Minha nova escola era perfeita, com muitas pessoas amigáveis, mas nada de ter noticias da Sarah, Gabriel e Leo desapareceram, a ultima coisa que eu fiquei sabendo é que eles tinham mudado de país, com sua família, minha mãe não conversava com meu pai mais, teve o enterro da minha madastra, que eu não tinha ido (5 meses depois), meus amigos nem davam noticia, mas eu teria vida nova agora, conheceria novos amigos, eu mudaria...

Meu primeiro dia de escola:

Eu cheguei com minha mãe e despeço dela e do namorado (chatinho) dela, e entro quando dou de cara com uma garota que fala:

– Te conheço? Acho que já estudei com você?

Eu apenas faço que não com a cabeça e vou para minha sala, minha professora faz questão de me apresentar pra todo mundo...

A garota que senta do meu lado na aula de Historia me lembra a Sarah, ainda sou aterrorizada com vultos a noite, mas não tanto como era quando estava com os meninos, eles pareciam não ter uma alma pura.

Mas isso não significava largar os amigos pra sempre...

Tive dois horários de Historia, ninguém merece isso, mas a professora pede para todos saírem, e eu ficar, ela começa a me explicar que aquela é uma escola diferente de todas, é uma escola exemplar e nunca teve alunos reprovados, então eu tinha que agradecer a Deus por ter entrado lá, eu saio como se tivesse levado um soco, ela acha que só porque vivo mudando de escola sou burra ou algo assim, isso não vai ficar assim...

Eu fui para o recreio, mas fui direto pra casa, não queria ver aquela professora de novo, resolvo colocar uma roupa decente pra ir passear na rua. Eu ando pela rua e vejo suas famílias felizes, às vezes me sinto culpada de alguma forma dos meus pais terem se separado, entro em uma loja e vejo a Sarah, eu corro pra ela e falo:

– Meu Deus, você esta viva?

Ela me olha, mas não responde.

– Sarah me responde – eu falo agonizada

Ela me olha, dá um sorriso e fala:

– Ah, Luh, meu Deus, achei que eles tinham te pego!

Eu respondo:

– O que fizeram com você?

Ela respondeu meio hesitante:

– Nada de mal, mas queriam saber onde você estava, por isso mandei o Leo te matar, mas ele falou que não faria isso!

Eu olhei para ela, incrédula no que ela acabou de dizer, e eu simplesmente saiu de lá, não acredito que não posso confiar na minha própria amiga.

Ela vai atrás de mim, me puxa pelo braço e fala:

– Se a gente não fizer nada todo mundo morre, e adivinha de quem vai ser a culpa!

Eu começo a chorar e falo:

– Te odeio, você é tão bipolar, ao mesmo tempo amiga e inimiga, nunca mais fale comigo entendeu?

E saio correndo, não é possível que minha melhor amiga vai me largar na hora que eu mais preciso, eu gostava tanto dela..

Por que o mundo cai apenas na minhas costas?

Por que eu era a culpada de tudo?

Por que eu?