Need You Now escrita por Lyne Masen


Capítulo 1
Capítulo Único - Eu Preciso de Você Agora!


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira one e ela é um presente para uma pessoa muita querida por mim, Juuh Bastos, agradece a Deus por ter me mostrado esse mundo louco e insanos de fanfics, onde nossos sonhos podem ser realizados, foi através desse meio que eu a conheci.
Essa one é baseada em fatos reais, por isso minha querida Bia Cotrim, sua história com o Dr. Gostosão pode ainda não ter tido um final feliz, mas aqui no meu mundo, eu já dei um merecido Happy End!
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Bia Fanfics, obrigado minha tata por sempre apoiar minhas loucuras e obrigado também pela linda capa que você fez.
Izis Cullen, obrigado minha amiga por seu apoio incondicional e por sempre me por pra cima, obrigado também pela linda sinopse, sem sua ajuda eu não teria postado hoje.
Erika Patty Cullen (Chefa Ice), obrigado pela linda foto do nosso Robert de jaleco, você sempre me socorre quando necessito.
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É importante ouvir a música que segue o link abaixo, carreguem o vídeo e soltem-o quando eu solicitar.
Bjoos



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Need You Now (carregue o vídeo)

Esgotado!

Era assim que o Dr. Cullen, ou melhor Edward Cullen sentia-se após quarenta horas seguidas em seu plantão no Seattle Medicals Center, ele bem sabia que ainda faltava mais oito horas até seu plantão se encerrar e era por esse motivo que em sua mão jazia um big copo de café expresso.

A unidade de pronto atendimento estava uma loucura, vários acidentes ocorreram e era sempre assim nos finais de semana, pessoas imprudentes que bebiam mais que o próprio corpo suportava e ainda tinham o péssimo habito de dirigir.

O resultado? Ossos quebrados, várias suturas e em alguns casos onde Edward realmente repensava sua profissão eram os óbitos ocorridos por conta dessas imprudências.

Mas o que mais lhe cansava nesse momento, era saber que ainda tinha uma longa conversa pela frente com sua noiva, Irina Denalli, eles estavam a três meses do casamento, porém ultimamente ele estava repensando se era isso mesmo que ele queria, não seria justo com ela, ele a admirava, gostava dela e muito, mas como esse relacionamento já beirava seis anos, ele acabou se desgastando, deixando os dois apenas como bons amigos, pelo menos para Edward era assim, ele a via como amiga, mas não a amava.

Seus pais o matariam, para a sociedade em si, era um absurdo um homem em seus 29 anos, bem sucedido ainda não estar casado.

Mas Edward ainda tinha outros ideais mais importantes.

Um deles era concluir sua especialização em cirurgia geral.

"Dr. Cullen, setor cinco, Dr. Cullen, favor comparecer ao setor cinco."

Com um suspiro exagerado Edward deixou seu copo fumegante em cima de sua mesa e se dirigiu ao setor onde a voz anasalada o solicitou.

_Dr. Cullen – disse a moça loira sentada próxima ao balcão já lhe entregando o prontuário do paciente a ser atendido _Sexo feminino, 16 anos, pressão arterial 10X6, sente fortes dores na barriga, ela está na sala oito acompanhada de sua genitora.

Ele apenas assentiu e obrigou seus pés a caminhar até o local.

Não gostava de muito papo com as enfermeiras, elas resultavam apenas em problemas, por varias vezes ele pegou uma ou outra flertando com ele, porém seu corpo e mente andava cansado demais para reagir a esses estímulos, nem com Irina ele tinha mais uma vida sexual ativa, o hospital lhe tomara por completo e quando estava em casa seu corpo reclamava por um bom banho quente e relaxante e cama.

Na sala de número oito, Isabella se contorcia em dores, a mais ou menos três dias estava sentindo essas dores incomodas, porém não quisera preocupar a mãe, escondendo assim a mesma, contudo essa mesma dor viera mais forte hoje e sem poder ocultar mais, visto que a mesma a viu ofegar e suar frio, sua mãe a trouxera até o hospital mais próximo.

_Ainda dói muito filha? – perguntou solicita a mãe da pequena Isabella.

