Como eu estava decidida a seguir em frente a semana passou rápido, com muito mais trabalho, graças a agenda bem problemática de meu chefe.

–Querida, seu pai está bem impaciente. É melhor você dizer que vem logo aqui. Ele tem falado muito com Stefan e está cheio de ideias.

–Pode deixar mãe. Não deu para ir este fim de semana, mas já estou remarcando com Bonnie e também o senhor Stark já está ciente.

Minha mãe está quase entrando em uma crise por causa de meu pai. Cada vez mais empolgado com a cooperativa.

–Fico feliz em saber disto. Como você está?

–Estou bem mamãe. Hoje a noite é o aniversário da namorada do Alaric, você deve lembrar dela.

–A doutora. Lembro sim. Damon vai estar lá?

–Acredito que sim.

–Kol vai mesmo com você?

–Vai. Temos um compromisso depois, um jantar especial com o Matt e sua nova namorada.

–Como as coisas mudam. Você está indo pra festa de aniversário da namorada do melhor amigo de seu ex, e saindo de lá irá prestigiar outro ex e sua nova namorada, sem falar que fará tudo isso acompanhada de um terceiro ex. Nossa! – ela está se divertindo.

–Mãe! – repreendo, não podendo prender o riso.

–O que eu posso dizer? Boa sorte querida. Principalmente com Damon. – suspiro. – Você sempre amou mais ele, dentre os três.

–Então talvez eu só precise de um quarto pra amar mais.

–Se fosse tão fácil. – reviro os olhos quando ela fala. Mamãe nunca esconde ser parte do ‘time Damon’.

–Sei que não é fácil, mas nada que consegui em minha vida foi fácil. Eu consigo!

–Como eu disse: Boa sorte! Te amo querida.

–Te amo mamãe. Mande um beijo para papai e diga que em breve estarei aí.

Desligo e suspiro. É hora de ir me arrumar. Tenho que encontrar Sofia e irmos até o salão. Termino minhas últimas obrigações na Stark e vou ao encontro dela. O transito está incrivelmente calmo pra um sábado a tarde e eu logo chego no local onde ela está.

–Você não demorou. – fala ela saltando para o banco do carona e se inclina pra me dar um beijo e logo volto pro trafego.

–Você marcou todos os horários? – pergunto e ela afirma.

–Eu realmente preciso aprender a dirigir. É um saco ter que depender de pessoas pra me locomover.

–Achei que você já soubesse.

–Damon não quis deixar eu aprender ainda. Ele diz que sou muito jovem e distraída.

–Você tem quase dezoito Sofia.

–E você diz isso pra mim? Mas você conhece meu pai, gosta de me manter nesta prisão de cristal que ele idealizou. – sorrio, ela não muda.

–Eu poderia te ensinar, assim quando for tirar a carteira já não se sentirá tão perdida. – seus olhos brilham pra mim.

–Ai, seria perfeito.

–Então tá. Vemos isto depois e marcamos os horários. Agora tem uma condição...

–Damon não pode saber. – ela me interrompe e eu assinto – Relaxa. Quem você vai levar pra festa hoje? – a olho surpresa.

–É pra eu levar alguém?

–Claro Elena. Você é jovem, bonita e está solteira.

–Você está me sondando para seu pai de novo?

–Você diz de novo? Eu nunca fiz isso. Mas não posso deixar de sorrir ao lembrar como você ficava quando ele aparecia com jovens nos eventos. Você olhava as matérias com uma cara. – ela sorri.

–Isso já passou. – ficamos um pouco caladas, ela suspira.

–Eu soube o que houve em Paris. – olho pra ela curiosa- Ele me contou. – ele sempre faz isso. – Ele sempre conta. – reviro os olhos com a repetição do meu pensamento.

–Foi tudo esclarecido. – digo tentando cortar o assunto.

–A Rose vem cercando ele, mas Elena, eu sinto que ali não há mais nada. Eu acho que tudo morreu na tentativa. E eu acho... – ela hesita. – Que ele ainda te ama.

