Eyes On Fire escrita por Carol M


Capítulo 4
Capítulo 4




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Era tarde, Ivy conseguia sentir. Noite, talvez. Abriu seus olhos devagar e se deparou em um local repleto de camas. Parecia o chalé 11, na verdade, cheio de campistas. Só que o chalé de Hermes não tinha meninos e meninas feridos como havia ali. Ao lado de sua cama, Ivy pôde identificar uma garota um pouco mais velha do que ela com um braço quebrado e vários cortes em seu rosto e braços. Então, Ivy decidiu se visualizar.

Parecia bem, com exceção de uma faixa em seu braço, possivelmente cobrindo o corte que Chris acidentalmente lhe causara no dia anterior. Ou seria... Na semana anterior? Piscando os olhos com força, imaginou-se chamando por alguém, mas acabaria acordando algum enfermo e a coisa não ficaria nada boa.

Ainda sentia seus olhos pesarem um pouco, mas não queria continuar dormindo nem por mais um minuto. Quando tentou se mexer, sentiu uma pontada forte em sua cabeça. Talvez tivesse batido em algum lugar na Arena no dia em que tudo acontecera. Mais uma vez, Ivy começou a relembrar aquelas cenas e acabou caindo no sono depois da terceira recapitulação.

Quando acordou novamente, já era de manhã e uma garota trocava a faixa de seu braço. Ivy piscou os olhos com força e a garota exclamou algo que Ivy não tinha ideia do que era. Franzindo o cenho, ela tentou entender o que a outra tinha falado por alguns segundos até que a desconhecida falou sua língua.

- Eu não acredito que você acordou! Achei que dormiria por mais algumas décadas. – comentou a garota, dando uma leve risada. Ivy a acompanhou.

- É... Acordei ontem à noite, na verdade. Desde quanto estou aqui mesmo?

- Hun... Hoje é seu segundo dia. Chegou antes de ontem, dormiu o dia anteiro ontem e aqui está, acordada hoje.

- Claro, sempre seguindo em frente. - brincou Ivy, abrindo um tímido sorriso e arrancando uma risada prolongada da menina.

- Ah, sim... Você recebeu algumas visitas. É bem conhecida pelos poucos dias que chegou até aqui. É algo em seu perfume?

- Não, creio que continuo com o cheiro de sempre. Quais visitas?

- Acho que um filho de Hermes, Chris, e o outro eu não me lembro bem... Alex, eu acho. – disse ela, franzindo o cenho de concentração.

- Andrew! – Ivy exclamou e o rosto da outra garota iluminou-se. Sim, era Andrew. Sorrindo um pouco mais, Ivy comemorou internamente. Finalmente estava conseguindo algum sucesso em sua tarefa.

- Isso mesmo! Acho que é alguém especial, acertei?

- Talvez, ainda não sei. Só mais uma pergunta... – comentou Ivy, enquanto a garota virava-se para outro paciente. – Quando poderei sair daqui?

- Seu tratamento já acabou. Deixe-me apenas terminar com este rapazinho e, então, tirarei o curativo. – ela começou a falar com um pequeno menino de onze anos, no máximo. Tinha uma tipoia no braço esquerdo e reclamava um pouco de dor. Ivy deu um leve sorriso para ele que retribuiu, acanhado. – Prontinho! Agora, vamos tirar essas bandagens feias, certo?

Depois que a menina retirou os curativos, Ivy agradeceu e saiu correndo daquele lugar. Caminhou na direção do chalé 11, aonde esperava encontrar com Chris ou algum dos gêmeos líderes do chalé. Abriu a porta devagar e se deparou com um chalé vazio. Andou até o horário grudado em uma parede e analisou-o, chegando a conclusão que todos só poderiam estar na Arena, treinando com espadas.         Tomou um longo banho e colocou uma roupa do Acampamento, retirando-se do chalé e se direcionando até a Arena rapidamente.