_Sim mamãe, a dor está ficando mais forte e...

Parou o que tinha a dizer ao ouvir uma singela batida na porta.

_Entre – murmurou Renée, mãe de Isabella.

_Boa noite. – Edward disse entrando na sala, ele ia se apresentar imediatamente, contudo ao ver os olhos verdes e brilhantes da diminuta moça deitada na maca sua respiração ofegou e seu coração falhara miseravelmente uma batida.

O que ele via era uma linda mulher de cabelos castanhos emoldurando um rosto pequeno, pálido, com um nariz fino e arrebitado, lindos lábios rosados, o superior era mais cheio que o inferior e aqueles olhos...

Para Isabella não fora tão diferente, ela estava encantada com o homem parado no batente da porta, ela não sabia escolher o que era mais lindo nesse homem, se eram seus olhos azuis esverdeados, sua barba rala por fazer dando lhe um ar sexy, porém cansado, se era seu corpo másculo, esguio e escultural ou se era aqueles fios em tom cobre totalmente desalinhados que compunham seu cabelo fazendo a palma de sua mão coçar para sentir a sedosidade dele.

_Boa noite Dr... – Renée parou o cumprimento ao perceber que ainda não sabia o nome do médico que iria atender sua filhinha.

_Cullen, sou o Dr. Cullen senhora ... – após sair de seu estupor, olhou brevemente o nome da genitora da sua paciente _Swan.

Isabella quase desfalecera ali mesmo, após ver o lindo sorriso torto que o homem a sua frente lançara para sua mãe.

_Então, o que posso fazer por essa mocinha? – ele perguntou ainda olhando para a mãe, tinha medo de encarar novamente aquelas esmeraldas e se perder ali.

_Renée Dr. Cullen, chame-me apenas por Renée. – a mãe disse sendo simpática ao também se render aos encantamentos daquele lindo sorriso.

_Certo, então me chame apenas por Edward. – ele sorriu mais uma vez e estendeu a mão para a mulher a sua frente olhando de soslaio a paciente quieta com as bochechas agora ruborizadas.

_E a Srta. Isabella – ele deliciou-se ao pronunciar esse nome e para Bella, ela nunca havia gostado tanto assim do seu nome como nesse momento. _O que está sentindo? – ele dirigiu-se até a maca aproximando-se da pequena mulher e como um fodido adolescente, suas mãos começaram a suar, seu coração palpitava mais rápido quanto às asas de um colibri e seu estomago se revirava.

SILÊNCIO.

_Ela sente dores na barriga Edward. – Renée disse constrangida ao perceber que Isabella emudecera ao encarar o lindo médico a sua frente.

Porém mesmo ela tendo informado ao doutor o que na verdade Isabella sentia, o quarto pairava em absoluto silêncio, todos perdidos em seus próprios estupores.

Isabella tentava inutilmente  controlar sua respiração entrecortada, seu coração faltava saltar do peito e pela primeira vez sua mente a dominava com pensamente libidinosos com o médico a sua frente.

Enrubescera, pois na verdade ela nem sabia como esses pensamentos lhe invadiram, levando em conta que nunca namorara, o máximo feito por ela fora trocar alguns beijinhos com seu colega de classe, Mike Newton, mas após o mesmo tentar avançar o sinal, ela cortou as relações com ele.

Já Edward estava tentando entender o que estava acontecendo com ele naquele momento, atendia cerca de duzentas pessoas por dia, alguns casos graves e alguns eram mulheres inventando todo o tipo de problemas somente para serem consultadas com o Dr. Cullen, e embora ele fosse imparcial com todas elas, nunca, em hipótese alguma elas lhe chamaram a atenção como essa menina chamava.

Por Deus, era apenas uma menina, dezesseis anos, ele só poderia estar louco, ele era treze anos mais velho que ela, mas que droga...Ela era muito gostosa...

Renée se encontrava em estado de graça, ela bem sabia o quanto sua filha é linda, com traços delicados e seria completamente impossível não chamar a atenção por onde passava, mas o que mais ela se encantava era em ver um homem feito, como o Dr. Cullen render-se aos encantos de sua filha. Chacoalhou a cabeça várias vezes espantando esse pensamento, sua filha era apenas um bebê mal saído das fraldas ainda e com esse pensamento resolveu que era hora de intervir.

