00:00,ou seja,na quinta feira,dia 25.Então não importa o que digam,eu sou a mais velha.
– Me desculpe,Dona Laura. – Valeria brincou. – É que o jeito como vocês pisam forte o pé quando andam torna as duas a mesma pessoa. – Ela riu,implicando sempre como eu e Ana costumávamos andar e como nossa postura era tão pesada.- Agora vá logo comprar esse pão,menina.O café está quase pronto.
– Eu já estava de saída.-Me levantei e abri a porta que dava aos fundos da casa.
A padaria ficava a menos de 100 metros de distancia da nossa casa,era nossa ” vizinha de trás “. Toda manha eu,ou Ana dependendo de quem acordasse primeiro,ia na padaria e comprava 5 pães massa fina e 5 pães franceses.O namorado de Ana,João Neto,costumava freqüentar a mesma padaria e ia lá toda manhã também. Eu não gostava de João,nem um pouco,e sinceramente nem fingia gostar,mas como Ana era terrivelmente apaixonada pelo moleque,eu controlava minha vontade e não esmurrava ele sempre que o via. Cheguei a padaria e Marcelo,o padeiro e dono do local,acabava de colocar uma fornada de pães no forno.
– Bom dia , seu Marcelo. – Coloquei o dinheiro em cima da mesa como sempre fazia.
– Bom dia,Dona Laura. – Por incrível que pareça,seu Marcelo era o único que nunca havia me chamado de Ana,e nunca havia chamado Ana de Laura.Ele era provavelmente o único que nunca confundia nos duas,até mamãe já chegara uma vez para mim e dissera “ Aninha,João Neto está aí,não vá farrear demais,você tem que estudar para a prova de amanhã ! “.
– Aquele diabinho já veio ? – Eu sussurrei próxima de Marcelo que compreendia exatamente meu ódio por Neto.
– Aquele diabinho acabou de chegar. – Me virei e lá estava ele,com o cabelo bagunçado e a camisa dos jogos olímpicos de nossa escola.Ele sorriu. – Olá,Laurinha.Acordou cedo hoje.
– Eu tentei chegar antes de você,mas não deu muito certo.
– Ora,o destino quer que nos fiquemos juntos.-Ele sentou ao meu lado e eu me levantei.
–Seu Marcelo ? – Ele entregou o pão rapidamente e recolheu o dinheiro. – Que pena,Neto,mas eu já tenho que ir. Enfim,espero que você morra antes de chegar em casa.Tchau.
Ele riu e pegou os pães da mão de seu Marcelo,que foi para a cozinha pegar alguns doces,suponho.
– Você que sabe,Laura.Mas se alguma coisa acontecer,pode me ligar.Eu vou estar sempre pronto pra suprir suas necessidades,se é que você me entende.-E saiu andando na direção oposta.Virei os olhos e fui em direção a nossa casa amarela.Abri a porta da cozinha e Ana já estava lá,tomando café toda sonolenta.Deixei os pães em cima da mesa e minha irmã me analisou da cabeça aos pés.
– João Neto estava lá ? – Seus olhos logo se animaram e ela abriu a sacola de pão com voracidade.
– Aham..- Me servi uma xícara de café.- Aninha eu nem sei o que você viu nele,aquele cara não é para você.
–Ah,Laura.-Ela sorriu tímida.-Ele é um príncipe Você que não vê.
–Um príncipe do diabo...-Murmurei e sentei-me para tomar café.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sinta-se livre para fazer qualquer comentário,espero que tenha gostado e obrigada pelo seu tempo .)