–Seu pai tem sérios problemas pra demonstrar isso.

–Eu sei. – ela sorri e encara a janela. -Ele tem tentado.

–E você e Heitor? – ela me olha e entorta a boca num sorriso, exatamente como o pai.

–Nem tente desviar. Se não estou esquecida perguntei se você levaria alguém. – reviro os olhos.

–Kol. – a boca dela abre.

–Isso vai ser interessante. E respondendo a sua pergunta, acho que finalmente estou pronta para dar aquele passo com Heitor.

–Você tem certeza?

–Claro. Estamos juntos a quase três anos, só não rolou antes por que pra minha sorte ou meu azar ele segue muito as regras e princípios do Damon, mas acho que enfim chegou a hora.

–Bem, eu sei que é um momento especial na vida de qualquer mulher.

–Talvez eu precise de algumas dicas. – fala um tanto corada. – Eu pediria pra Rose, mas não somos tão íntimas e mamãe já não está aqui e bem, sobre o Damon... – sorrio.

–No que eu puder ajudar você... – ela sorri.

–Obrigada.

Ficamos em silêncio até a chegada no salão e lá conversamos mais sobre o assunto. Sofia sempre foi uma jovem muito ajuizada e mesmo após a perda da única mãe que ela conheceu, Damon soube manter sua formação impecável e numa fase muito complicada.

Ficamos horas no salão e depois fomos nos vestir em meu apartamento. Quando estávamos prontas uma encarou a outra e começamos a brincar na frente do espelho até que a campainha tocou.

–Você acha que é o seu ou o meu acompanhante? – Sofia pergunta.

Dou de ombros e vou até a porta. Kol e Heitor. Juntos.

–Encontrei este rapaz meio perdido lá embaixo. – Kol fala sobre Heitor que sorri sem jeito.

–Não me lembrava direito qual o prédio e Sofia não atendia. – o rapaz explica corado.

–Entrem. – sorrio. – Vou chamar ela e então já poderemos ir.

–Você está linda Elena.

–Obrigada Kol.

Não demora muito e todos estamos a caminho da casa de Ric. Fomos no carro de Kol, combinamos assim. Sofia e Heitor voltariam com Damon.

Chagamos na casa de Ric e nem sinal de Damon. Provavelmente estaria preso ainda no trabalho. Pelo menos eu não veria Rose lá. Alaric não escondia sua antipatia por ela e isso parecia ser recíproco, então, obviamente, ela não estaria nesta festa.

–Que bom que chegaram. – diz Ric, vindo em nossa direção.

–Lembra do Kol? – pergunto sorridente e ele afirma e cumprimenta meu acompanhante.

–Damon ainda não chegou? – Sofia pergunta sobre o pai.

–Ele me ligou dizendo que está chegando, ficou preso numa reunião virtual com uns investidores. Você conhece seu pai. Fiquem a vontade. Estou esperando a aniversariante. – sorri e se afasta.

–Bem, vamos beber. – Sofia diz e Heitor a olha de um jeito tão familiar, ela o encara e sorri. –Aqui dever ter suco de laranja. – fala debochada e o rapaz revira os olhos.

A noite será longa!

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–Acho que terminamos por hoje Caroline, desculpe prendê-la aqui por tanto tempo.

–Imagine Damon, eu trabalho pra você.

–O fato de eu não ter uma vida social agitada não implica que você não possa ter uma. – ela sorri – Seu namorado deve querer me matar.

–Não tenho um namorado. Quer dizer, quase isso, mas ele ainda não se decidiu.

–Humm! Entendi. Bem, mesmo assim.

–Até segunda então.

–Até segunda Caroline.Você verificou o pedido da Rebekah?

–Sim, está tudo resolvido.

–Obrigada mais uma vez e boa noite.

–Boa noite Damon.

Ela se vai, pouco depois meu celular toca.

–Cadê você? – Alaric.

–Estou saindo da Salvatore agora. Vou levar um tempo, mas estou chegando.

–Se prepara, Elena está aqui e não veio sozinha.

–Eu sei, Sofia ia com ela...

