Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 31
Intrigas


Notas iniciais do capítulo

Oi! É, eu não morri...
Meninas, eu poderia perder tempo, tentando explicar a demora, mas tudo se resume em UFPE. Me desculpem de verdade. Eu escrevi este cap aos poucos e ficou grande demais mesmo.
As novas leitoras, bem vindas e responderei os comentários de vocês assim que puder, as veteranas, mais uma vez desculpem e que fique bem claro que eu só atraso desta form grandiosa quando os motivos são semelhantes.
Agora quero agradecer as novas recomendações que recebi: Bia Villar, Lyah,Tanya,Ruby, Janaína Smoder. Obrigada pelas palavras e agora vamos ao cap que é isso que vocês querem.
VEJO VOCÊS NAS NOTAS FINAIS. ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282493/chapter/31

INTRIGAS

-Você não acha que eles estão demorando?

-Elena, fica calma. Você sabe muito bem que voos atrasam. Além disso, eu falei com Alaric antes do voo e está tudo bem, logo eles aparecerão no portão de desembarque.

-Não gosto de atrasos.

-Você aprendeu bem depressa com meu irmão. – ele brinca comigo.

-Stefan, Sofia confirmou tudo sobre o jantar de mais tarde?

-Eu já liguei pra ela Elena. – disse Katherine. O ruim de não ser mais assistente do Damon é que agora tenho que aguentar esta mulher no nosso pé a toda hora. – Também garanti a imprensa fora do almoço.

-Muito bem. – digo seca sem nem a olhar e Stefan solta um meio riso.

Os minutos eram intermináveis, quando finalmente há um movimento no portão e passageiros começam a surgir, não demora muito pra eu avistar meu namorado ao lado de seu amigo, sorridentes. Eles estão bem e a salvo.

-Pronto. Agora pode relaxar... – Stefan me diz sorrindo e vamos ao encontro dos dois onde eu recepciono Damon com um abraço apertado.

-Nossa! – ele sufoca – Alguém esteve com saudades. – diz sorrindo ao me encarar.

-Estava preocupada. – ele franze o cenho.

-Com o que?

-Estão atrasados. – sussurro.

-Ela estava enchendo o saco. – fala Stefan e eu o encaro mortalmente enquanto sorriem de mim, menos Katherine, o que é muito bom pra saúde física dela.

-Não seja malvado Stefan. Elena tem toda razão em ter medo que Damon suma no dia de seu aniversário. – Alaric brinca me olhando.

-Nem me lembre. Estou com medo de imaginar o que estão aprontando pra mim. – Damon reclama me olhando sugestivo enquanto começamos a caminhar.

Katherine conversa com Alaric e depois põe Damon a par de tudo sobre a empresa. Estou ao lado de meu namorado, caminhando com ele de mãos dadas. Vamos pra casa dele e depois ao almoço na Salvatore. Stefan e Katherine irão voltar pra empresa e Alaric para o seu apartamento.

Finalmente chegamos no carro onde Mason nos esperava e estamos sós enfim. Damon se joga no banco e afrouxa o nó da gravata enquanto me encara, em seguida me direciona um sorriso único. Alaric foi de carona com Stefan e Katherine.

-Senti sua falta. – diz acenando pra que eu me aproxime e logo estou abraçada a ele, com a cabeça em seu ombro.

-Também senti a sua.

-O que vocês duas estão aprontando pra mim?

-Prometi a Sofia que não falaria nada. Sobre o almoço, você já sabe. Apenas uma reunião simbólica com seus sócios e chefes de setores. Coisas corriqueiras.

-Todo ano esta mesma coisa. Eu só queria ficar no meu quarto o dia inteiro, agarrado a você, na minha cama. – ele diz apertando mais nosso abraço.

-Isso é muito doentio e grudento. – eu brinco e ele me olha pasmo.

-É mesmo? – sua voz está irônica – Achei que estava com saudades de mim.

-Estou, mas não para te prender em uma cama durante todo o seu aniversário. Você tem família, amigos. Pessoas que querem estar com você nesta data.

-Ainda prefiro você na minha cama. – diz fazendo bico. – Mas já que não tem jeito... Pelo menos um beijo descente de aniversário e boas vindas eu mereço. – fala sorrindo torto e eu não resisto, iniciando um beijo suave e cheio de carinho, as mãos de Damon sempre possessivas por meu corpo, logo despertam um desejo visceral em mim, desejo que começa a envolver a ambos e gemidos e mãos apressadas começam a deixar o clima no carro um pouco quente demais e eu me afasto. Damon resmunga.

-Odeio quando você faz isto Elena. – fala frustrado se afastando de mim.

-Não seja reclamão. Apenas não é o lugar certo.

-Claro. – ele bufa me fazendo sorri e em seguida ele mesmo não consegue resistir ao riso. Voltando a me abraçar ele inala nos meus cabelos e geme. – Nunca vou me cansar de você.

-Fico muito feliz ouvindo isto. – brinco e ele me agarra mais. Ficamos o resto do caminho em silêncio até chegar em sua casa, onde Sofia quase matou o pai pulando nele como uma gata manhosa. Distribuiu beijos, contou mil coisas. Eu não achei que ela tivesse tanto a contar em pouco tempo, mas realmente tinha.

Damon subiu para um banho e eu fiquei com Sofia resolvendo os últimos detalhes, o que Damon reclamou um pouco, alegando que a filha era muito boa nisso e minha ajuda era algo superfulo. Eu tinha que admitir que era verdade. Ela não precisou de mim pra quase nada e tudo já estava pronto e combinado. Quanto ao almoço na empresa, Caroline me ajudou bastante, ela também era muito boa e passou toda a manhã na Salvatore, para supervisionar o trabalho do Buffet, já que não teve expediente, achei que seria ruim pra ela trabalhar na folga, mas ela fez questão, muito disposta a ajudar.

...

-Eu queria muito que tudo isto acabasse logo. Estou cansado e quero estar com você a sós antes do jantar. – Damon está resmungando a horas, mas o almoço já está acabando.

-Você tem que parar de ser tão reclamão. Sempre fica de mau humor no seu aniversário? – pergunto em tom de repreensão.

-Só quando sou forçado a fazer coisas que não quero. – ele rebate torcendo os lábios como um menino mimado e isso me faz rir.

-Paciência meu amor. Já está acabando...

Ele revira os olhos e então eu noto Katherine ao nosso lado com um risinho, sugestivo, com certeza ouviu tudo. Eu a encaro mortalmente e quando ela encontra o meu olhar, se recompõe e olha em outra direção. Eu realmente não gosto dessa garota.

O almoço segue tranquilo, Damon recebe os cumprimentos e presentes disfarçando uma atenção forçada e me fazendo rir enquanto escutamos os discursos dos chefes de departamento que é uma babação sem fim. Ao lado de Damon está Stefan, que também parece se divertir com as expressões do irmão. Olhando o quanto ele admira Damon, eu me pergunto como reagiria sabendo toda a verdade. Afasto meus pensamentos quando Damon me toca no braço, chamando a atenção para ele.

-Você está bem? – me pergunta com olhar meio aflito.

-Sim. – falo sem jeito.

-Estava com um olhar tristonho e distante. Algum problema?

-Só pensando um pouco, talvez eu fale com você sobre isto mais tarde, mas por hora, vamos curtir o resto da babação. – ele sorri torto, mas mantém um olhar especulativo sobre mim, enquanto retoma sua postura.

Quando tudo termina, Stefan resolve dar uma carona a assistente de meu namorado e também a sua. Caroline me olha risonha e faz um sinal de “estou de olho nela” na direção de Katherine, me fazendo sorrir. Eu sempre acho que ela tem uma quedinha pelo meu cunhado, mas não é como se a Caroline falasse muito de sua vida pessoal.