Chegando lá, avistou Chris descansando em um canto solitário, mantendo-se com os olhos fechados. Ivy andou até lá e sentou-se ao seu lado, fingindo que era apenas uma desconhecida. Chris permaneceu de olhos fechados até que Ivy pigarreou alto, acordando-o do sono leve. Assim que a viu, deu-lhe em longo abraço e começou a bombardeá-la com perguntas do porque de ter desmaiado sem nenhum motivo aparente. Ivy explicou-lhe que era a mudança de rotina e apenas isso, que não havia nada demais em seu desmaio. E, de fato, não era mentira. Havia realmente estranhado a rotina de treinos e suas poucas horas de sono, sobrecarregando-se muito.

- Tudo bem, mas não faça isso de novo! Toda vez que estiver cansada demais, me avise que posso arranjar um tempo livre até você se acostumar. – avisou o garoto, dando um breve sorriso. – Agora, eu tenho mais uma pergunta. Quem é este Andrew?

- Desculpe-me? – perguntou Ivy, engasgando-se com o ar. Arregalou seus olhos e imaginou quando os dois poderiam ter se conhecido.

- Sim, Andrew. Ele foi visitá-la na Enfermaria quando eu estava saindo. Estranhamente, parecia bem transtornado com seu desmaio e a possível falta de informações. Como eu conheço alguns filhos de Apolo que ajudam as ninfas com os enfermos, pude entrar na Enfermaria e ver como você estava, porém creio que ele não teve a mesma sorte.

- Bom, Chris... Andrew é um daqueles filhos de Hefesto que conhecemos naquele dia, lembra-se? Quando íamos para o refeitório...? – indicou Ivy, torcendo para ele não fizesse mais perguntas. – De qualquer maneira, ele foi apenas solidário, eu acho. Conversamos um pouco depois que vi seus irmãos e ele saindo do local aonde eles fazem as armas, mas foi só.

- Não se preocupe, não precisa se explicar pra mim, Ivy. – comentou Chris, rindo. – Não sou seu pai ou algo assim.

Assim que o treino na Arena acabou, todas as pessoas do chalé 11 se dirigiram até o Refeitório. Ivy procurou por Andrew, imaginando se ele estaria fazendo o mesmo.  Se sim, seria um bom sinal. Afinal, isso significaria que seus planos estavam funcionando perfeitamente. Quando seu olhar captou o de Andrew, Ivy acenou e sorriu para o garoto que retribuiu o gesto abrindo um largo e angelical sorriso. Quando a refeição foi encerrada, todos voltaram a suas atividades, inclusive Ivy, que realmente precisava encontrar-se com Andrew. Precisava saber se ele estava preocupado com ela, pois isso faria seu dia. Estaria ainda mais perto de conseguir seu bem mais precioso.

Caminhou rapidamente até o local onde se encontravam e deitou-se na enorme pedra, como de costume. Apenas minutos depois, as folhas começaram a se mexer e o filho de Hefesto aproximou-se, enchendo-a de perguntas assim como Chris fizera. Revirando os olhos, Ivy contou toda a história bem bolada novamente, e Andrew acreditou cegamente. A garota sabia que precisava pular mais uma fase do plano, precisava agir mais com a cabeça do que com o coração. Andrew era seu pequeno brinquedo, a boneca que tinha quando criança. Não tinha sentimentos, não sentir dor e nem felicidade. Precisava manter tal informação em sua cabeça, senão nada conseguiria.

- Andrew, acalme-se! Estou bem, não se preocupe. Já melhorei, foi apenas um descarrego emocional e acabei me sentindo mal. – disse Ivy, tentando manter sua expressão genuína.

- Como posso me acalmar sabendo que você não come direito no Refeitório e treina loucamente? Acho que está entendendo o lado errado do “treino”, Ivy. Treinamos para aprender e não para decorar todos os passos e movimentos possíveis, entende?

