Haha No Hi escrita por Kure Mah


Capítulo 1
Haha no Hi


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Encarou o teto e respirou fundo. Sentado de forma desajeitada sobre a cadeira e com os pés debruçados em cima da carteira, o rapaz desviou o olhar do teto para além da janela, que se encontrava do outro lado da sala. Odiava as semanas que antecediam aquela data. Odiava a animação das pessoas naquela sala, que combinavam e faziam preparativos para a comemoração de tal dia, o dia em que a escola organizava uma homenagem para aquelas pessoas. Toda aquela alegria alheia e barulho o deixavam ainda mais irritado.

O Dia das Mães nunca foi seu predileto. Todas as lembranças tristes de sua vida vinham à tona e Gokudera sentia aquele grande vazio lhe tomar o peito. Tudo por causa desse dia. “Maldito Dia”.

Percorreu novamente com o olhar o caminho do teto branco para além da janela. O dia estava ensolarado e bem quente, mas a brisa ainda soprava agradável, típico do começo de verão. Dali, percorreu brevemente com o olhar toda a sala. Avistou Juudaime sorridente e ficou, por um momento, contente por ele. Depois observou a companhia de seu chefe. O idiota sorria de orelha a orelha. O Guardião da Tempestade suspirou irritado. Como ele podia estar tão feliz? Gokudera sabia que Yamamoto também não teve a presença de sua mãe boa parte da vida. Preferiu fechar os olhos e ignorar a existência de tudo e todos que estavam ali naquela sala. Toda aquela comoção não tinha nada a ver com ele.

– Hey, Gokudera! – uma mão o tocou suavemente a testa, o irritando. Conhecia bem aquela voz. – Se ficar muito tempo sentado assim vai ter dores nas costas hahaha! – a risada típica e boba ecoou pelo local, abafada pelas vozes dos outros alunos.

Gokudera abriu os olhos e encarou um par de outros olhos, castanhos claros, próximos e sorridentes. Ele estava com a cabeça debruçada no encosto da cadeira e com a coluna toda curvada, enquanto seus pés ainda se apoiavam sobre a carteira.

– Tch, apenas me deixe em paz e vá ajudar Juudaime. – o Guardião da Tempestade tomou o rosto do garoto que o acordara com toda a palma da mão e o afastou de forma nada delicada.

– Por que não nos ajuda também?! É divertido! – novamente o Guardião da Chuva sorriu.

Gokudera o encarou nervoso. Como aquilo poderia ser divertido? Por quê ele comemoraria algo desse tipo? Sua mãe não estava ali. Ela não estava em casa para lhe dar boas vindas e recebê-lo com uma comida gostosa quando voltasse para lá. Ela não esteve lá durante todos esses anos de sua vida. Ela partiu cedo, e mesmo que issa não fosse culpa da mesma, ela havia o deixado sozinho.

– Ok, ok! – Yamamoto mantinha o mesmo sorriso de antes e, antes de sair, pousou delicada e discretamente uma das mãos sobre a cabeça do garoto de cabelos claros, num breve gesto de carinho. Ele sabia o porquê dessa aversão de Gokudera para aquele dia, até o compreendia.

O Guardião da Tempestade apenas encarou as costas de Yamamoto enquanto o mesmo se dirigia novamente à Tsuna. Num suspiro, tornou a ignorar toda a existência que ali existia.

~~x~~

Mais uma semana passou num piscar de olhos e a semana que antecedia aquele “maldito dia” chegara. Ir para escola tornou-se insuportável. Todos ali só sabiam repetir a mesma pergunta, e aquilo tornara-se um círculo sem fim.

– Nee, Gokudera-kun. Você vai dar o que para sua okasan? – uma voz feminina chegara a seus ouvidos. Ele elevou o olhar, buscando encarar a pessoa que o questionara. Ele simplesmente preferia que essa pergunta não lhe tivesse sido feita.

Tsuna aproximava-se sorridente, convidaria o amigo para lhe ajudar a escolher o presente para sua mãe.

