Runescape escrita por outono


Capítulo 3
Capítulo 3 – Primeira Missão




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A cidade mais próxima das Terras Selvagens era a fantástica cidade de Varock. Uma cidade enorme. Por todas suas ruas, podia-se ver vendedores. Feiras e mais feiras vendendo de tudo e de qualquer lugar de Runescape. A população era pouca ao comparada com o número de turistas e mercadores que se espalhavam e brotavam de qualquer beco de Varock a procura de uma boa oferta e de oportunidades. A taverna se localizava próximo a praça e chamava-se Alma de Cavaleiro. A estalagem era enorme. Dois andares. Um grande número de mesas já estava lotado. Um grupo de aventureiros cantava uma canção, próximos ao balcão e o taverneiro os serviam com a mais fresca garapa da cidade. Toda a estalagem parecia ser feita de madeira, exceto pela escada que levava para o segundo lugar que era coberta de pedra, dando um tom rústico ao lugar. A iluminação era precária. A Iluminação praticamente provinha da cozinha, que se localizava logo atrás do balcão. Libria atravessou a posta da taverna farejando o ar. Bacon! Pensou consigo mesma. Era ali mesmo que iriam ficar.
– Ali tem uma mesa vaga! – Ela apontou para uma mesa no canto mais escuro da taverna. Era rodeada de homens estranhos com capuz e fortes como touros. Julienly e Lisye se entreolharam.
– Ahn... A gente não tem certeza... – Lisye começou.
– Você vem sempre aqui, Libria? Parece perigoso! – Julienly parecia estar com medo.
– Que nada! Vamos.

A taverna parecia ser frequentada apenas por homens fortes, carecas e barbados. Com a exceção de algumas garçonetes que ainda sim, eram tão mal encaradas quanto eles. Libria pediu uma porção de coisas: Lagosta, batatas coradas, bacon, ovos, peixe, salada, pães frescos, vinho, romãs, maçãs e um pedaço de torta de amora...
– Vocês também querem torta? – Perguntou Libria em meio do pedido.
– N-Não Obrigada! – As duas responderam.
– Ah... Então só um pedaço para mim. E para acompanhar, suco. –
– Será que ela tem dinheiro para pagar isso tudo? – Lisye cochichou para Julienly
– Eu não sei! Mas se não tiver ela estará em grandes apuros! – Julienly percebeu que Libria as observavam com uma expressão curiosa – Ahn... Erm... Quer dizer que você é uma meia-el...?
– Shiii! Fale isso baixo! – Lisye a calou antes de que alguém escutasse. – A raça dos elfos estão se escondendo faz séculos. Ainda é um mistério, mas ouvi dizer que alguns foram mortos por terem ousado sair de Isafdar – A cidade dos Elfos. – A voz de Lisye era quase inaudível. Até mesmo Libria aproximou-se para escutar melhor.
– É... Isso é verdade. Os elfos não querem contato com os humanos. Eu fugi de Isafdar há apenas um mês.
– E como você não foi morta? – Jullienly ainda não parecia crer.
– Foi difícil escapar. Acredito que foi possível apenas porque eu não sou 100% da raça élfica.
Lisye pareceu perplexa. A história dos elfos era pouco difundida entre os seres humanos. Acreditava ser tão antiga que seus hábitos eram meramente tradição. Resolveu perguntar:
– Mas, então me diga, porque os elfos se alto isolaram?
– É um assunto complicado... E antigo! Parece que os seres humanos queriam se aproveitar de nossa capacidade mágica. Queriam nos usar como soldados. Nossa magia é infinita... ou melhor, quase. Nosso poder ainda esgota-se ao ser utilizado em demasiado e precisa de um tempo até se recuperar.
– Hum... Compreendo. – E calou-se, pensativa. Realmente era um assunto interessante demais para o ouvido de civis. Sabe-se lá que informações, descobertas ou planos poderiam estar entre quarto paredes, escondidos e destinados aos senhores mais poderosos e ambiciosos de Runescape.

Naquele instante, a garçonete mal encarada voltou trazendo o pedido. As batatas acompanhavam o peixe e a lagosta em pratos separados e a salada com os ovos. Libria foi a primeira a atacar e foi a quem mais aproveitou do banquete. Julienly e Lisye comeram o que aguentaram, e mesmo assim quem foi que acabou com tudo foi a meia elfa que aparentemente, não comia há três dias. Ela terminou sua última garfada de torta e com um suspiro, voltou a falar:
– Isafdar é uma cidade maravilhosa. Certamente vocês gostariam dela. Eu só fugi de lá por dois motivos: Quero aprender a controlar a minha magia e quem sabe, encontrar meu pai. Zorgus Falcons.
– O que? Você é filha de Zorgus Falcons!? – Lisye se exaltou, porém, ainda falava baixo.
– Sim... Você sabe onde ele está? -
– Bem que seu nome me era familiar... O problema é que ele anda desaparecido. Ficou famoso alguns anos atrás por matar o demônio que invadiu o deserto de Al-Kharid.
– Então ele está lá? Vamos para lá! -
– Não! Muito provável que não. Poucas pessoas se acostumam o calor do deserto. Ele apenas foi convocado para matar o monstro.
– Hum... Que decepção – Libria deixou-se afundar na cadeira – Pelo menos é bom saber que ele não está morto.