Damon e eu estamos no carro e mais uma vez a sós.

-Mamãe e papai lamentaram muito não poderem vir, mas o papai te mandou um presente, que eu prometi só te entregar no fim do dia. – Damon franze o cenho.

-Por que tanto mistério? – dou de ombros, eu realmente não sei.

-Estou bem curiosa quanto a isto na verdade, mas ele me fez prometer. – explico e Damon fica pensativo.

-Bem, eu estava pensando e acho que podemos dar entrada naquelas passagens reserva ainda esta semana... – ele me olha de canto e estou o encarando entusiasmada. – O que você acha?

-Isto é sério? – pergunto risonha.

-Bem, acho que Stefan está mais que preparado e acredito que a empresa não irá falir em uma semana, pelo menos acho que é um bom tempo... – estou eufórica. – E então? Roma na quarta? – eu simplesmente pulo em seu colo dentro do carro o fazendo sorrir em surpresa e o beijo com todo o carinho que possuo.

-É maravilhoso amor. – falo ao me afastar.

-Isso é um sim?

-Claro que é. Acredito que Sofia irá amar a novidade. – ele sorri tímido e me beija novamente. Quando nos afastamos eu estou meio pensativa... Não é muito justo. E o dedo de Damon está no meio de minha testa, me chamando a atenção.

-Você sabia que eu odeio quando você enruga a testa? O que foi? – eu torço o lábio o fazendo piscar.

-É que é seu aniversário e você parece que acabou de me dar um presente e eu não acho isso justo, não hoje. – ele sorri com minha fala.

-Ora meu amor, eu darei presentes a você sempre que eu quiser, sem motivos, sem desculpas. E você tem que se acostumar com isso, porque eu detesto que façam bico sobre esse tipo de coisa. Eu gosto de mimar e quero te mimar, e muito. Além disso, faz um bom tempo que não tiro umas férias e bem... Não tem pessoa melhor pra me acompanhar e é claro, acompanhar minha filha. Sofia adora você.

-Certo. Você venceu. – digo vencida.

-Ótimo! Eu já estou acostumado com isso então... – ele sorri convencido e se inclina para me beijar, mas eu salto de seu colo e ele pisca confuso.

-Sem chances. Isso fica pra depois.

-Para com isso Elena, a pouco você...

-Exatamente! Você já teve sua exceção... Não se pode vencer todas. – falo sem o encarar e o noto perifericamente bufar frustrado, isso me faz soltar um risinho bobo e ele me encara incrédulo.

-Por que mulheres adoram provocar? – eu não respondo e após mais uns minutos em silêncio total, finalmente estamos na casa dele, são pouco mais de duas da tarde.

-Nossa Damon, você demorou. - Sofia nos encontra na entrada da casa, com um pacote em mãos.

-Hum... Que é isso aí? – Damon fala divertido e ela bufa. Eu apenas assisto a tudo sorrindo.

-Por que você sempre fica como um menino quando vou te dar um presente? – ela pergunta aborrecida enquanto o pai faz um gesto com as mãos implorando para que ela lhe passe o pacote.

-Seus presentes são muito criativos, eu realmente adoro. – Damon explica e continua insistindo com as mãos, Sofia rola os olhos e passa o pacote pro pai que dá um baita sorriso.

-Então acho que vocês realmente vão adorar este. É muito criativo, me inspirei nos livros que você me deu. – Damon a encara enquanto fala e eu estou curiosa sobre o fato de que “nós” iremos gostar. Sofia tem na face um riso malicioso, que lembra muito o do pai e a deixa muito divertida.

Damon abre o pacote e então ele franze o cenho. Em seguida encara a filha com espanto e ela sorri cheia de deboche, eu estou confusa. O que tem no pacote?

-Eu realmente acho que servirá mais pra Elena que pra você, mas com certeza os dois vão adorar. – ela explica maliciosa e eu cada vez entendo menos.

-Sofia... – Damon está perplexo, ele enfia a mão no pacote e começa a reclamar – O que diabos... – Damon para e ergue um par de algemas e mais um objeto estranho, é uma espécie de cordão, só que nas duas pontas há duas botas prateadas e ao meio, onde Damon está segurando, há um outro cordão, um pouco mais curto, quase como um suporte. Nunca vi algo assim. – Que espécie de presente é esse? – Damon encara a filha um tanto irritado.

-Um criativo oras! Não foi você mesmo que falou que adorava isso em meus presentes? A criatividade?... – Damon cerra os olhos. – Então... Você só precisa descobrir como usar isso com a Elena. Se precisar de ajuda eu posso te emprestar o livro na página exata da descrição.

-Você merece uma boa palmada sabia? – ele fala em tom divertido e me surpreende.

-Certo, vocês estão me deixando tonta. – eu sinalizo que estou ali e eles me olham risonhos. – O que foi tudo isso? O que é isso? Usar comigo? – Damon me olha e ergue a mão me pedindo um segundo.

-Você mocinha, muito encrencada. Me arrependo de ter ouvido a Andie e te dar aqueles livros. – Damon fala retomando o tom duro, mas Sofia ainda sorri. – E você, - ele me olha – te explico lá em cima. – fala e sorri.

-É Damon, explica direitinho, mostra também. – Sofia brinca e Damon dá um passo na direção dela que solta um grito fino e divertido e sobe as escadas fugindo do pai.

-Essa menina... Está impossível. – ele me encara e eu cruzo os braços impaciente... – Que? – ele dá de ombros em tom divertido, um riso tímido e malicioso na face.

-Me explica! – eu falo irritada e ele se aproxima...

-Você quer mesmo saber? – sua respiração está invadindo meu rosto e seu olhar me matando. Nossa! Como ele consegue?

-Damon... – eu gemo e ele encara minha boca e sorri se afastando.

-Vem! – fala me estendendo a mão, que eu seguro e juntos subimos pro quarto dele.

-Certo... Estou esperando. – eu falo assim que Damon fecha a porta do quarto, ele joga o presente da filha na cama e me encara começando a tirar sua roupa.

-Primeiro eu quero um banho com você. Daí eu explico pra que serve o presente da Sofia. Talvez eu até use com você um dia, mas como já te falei uma vez, eu não gostei muito do livro que eu dei pra ela. – ele fala se divertindo e estou mais perdida. Que livro?

-Damon... Não está ajudando... – ele revira os olhos e continua se despindo, devagar.

-Lembra que quando eu te machuquei você ficou brava e eu pedi pra você não se preocupar e disse que não era nenhum Christian Grey? – eu puxo na memória e lembro, então afirmo e ele morde o lábio e continua - Bem, eu dei a Sofia uns livros, só que antes eu li cada um, e só dava a ela depois de terminar. Li todos os três e bem... Esse tal de Christian tinha uma relação não tão convencional com sua amada. – o olho incentivando para que prossiga, ele bufa. – Ele era um sádico que se encantou por uma moça, que ainda era virgem e tal e além de a induzir neste mundo louco dele ainda a fez gostar de algumas coisas e uma delas eram aquelas duas bolinhas de jumbo que minha filha me deu.

Minha boca abre e Damon me encara sorrindo. Ele está só de cueca na minha frente e eu estou imaginando como funcionaria isso e provavelmente estou como pimentão.

-Mas não se preocupe amor. Eu não vou te pedir pra por as bolinhas na sua... – ele para e aponta sugestivo e me faz ofegar. Céus! É pra colocar na... Cristo! Como?  Dou um passo involuntário pra trás e Damon gargalha. – Amor, calma tá. Eu já disse que não vou fazer isso... Bem, se você quiser, um dia... – ele sorri malicioso e eu arregalo os olhos. – Tá parei, nada de bolas de chumbo.