– Urusai mulher idiota! Eu não dou a mínima para esse dia. Eu não gastaria meu dinheiro nem meu tempo para comprar um presente idiota. Bando de egoístas irritantes! – disse nervoso, mas não gritou. Levantou-se chutando com certa força o pé de sua cadeira, a movendo alguns centímetros do lugar, fazendo barulho e chamando a atenção dos demais colegas. Saiu irritado e em passos apressados. Ele não fora sincero quando disse que não gastaria seu tempo e dinheiro com isso. Na verdade se ele tivesse tido oportunidade, o faria sem pensar duas vezes. Compraria os melhores presentes para sua mãe, mas agora estava nervoso o suficiente para passar por Tsuna e não vê-lo.

Juudaime que havia ouvido tudo, desfez o sorriso do rosto e encarou a parede por um momento. Sentia-se um egoísta da pior qualidade. Estava todo feliz e empolgado, até convidaria Gokudera para lhe ajudar com o presente, mas havia se esquecido da triste história do amigo e de como ele sentia-se sobre isso. Suspirou, caminhando até seu lugar.

Durante todo o primeiro período de aula Gokudera não retornou para a sala. Tsuna conversou com Yamamoto e este o ouviu com atenção. O Chefe Vongola estava preocupado com o amigo. Gokudera apensar de ser nervoso e tentar aparentar ser um cara mal, era vulnerável e sensível demais, levando tudo a sério e de forma intensa. Sofria sozinho e calado.

O segundo período de aulas começaria agora, mas Yamamoto preferiu sair à procura de Gokudera. Estava preocupado, não gostava da ideia de que o garoto de cabelos claros sofria sozinho. Queria apoiá-lo, afinal aquele menino ranzinza e revoltado era importante demais para ele.

Subiu as escadas e vasculhou andar por andar. Encontrou com Hibari no meio do caminho e o mesmo o encarou irritado, questionando o por quê de Yamamoto estar matando aula. O Guardião da Chuva apenas sorriu desajeitadamente e de forma receosa, perguntando ao Guardião da Nuvem se ele havia visto Gokudera em algum canto da escola.

Após ouvir uma negativa do Líder do Comitê, Yamamoto seguiu para o último lugar que faltava procurar. O telhado. Subiu alguns degraus e logo a porta que dava para o telhado fora avistada. A empurrou, pois a mesma já estava aberta. Quando saiu, sentiu a brisa delicada tocar-lhe a face, e após piscar algumas vezes até se acostumar com a claridade, avistou um garoto de costas, com a coluna curvada, debruçado sobre a grade e parecia olhar para baixo.

Caminhou devagar até ele, e encostou-se de costas para a grade, ao seu lado. Esperava ouvir alguma reclamação ou ser enxotado dali sem nem mesmo ter chance de falar algo. Mas nada fora ouvido. As palavras não foram proferidas e ele encarou isso com estranhes.

– Nee, Gokudera. Vamos voltar para a sala. – disse baixo e num tom amigável, mostrando que estava presente.

O garoto de cabelos claros demorou para processar o som e as palavras que ouvira. Estava distante, pensando numa época em que ainda podia ver aquela pessoa. Pensando na pessoa que jamais teve a oportunidade de chamar de “mãe”.

O Guardião da Tempestade encarou Yamamoto com desdém. Não queria compaixão. Odiava que sentissem pena dele. Suspirou. Mas era difícil ficar mentindo para si mesmo. No fundo ele só queria que alguém o compreendesse. Não era justo ter que sofrer com essas lembranças enquanto todos sorriam. Por mais que ter estado com aquela pessoa quando era uma criança houvesse sido feliz, o que sucedia aqueles momentos era triste e insuportável. Durante toda sua vida não teve ninguém ao seu lado para lhe dar um abraço e preencher o vazio que sentia.

– Se eu quisesse estar lá, eu NÃO TERIA saído de lá. – disse com sua voz mais arranhada do que de costume, num resmungo.