_E então Edward – o chamou pelo nome de acordo com a intimidade que o mesmo lhe dera _Pode ser algo grave?

Mesmo não querendo abandonar as esmeraldas a sua frente, voltou-se contrariado para mãe que tinha uma voz preocupada.

_Desde quando ela sente essas dores?

_Somente hoje eu fiquei sabendo, porém ela revelou que a dor persiste á uns três dias.

_Preciso examiná-la .

Isabella sentia-se como uma intrusa ali, eles conversavam entre eles como se a mesma não se encontrasse na sala. Porém quando o médico virou-se novamente em sua direção sua respiração suspendeu novamente.

_Onde exatamente dói Isabella? – ela admirou ao notar o timbre de sua voz, que agora era rouca e quente...

_Aqui. – sua voz não passou de um mero sussurro, mas mesmo assim ela conseguiu indicar o local onde lhe doía.

Nesse momento Edward adotou novamente sua postura como Dr. Cullen e começou a apalpar o abdômen de sua PACIENTE.

_Ai – Isabella gemeu ao ser apalpado o local próximo a sua cintura do lado direito.

_Aqui que dói? – Edward apalpara novamente vendo a pequena se contorcer de dor em suas mãos.

_Vou solicitar um hemograma para detectar o número de glóbulos brancos e também pedirei uma ultrassonografia e um raixo X.

_É grave Dr. Cullen?

Edward arrepiou-se por inteiro ao ouvir pela primeira vez em alto e bom som a voz doce e harmoniosa da pequena deitada na maca.

_Nada que deva se preocupar agora – ele disse afavelmente _Solicitarei seus exames o mais rápido possível – sua voz estava rouca pelo desejo que lhe assolara e em um minuto de incúria seu dedo indicador traçou a fina linha do maxilar e ele enrijeceu ao notar o quão macia era.

_Hãhã – após ouvir o pigarro desconcertante da senhora ao lado, ele rapidamente recolheu o dedo em riste e o obrigou a se juntar aos quatros dedos restantes de sua mão.

(***)

Após a saída do médico da sala, Renée sentou-se confortavelmente ao lado da filha no leito e começou acarinhá-la no cabelo.

_Ele é lindo não é?

­_Quem mãe?

_Oras quem, Edward.

_Ah sim, ele é sim... lindo – sem que ela notasse, soltou um suspiro exasperado.

_Logo vamos para a casa pequena. – Renée entendera aquele suspiro como cansaço e compadeceu-se da filha.

Já no laboratório, Edward lia o laudo do hemograma de Isabella, não apontara nada fora do comum, mas mesmo assim ele queria um exame de imagens.

_Cullen, posso buscar a gostosinha do quarto oito para a ultra? – o enfermeiro perguntou maliciosamente para Edward fazendo com que o mesmo sentisse uma fúria inexplicavelmente.

_Meça suas palavras ao mencionar qualquer paciente meu James, eu exijo respeito para cm Isabella, ela é só uma menina.

_Uou, calma Dr. foi só uma brincadeira.- James afastou as mãos do médico que estava lhe puxando pela gola do seu jaleco.

Edward o soltou assim que percebeu o que fizera.

_Posso ou não buscá-la? A sala de exames está vazia no momento.

Após pesar os prós e contras, ele respondeu convicto.

_Dispenso sua ajuda James, eu mesmo irei levá-la para o exame, acompanharei de perto o mesmo.

(***)

Foi com muito custo para Edward e Bella que aquele exame fosse realizado.

A tensão entre os dois era palpável, até mesmo a radiologista Drª Brandon ficara impressionada com os olhares trocados entre ambos, era como se eles fossem se fundir a qualquer momento.

_Vou fazer o laudo do exame dela Ed e te entrego, afinal você nem prestou atenção nas imagens mesmo. – Alice Brandon era médica radiologista e a melhor amiga de Edward, eles se formaram juntos e ela era noiva de seu primo Jasper.

 _Desculpe Allie, minha cabeça está a mil. – ele disse visivelmente envergonhado.