-Nada de bolas de chumbo, - eu repito e ofego. – As algemas seriam para...

-Manter você bem quieta e não deixar você me tocar, nem se tocar. – ele termina explicando o óbvio e eu respiro descompassada. Alguém realmente pode aprender a gostar disso? Eu não sei. Nem quero saber... Quer dizer... É loucura! – Você vem comigo? – Damon acena pro banheiro e eu hesito. – Garanto que as bolas e as algemas não irão sair do pacote. – ele brinca e me faz sorrir.

-Se é assim...

Me levanto e o sigo até o banheiro. Damon começa a tirar minha roupa.

-Você não precisa disto aqui. – ele fala tirando meu casaco, o fazendo escorregar por meu ombro e cair no chão - nem disto, - começa a tirar minha blusa e beija meu ombro o que me faz arrepiar, enquanto se livra da blusa abrindo cada botão devagar, segue beijos por meu colo e seios me fazendo ofegar e tremer, de saudade e desejo. Ele joga minha blusa no chão e segue até o cós de minha calça e ao chegar lá ele para e me encara risonho. – e com certeza, você não precisa desta daqui. – Damon me beija e solta o botão de minha calça e a faz deslizar por minhas perna. Agora estamos só de roupa íntima e seguindo para o Box. – Eu senti tanto a sua falta quando estamos longe... Seja por segundos, horas, dias. É um tormento estar longe de você Elena. Como você fez isso comigo? – Ele está me pressionando contra a parede do banheiro e segue beijando meu pescoço enquanto fala.

-Não sei explicar. Mas eu te entendo, me pergunto o mesmo sobre você. – eu digo enquanto envolvo seus ombros e procuro seu olhar, quando o encontro selo nossos lábios em um beijo calmo e quente e logo depois eu sinto a água caindo sobre nós, ofegamos embaixo do jato que Damon acionou e estou cada vez mais prensada na parede, desejosa, entregue.

-Eu quero você na cama Elena, mas realmente não sei se posso resistir. – ele está ofegante, gemendo rouco entre os beijos, suas mãos apertando minha cintura, as minhas desengonçadas em sua nuca. Eu nunca vou poder descrever o que são os olhos de Damon me transmitindo desejo, amor, posse. É algo tão... Eu o amo demais.

-Eu quero você agora. – falo o encarando firme e ele para o olhar no meu por um segundo.

-Eu te amo. – ele diz simplesmente e eu puxo alguns fios de seu cabelo em resposta.

-Te amo. – falo e Damon me beija intensamente. Logo estamos ali, fazendo amor, matando as saudades um do outro como se estivéssemos a anos sem nos ver, quando foram apenas algumas horas, se você considerar que dias são compostos por horas.

Saímos do banho e resolvemos dormir um pouco. Damon ainda não teve tempo de descansar, eu tentei protestar em ficar com ele, já que provavelmente Sofia precisará de mim pra uma ou duas coisas sobre o jantar, mas ele estava insistente e manhoso demais pra negar, e digamos que eu já andei lhe negando muito no seu aniversário.

...

Quando a noite chegou nós estávamos todos reunidos para o jantar. Alaric trouxe a namorada que por sorte deixou a irmã em casa, não mereço ter que aguentar a fuça da Katherine aqui. Stefan chegou com a Caroline, eles parecem cada dia mais próximos. Andie também veio, ela trouxe um amigo com ela. Henric. E somos só nós, um jantar em família.

-Quantos anos mesmo hein Damon? 170? – Alaric brinca fazendo todos sorrirem.

-Talvez em intelectualidade. Mas é coisa que se nota a distância. – acho que rolar os olhos é algo coletivo. Que convencido!

-Acho que são vinte e nove Alaric. – acode Andie. – Se ele não mentiu a idade pra mim como mentiu pra imprensa. – ela sorri e Damon dá de ombros.

-Conselho do gênio ao seu lado. – Damon rebate se referindo a Alaric e faz Meredith sorrir.

Durante o jantar se seguiram gracinhas sobre a idade, conversas sobre coisas aprontadas por Damon, seu irmão e amigo. Foi realmente muito instrutivo pra mim, e divertido também. Estava sendo uma noite maravilhosa.

-Bem, gente. Já comemos, foi tudo perfeito graças a mim, mas vamos deixar de bla bla bla e partir pra sessão de presentes. – Sofia dita. – Tio Alaric, comece!

-Sim senhorita. – ele se ergue e segue até uma bancada perto dos sofás onde estão os presentes pro Damon. Estamos todos na sala. Ele segura o pacote com uma cara marota e entrega a Damon que recebe hesitante o presente e o abraço do amigo.

-Eu não sei porque estou com uma impressão ruim sobre este pacote. Depois do presente da minha filha eu realmente não sei o que esperar de vocês, sério.  – Damon fala divertido.

-Você é uma pessoa ruim de presentear irmão. - Acode Stefan.

-Nem me fala. – concorda Andie.

Caroline e Meredith continuam um tanto alheias as conversas, embora Caroline saiba tanto de Damon quanto nós, acho que está se sentindo um pouco deslocada, a pobre Meredith nem se fala, muito embora eu tenha certeza de que a irmã lhe falou uma ou duas coisas sobre o senhor Salvatore. E eu nem cito o amigo da Andie. Perdido define!

-Abre logo Damon. – Sofia praticamente grita.

Damon abre o pacote e dá de cara com uma camiseta, ele olha pra Ric e parece não entender nada, porém quando ergue a camisa exibe um sorriso ímpar.

-Não! – ele ofega e olha pro amigo com faíscas nos olhos.

-Você nunca mais foi a um jogo comigo. Perdeu a final do campeonato, então eu consegui este autógrafo pra você. – Damon pula do sofá e abraça o amigo como um menino que acaba de ganhar um doce.

-Oh! Que amor... – Stefan zomba.

-Vai se ferrar Stefan! – Damon rosna junto com Alaric.

-Ei meninos! Se comportem. – Andie fala risonha e Sofia está bem ao lado dela morrendo de rir. – Bem, hora do meu. – ela fala se erguendo. Pega um envelope e entrega a Damon, que a olha especulativo. – Abre! – ela fala. – Foi ideia do Henric, eu tenho que admitir que foi genial. Homens se entendem, eu nunca teria pensado em algo assim. Depois do presente do Ric então...

-Vai Damon, abre! – dessa vez foi Stefan. Todos estavam se roendo de curiosidade depois do discurso da Andie.

-Calma pivete, deixa de ser chato, eu vou abrir. – Damon fala abrindo o envelope e então ele gargalha. – Há, ingressos para o primeiro jogo da temporada dos Lakers. Cara eu já te adoro! – ele fala sorrindo pra Henric que sorri meio sem jeito. – Dá aqui um abraço. – Ele diz e o homem levanta e abraça Damon, que faz um gesto de socá-lo pelas costas e Andie fuzila ele com o olhar enquanto todos gargalham.

-Bem, este é o meu, com a ajuda da Caroline. – Stefan avisa enquanto se ergue pra pegar o seu. – É meio gay, mas ela disse que você gosta destas coisas e eu sei que você tem um lado gay dentro de você. – Damon fuzila o irmão enquanto Alaric gargalha.

-Palhaço, me dá isso de vez. Obrigada Caroline. – ele fala e a loira meio que arregala os olhos, acho que ele não é de falar obrigado com ela, e eu me lembro da primeira vez que ele disse isso pra mim, a distância. Foi demais. Damon abre o presente e é um quite bem sofisticado pra escritório, agenda eletrônica, abridor de cartas, canetas maravilhosas... Enfim, tudo de muito bom gosto. – Uow, você tem dinheiro pra isso? Quanto eu ando te pagando Stefan?

-Há há há, olha eu morrendo de rir. – Damon sorri faceiro.