– Eu sei, eu sei! – sorria, sempre inabalável. – Só que fiquei um pouco preocupado com você... – o encarou de forma doce. – Esse dia também não é um dos meus preferidos, hahaha. – sua risada ecoou baixa e sem alegria – Mas eu não posso descontar nos outros, né? – tornou a sorrir, agora mais discretamente.

– Hunf...

– Eu entendo como se sente, Gokudera. Mas realmente, não é justo descontar em nossos colegas. Eles não tem culpa do que aconteceu com a gente. Né? Vamos ser fortes e voltar pra aula agora. Ajudar o pessoal até que é divertido, você acaba se distraindo. – tocou o ombro do Guardião da Tempestade com cuidado e carinhosamente.

– Tsc, você não sabe nada. Não tem ideia como me sinto! Você teve uma vida feliz com seu pai, eu não tive nada. Você é apenas outro idiota egoísta. – o garoto de cabelos claros empurrou, sem nenhuma delicadeza, a mão que lhe apoiava o ombro tão carinhosamente.

– Mas também não tive uma mãe. – desfez o sorriso, e sua face foi tomada por um olhar vago. – Não foi só você que quis sentir-se abraçado por asas protetoras ou sentir o calor cheio de acalento que o abraço de uma mãe pode oferecer. Eu tento imaginar isso quando fecho meus olhos. – disse isso fechando os olhos – Tento sentir esse calor. – abraçou a si próprio – Mas tudo o que sinto é o mesmo frio de antes. – abriu os olhos e olhou para o céu.

Gokudera ouvia tudo calado, observando os gestos do moreno. Aquele cara realmente compreendia. Ele sentia-se do mesmo jeito. Respirou fundo, sentindo-se egoísta. Yamamoto parecia triste ali. Provavelmente estava fingindo estar contente ou fingindo não ligar apenas para não ser mais um motivo para preocupar ambos: ele e Tsuna.

Sem pensar muito no porquê, tomou uma das mãos do Guardião da Chuva. Num suspiro fingindo irritação, ele o puxou e começou a caminhar. Ver aquela pessoa que sempre lhe trazia confiança, esperança e calma assim tão triste fez seu coração palpitar desgostoso. Yamamoto ficava melhor sorrindo.

– Vamos logo para a sala, Juudaime deve estar esperando.

~~ x~~


Depois da aula, seguiram para o centro, onde as lojas ainda estavam movimentadas. Tsuna tinha pouco dinheiro, por isso precisava escolher bem o que compraria para sua mãe. Depois de muito ponderar ele acabou conversando com Yamamoto sobre irem comprar um presente para ela, e ambos depois conversaram com Gokudera, que concordou acompanhá-los sem fazer muito rodeio. Lógico, se era um pedido de Juudaime ele não recusaria.


Tsuna estava receoso em chamá-lo depois de o ter ouvido dizer aquelas palavras mais cedo, mas Yamamoto explicou tudo para o Chefe Vongola o deixando mais aliviado, porém ainda sentia-se angustiado pelo amigo, pela tristeza que ele provavelmente sentia.

Entraram em uma loja de departamento, dessas que se encontra de tudo a um preço acessível. A princípio, nada parecia ser bom o suficiente. Ao chegarem até o departamento de acessórios femininos, as possibilidades de encontrar um bom presente aumentaram. Tsuna parecia confuso, não fazia ideia do que comprar. Yamomato ria da indecisão do amigo, enquanto Gokudera, com o olhar fixo em algo, caminhou calado ao sentido contrário dos outros dois. O garoto de cabelos claros encarava um colar. Era tão brilhante e prateado que o fez se lembrar daquela pessoa. Aqueles cabelos prateador brilhantes, belíssimos. A pedra do pingente era oval e de um verde vivo e belo, só não era tão belo quanto os olhos daquela pessoa. Apesar do acessório não ser uma jóia original e cara, era bonito o suficiente para roubar a atenção do garoto e fazê-lo pensar “como ela ficaria bem com ele”, enquanto esboçava um sorriso e um olhar triste, sem perceber que de trás, um garoto bondoso e preocupado o observava, atento. Yamamoto encarou o colar, precisaria retornar sozinho até a loja mais tarde.

