O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo escrita por Luiza


Capítulo 6
Algumas coisas são reveladas


Notas iniciais do capítulo

Descuuuulpa pela demora, mesmo! vocês podem até achar que é desculpa esfarrapada, mas eu to em semana da provas, e tive que estudar. só voltei a escrever ontem! mas aqui ta um capitulo, amanhã eu vou postar mais, ok? UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: o nome da fic vai mudar, para ficar mais a par da história. o novo nome vai ser "O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo". espero que gostem do capitulo :D



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Alguém colocava uma coisa doce em minha boca. Tinha consistência de pudim, mas o gosto era completamente diferente, algo que eu não conseguiria explicar. Minhas pálpebras estavam pesando, então precisei de um pouco de esforço para deixa-las bem abertas. Minha visão estava embaçada. Esfreguei os olhos... é, bem melhor.

Estava deitada numa espécie de maca, em uma sala cheia de outras iguais, todas vazias. O sol entrava pelas janelas, deixando tudo bem-iluminado, deviam ser umas duas e meia da tarde.

A minha frente, uma menina sorria com todos os dentes. Tinha cabelos pretos, com uma mecha amarelo-canário nos fios de trás, olhos azuis-clarinhos e uma pele muito branca, quase como uma folha de papel. Na verdade, ela me lembrava um pouco a Branca de Neve, mas com cabelos coloridos.

–Oi!- disse ela, animadamente- Eu sou a Joonie- parecia agitada e muito animada, apesar da voz tranquila.

–Humm, oi-falei. Minha voz soou rouca e fraca- Sou a Rose.

Joonie sacudiu a cabeça afirmativamente, ainda sorrindo.

–O que aconteceu?- perguntei. Tinha uma vaga lembrança de um monstro, de um carro em alta velocidade e de muito fogo verde.

–Foi uma quimera- ela respondeu, parando de sorrir- Ou você tem muita sorte, ou é uma ótima lutadora. Escapou só com uma queimadura.

À menção da queimadura, olhei imediatamente para meu antebraço, onde havia apenas uma cicatriz de uns oito centímetros, o que era impossível, comparando com o que eu me lembrava daquela coisa latejante. Ou ela tinha remédios muito bons, ou eu tinha dormido por uns dois meses, ou algo assim.

–Quatro dias, se é isso que quer saber- disse Joonie, lendo meu pensamentos.

–O que?

–Você ficou apagada por quatro dias- respondeu ela, e como viu que eu não ia falar mais nada, continuou- Vamos, tem muita coisa para ver.


_______________




Quando chegamos ao lado de fora, percebi que não estava em um cômodo, ou numa sala, e sim eu uma casa enorme de quatro andares, de madeira branca e com detalhes em azul, cercada por uma varanda imensa. À volta da casa havia um vale enorme, que dava para o estreito de Long Island, com uma floresta de árvores gigantes, um lago tão grande que mal dava para ver o fim, uma arena e um anfiteatro grego, de onde vinham barulhos de espadas se chocando e gritos de ‘’Hangar’’ e “Touché”. O vale era rodeado por colinas. No topo de uma delas havia um pavilhão a céu aberto, rodeado de colunas gregas, e em outra, a mais alta, pude ver o pinheiro, guardado pelo dragão dorminhoco.




–Então, o que acha?- Perguntou uma voz vinda dos degraus da varanda. Will


Olhei para ele e sorri

– Olá, menino ovelha!- falei, e ele murmurou “bode” baixinho. É claro que eu já havia entendido que ele era metade bode (por mais estranho que fosse), mas era mais legal irrita-lo –É lindo! É tudo lindo.

–E você só viu a metade- disse Joonie

Dei um abraço em Will e nós nos sentamos na escada, eu no meio, ele e Joonie em meus lados.

–Então- falei- , o que é esse lugar?

–Acampamento Meio-Sangue- respondeu Will

–Acampamento o que? E porque me trouxeram aqui?

Ele deu um longo suspiro, tentando achar as palavras certas e começou:

–Rose, você sabe o que é um meio-sangue, ou um semideus?

–Humm, não- respondi- Mas minha mãe disse que tinha alguma coisa a ver com meu pai. Pode começar daí?

–Estou começando- ele respondeu

–Não entendi...- eu estava me sentindo uma idiota.