–Não Damon. Ela trouxe o Kol. – eu travo.

–O Kol?

–É e parece que eles estão juntos.

–Fala sério?!

–Bem, se prepare!

–Já chego aí.

Desligo sentindo o sangue de meu corpo fugir. Só pode ser brincadeira...

Pego as chaves do carro e minha pasta e desço até o estacionamento. Durante todo caminho até a casa de Ric eu me preparava como ele mesmo pediu. E durante o tempo eu lembrava de alguns conselhos de Maximus durante nossa última sessão.

...

–E então? Como foi na viagem?

–Um desastre. –bufo.

–Estou ansioso pra ouvir você.

–Senti ciúmes da Elena com seu chefe, falei besteira pra ela, deixei ela magoada e antes que pudesse me explicar melhor acabei sendo pego beijando minha ex e quase espanquei o Elijah por ter levado a Elena até mim e Rose.

–Uau!

–Eu falei que foi um desastre.

–O que houve depois?

–Eu tentei falar com ela. Entenda, eu queria esclarecer as coisas, mas ao mesmo tempo foi algo muito tenso, por que Elena estava ressentida demais. Acabamos indo cada um pro seu lado e agora acho que nem amizade pode existir.

–Não exagere. Acho que agora você precisa de um pouco de espaço, e ela também.

–Espaço?

–Sei que você gosta dela, mas agora é melhor dar um tempo em tudo Damon. Se permitir sentir falta. Organizar sentimentos. Consegue?

–Talvez.

–Tente!

...

É sempre tão fácil pra ele. Tente!

Eu vou tentar. Vou tentar não matar o idiota do Kol.

Estaciono na frente da casa de Ric e respiro fundo antes de saltar pra fora do carro.

Minha filha é que me recepciona, eu já procuro por Elena a minha volta.

–Demorou.

–Fiz o possível, cheguei.

–A aniversariante ainda não chegou então você tem algum crédito.

–Onde está Alaric? – pergunto ainda procurando por ela.

–Por aí.

–Olá Heitor. – digo frio e ele só acena.

–Vou procurar por ele. – falo apressado e me afasto. Tem muita gente conhecida, mas também um monte de estranhos, devem ser amigos da Meredith.

Estou andando distraidamente, nunca imaginei que coubesse tanta gente assim na sala do Alaric, ainda procuro meu amigo e minha ex e do nada.

–Nossa! – droga, esbarrei em alguém.

–Meu Deus, você me deu um banho. – a moça reclama indignada. Acabei de detonar o vestido e busto dela.

–Me desculpa, eu estava distraído. – recolho meu lenço apressadamente do meu bolso e tento limpar, ela bate em minha mão.

–Não encosta em mim! – ela rosna indignada.

–Desculpa, eu quero ajudar pra me sentir menos mal. Olha eu conheço o dono da casa e posso te mostrar onde pode tentar se limpar, ou sei lá. – estou tagarelando.

–Eu vou ficar bem, obrigado.

–Por favor, não deixe eu me sentir um idiota. Você pode até trocar a roupa é sério. Minha filha dorme as vezes aqui e acho que vocês tem o mesmo tipo. Ela deve ter alguma coisa que te sirva lá em cima. – ela parece ponderar a proposta, morde levemente os lábios e suspira.

–Certo, onde fica este lugar? – suspiro aliviado.

–É por aqui. – aponto para as escadas que levam ao andar superior e ela vai na frente. Como a festa é no térreo estamos sozinhos e eu levo ela até o quarto de hospedes de Ric, onde minha filha e eu já dormimos inúmeras vezes. – Aquela porta é o banheiro e lá dentro você tem acesso ao closet. Deve achar algo pra você usar lá. – ela assenti e vai até a porta do banheiro, antes de entrar para e fica me olhando. Fico confuso.

–Você vai ficar aqui? – pergunta em tom curioso e eu acho que estou vermelho.