Por fim, Tsuna comprou um par de brincos para sua mãe. Eram simples, mas acreditava que ela iria gostar. Sua mãe era da mesma forma simples e fácil de se agradar. Era uma boa e adorável mãe.

Despediram-se no local em que se separariam para cada um tomar o rumo de sua casa. Yamamoto tomou o sentido contrário e Tsuna estranhou.

– Yamamoto-kun, sua casa não é por ali?! – apontou para o sentido contrário que o amigo tomava.

– É sim! Mas eu preciso passar em um lugar antes, hahaha! – riu.

– Entendo, então tome cuidado! – Tsuna acenou e tomou seu rumo.

Gokudera olhou para trás por um momento, encarando as costas do Guardião da Chuva que caminhava sossegado para o “lugar” que ele precisava ir. Suspirou. Por um breve momento desejou que aquele idiota o acompanhasse até em casa. Estava angustiado e ralhar com alguém agora seria de bom grado.

~~x ~~

A semana passou rápido, e o dia em que as portas da escola estariam apertas para receber as mães chegara. Novamente a sala estava um alvoroço. Mesmo tendo dito a si mesmo que manteria a calma e tentaria afastar de si os pensamentos e as lembranças tristes, era muito difícil com toda aquela animação e comentários.

Gokudera se isolara ao canto da sala, bem ao fundo. A sala estava mais cheia que o normal, pois ali agora além dos alunos, estavam suas mães. Passeou o olhar por todo o local. Sentiu um pouco de inveja dos colegas de classe, nunca saberia o que era sentir esse tipo de felicidade. Levantou-se e saiu. Para ele, ficar ali hoje seria inútil. Tomou rumo até os portões da escola, e dali foi embora, sem rumo.

Yamamoto o observava da janela da sala de aula.

O dia passara lento para o Guardião da Chuva. As comemorações foram infinitas e ele sentiu-se solitário e avulso dentro da sala de aula. Seu pai insistira, dizendo que compareceria até a escola no lugar de sua mãe, mas o garoto negara. Não por vergonha, apenas por pensar que esse dia era dedicado para aquela pessoa que não poderia estar presente, e mesmo amando seu pai, achou melhor ele ficar tomando conta do restaurante.

Procurou Gokudera em muitos lugares. Queria evitar ligar ou mandar alguma mensagem para ele. Sua primeira opção foi Tsuna. Yamamoto questionou se ele sabia onde Gokudera estava, porém Juudaime não sabia. Apenas havia o visto por pouco tempo durante a manhã.

Não havia escolha e sua primeira opção foi uma mensagem. “Gokudera, onde você esta? Preciso te mostrar uma coisa legal!” Pensou que se dissesse que tinha algo para mostrar o deixasse curioso a ponto de revelar sua localização facilmente.

Do outro lado, Gokudera encarou o visor de seu celular com o cenho franzido e depois de muito ponderar, respondeu. Na verdade conversar com alguém não seria má ideia, o dia fora muito solitário.

“Como se eu fosse cair nessa, idiota.”

Yamamoto sorriu. Gokudera era realmente um garoto desconfiado e difícil de persuadir, mas o Guardião da Chuva sabia os pontos fracos do garoto de cabelos claros.

“Encontrei uma revista de UFOs que fala sobre uma estranha aparição na Patagônia, vem até com um DVD com o vídeo, comprei pra você.”

Gokudera leu e releu a mensagem. Seria verdade? Se fosse e ele não revelasse o local, ficaria sem a revista e o DVD. Pensou e repensou. Se aquele idiota o estivesse enganando, ele o mataria, com certeza.

“Estou na Praça, próximo à casa do Juudaime.”

O Guardião da Chuva sabia bem qual era a praça e apressou-se para lá. Seu sorriso era sincero e doce, além de ansioso.

A praça estava quase vazia. Havia uma ou duas pessoas caminhando lentamente por ali, pareciam apenas estar passeando para se distrair. Já era noite e o relógio marcava dezenove horas e quarenta e cinco minutos. Caminhou à procura de seu “alvo”. Mas ele não estava em lugar algum. Parou e ficou olhando ao redor numa procura incessante até sentir algo tocar-lhe as costas com certa violência.