Eles estavam conversando do lado de fora da sala enquanto uma enfermeira limpava o abdômen de Bella, agora sujo pelo gel.

_Sua cabeça não está a mil Ed, ela está bem aqui, concentrada na menina ali dentro. – ela brincou e se arrependeu instantaneamente, pois vira nos olhos do amigo que a situação era ainda mais delicada.

_Oh meu Deus Edward, ela é apenas uma menina.

_Eu sei. – ele suspirou encostando a testa na parede.

_Você vai se casar com a Irina.

_Eu sei.

_E você a conheceu hoje.

_Eu sei.

_E ela só tem dezesseis anos Edward!

_DROGA ALICE, EU JÁ DISSE QUE SEI.  – ele gritou socando a mão na parede e a baixinha ao seu lado se encolheu.

_Desculpe Alli, só estou cansado.

_Cansado e apaixonado. – ela sussurrou assim que seu amigo lhe deu as costas e saiu pelo corredor.

(***)

Após pegar em mãos o laudo da ultra de Isabella, Edward dirigiu-se ao quarto da menina informando a ambas, mãe e filha, que o que Isabella tinha era apenas alguns cálculos renais e com o tratamento preciso, logo logo ela estaria novinha em folha, entregou para a mãe uma carta de recomendação á um urologista e saiu para finalizar seu turno. Não sem antes ordenar que ela ainda se mantivesse ali, pois tomaria uma medição intravenosa e só sairia no outro dia.

Enquanto tomava seu banho ainda vestuário do hospital, as imagens de Isabella invadiam a mente do homem de vinte e nove anos.

Sim, era isso que ele pensava, como um homem na idade dele ainda se permitia a tais pensamentos pecaminoso com uma adolescente.

Isso era pedofilia.

Bateu a cabeça repetidamente no azulejo do banheiro e desistiu de pensar. Terminou seu banho, enxugou-se e se trocou.

Passou em sua sala pegando sua maleta com seus pertences e assinou sua saída.

Quando estava alcançando a porta seu coração se apertou.

Ele não a veria mais?

Por esse motivo, girou sob os calcanhares e voltou para aquele quarto.

Isabella dormia, o medicamento para dor lhe dera sono e sua mãe aproveitou esse tempo para descer até a cafeteria.

Mesmo dormindo Isabella sentia seu corpo em brasas, seu rosto queimava em uma linha próxima a bochecha e seus olhos se abriram num rompante.

Edward recolheu a mão que acariciava a face de Isabella, envergonhado por ter sido flagrado.

Isabella deliciou-se ao sentir o cheiro de sabonete masculino e encantou-se ainda mais ao notar alguns fios molhados por um possível banho caído sobre a tez lisa do médico.

_Você está melhor? – Edward sussurrou sentando-se ao lado de Isabella no leito.

_Sim, agora sim. – ela deu um duplo sentido na frase com a intenção de mostrar ao médico que a dor passara e que estava feliz por ele estar ali._Está indo embora? – ela perguntou sentando-se e açodando-se em um travesseiro.

_Sim, meu turno já acabou e minha cama me espera. – ele sussurrou sorrindo e ela sorrira em troca.

_Você está cansado. – não era uma pergunta e sim uma constatação, ele apenas assentiu._Oh, você está machucado. – isso também não fora uma pergunta e Edward arqueou as sobrancelhas intrigado.

_Não! – ele afirmara com convicção.

_Está sim. – ela também afirmou e aproximou-se dele e com as pontas dos dedos, tateou a testa do médico e o mesmo sentiu uma dor latejante com o toque.

_Ai – ele murmurou e levou também a mão ao local, mas nesse tempo as duas mãos se tocaram juntas e uma corrente de eletricidade percorreu os dois corpos.

_Foi o que eu pensei. – ela murmurou para ele após se recompor do choque, ela bem sabia que esses galos na testa doíam, ela já tivera vários.

Edward lembrara o motivo de estar com esse hematoma avantajado e dolorido, ele batera sua testa várias vezes no azulejo do banheiro.

_Foi um momento insano. – ele disse sorrindo._Daqui á duas horas você poderá ir pra casa, já deixei sua alta pronta com o próximo médico que irá assumir meu turno.