-Bem, Mary, sua vez. - Alaric incentiva a namorada. Ela levanta tímida.

-Você fez sua namorada me trazer um presente? Alaric, você sabe que não era necessário.

-Na verdade, minha irmã fez questão. – ela defende. Claro que fez. Ela entrega a caixa e sorri envergonhada enquanto Damon lhe abraça.

-Obrigada! – ele diz e abre o embrulho. É um perfume.

-Uaul, eu queria mesmo esse. Ela acertou. – Damon fala sorrindo. E então é minha vez.

-Certo, eu tenho que dizer que eu estou bem ansioso pra ver o que você tem pra me dar amor. – Damon começa chamando a atenção de todos pra mim. Me arrasto até onde estavam os presentes, restam apenas dois pacotes o meu e de meus pais.

-Bem, papai me fez prometer que entregaria o dele por último.

-Quanto mistério. - Sofia rola os olhos.

-Pois é, eu mesma estou bem curiosa. – defendo-me.

-Não só você. – Alaric fala e encara Damon que sorri.

-Bem, o meu primeiro. – falo e entrego uma pequena caixa preta de veludo pra Damon que segura me olhando curioso.

-Hum... Abre Damon. – Sofia incentiva. Ele abre e dá de cara com uma aliança em ouro branco, me olha estranho e sorri perdido.

-Uma aliança? – todos me encaram.

-Está pedindo meu irmão em casamento Elena? – Stefan brinca.

-Que é isso amigo? Não tem iniciativa, não? – Alaric zomba.

-Ah , vão se ferrar vocês dois.

-Damon! – Andie e Sofia gritam fazendo todos sorrirem.

-E então amor, porque me deu uma aliança? – me pergunta meio ansioso.

-Bem, eu não sabia bem o que te dar, dai pensei como é injusto apenas eu usar um anel de compromisso enquanto seus dedos seguem livres de um. Então comprei um pra você. – explico esnobe e Damon sorri.

-Bem, falando em coisas justas... Seria muito justo então se você o colocasse em mim, não acha? – minha boca abre, isso não!

-Não! – eu falo e todos sorriem.

-Ué, eu coloquei o seu, assim você coloca o meu. Justo!

-Muito justo. – diz Alaric.

-Põe logo Elena! – Sofia fala. Eu suspiro, não posso contra Damon, imagina contra todos ao redor. Retiro o anel da caixa e vejo Damon piscar pra Alaric. Eu mato ele. Coloco a aliança em seu dedo anelar direito e ele sorri.

-Hum... Agora sim, tudo muito justo. – fala sorrindo e se inclina pra me beijar.

-Tá na forca outra vez irmão. Você gosta mesmo disso hein?

-Dessa vez é definitivo. Três é demais. – Damon brinca e me faz corar. Pra sair da situação eu parto logo pro presente do meu pai. Não estou aguentando de curiosidade também.

-Este é o do papai. – eu falo e passo outra caixa de veludo, um pouco maior e azul, pra Damon.

Ele segura e há uma tensão no ar. Quando Damon põe os olhos no conteúdo da caixa seu queixo cai e a cor se vai de seu rosto. Ele tomba caindo sentado no sofá.

-Nossa! – ele ofega, eu me assusto. Todos ao redor reagem ao movimento dele e ao meu, que me ponho ao lado dele no sofá.

– Que foi? – ele me olha incrédulo e sem fala.

-Ele me deu mesmo isso? – seu olhar é uma mistura de medo e ansiedade, estou começando a ter medo do que meu pai possa ter aprontado.

-Sim, deu. O que foi? – eu suplico assustada e Damon não responde.

-Alaric. – ele chama o amigo que se aproxima e passa pra ele o presente. Ric tem exatamente a mesma reação que Damon.

-Não brinca. – ele ofega.

-Dá pra vocês dois pararem com isso! – Stefan pede irritado.

-É pai, tadinha da Elena, ela está assustada e nós também, vocês estão malucos? O que tem aí afinal?

-Uma insígnia. – Alaric sussurra.

-Uma o que? – Sofia pergunta confusa.

-Insígnia? – Stefan fala já se erguendo do sofá e indo pra cima de Alaric.

-Do campeonato de 89. Quando ele derrubou o alemão. Cara foi a vitória da glória pra ele. Eu não acredito que ele me deu isso. É tipo melhor que o troféu dele. – Damon está deslumbrado.

-Caramba! – Stefan fala ao prestar mais atenção na peça.

-Do que eles estão falando? – Andie pergunta a Sofia.

-A Elena é filha do Grey Dogs, lembra dele? O Damon é fanático por este cara.

-Ah, o jogador de xadrez, eu lembro. Ele me falava muito sim. Nossa Elena! Que coincidência. – ela fala sorrindo pra mim.

-Pois é. – falo meio tímida.

-Amor você tem que me lembrar de ligar pro seu pai amanhã. Damon fala olhando pra mim e parecendo sair de seu delírio, ele sorri como criança e me faz relaxar.

-Claro!

Bom, o resto da noite seguiu com risadas, falação sobre o presente de meu pai, até que chegou no assunto Salvatore e Andie se foi, levando Henric com ela, Caroline voltou pra casa com Mason, pois Stefan quis ficar com Alaric conversando com o irmão algumas coisas, já que com a nossa viagem na quarta, Stefan ficará a frente da Salvatore.  Meredith e Sofia e eu ficamos fofocando na cozinha, comendo alguns docinhos, até que Alaric surgiu para levar ela pra casa que parecia bem exausta. Ela nos explicou que tinha saído de um longo plantão antes de vir.

Voltamos pra sala e nos despedimos dos dois. Ficando apenas nós quatro na casa, Sofia, Stefan, Damon e eu.

-Tio, o senhor vai dormir aqui , certo?

-Sim, Sofia eu vou.

-Aguenta maratona de Dexter comigo? – ela pergunta empolgada.

-Nada disso senhorita. – Damon intervém. – Amanhã você tem que passar no colégio bem cedo, comigo, vamos renovar sua matrícula e ver como anda seus documentos e passaporte. Viajamos na quarta e só temos amanhã pra agilizar tudo.

-Bem, não é minha culpa se você decidiu de última hora essa viagem.

-Ah, você está achando ruim, pode ficar se quiser...

-Golpe baixo Damon! – a garota reclama.

-Deixa de ser chato. Despertador serve pra que? – Stefan intervém.

-Sabe, eu fico receoso de deixar a empresa nas mãos de um quase eterno adolescente. – Damon rebate em tom hostil.

-Tá bem, parou os três. – eu falo intervendo. – Você, deixa de ser tão grosso, - falo pra Damon que franze o cenho. – você e você – digo pra Stefan e Sofia que sorriem pra mim. – Não mais que duas horas de TV.

-Certo, mamãe. – Stefan brinca e eu rolo os olhos.

-Tá vendo Damon, é disso que você precisa: pulso firme. Obrigada Elena. Boa noite pra vocês dois. Vem tio. – Sofia fala e puxa Stefan que apenas sai sorrindo e acenando com a mão pra mim. E Damon os encara perplexo e depois me olha, eu diria um tanto bravo.

-Nem, começa. Não é nada demais, eles verem um pouco de TV.

-Não pode falar assim comigo na frente da Sofia, ela já tem problemas em me obedecer e você ainda me desautoriza?

-Damon, eu não vou discutir, apenas queria que a noite acabasse, pra gente poder subir e dormir, mas se você quer ficar ai discutindo, que seja com a escada. Boa noite! – dou-lhe as costas e ele fica paralisado, mas depois o ouço me seguindo escada acima. Logo estamos em seu quarto e começo a me despir. Quero um banho e cama.

-Sério Elena, não faz mais aquilo. – ele insiste.