–Não, perdão, eu espero lá fora.- saio mortificado e fico esperando no corredor. Estou bem nervoso. A ideia de encontrar Elena esta noite aqui com Kol, me tirou do chão. Fico remoendo pensamentos enquanto espero a moça sair, ela demora um pouco, mas depois de um tempo surge no corredor.

–Você tinha razão, sua filha tem meu tipo físico.- ela diz e me faz a encarar. Está usando um vestido Chanel justo, acima do joelho, bem marcado na cintura. É uma jovem bonita.

–Pelo menos vou me sentir menos culpado, agora que você não está encharcada de...

–Suco de laranja. – ela completa risonha – Eu não bebo nada alcoólico.

–Faz muito bem.

–Sou Hayley. – ela estende sua mão.

–Damon.- aperto a mão dela.

–Espera...- ela ainda está com a mão presa na minha. – Damon Salvatore? – assinto. – Nossa! Achei que você fosse mais velho.

–Bem, tecnicamente eu sou. – ela me olha confusa.

–Eu não sou daqui. Só conhecia você de ouvir falar. Sou amiga de faculdade da Katherine.

–Ah,claro.- sorrimos sem jeito. – Vamos descer?

–Vamos!

Aceno para que ela vá na frente e continuamos conversando.

–Você é menos rígido do que ela me descreveu.

–Ela?

–Katherine.

–Imagino que sim. Eu sou melhor quando não sou patrão de ninguém.

–Ela não disse nada de mal. Apenas que é exigente. Mas não é um defeito pra alguém como você.

–Alguém como eu?

–Um magnata da tecnologia.

–Não chega a tanto.

Chagamos no térreo.

–Oh! Aí está você. – é Alaric.

–Eu estava te procurando e acabei esbarrando na senhorita... – hesito, por que ela não me disse seu sobrenome.

–Apenas me chame de Hayley. – ela fala sorrindo pra Ric. – Seu amigo acabou com meu vestido. – Alaric gargalha.

–Ele nunca foi muito jeitoso mesmo.- eles sorriem.

–Agora eu virei a piada. Legal! Onde está a aniversariante?

–Seu irmão e a Kate estão trazendo ela pra cá. Já deve estar a caminho, então vamos ficar bem atentos, pra quando eu apagar as luzes vocês...

–Fala sério, quantos anos você tem? – pergunto perplexo e ele revira os olhos.

–Você é o único velho de espírito presente. Faça um favor e seja um bom anfitrião como sua filha e tente não estragar o vestido de mais ninguém.

Ele pisca pra garota na minha frente que sorri e depois se afasta.

–Então não gosta de surpresas? – ela pergunta.

–Não das más. – falo e volto ao meu propósito inicial. Onde está Elena?

–Procurando alguém? – olho para ela confuso.

–Como?

–Você, olhando ao redor como uma criança que perdeu sua mãe. Está procurando alguém?

–Ah... Não exatamente. Posso te oferecer mais um suco de laranja e bancar o anfitrião para meu amigo?

–Bem, se você estragar este vestido, pelo menos o prejuízo não será meu. – sorrimos.

–Certo. Por aqui. – aponto até o barmen e ela me segue.

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–Eu espero que você não esteja se sentindo deslocado. – falo pra Kol.

–Não Elena. Eu estou bem, estou com a moça mais linda da festa a maioria dos homens não param de olhar pra mim e pra você, estou me sentindo ótimo. Muito embora eu saiba que eles devem estar pensando: Não é a Elena? O que ela está fazendo com aquele cara? Ela não namorava o Damon? – sorrio.

–Sério, me desculpe. Podemos ir embora se você quiser eu...

–Shh! Deixe de drama. Eu estou bem.

Suspiro e continuamos olhando como a noite está calma, mesmo em Nova Iorque.

–Vamos entrar? Ficamos um tempão aqui no jardim. Daqui a pouco a aniversariante chega e eu não quero estragar a surpresa.

–Vamos sim. – Kol levanta e estende o braço e voltamos pra sala. – Vamos tomar alguma coisa? – eu assinto, estou com sede.

Quando estamos nos aproximando da mesa do barmen eu travo. Damon está acompanhado de uma moça e eles sorriem de algo muito divertido por sinal.