- Não se preocupe, eu sei cuidar de mim mesma. Sempre o fiz, não preciso de babá. – brincou Ivy, enfatizando quem era sua babá.

- Ah, claro... Os maiores lutadores sempre tem suas “babás”, sabia? – disse Andrew, jogando a cabeça para trás em uma risada – Se bem que, no seu caso realmente não precisa de uma.

Ivy fez uma expressão de indignação e começou a bater em Andrew até que o mesmo não aguentasse mais rir e ambos acabaram no chão, rolando pela grama como dois bêbados no auge do momento. Ivy bufou quando a irmã de Andrew os chamou para o jantar e já começou a se levantar quando o menino a puxou para a grama novamente.

- Não se preocupe com o jantar, mais tarde comemos algo com os Stoll. Vamos ficar alguns por mais alguns minutos, olhe o céu! – apontou Andrew para o pequeno entre as árvores, mostrando o brilhante pano azul que era a noite.

- É lindo, não é? Sempre gostei de fazer isso quando tinha tempo, apenas relaxar sem ninguém me incomodando. É bom para pensar...

- E o que uma garota de 16 anos pensa tanto? – indagou Andrew, abrindo um largo sorriso. – Foi só uma pergunta inocente...

Ivy gargalhou e aproximou-se do filho de Hefesto, apoiando sua cabeça no peito do garoto. Andrew remexeu-se pelo repentino toque, mas logo se acostumou e até pousou o braço levemente no braço de Ivy. A garota olhou ao redor, apenas aproveitando o momento até que seus olhos pousaram na mão inchada de Andrew. Ivy capturou a mão dele, recebendo um gemido de dor da parte dele.

- Desculpe... – disse Ivy, apenas alto o bastante para que ele a ouvisse. – Posso...?

Andrew assentiu e deu sua mão para Ivy, que suspirou em repreensão. Se sentia ruim sabendo que aquele garoto se machucava naquelas forjas. E, ainda pior, não cuidava do ferimento.

- Andrew... Isso está meio feio. Não é melhor eu te levar até a Enfermaria, não? Quero dizer, se inflamar mais um pouco, eu não sei o que pode acontecer.

- Não se preocupe, Ivy. Machuco-me o tempo todo, todos nós saímos cheios de cortes e ferimentos das forjas. É tudo normal.

- Só se for pra você! Depois que sairmos daqui, vamos até a Enfermaria resolver isso, me ouviu? – disse Ivy, encarando o garoto. Andrew apenas sorriu. – Do que tanto ri?

- Você fica engraçada quando está com raiva. E... – Andrew chegou um pouco mais perto da garota, a forçando a se levantar. – Bem bonita.

O filho de Hefesto encarou Ivy, descendo o olhar até a boca da garota. Ivy encarou-o de volta e, quando percebeu, sua mão escorregou até o rosto do garoto, acariciando-o de leve. Foi, então, que ela o puxou. Grudaram os lábios por alguns segundos e, assim que se separaram, acabaram com a distância novamente, Andrew encostando ambos em uma árvore. Quando Ivy já não conseguia mais aguentar a ansiedade daquele momento, separou-se de Andrew e, abrindo um largo sorriso, deitou-se no peito do garoto.

Nada foi dito. Apenas uma despedida cheia de sorrisos e mensagens subliminares. Ivy entrou no chalé 11 quando ninguém o ocupava. Correu até o banheiro e ligou o chuveiro no máximo, sentindo o ardor tirar toda aquela culpa que sentia. O momento já havia passado e ela, agora, pensava no que faria depois de um beijo. Será que bastaria?