Naquele momento, pela porta da taverna , um homem ofegante chegou, fazendo com que o lugar ficasse em completo silêncio. Era um rapaz moreno de cabelos castanhos e com roupas rasgadas. Parecia que tinha passado por poucas e boas. As portas foram abertas violentamente, de modo que todos que estavam concentrados cantando ou comendo o olhasse com dúvida, menos Libria, que não mexeu um músculo. O rapaz olhou ao seu redor e gritou:
– Quem aqui é o Dr. Harlow?
–O que você quer rapaz? Não vê que todos estão ocupados? – Respondeu um homem velho, que bebia sozinho num dos cantos do bar.
– Eu preciso de ajuda! Preciso encontrar Dr. Harlow, o caçador de vampiros! Minha cidade, Draynor, precisa de ajuda! Por favor, quem aqui se chama Harlow!?
– Hehehehe... Faz muito tempo que eu não mato um vampiro, rapaz... - Disse o mesmo homem que bebia sozinho.
– O... Senhor é o famoso Dr. Harlow? - Disse o rapaz com descrença. Harlow estava de fato acabado: velho e bêbado!
– ...Hehehe! E eu lembro da minha última aventura...! Eu usei um martelo! Quem diria... UM MARTELO! Hahahahaha! -
– Senhor, Draynor precisa de sua experiência! Nossa vila está sendo aterrorizada por um vampiro! Ele nos visitou ao anoitecer e exigiu pagamentos em sangue! O povo teme o pior! Por favor senhor!
– Desculpe rapaz... Você acha que um sujeito... Assim como eu? É capaz de salvar sua preciosa vila? Pare de dizer bobagens e me pague um drink! Garçom! – O homem conhecido como Harlow já acenava para o garçom do balcão, que, ocupado limpando um copo, o encarava seriamente, provavelmente Dalton já era um bêbado famoso por ali.
– Um drink? Senhor... – O rapaz ajoelhou-se – Por favor... -

De repente, uma mulher trajando uma armadura socou a mesa e fez com que os pratos, copos e talheres pulassem.
– Uma população está sendo atormentada e você só pensa em continuar bebendo? – Lisye gritou e levantou-se.
– Hahaha! Esta jovem acha mesmo que eu posso derrotar esse vampiro! Não seja tola, criança. Estou velho e cansado. Não sou o mesmo homem que fui 20 anos atrás! - Bebe a última gota da caneca em sua mesa.
– Não seja por isso, ensine-me como acabar com o tormento! -
– Eu poderia lhe ensinar se me comprasse um drink... -
– Toma a droga do Drink. - Libria afundou uma caneca cheia em sua mesa, parte do líquido transbordou.
– Hum... Muito bom - Disse Harlow ao tomar um gole – Vampiros! Eu era muito bom em matá-los antigamente!

Dalton parecia fora de si. Alias, havia bebido o dia inteiro. Porém, ele se levanta:
– Matar vampiros não deve ser levado na brincadeira. Você deve ir preparado, se não MORRE!

O velho assustou a todos.
– Como é?! – Libria parecia se interessar cada vez mais pelo o assunto.
– Vocês precisam de uma estratégia! Pegá-lo de surpresa! Levem isso com vocês! - Dalton entregou um martelo e uma estaca, tirando-lhes da casaca.
– Você sempre leva isso com você? - Disse Libria analisando os itens, pareciam novos em folha.
– Absolutamente! -
– Espera! Libria, você irá conosco? – Lisye parecia entusiasmada.
– É claro! Eu sempre quis saber o que é um vampiro! -
– ... -
– Vocês decidiram ajudar minha vila? - O rapaz, aliviado, levantou-se do chão.
– Claro! - Libria disse sem pensar muito.
– Epa! Espera... Vocês estão ficando loucas?- Julienly se prontificou - Não temos experiência nesse tipo de coisa! -
– Quem disse? – A meia elfa respondeu rapidamente.
– Você nem sabe o que é um vampiro! -
– É, eu não sei. Mas já completei diversas missões! E isso me cheira a uma nova missão. Pela aventura! -
– E eu não posso perder a chance de ajudar essas pessoas! Elas precisam de alguma ajuda! -
– Vocês querem morrer... – Com isso, Julienly pareceu concordar, e quando iam saindo da estalagem. Dalton fez uma declaração:

– Esperem! Antes de irem... - Falou voltando da cozinha - Levem isso com vocês!
– Meus dentes de alho! Você não pode pegar isso sem ao menos pedir... - Disse o cozinheiro apressado da cozinha - Devolva! -
– Vampiros ficam fracos com cheiro de alho! Agora Vão! Depressa! – Disse Harlow, cambaleante, com um aceno de mão enquanto nossas protagonistas corriam em direção a Draynor.
– Ei vocês! Não pagaram a conta! Peguem-nas! - Disse o mesmo cozinheiro - A refeição custa 100 moedas! 100 moedas!!! -


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