Feeling Alive escrita por TrustNoBitch


Capítulo 4
Speechless


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito, né?! Muita coisa da escola pra fazer e tal. Mas aqui está...



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                “Desculpa, mas esqueci de te oferecer bacon...” Ela disse, sorrindo, logo depois de seus lábios desgrudarem dos meus. Não deu pra prestar atenção em suas palavras. PORRA, ela havia me beijado há uns 5 segundo atrás!

                Quinn Fabray me beijou. Eu não fazia ideia de como reagir a isso. Meus olhos permaneceram fechados por um tempo. Agradeci pela falta de iluminação no quarto, pois ela não percebeu...

                Seus olhos estavam brilhando. Será que os meus também estavam assim? Será que ela havia gostado do ‘beijo’? Será que eu havia gostado do ‘beijo’? Parecia que sim, porque eu estava sem palavras.

                “Merda. Eu não devia ter feito isso, não é?!” Quinn pareceu desapontada. Segurei o impulso de sair correndo e dizer a ela para nunca mais falar comigo, porque eu sabia que eu não queria realmente isso.

                “Eu meio que... gostei.” Me odiei por ter cedido tão facilmente. Um sorriso malicioso apareceu em seu rosto, direcionado a mim, o que me fez sentir minhas bochechas queimando. “Mas ninguém pode saber disso, ok?” Ela assentiu instantaneamente.

                Nossos olhos se encontraram. Me perdi naquele par de peridotos, naquele brilho intenso como o da pedra preciosa. Meu corpo se contraiu ao perceber minha mão indo em direção a algumas mexas rosas atrás de sua orelha, acariciando-as. Quinn fechou os olhos automaticamente, deleitando do meu carinho. Saí do transe que ela havia me deixado, me desprendi de seu olhar e pude agir.

                Cheguei mais perto e prendi seu tronco com minhas pernas. Ela abriu os olhos com o ato. Parecia assustada, mas mesmo assim gostando do que foi feito.

                “O que você está fazendo?” Ignorei sua pergunta e rocei meu nariz em sua bochecha, o que deixou um sorriso em seu rosto.

                Passei minha mão pela sua nuca, arranhando um pouco o local. Quinn estava calada, seus olhos mirando meus lábios. Nós duas queríamos aquilo, era um fato. Então por quê não dar uma continuidade?

                Consegui trazer seu rosto para mais perto do meu. Uma das mãos de Quinn pousou em minha bochecha, acariciando com o polegar. A puxei mais um pouco e nossos lábios se conectaram novamente.

                Se movimentando com uma sincronia perfeita, calma e delicada. Fiquei um pouco assustada quando sua língua passou apressada por entre meus lábios, sem pedir passagem. Segurei mais forte na nuca de Quinn, que logo em seguida colocou suas mãos em minha cintura. Apertando, me dando alguns arrepios. O beijo começou a ir mais rápido. No exato momento em que eu estava me forçando a não fazer nenhum som, Quinn deixou escapar um gemido quase inaudível quando se soltou para buscar um pouco de ar.

                Aquele som saindo daquela boca... Puta merda. Conseguiu me dar vontade de ir mais longe. E eu estava disposta a ir.

                Minhas mãos deslizaram por suas costas, cintura, até chegar em seu abdômen. Meus dedos brincaram, acharam a barra de sua blusa e fizeram um caminho para um pouco de contato com a pele.

                A senti contrair sob minha mão. Sorri mentalmente e continuei a beijá-la. Intensificando a cada minuto que passava. Deus, como isso era bom!

                Pela primeira vez em tempos eu estava relaxada, aproveitando o momento. Me deixando levar por sensações que eu nunca havia sentido. Não era uma coisa que eu conseguia controlar e isso não me dava o desespero que era normal insistir em aparecer.

                Perdi o contato com a mão de Quinn e abri um pouco os olhos para ver o que ela estava fazendo. Pude perceber que suas duas mãos estavam como apoio na cama, enquanto ela se inclinava para frente, me forçando a deitar.

                Nossos lábios se soltaram e ela ficou lá, me observando com um sorriso feliz no rosto. Retribuí o sorriso. Tirei sua franja de seu rosto e pus atrás da orelha. Ela virou o rosto, beijando meu antebraço com ternura.

                Logo uma música passou por minha cabeça e comecei a cantarolar baixinho Feeling Good de Nina Simone sem perceber.

It’s a new dawn

It’s a new day

It’s a new life

For me

And I’m feeling good.

                Quinn sorriu de uma forma que me lembrou o gato de Cheshire. Aquilo me assustou um pouco mas foi amenizando com o selinho que recebi. Logo seus lábios pousaram em minha testa e a vi deitando ao meu lado em seguida.

                O silêncio estava começando a ficar desconfortável. Eu olhava pro teto, me forçando a não olhar para Quinn.

                “Acho que devíamos fazer isso mais vezes...” Ela cortou meus pensamentos e a vontade de ignorá-la por alguns minutos.

                “Talvez.” Quinn arqueou uma sobrancelha, fazendo uma energia percorrer meu corpo. Eu nunca havia entendido o que aquilo significava... Até agora.

***

                As horas passaram muito rápido, eram quase 4 horas da manhã. Judy e Russell ainda não haviam chegado, então Quinn me pediu pra passar a noite com ela pois não me deixaria voltar pra casa sozinha, alegando que era muito perigoso. Talvez eu tivesse achado muito fofo da parte dela, só talvez.

                Nós conversamos, trocamos alguns carinhos e só fui perceber que eu caí no sono com a cabeça apoiada em seu ombro depois que acordei. Olhei para o relógio que apontava 10:55. Desci da cama, peguei minhas coisas e saí sem fazer barulho.

                Caminhei por aqueles quarteirões quase desertos com um sorriso no rosto, relembrando cada segundo da noite anterior. Mas logo o sorriso foi desaparecendo, o problema que isso tudo iria dar passou a ser uma preocupação. Uma grande preocupação. Ninguém podia saber daquilo, e Quinn prometeu que não iria contar.

                Respirei fundo e abri a porta da frente de minha casa. Fiquei boquiaberta quando vi Leroy, Hiram e Finn conversando no sofá da sala. Ai meu Deus, será que dá tempo de correr pras escadas sem que eles percebam?! Era uma péssima ideia e seria muito suspeito.

                Então fui em direção a eles, tentando controlar minha respiração porque nenhuma mentira decente vinha á mente no momento.

                “Bom dia”, Eu disse com o sorriso mais sínico do mundo. Eles se viraram para mim com indiferença.

                “Rachel,” Leroy começou a falar. Senti que um sermão se aproximava, tentei não olhar pro meus pés como eu sempre fazia quando me sentia intimidada. Suspirei e fitei seus olhos. “Onde você passou a noite? Posso saber?” Eu não estava certa do que responder.

                “Eu estava... Eu...” Finn soltou um riso abafado e isso me deixou realmente irritada. “Quer saber?! Eu não sou obrigada a dar satisfação nenhuma a vocês! Pelo menos eu não estava me prostituindo ou coisa parecida.”

                Wow. Eu não sabia o quanto era bom essa sensação de confronto. Agora eu entendi o por quê de Quinn ter se revoltado. Ótimo, Quinn voltou aos meus pensamentos. Aqueles olhos presos nos meus, os lábios macios...

                Sacudi minha cabeça e voltei a minha atenção aos homens que estavam perplexos na minha frente. Suspirei novamente, pois eles não iriam falar mais nada. Então me virei e subi para meu quarto, deixando-os sozinhos sem palavras.


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Notas finais do capítulo

Reviews? (: