OS ovos foram levados para baixo com magia. O lugar deles: no pequeno quarto onde os elfos (exceto Eragon) dormiam. E cinco Eldunári foram com eles para deixá-los em segurança.

As rotas noturnas de vigia foram estabelecidas: uma dupla de elfos a cada uma hora, sendo que Eragon preferiu ficar com Saphira, por isso mesmo optaram pelo último horário: das seis as sete, antes de o sol nascer para todos conseguirem se organizar.

Depois disso, veio a outra parte do plano: a parte que Ângela havia sugerido.

Foram discutidos diversos pontos dessa ideia. Primeiro: e se aparecesse algum perigo no caminho? Eragon e Saphira ficariam responsáveis por isso. Eles teriam força o suficiente? (Provavelmente não) Mas é claro que sim!! E se a energia acabasse? Não acabaria; Mas e se acabasse? Eu já disse: não acabaria. E assim foi...

Quando acabou, ficou descidido que Ângela ficaria com os ovos. Ela conconrdou pois "não queria se molhar". E Eragon subiu e foi na direçaõ de Saphira.

Ela já havia terminado seu "banho" e as escamas azuis estavam reluzentes a luz da lua que subia. Ele a examinou e verificou que não havia nenhuma ferida ou cicatriz.

Pequenino, eu estou bem. Agora deite-se, que amanhã teremos um longo dia. E ele deitou-se debaixo da fina membrana da asa dela.

Não houve nenhum sonho e quando Eragon acordou parecia que nem havia dormido. Saphira tinha acordado poucos minutos antes e observava o horizonte e a lua baixando mais adiante.

Quando um dos elfos lhes avisou do turno, ambos levantaram e ficaram de olho em tudo. Não houve nada de especial.

Na verdade, ali era tudo normal: corujas piavam e voavam; saps coachavam, grilos cantavam e vagalumes voavam. Algumas vezes peixes pulavam para fora da água e certa vez um cavalo selvagem marrom bebericou água e voltou para o matagal.

Enfim, o tempo passou rápido e no horizonte o sol já apontava raios amarelados e avermelhados. Os elfos começaram a acordar e se preparar.

Eragon colocou a sela em Saphira, caso fosse necessário e tomou um café leve. Na sela, ele colocou dois diamantes bracos com reservas de energia que os elfos haviam lhe dado na viagem. Tinham tanta energia que era possível se perder neles.

Logo eles começaram a colocar o plano em ação... Primeiro, o barco foi solto e cada um doz onze elfos, Eragon, Saphira e os Eldunári começaram a se concentrar na água. As mentes deles estavam abertas entre si. Mas apenas entre si e não mais.

Não demorou muito para que eles conseguissem controlar a água e fazê-la seguir reto, para um caminho onde não houvesses perigos. A velocidade era moderada.

Logo, eles entraram na densa neblina logo a frente e não era possível enxergar mais nada.

Apenas Saphira que distiguia alguns pontos, mas, mesmo assim, muito pouco.

Enfim, todo o barco foi envolvido pela neblina e não pode mais ser visto.

Atrás, o pássaro branco de olhos azuis, o mesmo pássaro e com duas patas, parecia rir quanto levantou voo e piou. E ainda mais atrás, eles deixavam um caminho que nunca mais veriam. Um caminho, provavelmente, sem volta.