– Oi, idiota. Eu estou aqui. – Gokudera havia arremessado uma pedra.

– Hahaha! Então estava escondido! – o Guardião da Tempestade encontrava-se deitado sobre a grama, esticado no chão. Yamamoto caminhou até ele, sentando-se a seu lado.

– Onde está a revista? – disse com a mão estendida, esperando para receber seu “presente”.

– Ah! A revista né!? – o moreno coçou a nuca, gargalhando sem graça enquanto pensava numa resposta.

O garoto de cabelos claros sentou-se, irritado. Observou Yamamoto de cima abaixo e constatou que ele não carregava consigo nenhuma revista. Bufou, fora enganado.

– Maldito! – rangeu os dentes.

– Calma, calma! – o moreno levantou as mãos, como se mostrasse estar desarmado e ter vindo em missão de paz. – Eu trouxe uma coisa pra você, mas é outra coisa. – sorriu carinhoso.

Gokudera o encarou desconfiado. Esse idiota estava o fazendo de bobo.

– Olha. – retirou um pacote do bolso e entregou para o garoto. Esperou que ele o abrisse e visse o que havia dentro para só depois terminar. – É para você dar pra sua mãe. Ainda da tempo! – manteve-se sorrindo carinhoso, enquanto dizia tudo com a voz suave. Não queria mais ver Gokudera triste ou angustiado, queria ajudá-lo.

– Para minha mãe... Você é mesmo um idiota. Ela não esta aqui, ela morreu. Como eu posso dar presente pra um morto? – irritou-se, mas sua expressão era de desânimo e mágoa. Encarava a pedra verde e o colar prata. Ambos brilhavam, mesmo a iluminação sendo fraca.

– Ela está aqui sim. – Yamamoto inclinou-se levemente, se aproximando um pouco mais do garoto que o encarava com curiosidade. – Ela está bem aqui. – O Guardião da Chuva estendeu uma de suas mãos, a encostando sobre o peito esquerdo do Guardião da Tempestade, sobre seu coração. Gokudera o encarou com certa estranhes, mas logo deixou os olhos amolecerem. Sim, ela estava ali, o tempo todo. O toque do moreno o fez sentir-se acalentado, e de repente ele sentiu necessidade de ser abraçado. Um abraço forte e protetor. Segurou o colar com força por entre os dedos, pensando “Feliz dia das Mães, okasan.”

De repente esse pensamento tornou-se intenso. De repente ele sentiu-se fraco e de repente sentiu seus olhos umedecerem.

– Ela sempre estará viva enquanto você lembrar-se dela. Ela sorrirá para você quando você fechar os olhos, ela te protegerá quando você estiver em perigo e ficará orgulhosa com tudo de bom que você fizer. – a voz de Yamamoto era suave, doce, carinhosa e estranhamente protetora. Ele sentiu quando o coração de Gokudera bateu acelerado contra sua mão. Viu quando o garoto de cabelos claros pendeu seu corpo para frente, contra o seu, e deitou sua cabeça sobre seu ombro. – Eu também, estarei a seu lado pra sempre, aconteça o que acontecer, zutto. – finalmente o moreno envolveu sua companhia em um abraço protetor e terno.

– A sua também... – ouviu um sussurro. A voz de Gokudera soara fraca.

– Han?! – Yamamoto perguntou sem entender direito.

– Sua mãe, nesse exato momento deve estar muito orgulhosa de você. – agora a voz fora mais firme, mas ainda assim, um sussurro.

Yamamoto olhou para o céu estrelado do começo de verão e sorriu, ainda abraçado à Gokudera. Podia sentir ali a presença de outras duas pessoas. Daquelas pessoas que eram tão importantes para eles.


Haha no Hi.



Fim.




 


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Notas finais do capítulo

Erros?! Me apontem.
É isso pessoal. Qualquer crítica é bem vinda - elogios também!
Beijos!
x Mah



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