-Está bem, eu não faço. – falo querendo por fim a discussão. – Me desculpa. Você vai tomar banho?

-Não com você. – ele fala amuado e dou de ombros terminando de me despir.

-Como quiser. Eu já volto. – entro no banho e Damon realmente não me segue. Tomo uma ducha rápida e quando estou saindo ele passa por mim só de toalha e calado e começa a tomar o seu banho.

Começo a remexer em minha bolsa, procurando minha camisola, ainda não tomei a decisão de trazer algumas coisas minhas pra casa dele, como ele fez no meu apartamento, eu acho que seria muito marido e mulher, é a casa dele e da filha e eu não posso entrar na vida deles assim, embora eu esteja cada vez mais dormindo aqui, não estou pronta pra isto. Retiro tudo o que preciso, cremes e minha roupa, visto a calcinha e ainda de toalha começo a pentear os cabelos, antes que eu termine, Damon sai do banho, envolto na toalha, vai até uma cômoda e saca de lá uma cueca e a veste por baixo da toalha e por fim se joga na cama e fica me encarando, eu finjo estar alheia enquanto termino de me pentear e ele apenas me observa. Quando termino eu pego o creme e me livro da toalha ficando apenas de calcinha, eu realmente queria ver a cara dele agora, já que fiquei de costas pra ele, mas antes que eu possa processar qualquer ideia eu sinto suas mãos em minha cintura me fazendo pular.

-Deixa que eu passo em você. – ele fala ao pé do meu ouvido e segura o creme em minhas mãos. Eu apenas solto o frasco em resposta e Damon me solta e enche a palma de uma das mãos com o creme e começa a distribuir em minhas costas, a sensação gelada do creme contra minha pele quente me faz vibrar, ele começa a massagear minhas costas depois que se livra do frasco, inicia uma deliciosa massagem, ele para, retoma o frasco e volta a sussurrar junto ao meu ouvido. – Vem aqui, deita na cama que fica melhor. – ele pede e me guia com a mão até a cama onde eu deito de bruços. Damon senta ao meu lado na cama e então começa a passar creme por meu quadril e pernas, como que não estou vendo onde ele vai me tocar, cada contato de sua mão contra a minha pele me causa arrepios. Ele novamente inicia uma massagem por minhas pernas e quadril até que eu noto sua respiração mudar e ele meio que geme pra mim: - Vira! – sussurra rouco e ao virar, meus olhos encaram os seus, são puro fogo no meio de um oceano azul brilhante. Ele está lindo assim, me desejando. Lentamente ele toma mais creme nas mãos e começa a passar por meus seios e colo, ventre, eu fecho meus olhos e suspiro, pois tudo fica mais intenso assim. Ele segue massageando e espalhando o creme até percorrer todo o meu corpo.

Quando tudo está terminado, Damon me encara e então começa a tecer beijos por todo o percurso que suas mãos fizeram em mim. São mordidas, lambidas, chupões, tudo numa tentativa bem sucedida de me deixar alucinada e sem controle de minhas emoções, estou reagindo aos seus beijos, arfando contra seu corpo e gemendo incoerente enquanto o ouço rugir baixo de desejo por mim.

-Odeio qualquer tipo de discussão com você. Mas as vezes você me tira do sério com essa sua personalidade. – ele reclama contra minha pele e entre uma respiração agitada.

-Você é ranzinza.

-E você é ousada.

-Você não gosta?

-Não o tipo de ousadia de a pouco. Não a repita. – ele termina a frase me olhando firme e apertando minha coxa com força, uma força bem empenhada, que me faz gemer. Doeu.

-Não começa a me machucar. Isso doeu.

-Me desculpa. – ele rebate de imediato e suaviza o tom. – Eu não sei lidar com a raiva.

-Terá que aprender. – eu falo o olhando e ele não responde, apenas se aproxima de mim e cola nossos lábios em um beijo possessivo, bem ao seu estilo, me tomando e me desarmando totalmente. Eu nunca poderei lhe resistir.

-Quero tentar uma coisa, mas eu realmente não sei se vou conseguir. – ele fala ao meu ouvido e me deixa alerta. – Você não vai precisar dela. – fala e antes de qualquer assimilação despedaça o único tecido que cobre minha pele, me livrando da calcinha. É intenso e inesperado e me faz arfar.

Sem delongas Damon começa a me estimular com seus dedos, enquanto agarra minha nuca e me beija sem descanso. Estou perdida, em sensações, gemendo e querendo ele cada vez mais. Damon penetra o dedo em mim e geme ao meu ouvido com o novo contato. Segue beijando meu maxilar, pescoço, passa por meus seios e os suga com vontade, um de cada vez, nunca parando de mover o dedo dentro de mim, me tirando do chão e me deixando na borda. E eu gemo, rendida. Seus beijos descem mais, seguem para meu umbigo, depois passeia a língua por toda a minha cintura e desce mais, está descendo e chegando na minha virilha, ele hesita, dá um beijo em cada lado e desce, mordendo e lambendo a parte interna de minhas coxas. E eu entendo tudo. Céus, ele vai mesmo fazer isto? Mas ele não gosta!

Devagar Damon retira o dedo de dentro de mim e aperta minhas coxas, eu o encaro, seu olhar no meu, ele sorri de maneira enigmática e volta seu olhar pro meio de minhas pernas e mais uma vez brinca com meu clitóris me fazendo, gemer e fechar os olhos em apreciação, me jogando nas almofadas ainda mais. Escuto sua respiração acelerar bruscamente com minhas reações e então eu o sinto lá. Sua língua está trabalhando em mim, tímida, devagar, quente e molhada. Jesus! É cortante e enlouquecedor.

-Damon... – eu não consigo processar outra coisa e isso simplesmente escapa de minha boca. Ele continua e aumenta a ousadia a cada vez que me recontorço e sussurro pedidos incoerentes, enquanto finco as unhas no colchão. Sua língua penetra fundo em mim e eu elevo o meu quadril enquanto grito. Sim! Eu gritei e foi algo inevitável. Damon sai de sua posição e avança contra meus lábios, depois de me silenciar ele cola nossas testas e me encara.

-Seja mais silenciosa. – ele ofega e eu gemo, rebolando involuntariamente embaixo dele.

Implacável Damon retoma o que faz e parece estar gostando de me ver me contorcer e agora, tentar conter os gritos, meus gemidos são quase torturantes de se ouvir e ele está cada vez mais intenso contra mim, sua língua mais inquieta e precisa, me empurrando, me fazendo subir e subir. Eu não aguento mais.

-Hum... Dam... Ah!!!  - ele não cede, não hesita mais. E eu estou destruída, vibrando e gemendo. É muito intenso. Damon desfruta de seu feito, ele para e me admita enquanto meu orgasmo toma conta de mim. Ele me faz gritar quando de repente, me invade e está dentro de mim, me preenchendo com seu membro. Cristo! Ele quer me matar.

Damon rebola lentamente, prolongando a sensação pós orgasmo e devagar começa a ganhar um novo ritmo, desce a boca contra meus seios, e morde, chupa, aperta. Sua respiração contra mim é quente e envolvente, estou totalmente suada, colada contra ele. As estocadas ganham força e mais ritmo e por Deus, eu começo a sentir tudo em meu baixo ventre voltar a se contorcer. Finco minhas mãos em suas costas e quadril, pedindo por mais e ele atende, no seu limite, não podendo mais se conter, ganha um ritmo frenético contra mim que me faz subir outra vez e quebrar junto com ele num segundo orgasmo esmagador. Dois! Ual! Não é o meu aniversário. Damon termina ofegante, sai de dentro de mim e se joga na cama. Suado, extasiado. Seus braços me envolvem protetoramente, ele está trêmulo. Seu coração parece que a qualquer momento irá saltar pra fora de seu peito.