–Tudo bem? – Kol pergunta e eu engulo em seco. Forço um sorriso.

–Tudo sim. Vamos pegar as bebidas? – ele assenti sorrindo. Nos aproximamos do balcão.

–Dois gin tônica, por favor. – Kol pede e atrai a atenção de Damon que olha diretamente pra nós e para de sorrir de imediato.

–Elena! – ele fala e engole.

–Olá Damon! – respondo o mais rápido que posso e desvio de seu olhar.

–Kol! – ele cumprimenta.

–Como tem passado Damon?

–Muito bem obrigado. – ficamos em silêncio absoluto e a moça ao seu lado parece inquieta e deslocada, eu estou a encarando, eu acho.

–Desculpem, está é Hayley. É uma amiga da Katherine. – Damon fala meio corado e eu o encaro brevemente e olho outra vez pra moça.

–Muito prazer. Sou Elena. Trabalhei com a Katherine um tempo.

–Prazer Elena. Conheci Katherine na faculdade.

–Este é Kol. – apresento para ela que sorri de maneira simpática.

–Aqui está senhor. – o barmen volta com nossos drinks bem a tempo.

–Bem se nos dão licença... – falo e puxo o braço de Kol, entrelaçando o meu no dele. Damon olha diretamente pra este nosso ponto de contato e engole.

–Tem toda. – fala tão baixo que mal podemos ouvir.

–Até mais cara. – Kol fala e não posso deixar de notar o seu tom triunfante. Ele está adorando isso e de certa forma eu também. Veja Damon, eu posso seguir muito bem sem você.

Damos as costas e me sinto limpa a aliviada.

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–Ex namorada? – a moça ao meu lado pergunta depois que fico encarando Elena se afastar com o Kol.

–É. – digo simplesmente e me volto pra ela que serra os olhos pra mim.

–Deixa eu adivinhar... Ainda existe uma tensão entre vocês?

–Eu diria que é mais que isto. – ela sorri. – Ela está melhor sem mim.

–A com certeza, olha o cara que está com ela... Maior garanhão. – eu olho pra ela. Como assim? – Relaxa, seu segredo está a salvo comigo. – fico confuso.

–Que segredo?

–Aquele de que ainda ama ela. – bufo.

–Você falou como o Alaric.

–Bem, não é a toa que ele é seu melhor amigo. Ele percebe o que é obvio e você tenta esconder. – pisco pra ela.

–Agora falou como meu terapeuta.- ela sorri.

–Bem, acho que os dois são bons amigos então.

–Está indiretamente oferecendo uma proposta de amizade?

–Eu não diria assim. Apenas estou me exibindo pra você e mostrando como você é fácil de ler.- sorrimos – Mas amigos nunca são demais. E digamos que você não faz o gênero que tem muitos amigos.

–Não tenho mesmo.

–A gente pode mudar isso. – ela morde o lábio e me faz sorrir. Ficamos nos encarando e então eu ouço:

–Ela chegou. Preparem-se! –é Alaric que meio grita-sussurra e apaga as luzes da sala. Hora do show!

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Stefan e Katherine guiam Meredith até a sala e podemos ouvi-la se queixar das luzes apagadas até que Alaric as acende e todos gritamos: Surpresa!

Ela inicialmente parece surpresa e depois brava com ele, mas está estupidamente e compreensivelmente feliz. Recebe os cumprimentos de todos os seus amigos. Eu fiquei um bom tempo observando ela e Ric juntos. Ela veio até mim e Kol e depois eu também vi ela conversando com Damon, que por sinal não desgrudava mais da tal Hayley, ou era ela dele. Não importa!

Ficamos mais um tempo por lá e eu comecei a procurar Sofia. Tínhamos que ir até o restaurante do Matt.

–Temos que ir. – disse assim que a encontrei.

–Vamos esperar o bolo. Tem uma surpresa. - ela fala sorrindo e pisca pra mim. Vejo Heitor revirar os olhos.