_Você sempre visita seus pacientes antes de ir embora? – ela indagou inocentemente e logo se arrependeu, pois o médico abaixou a cabeça e logo suas bochechas assumiram uma linda tonalidade rosada.

_Desculpa Isabella...

_É Bella, somente Bella.

_Bella, isso faz jus.

_Obrigado!

O silêncio entre os dois era incômodo, ambos tinham tantas perguntas e fora Isabella a puxar a primeira.

Conversaram amenidades por vinte minutos e Edward decidiu por fim que realmente ele estava cansado e precisava de cama.

_Promete que qualquer dor você voltará? – ele perguntou segurando as duas mãozinhas nas suas, onde ambas se perderam ali.

_Prometo Edward. – ela garantiu sorrindo.

_E se tiver alguma dúvida você poderá me ligar, anotei meu celular na receita médica que entreguei para sua mãe.

_Eu vi Edward e pode deixar, eu ligo se tiver qualquer dúvida, agora por favor, vá descansar.

Ela brincou afastando suas mãos das dele e rapidamente seu corpo sentiu falta daquele singelo toque.

_Então tchau.

Ele disse e inclinou-se para beijar sua testa, mas para Isabella ele iria lhe beijar a bochecha e inocentemente levantou seu rosto e rapidamente os lábios encostaram-se.

_Desculpe Bella, eu não.... – ele não terminou de dizer e saiu porta afora.

Isabella nem se movia, sua mão ainda tateava os lábios agora dormentes e sensibilizados, ela estava em êxtase, mas também estava envergonhada. O que será que Edward pensaria dela?

Edward saiu do hospital desnorteado, ele xingava-se mentalmente, não por ter se arrependido de tê-la beijado e sim ter se arrependido em não aprofundar mais o beijo, ele ansiava por sentir aquela língua quente duelando com a sua.

_Burro, burro, burro. – ele gritava para si socando com força o volante do carro.

Ele sabia que tinha errado, mas já que o tinha feito, que tivesse feito com perfeição então.

Arrancou com o carro derrapando os pneus e fora em busca do seu descanso.

(***)

As semanas passaram lentamente para Edward e Bella, a menina já estava melhor, havia a pouco se consultado com o Dr. Aro Volturi, um excelente urologista e já estava fazendo seu tratamento, as férias escolares estavam chegando e ela estava mais que ansiosa, pois além de ter completado seus tão esperados dezessete anos na semana passada, agora sabia que finalmente ingressaria na faculdade. O curso escolhido era advocacia, seguiria a profissão de seu falecido pai, o advogado renomado Charlie Swan.

Para Edward tudo agora estava quase que perfeito, sua especialização ia de vento em polpa, conseguira terminar seu relacionamento com Irina amigavelmente, o fato era que a moça também já não desejava mais a cerimônia, ambos entraram em um consenso e resolveram manter a amizade. Mas o que faltava para ser perfeito mesmo era vê-la, nem que fosse só de longe, Isabella rondava seus pensamentos e sonhos freqüentemente. Mas ele era covarde, tinha medo de admitir seus sentimentos por uma menina e tinha mais medo ainda da reação dela.

(***)

O fim do ano chegou e o ano novo também, logo as aulas na Universidade de Washington iniciariam, não havia necessidade de Isabella mudar-se da sua casa, levando em conta que seu campos ficava na mesma cidade que morava, mas Bella ansiava por sua liberdade e por esse motivo usou uma parte da herança do pai e comprou seu próprio flat, ele ficava algumas quadras da UW o que resultaria em uma caminhada de no máximo dez minutos.

Após se instalar no pequeno apartamento, Isabella finalmente criara coragem e resolveu procurar pelo médico, Dr. Cullen.

Ela ainda tinha em suas mãos o número do celular que ele havia escrito em sua receita, mas ela queria mais do que ouvir a sua voz, ela queria vê-lo, e foi com essa coragem que ela o procurou. Sabia que era tolice, pois ele era um homem e ela era apenas uma garota de dezessete anos, mas em seu intimo algo gritava e ansiava por vê-lo, nem que fosse uma última vez.