-Isso, foi... – ele tenta – Você tinha razão. Dar prazer é tão bom quanto sentir. Você é deliciosa Elena, como eu nunca poderia imaginar ou descrever. Você é meu melhor presente. Sério! – ele me beija em admiração e fica me fitando. Ali olho no olho eu decido que a noite não acabou. Eu quero mais, muito mais. Subo em seu corpo e o faço me encarar aturdido.

-Minha vez. – falo sorrindo e ele ofega surpreso.

-Não precisa. – ele diz rindo sem jeito.

-Eu quero. Você não? – provoco falando perto de seus lábios e o beijo antes que me responda. Desço por seu queixo e pescoço.

-Eu quero... – ele ofega. Sigo por seu peito e não demoro a o sentir reagir contra meus toques.  Ele geme, e eu estou no céu. Ele é todo meu. É como um prêmio, que nem sei se mereço.

-Eu te amo demais. – sussurro contra sua pele e ele geme baixo, rendido. Sem forças pra responder. Descendo meus beijos encontro meu objetivo, finco fortemente minhas unhas em suas coxas o fazendo arfar.

-Cristo! Elena, devagar... – ele pede e eu estou com ele em minha boca. Damon se contorce contra mim, agarra minha nuca, geme mais alto. – Ah... Elena... Devagar. – ele repete, e estou chupando, lambendo, indo mais profundo e duro contra ele. – Caramba Elena... é muito. – o sinto erguer seu tronco e o observo por cima do olhar, sua expressão me faz sentir ainda mais no controle. Realmente estou no controle, ele está fora de si. Afunda novamente contra as almofadas. – Ah... Eu vou gozar. Elena! – eu o sugo com mais força uma última vez antes de sentir seu gozo em minha boca, ele vibra embaixo de mim, suas mãos passeiam em meus ombros desgovernadas e suadas. Eu me ergo e o encaro. Seus olhos estão fechados e ele está sorrindo, me sinto vitoriosa.

-Eu te amo mulher. Te amo demais. – ele fala ainda sorrindo e de olhos fechados, me jogo ao seu lado na cama. Agora suados e cansados, apenas silenciamos. Depois de um tempo Damon me agarra e me faz virar e estamos de conxinha. Ele puxa o lençol e nos cobre até a cintura e afunda o nariz contra meus cabelos. Não sei quanto tempo levamos para adormecer. Não foi muito.

...

-Aquela mulher me mata. Sério.

-Na minha opinião, ela está te fazendo mais homem. Onde já se viu? Não praticar sexo oral...

-Eu não gostava ué.

-Sinto que a Elena tem muito mais fibra e fogo que a Rebekah e a Andie.

-Apenas eu não pude conversar sobre isso com Elena antes dela tentar. As outras eram cientes de meus costumes na cama.

-Suas frescuras de menino virgem na cama você quer dizer.

-Não torra Alaric.- ele sorri erguendo as mãos em rendimento.

-Mas me conta, você gostou?

-Deixa de ser alcoviteiro.

-Ué, você que vem me fazer fofoca, agora me dá os detalhes.

-Foi... Diferente e gostoso. Uma nova sensação... Ela é perfeita, em tudo.

-Hum. Cara você está muito ferrado. Totalmente dependente dela. – ele gargalha.

-Cala a boca!

-Eu sempre estou no comando... – ele tenta me imitar o palhaço. – Até parece. Dá-lhe Elena!

-Realmente não sei porque ainda falo dessas coisas com você...

-E com quem mais você falaria? Pelo menos sem ter que pagar pra isso? Você é caso de terapia.

-Deixa de ser palhaço. Está tudo certo com a documentação das duas?

-Sim, tudo em ordem. A sua também por falar nisso. Onde elas estão?

-Fazendo compras pra viagem. – ele rola os olhos.

-Mulheres... Fazem compras pra viajar, dai viajam e compram e na volta pra casa enchem as malas de adivinha o que!?

-Compras! – dizemos juntos e sorrimos.

-Na Salvatore tudo certo?

-Meu irmão pode ser meio moleque, mas ele dá conta. Está tudo certo.

-Falando em irmão... E Elena?

-Ela está trabalhando sem parar na produção dessa turnê, não a vi mais, ela também não ligou.

-Ainda está na cidade?

-Sim, ela falou que avisaria quando fosse embora.

-Hum... Elena voltou a te pressionar sobre contar pro Stefan?

-Não! Nem fala.

-Mas você sabe que eu concordo com ela não é?

-Sei Alaric, mas ainda não estou pronto pra isso.Deixa eu sossegar um pouco. Quem sabe na volta dessa viagem.

-O quanto antes Damon. Depois da volta da Rose, você já deveria ter aprendido que o passado não fica escondido por muito tempo.

-É, eu sei.

...

-Então a troca foi um sucesso?

-A pessoa me garantiu, trouxe as fotos e um vídeo me mostrando como fez tudo. Já estão substituídos.

-Ótimo!

-Eu soube que ele vai viajar com Elena. Roma. Stefan vai assumir a empresa até ele voltar. Sua filha também vai.

-Que tocante. Uma viagem em família. Ele realmente sabe ser patético.

-Eu diria esperto. Uma viagem pra Roma com uma mulher como Elena...

-Sinceramente Elijah, eu não sei o que você vê nela... É lambida e meiguinha e docinha demais, é muito inha e muito eca nela. Nojo!

-Você é uma recalcada Rose.

-Uma recalcada que você amou muito.

-Pelo menos você sabe conjugar bem o verbo. Amei. Passado.

-O Damon diz a mesma coisa. Acontece que eu só precisei de um momento com ele a sós e...

-Acontece que o Damon não sabe a doente sociopata que você é. Ele ainda é ingênuo o bastante pra achar que seu distúrbio só vem do vício.

-Bem, o que posso fazer? Ele ainda é envolvido.

-Burrice, com alguém como a Elena por perto, eu nunca mais sequer lembraria de você.

-Tá Elijah. Cala a boca. Você me enjoa com a conversa: Elena a santa. Agora vamos pra outra parte do plano.

-Que seria...?

-Você!

-Eu?

-É!

-O que quer de mim agora?

-A irmã já voltou como combinamos?

-Sim, a umas semanas.

-Bem, já tiramos os remédios dele, agora temos que tirar a razão. Ele se agita, o coração se agita, tudo gira ele sufoca e... Enfarte a vista. Pra isso eu preciso de você. E da irmã também.

-Explique!

-Se eu bem conheço o Damon ele deve estar escondendo de sua donzela as coisas sobre a chara dela. Tudo que você tem que fazer é atrair sua santa até você. Com a desculpa de que pode contar coisas sobre o Damon e sobre essa nova Elena que o está rondando, coisas que ele não contaria. Elena pode ser uma songa monga, mas ela sabe que Damon esconde coisas e se eu estou certa, ela está louquinha pra descobrir mais sobre ele, seu passado e toda a bagagem maluca que ele carrega.

-O que tenho que fazer?

-Enquanto eles estão nesta viagem romântica, consiga com suas fontes o telefone dela e o do Damon também. Vamos jogar discórdia entre eles. Fale que quer conversar com ela, a deixe curiosa, você tem argumentos pra isso, sabe que Damon esconde coisas dela. Você sabe exatamente do que estou falando. Ele é previsível e nós sabemos o ler muito bem. Vamos jogar com o ciúme dele e a curiosidade dela. Dois mais dois...

-Ela vai esconder dele.

-Ele vai suspeitar. Vamos apimentar com sms anônimas e tudo vai se encaixar. Elena vem te encontrar. E quem sabe, com a dosagem de veneno perfeita, Damon venha a ver este encontro.

-Você não presta.