Trocou de roupa e jogou-se em sua cama, nem se preocupando com o estômago reclamando de fome. Apenas queria descansar por algumas míseras horas, coisa que sua supervisora da Enfermaria lhe alertara. Todos os filhos de Hermes e Indeterminados, então, entraram e começaram a ocupar suas camas, fazendo um barulho quase ensurdecedor. Ivy fingiu que dormia profundamente e apenas ignorou cada sapato batendo contra o solado de madeira e cada grito de animação pela manhã seguinte, o próximo treino, o próximo jogo na Quadra. Foi assim que adormeceu, pensando em sonhos que talvez se realizassem.

Era madrugada quando Ivy deu o primeiro bocejo do dia e reprimiu um gemido de raiva. Queria que o tempo passasse logo, queria ver Andrew. Porém, sabia que teria que esperar mais algumas horas e isso a matava. Queria saber se ele ainda seria o mesmo com ela, se aquele momento da noite anterior se manteria em sua cabeça ou se ela seria apenas mais uma de suas conquistas. Queria saber se ela finalmente teria conseguido seu objetivo. Abriu seus olhos e olhou ao redor, procurando por alguém acordado àquela hora da manhã. A cama de Chris estava vazia e Ivy levantou-se devagar, analisando cada centímetro do cômodo, sabendo que dali ele não poderia ter escapado.

- Procurando alguma coisa, Ivy? – a voz rouca do garoto ecoou, fazendo Ivy estremecer da cabeça aos pés. A garota virou-se e encarou Chris, que abriu um lindo sorriso.

- Acho que deveria ter me acostumado com esses seus sustos baratos, sabia? – acusou Ivy, focando as covinhas do garoto. Eram tão infantis e adoráveis, tão diferentes do que Chris deveria aparentar por sua idade.

- Mas não o fez... – ele rebateu, percebendo o olhar de Ivy vidrado em um local próximo a sua boca. Engoliu em seco e percebeu os olhos da garota se virarem para os seus. De repente, palavras não eram mais necessárias, nada parecia existir a sua volta.

- Acho que é porque não teria graça. – disse Ivy, quebrando o momento e caminhando até a janela na qual sempre conversavam. Chris a seguiu após alguns segundos e logo ambos encaravam o lado de fora do chalé, sem dizer uma única palavra.

- Então... Encontrou com Andrew algum dia depois do seu desmaio?

Ivy abriu um pequeno sorriso, imaginando se Chris realmente sentia o que demonstrava. Sabia que seria errado se ele estivesse enciumado, afinal ele tinha uma namorada.

- Na verdade, sim, mas apenas para agradecer por ter ido perguntar sobre meu estado. Ele foi realmente muito generoso e cuidadoso em ir até a Enfermaria. – comentou Ivy, aumentando o sorriso. Chris continuou calado, portanto ela continuou – E como vai Clarisse?

- Bem... Treina muito com seus irmãos todos os dias, mas ainda sim conseguimos nossos momentos.

Ivy ouviu um barulho perto do banheiro e virou-se, avistando um garoto levantando-se. Sabia que ali não poderiam ficar, senão acordariam todos no chalé.

- Vamos, precisamos voltar para nossas camas. – disse Ivy secamente, andando até a sua rapidamente. Fechou seus olhos com força e apenas abriu-os de novo quando o sol já raiara. Assustada pelos acontecimentos de sua vida, correu até o banheiro e trocou de roupa, pronta para se encontrar com Andrew.

Quando saiu do chalé, sentiu o calor lhe tocar antes que começasse a caminhar até o refeitório. Encarou a mesa do chalé de Hefesto, procurando pelo único rosto que acalmaria sua ansiedade. Andrew ainda não estava ali e a garota franziu o cenho, virando-se para procurá-lo um pouco mais. Então, avistou-o plantado a sua frente, encarando-a com um lindo sorriso. Não pôde deixar de retribuí-lo.

- Bom dia. – desejou Andrew, mostrando lindos dentes brancos. Querendo mostrar seu lado mais romântico e encantador, Ivy abraçou-o. Ele não esperava isso, pois não a abraçou de volta no mesmo momento. Mas logo a enlaçou em um aperto gentil que a fez fechar seus olhos.