_Drª Brandon, bom dia! – Isabella exclamou assim que cruzou com Alice na cafeteria do hospital.

_Isabella, tudo bem? Quanto tempo. – Bella estranhou que a médica ainda lembrava-se do seu nome, mas deixou quieto por hora.

_Será que a Drª poderia me informar se o Dr. Cullen está de plantão hoje? – ela corou violentamente ao perguntar pelo médico e sorriso de Alice ampliou-se inexplicavelmente.

_Edward está de plantão sim florzinha, faz assim, vamos até minha sala e lá vocês poderão conversar melhor. – Alice disse já encaminhando Isabella para sua sala.

Bella sentiu o gosto do ciúme em sua boca quando notou a intimidade em como Alice disse o nome de Edward, mas novamente calou-se.

Alice pediu que Isabella aguardasse em sua sala enquanto foi saltitante chamar o amigo.

Ela sabia que Edward estava sofrendo com o sentimento que ele mesmo não admitira e ela estava decidida a ajudá-lo, pouco se importava se ela era mais jovem ou não, se ambos sentiam alguma coisa, eles tinham mais é que embarcar nessa loucura, afinal a vida é muito curta para ficar escrevendo somente rascunhos.

_Ed preciso que venha comigo até minha sala. – ela abrira num rompante a sala do amigo e o encontrou deitado em um sofá colocado especialmente para seus descansos.

_Sua anã irritante, estou em pausa agora, chame outro médico. – Edward nem se dignou a abrir os olhos, bravo porque Alice interrompera a mais de um de seus sonhos com a menina de olhos verdes.

_Ah não senhor Edward Anthony Masen Cullen, levanta essa bunda magra do sofá e me acompanhe agora mesmo. – ela disse já o puxando pela mão porta afora.

_Mais que porra Alice, eu to cansado. – ele disse esfregando os olhos enquanto acompanhava a amiga no corredor.

_Toma. – ela lhe enfiou uma bala de menta em sua boca e ele quase engasgou.

_Que porra é essa Alice? – ele sussurrou nervosamente, mas apreciando a bala em sua boca _Estou com mau hálito por acaso?

_Não, não está, pelo menos eu não senti, mas você irá me agradecer depois por isso. – ela lhe sorriu parando em frente à porta do seu consultório e abraçou o amigo.

_Por favor Edward, seja feliz! – e dizendo isso ela abriu a porta da sua sala.

_Mas o que... – ele ia questioná-la, porém quando seus olhos encontraram a pequena figura dentro da sala da amiga, seu coração se acelerou e suas pernas se enfraqueceram.

_Fiquem a vontade. – Alice desejou e fechou a porta rapidamente.

_Oi. – Isabella murmurou ruborizada e levantou-se parando em frente ao homem dos seus sonhos.

_Bella... – ele sussurrou perdido em emoções.

_Edward me desculpa ter vindo aqui... Quer dizer, eu nem sei bem porque eu vim, mas é que... Olha, me desculpa interrompê-lo... Eu só queria... Acho melhor eu ir embora... – ela estava embasbacada e desejava sumir dali rapidamente. Mas ao dar um passo para frente, Edward a tomou pelos braços e uniu seus lábios.

O Beijo começara lento, ambos curtindo a macies e a delicadeza dos lábios um do outro, Bella ainda era inexperiente nesse caso, só beijou algumas vezes, mas Edward já era mestre nesse quesito, por isso ele ia aos poucos, com cuidado, como se pequena mulher em suas mãos fosse uma boneca de porcelana. Delicadamente ele sugou o lábio superior dela e ela ansiando por mais, passou levemente a língua no lábio inferior dele, ele não agüentando mais sua língua procurou avidamente um abrigo naquela boca quente e macia e ao encontrar-se com a língua de Isabella, ambos gemeram uníssono, era extasiante para os dois aquela sensação, o mundo ao redor deles havia sumido, a Terra havia sido sugada e só existiam os dois ali, pairando sobre as nuvens. Dois corpos em pura excitação, tudo era novo para ela e quando ele apertou-lhe na cintura unindo ainda mais os dois corpos, ela sentia a excitação dele, dura e forte lhe pressionando a barriga.