-Fale com a irmã. Diga para ela estar atenta e se a songa a procurar, pra sondar algo, passe a ficha do que ela precisa dizer a Elena. Nada pode dar errado. E se tudo der certo, um enfarte é o mínimo que poderemos causar.

-Entendi.

-Consiga os números e vamos jogar um pouco.

-Pode deixar. Vai ser muito fácil.

-Eu sei.

...

-Estão prontas? – Damon pergunta pela milésima vez da porta. – Não podemos atrasar. – homens...

-Já saindo...

-Por favor Elena, Sofia, você estão indo a um aeroporto, ficar presas por horas num avião, sentadas em uma poltrona, não precisa de tanto assim...

-Tá pai, já entendemos. – Sofia rola os olhos enquanto termina a maquiagem e eu estou colocando uns brincos.

-Eu vou sair, pra relaxar ele, já terminei, não demora! – sussurro pra ela e recolho minha bolsa.

-Elena... – Damon insiste da porta e quando eu abro ele respira. – Céus! Que demora!

-Sofia já está terminando. Eu vou ligar pra Bonnie mais uma vez antes de sairmos. Ela vai ficar dando uma olhada no apartamento pra mim.

-Você pode fazer isto do carro enquanto vamos para o aeroporto. – ele rosna – Sofia sai desse quarto.

-Ai que saco Damon! – a garota grita e surge na porta. – Eu termino no carro. – Fala passando por nós como um raio.

-Obrigada! – Damon grita pra ela que já está no caminho das escadas. – Vamos logo! – ele me olha e me dá a mão e seguimos Sofia.

Na sala Alaric nos espera pra levar pro aeroporto. Damon liberou Mason e Stefan está na Salvatore, já assumindo seu novo posto nesta semana.

-Você vai precisar que eu te deseje sorte? – Alaric debocha olhando a cara fechada de Sofia.

-Eu prefiro paciência. – responde Damon e eu reviro os olhos.

-Digo o mesmo. – Sofia rebate e Damon trava ao meu lado.

-Certo. Vamos logo Ric? – eu acudo antes que eles decidam começar a terceira guerra mundial.

-Por favor... – Alaric sorri divertido.

Todos nos dirigimos pro carro dele.

-Não sei como seu carro coube tanta mala, essas duas estão levando a casa de cada uma nessas coisas. – Damon reclama do banco do carona, enquanto eu e Sofia o ignoramos.

-Elas irão voltar com o triplo, é bom você preparar um carro de carga pra volta. – eles sorriem debochando.

-Vocês são tão engraçados... – Sofia reclama.

O caminho até o aeroporto é de pura provocação, mas no fim acaba todo muito se divertindo e muito bem humorados. Chegamos quase na hora do embarque, só dá tempo fazer os registros necessários, malas e tudo mais, peso e toda aquela protocolada chata. Damon quase desespera por que ficou tudo no limite do tempo. Na hora do embarque Alaric se despede de nós duas e por último do amigo.

-Pode me ligar na hora que for, quando precisar. Você sabe. – ele diz sério.

-Eu sei. – Damon revira os olhos.

-Cuidado. Volta com as duas inteiras e veja se você sobrevive a elas. – Damon sorri.

-Farei o possível. – eles se abraçam.

- Te cuida!

Então nós embarcamos. No avião Sofia divide a poltrona com um rapaz até bem interessante pra idade dela e parece que suas horas no voo não serão tão tediosas. O rapaz logo mostra interesse na tecnologia do celular dela e os dois então tem muito a conversar. Damon parece incomodado com a nova relação da filha e eu me divirto tentando manter os ânimos.

-Já vi que essa viagem não vai me fazer relaxar. Eu não posso tirar os olhos dela um segundo que ela já me arruma dor de cabeça. – ele rosna.

-Damon, que dor de cabeça? Eles são jovens tem interesses em comum e você queria o que? Que ela ficasse ignorando o rapaz feio uma estatua todo o voo?

-De preferência... – ele fala encarando o jovem casal ao nosso lado. Seguro seu rosto e o faço me encarar.

-Eu odeio aviões e adoraria que você me fizesse companhia. Acho que eu não estou me sentindo muito confortável. – ele pisca e me encara de maneira diferente.

-Está se sentindo mal? – eu minto.

-Um tanto enjoada.

-Quer tomar alguma coisa? – seu tom é ansioso e preocupado. Eu só quero distraí-lo para que o voo seja tranquilo e não aja atentados contra vidas de jovens a bordo.

-Não. Só fica comigo abraçado. – falo manhosa e me aconchego em seu peito. Ele está tenso.

-Elena, se está passando mal...

-Eu vou ficar bem, só preciso ficar quieta e logo passa. Talvez eu até durma.

-Tem certeza? – ele pergunta acariciando meus cabelos, sua voz mais suave e ele amolece. Isso!

-Tenho sim. Fica comigo. – eu falo e me aperto mais em seus braços. Damon segue fazendo um carinho gostoso e vez ou outra me encara especulativo, preocupado, depois de um tempo ele acalma e acho que nós dois pegamos no sono.

...

Quando acordo é com Sofia me agitando o ombro. Damon se move ao meu lado e o rapaz se despede de Sofia com um beijo no rosto. Ela me encara risonha enquanto o pai continua apagado do meu lado. Nosso voo foi sem escalas e estamos em Roma finalmente.

-Trocamos número de celular, e-mail. Ele é um fofo! – fala animada – Embora eu ache que ele estava mais interessado no meu celular. Homens. – eu sorrio pensando que mal sabe Damon a filha que tem. Uma garota muito esperta.

-Ele vai ficar em Roma? – pergunto.

-Sim! Talvez dê pra marcar pra sair, sei lá. Acha que dá pra convencer o Damon de em alguma noite dessa semana cair na noitada de Roma?

-Talvez. – sorrimos uma pra outra e Damon se remexe e nos calamos, pois ele por fim acorda.

-Chegamos! – eu falo e ele me encara perdido.

-Tudo bem? Se sente melhor? – ele está ainda preocupado e me deixando culpada.

-Estava se sentindo mal Elena? – Sofia pergunta com olhos pidões.

-Eu estou bem. Não era nada demais e já passou. Só precisei dormir. – explico e eles parecem suavizar.

-Eu apaguei. – Damon reclama e encara a filha especulativo. – E você? Teve um voo tranquilo? – ele pergunta olhando ao redor, como quem procura algo.

-Sim. Muito. – Damon cerra os olhos.

-Onde está o rapaz que estava com você? – pergunta curioso.

-Já desembarcou. E é o que nós devemos fazer também. Se não quisermos voltar pra Nova Iorque. – ela revira os olhos e eu abafo o riso. Nossa! Essa viagem vai ser bem cansativa, se depender destes dois.

...

Chegamos no hotel e logo fomos instalados. O quarto da Sofia é bem ao lado do nosso. Inicialmente Damon queria um apartamento com dois quartos, pra manter Sofia embaixo de seus olhos, mas eu argumentei que talvez não fosse uma boa ideia, já que não éramos muito discretos a noite. E ele concordou com quartos separados, o que Sofia me agradeceu.

Chegamos em Roma no final da tarde. Então não programamos nada para o resto do dia. Apenas nos instalamos, tomamos um bom banho, descemos pro jantar e voltamos pros quartos para dormir. Mesmo dormindo no voo estávamos exaustos, ainda mais a Sofia, que nem relutou, imagino que ela tenha passado o voo inteiro acordada. Amanhã sim nós tínhamos vários planos. Damon queria ir até o Vaticano assim que fosse possível,mas estava fascinado em percorrer algumas ruelas de Roma e apreciar a arquitetura, desfrutar das massas e vinhos. Um roteiro bastante romântico, eu confesso que não o imaginei neste estilo. Mas é claro também tínhamos que seguir o roteiro Sofia. Lojas, compras, moda. Seria um dia cheio. Então apagamos na cama.