–Rose, seu pai é...-ele demorou uma eternidade para continuar- seu pai é um deus grego.

Tudo o que eu consegui fazer foi cair na gargalhada.

–Ah, claro que é, Will- falei entre os risos, com um tom sarcástico.

Will e Joonie trocaram olhares preocupados. Ela botou a mão em meu ombro.

–É verdade, Rose- disse ela- Você não é uma simples mortal.

Nesse momento eu contive as risadas, pois eles pareciam sérios de mais para estarem me pregando uma peça, ou algo assim. É óbvio que eu não era uma simples mortal. Trouxas eram simples mortais...

–Se você fosse- Continuou Joonie- já teria virado pó, por causa do néctar e da ambrozia que dei para você. E também não teria conseguido matar a quimera. Na verdade, não teria nem conseguido vê-la do jeito que é.

–Teria visto um urso, ou algo assim?- perguntei, ignorando a parte sobre néctar e ambrozia, que eu não tinha a mínima ideia do que eram.

Ela afirmou com a cabeça

–Se chama A Névoa. É uma magia muito antiga. Não deixa os mortais verem as coisas do jeito que são. Espada? Eles enxergam uma taco de baseball. Quimera? Eles veem um urso. Guerra no Olimpo? Eles veem um tiroteio no Empire State.

–Empire state?- perguntei

–É, o Olimpo fica no 600º andar- Disse Will, se intrometendo. Até onde eu sabia, o Empire State só tinha 102 andares, mas...

E foi nessa hora que eles me explicaram tudo, tudinho. Como os deuses se mudavam de lugar em lugar, sempre seguindo a civilização ocidental. Me disseram que eles continuam a ter filhos com mortais, criando semideuses, como nas histórias antigas. Sobre as grandes profecias, como a do semideus filho de um dos grandes deuses, que todos achavam se referir aos três grandes: Zeus, Poseidon e Hades, mas que na verdade era um filho de Hermes, e sobre a Profecia dos sete, que se cumpriu a uns quinze ou dezesseis anos. E ainda sobre minha dislexia, que segundo eles era porque meu cérebro estava programado para grego antigo, e meu TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade), que eram reflexos de batalha.

Depois de encherem minha cabeça com essas maluquices e acabar com a minha sanidade mental, começaram a falar sobre o Acampamento, de como era o único lugar seguro para pessoas como nós, tirando, talvez, o Acampamento Júpiter, para semideuses romanos.

Sim, eu sei que tudo isso parece loucura, mas era muito difícil de não acreditar neles. Fazia tanto sentido, impossível de ser inventado. E também, porque brincariam com uma coisa assim?

Após um longo discurso sobre o Acampamento e suas atividades, vantagens e sobre como éramos divididos em chalés de acordo com o parente divino, junto com seus irmãos, eu finalmente fiz a pergunta que estava realmente me atormentando:

–E quem é ele? Meu pai. Se ele é mesmo um deus, posso saber quem ele é?

–Indefinido- disse Will- Não sabemos quem ele é. Você tem que esperar ele te raclamar.

–E quanto tempo isso demora?- eu já estava ficando impaciente.

–Depende- disse Joonie- todos os deuses são obrigados a reclamar seu filhos quando eles fazem 13 anos. O máximo que você vai ter que esperar é um ano.

–Um ano? Olha, minha mãe deve saber quem ele é- agora eu estava indignada!

–É bem provável que ela saiba- começou Will-, mas é ele quem tem que dizer.

–E vocês?- perguntei- Quem são seus pais?

–Meu pai é Éolo- respondeu Joonie-, deus do ventos.

Olhei para Will

–Ah, não! Eu não sou um semideus. Aqui, além de semideuses, temos ninfas de todos os tipos, Pégasus, monstros (quando viu minha expressão, ele acrescentou “trancados”),um centauro e, como eu, muitos, muitos sátiros.

Sacudi a cabeça afirmativamente. Eu conviveria com todos esses seres mitológicos a partir de agora. Essa era minha nove vida.

–Vamos lá- disse Will-, algumas pessoas querem falar com você.



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Notas finais do capítulo

e ai, o que acharam? mereço reviews? o próximo capitulo é meio monótono, mas é curto. depois disso fica bom (pelo menos eu acho, né)! E não se esqueçam do novo nome da fic: "O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo".

/Lu