Me pego olhando pra Damon outra vez e ele encontra meu olhar. Dura só uns segundos, mas quando estamos assim, olhando um pro outro, mesmo distante e por míseros segundos, é como se o tempo não andasse mais, nos perdemos um no outro.

Acordo com Alaric trazendo o bolo pra Meredith. Ela encara o namorado fascinada e Alaric pede silêncio.

–Bem, eu cansei de enrolar e também de esperar o momento certo, por que eu percebi que o momento certo é aquele que nós tomamos coragem. E hoje eu tomei coragem então... – todos estamos atentos. – Meredith, se você olhar atentamente para o seu bolo vai encontrar duas alianças, atreladas no arranjo. É uma proposta que venho tentando te fazer a tempos e eu realmente adoraria ver este anel em seu dedo.

Minha boca abre, me vejo encarando Damon outra vez e ele me encara. Nós sorrimos um para o outro surpresos. Ele com certeza não sabia o que o amigo tinha em mente.

–Aceita casar comigo? – todos ficamos em silêncio. Meredith olha pra irmã, Stefan está bem ao lado, sorrindo presunçoso. Acho que ele sabia de tudo.

–Aceito, é claro que aceito. – ela fala emocionada e todos nós começamos a aplaudir.

–Então apague estas velas logo. Faça um pedido.

–Não quero pedir mais nada. Já se realizou. – fala e faz Alaric corar. Todos sorriem e aplaudem enquanto os recém noivos se beijam.

Foi tudo tão legal e inesperado. Depois que a agitação passa e eu volto a falar e me despedir de Alaric e Meredith, bem como de Stefan, volto a procurar Sofia. É hora de ir.

–Nossa! As festas destes seus amigos em comum com Damon nunca serão normais? – Kol pergunta sorrindo e não consigo deixar de sorrir também.

–Acho que não.

Observo Sofia falando com o pai, tenho que me aproximar. Pelo menos ele está sem a outra por perto. Ela ficou falando com a Katherine e o Stefan desde que chegaram, e desgrudou mais um pouco de Damon.

–Temos que ir.

–Verdade. Pai você vai voltar pra casa de carro?

–Por que?

–Preciso ir a um lugar com Elena.

–Não posso te dar o carro esta noite. Tenho um compromisso agora com Rebekah. Ela me convidou pra um jantar.

–Ah pai, por favor. Você pode ir de taxi. Eu não quero ter que voltar mais tarde em um, fora que eu e Heitor vamos para direções opostas, mas se você deixar ele levar o carro, podemos ir direto pra casa mais tarde.

–Onde você vai?

–Quinta com a Armstrong. – Damon pisca.

–Eu também. – ele diz e eu reviro os olhos.

–Então Sofia, você vai com seu pai. Kol e eu vamos no carro dele. – Damon me encara e franze o cenho.

–Bem, já que vamos pro mesmo lugar, levo vocês.

Fica tudo certo assim, Kol e eu nos afastamos e nos despedimos como devido de Damon , Sofia e Heitor.

–Que coincidência! Quantos restaurantes tem na quinta com Armstrong? – Kol pergunta ligando o carro.

–Só um. – digo sem humor algum. Eu achei que minha noite iria ficar mais leve agora. Porém terei que continuar assistindo o Damon com mais uma mulher. Desta vez fica pior. Desta vez é a ex esposa dele. Um encontro? Ele está bem assanhado... De qualquer forma isso não é mais da minha conta. – Vamos!? – digo e Kol sorri avançando para a estrada.

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Notei o olhar e incomodo de Elena ao saber que eu iria estar com Rebekah esta noite. O destino parece querer pregar peça na gente. Depois de sairmos da festa de Meredith como se deve fomos ao restaurante e no caminho descobri que estávamos indo para o mesmo local e não só a mesma rua. Eu teria que continuar vendo Elena com Kol e essa ideia estava me matando. Eu estava tentando focar no que Rebekah tinha pra me contar neste jantar.

Heitor foi dirigindo e minha filha ao seu lado, eu fiquei no banco de trás tentando não pensar muito. Que noite!!! E ela está só começando...