- Bom dia pra você também. – respondeu Ivy, separando-se e caminhando até a sua mesa, cheia de Indeterminados e filhos de Hermes. E, claro, consequentemente Chris. Ele nada disse, fingindo que nem havia assistido a toda a cena, porém a garota sabia mais do que qualquer um como ele havia encarado-a, quase sentia sua pele queimando por debaixo da blusa do Acampamento. Bom... Ele fingia, ela fingia.

O refeitório se esvaziou em poucos segundos e Ivy caminhou até a Arena, pensando em tudo menos em treinar. Quando chegaram até o local, cada um pegou uma espada e as duplas se formaram. Chris e Ivy começaram a lutar sem muita vontade, apenas imersos em seus próprios pensamentos, até que algo voou em sua direção. Ivy jogou-se ao chão, dando um grito e Chris atirou-se para protegê-la.

- Acordem, vocês dois! – Travis gritou, aproximando-se. – E desenrosquem-se também!

Olhando para cima, Ivy percebeu que Chris a abraçava fortemente. Ambos se separaram e pegaram as armas, arrumando suas roupas e tentando conquistar sua força e determinação. Ivy deu o primeiro passo e logo os dois já lutavam como dois profissionais, girando e abaixando quando preciso. Chris aproximava-se lentamente, chegando a uma distância perigosa de Ivy, que sempre recuava. Foi então que ela avistou Clarisse, assistindo toda a luta. Fingindo que não vira, continuou lutando e, por algum motivo que não sabia, resolveu mostrar tudo o que sabia. Esforçando-se, a garota começou a rodar e a atacar com força e destreza, quase derrubando Chris.

Ivy acalmou-se e jogou-se ao chão quando o tempo do treino acabou, pensando no desgaste que havia sido. Avistou Clarisse se aproximar de Chris e gritar que ela sabia que ele conseguiria. Naquele momento, Ivy queria socar aquela garota e, ao mesmo tempo, chorar insistentemente. Porém, sabia que tinha que ser forte. Seu plano não era esse. Andou até a saída, confiante de que teria o que queria assim que chegasse a seu esconderijo.

Olhou para o céu e percebeu uma movimentação estranha dos pássaros na região, mas não sabia identificar o que era. Apenas ouvia pessoas conversando e galopes provavelmente dos cavalos no estábulo. Nenhum canto de pássaros. Então, não havia mais silêncio.

A garota abaixou-se enquanto dezenas de flechas acertavam o chão, direto do céu. O barulho era ensurdecedor, quase podia sentir o sangue viscoso descendo por suas orelhas. Abriu os olhos e olhou ao redor. Estava presa entre várias... Penas?

- O qu...? – ouviu alguém gritando de repente.  Olhando ao redor, assustada, Ivy procurava por alguém que pudesse ajudá-la a entender o que estava acontecendo.

- Ivy! – ela ouviu a voz de Chris de longe e virou-se na direção da mesma. O garoto corria até ela e, quando tentou tocar na armadura de penas, gemeu de dor. Sua mão sangrava, como se as mesmas fosse facas. Clarisse o seguia e arregalou seus olhos quando viu a situação em que Ivy se encontrava, tapando a boca em seguida. 

- Não pode ser... – ela disse, baixinho. Aproximou-se lentamente e ergueu sua mão para que Ivy a pegasse. Por algum motivo, as penas não a cortavam e Ivy agarrou Clarisse com força, saindo rapidamente de dentro da fortaleza sem nenhum ferimento.

- Salvem Ivy Monroe, filha do Deus da Guerra, Ares. – Quíron anunciou, aproximando-se da garota. Foi então que Ivy finalmente percebeu que as penas formavam um A, de Ares. Segurando as lágrimas, ela abaixou a cabeça e entregou-se a seu novo destino.  


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