Assustada, afastou-se, ele entendendo o recado como uma rejeição sugou o ar fortemente para tentar por um pouco de juízo em sua cabeça.

_Bella, me desculpa isso foi um erro. – ele admitiu constrangido por deixar seus hormônios falarem mais alto.

_Um erro? – ela balbuciou segurando algumas lágrimas.

_Bella, você é só uma menina, eu fui o irresponsável aqui, me desculpe, você queria falar comigo e eu agi por impulso, nem tenho palavras pra descrever o quão brutal e atrevido fora meu ato. – ele estava severamente se repreendendo _Você queria falar comigo? Posso lhe ajudar em algo?

_Você é um idiota Edward Cullen. – ela o acusou visivelmente magoada e saiu de lá sem mais explicações.

Edward ainda estava parado no lugar absorvendo as palavras ferinas da menina e quando se deu conta do erro cometido saiu a sua procura, mas não obteve sucesso, foi em direção ao seu carro para tentá-la alcançá-la e explicar-se com ela, mas seu bip o impediu, ele tinha uma emergência e tinha que cumpri-la.

(***)

O mês de janeiro passara rapidamente, iniciando assim o mês de fevereiro e junto com ele, as aulas de Isabella.

Ela não vira mais Edward e temia estar entrando em depressão por esse motivo. Já não saía mais de casa com as amigas, não via sua mãe há uma semana porque a mesma viajou com o namorado para o campo, sentia-se desolada.

Para Edward tudo estava uma tortura, há uma semana ele finalmente criara coragem, após pegar o endereço de Isabella no seu prontuário, foi procurá-la e para sua decepção a casa estava completamente fechada, ele tentara ainda no dia seguinte e no outro, mas nada. Num surto de desespero ligou no celular da simpática senhora mãe de Isabella, mas o mesmo estava fora de área.

Ele estava perdido.

_Dr. Cullen. – ele disse contrariado ao atender o celular.

"Dr. Cullen? Edward?" – perguntou uma voz feminina do outro lado da linha.

_O mesmo, quem está falando? – ele agora estava curioso.

"Sou eu, Renée, mãe de Isabella, vi que tinha algumas mensagens de chamadas perdidas desse número e resolvi ligar pra ver quem era." – ela disse desconfiada.

Ele estava mudo no telefone, o que ele tanto queria aconteceu, ele conseguira um contato, mesmo sendo da mãe de Isabella, mas e agora?

"Edward? Ainda está aí?"

_Perdão Renée, eu liguei sim, é que... – ele estava angustiado. Como será que a mãe da pequena Swan reagiria diante de tanto interesse dele? Resolvendo então que iria pro inferno de qualquer jeito, aproveitou o ensejo _Eu preciso muito falar com sua filha, fui ao seu endereço três dias seguido e ninguém se encontrava, por favor Renée, diga-me onde encontrá-la...

(***)

Isabella estava cansada, mal havia começado as aulas e já estava cheia de trabalhos, era assim que a realidade caía em sua cabeça, ela não estava mais no colegial.

A chuva castigava lá fora, não que ela tinha medo, mas não gostava quando ela estava muito forte e ainda acompanhada de trovoadas.

Já era mais de uma hora da manhã quando um barulho ensurdecedor estourou no céu e ela rapidamente se encolheu no sofá, ao fitar a mesinha de centro da sua sala, notou seu celular aceso, lembrando rapidamente que chegara do campus e ainda não tinha tirado do vibrador.

Pegando em suas mãos, um número familiar que ela não puxara da memória, chamava insistentemente.

(SOLTEM A MÚSICA)

_Alô.

♪ Memórias perfeitas

Espalhadas por todo o chão

Alcançando o telefone por que

Eu não consigo lutar mais

E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente

Comigo acontece o tempo todo♪

“Bella”... – ela reconhecera imediatamente a voz que chamava do outro lado da linha, seu coração traiçoeiro já palpitava, para ela tudo era fruto de um sonho.



♪São 1:15 da manhã

Estou completamente só e preciso de você agora

Disse que eu não ligaria

Mas perdi todo o controle e preciso de você agora

E não sei como sobreviver

Só preciso de você agora♪

“Bella, eu sei que está me ouvindo, eu ouço sua respiração”... – Edward estava nervoso, ele jamais fizera tamanha loucura, mas ao ter o consentimento da sua futura sogra, ele resolveu embarcar de vez nessa paixão .

“Só me escuta, por favor, eu errei sim aquele dia no hospital, mas meu erro foi ter deixado você partir sem antes te dizer tudo o que eu estava sentindo, eu sei que tudo isso é errado, eu sou muito mais velho que você e na verdade eu nem sei o que você sente realmente por mim, eu só sei que eu quero que você descubra isso ao meu lado...”

Bella mal respirava absorvendo aquelas palavras do seu amado. Será possível? Será verdade mesmo?

_Edward... – ela sussurrou com a voz embargada _O que você sente por mim?

“Sai na janela.” – ele pediu animadamente e ela foi em direção à mesma sem entender, a chuva ainda caía em torrentes, ela morava no terceiro andar, então dava pra ver a rua facilmente, abriu devagar à janela ainda segurando o celular entre a bochecha e o ombro, seus olhos focalizaram uma figura de jaleco branco, encharcado pela água e sorrindo em sua direção.

“Eu amo você” – ele disse em alto suficiente para que ela ouvisse, seu sorriso era amplo ao ver a pequena debruçada na janela, viu quando ela limpou sua bochecha, provavelmente eram lágrimas e ouviu quando ela soluçou do outro lado da linha.

_Eu também amo você Edward. – ela sussurrou sorrindo para ele.

“Então me diga pessoalmente, eu provavelmente vou ficar gripado com toda essa água.” – ele brincou com ela e rapidamente ela sumiu da sua vista, fazendo seu sorriso desaparecer. “Bella” – ele ainda tentou chamá-la pelo celular, mas a linha estava muda.

Então como uma rajada de vento forte, algo se deparou com seu peito, passado o susto ele pode notar que era ela, sua pequena mulher estava em seus braços, empoleirando seu pescoço.

 _Eu amo você Edward. Amo muito. – ela agora também estava ensopada e embora o frio fosse cortante, ambos estavam quentes.

_Eu também te amo pequena, demorei em assumir por medo, medo por nossa diferença de idade e medo pela sua reação, mas agora que sei, eu te quero demais e você não sairá mais da minha vida. – ele murmurou encarando aquelas orbes esmeraldinas, ele observou como ela estava ainda mais linda molhada pela chuva.

_Eu não sairei mais da sua vida Dr. Cullen, nunca mais. – ela sussurrou e ambos selaram aquele compromisso com um beijo quente e reconfortante. A saudade de ambos era exposta naquele encontro de lábios, ele a apertava em sua cintura, com medo que ela fugisse e ela por sua vez embrenhou seus dedos nos fios próximo a nuca dele, tentando assim fundir os dois corpos.

_EI, PROCUREM UM QUARTO – um transeunte que passava de carro pela rua gritou fazendo com que os dois se afastassem rindo, ele encostara sua testa na dela e passou delicadamente seu polegar em seu lábio, agora inchado pelo beijo avassalador.

_Isso é uma ótima sugestão . – ela murmurou esfregando seu nariz no dele.

_Estava esperando seu convite. – ele sussurrou beijando-lhe a ponta arrebitada do seu nariz.

_Você tem passe livre para o meu quarto e para minha vida. – ela sussurrou e o beijou, ele com a felicidade explicita em seu rosto a jogou em seus ombros e adentrou o prédio com ela rindo para assim, darem inicio ao começo de um lindo relacionamento.

“Só existe um dia na vida da gente, em que nós temos o poder da escolha, o poder de idealizar aquilo que tanto amamos e queremos, um único dia em que nós tomamos as redás de nossas vidas e optamos por caminho escolher, esse dia é HOJE, portanto não importa se ele é branco ou se ele é negro, se ele é alto ou se ele é baixo, se ele tem um corpo escultural ou se ele tem uma forma mais cheinha, se ele tem a sua idade ou se esse fato o torna mais velho que a ti, o que importa é se você o ama, se o ama, lute, corra atrás e seja feliz.”

"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

Antoine de Saint-Exupéry

 FIM


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Notas finais do capítulo

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