Na manhã seguinte sou acordada por meu celular.

-Alô!

-Elena!?

-Sim, quem é?

-Elijah Mikaelson. – sério?!

-Como você tem meu número?

-Isso não importa muito agora. Precisamos conversar.

-Não mesmo. Da última vez que nos falamos você me ofendeu.

Damon se remexe na cama e resmunga, eu modero a voz e levando devagar. Não quero que ele acorde e muito menos que me ouça falando com este imbecil.

-Eu peço desculpa por isso, mas realmente preciso conversar.

-Muito fácil pra você. Eu nem sei porque ainda estou te escutando. Seja lá como conseguiu meu número se livre dele e não volte a me ligar.

-Damon te contou sobre a Elena? – eu travo. Como ele sabe sobre ela?

-O que você sabe sobre isso?

-Garanto que muito mais que você. Ouça Elena, eu sei que eu sou meio esquentado, me irrito e acabo falando o que não devo, mas sei reconhecer e voltar atrás. Olha eu realmente gosto de você e prezo sua amizade, adoraria que pelo menos merecesse isso de você.

-Você demonstra isto de maneira estranha. Me agredindo.

-Eu sei que não justifica, mas eu fico fora do sério. Eu não suporto ver você com o Salvatore. Elena ele mente pra você. Te esconde coisas. Ele mente sobre tudo e pra todos. Mente pro irmão e pra filha, pras ex esposas, por que acha que elas o deixaram? Elena, Damon é uma pessoa perigosa, você não o conhece. Não como eu. Você está na vida dele a dois segundos Elena, eu conheço desde o colegial. Posso te contar coisas que tenho certeza que ele nunca vai deixar você saber e quando você descobrir, talvez ele já tenha feito um estrago muito grande na sua vida.

-Cala a boca Elijah. – Eu sei o que você está tentando fazer. Tudo o que sai da sua boca destila veneno. Você sempre teve inveja do Damon. Você é obcecado por ele. Você o persegue desde o colegial porque ainda não superou o fato de que a Rosalie te trocou pra ficar com ele. Você não sabe perder.

-Ah! Então ele te contou sobre Rose e eu? Claro, o conveniente a ele. O que ele te disse? Que eu o persigo por conta de um namorico de colégio? Por favor Elena. Sabemos muito bem quem é o doente da história. Quem tem paranoia e mania de perseguição, quem é inseguro e ciumento. Não sou eu. Rose me deixou, acabou. Foi um amor juvenil. Agora Damon não supera nada, não esquece nada. Todo o seu passado ainda está presente na vida dele e o deixa ainda mais louco do que é. Você sente. Ele já te machucou? – eu travo outra vez. Mas que droga é essa. Como ele sabe disso? – Elena!? – ele insiste. – Ele te machucou não machucou? – eu não respondo. – Vou entender isso como um sim. Eu só preciso conversar com você. Você só tem que me ouvir. Se não quiser acreditar em mim tudo bem, só me deixe ficar tranquilo e te falar tudo o que eu sei. Te abrir os olhos. Assim você saberá melhor como se defender. – eu estou sem reação. Eu conheço o caráter de Elijah. Ou melhor ele não tem nenhum, mas eu não posso negar que ele sabe coisas demais. Coisas que eu quero entender.

-Elena!? – eu pulo com a voz de Damon atrás de mim e imediatamente desligo o celular. Puro reflexo.

-Damon... – acho que estou tremendo.

-Quem era? – ele aponta pro telefone.

-Engano, eu já esclareci. – digo evitando seu olhar e passando por ele, voltando pra cama. Ele fica onde está e se volta pra mim confuso.

-Eu acordei com você gritando. – não achei que estava. Que droga!

-A pessoa estava insistindo que eu era alguém que não sou e eu acabei me irritando. Não tenho bom humor pela manhã. – ele me olha descrente.

-Você está pálida. – merda! – Uma ligação errada te deixou agitada e nervosa?

-Não Damon. – sorrio amarela – Eu me agitei um pouco pela insistência da mulher e eu estou assim por que acho que ainda estou me sentindo mal, não sei.

-Mas você disse que estava bem ainda ontem. – ele está mordendo o lábio e me encarando feio.

-Eu sei, mas. Damon, eu acordei de supetão pela ligação, me agitei, deve ter me feito mal. Sei lá Damon. Pra que tanta insistência nisso? Foi engano. Pronto! – e estou gritando. Damon me olha incrédulo e eu ofego, ele avança na minha direção e segura meu rosto com as mãos.

-Olha amor, eu não sei quem te ligou, o que disse. Mas essa ligação te deixou agitada. Te fez mal. Então se foi algum tipo de ameaça, ou coisa assim, me conta! Olha no meu mundo isso é bem normal. Você é minha namorada, todo o país sabe e quem sabe até o mundo. Sou conhecido internacionalmente e tenho inimigos. Eu só não quero que você me esconda nada desse tipo, ou sobre qualquer coisa. Pode me contar tudo. – seu olhar é firme no meu, eu engulo e retiro suas mãos de minha face as segurando nas minhas.

-Eu já disse que foi só um engano. Falei a verdade. Eu sempre falo a verdade pra você e quero que faça o mesmo comigo sempre. – ele pisca e eu travo. Maldito Elijah, de alguma forma as coisas que ele me disse me fizeram soltar esta frase. Ora Elena, não caia no jogo dele.

-Eu não minto pra você. – ele fala em tom duro.

-Não disse isso.

-Seu tom sugeriu.

-Damon, pelo amor de Deus, não vamos começar o dia assim. Eu me aborreci com uma mulher maluca, me senti um pouco tonta, mas já passou e não quero entrar em uma espécie de discussão maluca com você logo pela manhã. Por favor. – ele suspira e se afasta me dando as costas.

-Eu vou tomar um banho. Acorda a Sofia pra mim, por favor. Aprece ela para o café. – ele fala sério e some na direção do banheiro e eu respiro.

Eu não posso deixar Elijah vir e bagunçar com a minha cabeça. É exatamente isso que ele quer. “Ele já te machucou?” Essa frase não me sai da cabeça. Momentos tão íntimos assim, ele só poderia saber se eu ou Damon contasse e a menos que eu estivesse sofrendo de um surto de personalidade dupla eu não o contei e duvido que Damon tenha feito. Tudo isso sugere que não foi a primeira vez que aconteceu e de alguma forma Elijah soube desse comportamento estranho de Damon. Será que já aconteceu com Rose? Pare de pensar sobre isto Elena. Pare! Você e Damon estão se entendendo. Você o ama e sabe que ele te ama. Você sente isso.

Mas só isso basta? Não Elena. Basta!

E a confiança...? Damon não se abre comigo, isso é difícil, eu já sei. Eu queria que ele tivesse a confiança de me contar tudo sobre ele. O que aconteceu. Há uma nuvem escura em cima da cabeça dele, uma nuvem que de uma hora para outra o torna outra pessoa. Há algo nele... Ferido, ressentido. Que não consegue confiar, acreditar. Se abrir. Eu sinto, eu sei. Mas se ele me ama ele deveria sentir que pode me contar tudo, que eu não vou o abandonar, que eu o amo. Ele deveria confiar em meu amor e em minha lealdade ao que sinto por ele.

Tem algo errado!

...

Isso foi muito estranho. Nunca vi Elena tão nervosa, ou agitada. Como se tivessem dito algo que a deixou em choque. Ela pode tentar, mas ela não consegue esconder que algo a incomoda e não é só uma confusão boba de engano de ligação. Mas por que esconder de mim? Será alguém atrás dela? Chantagem? Cobrança? Mas eu disse, ela tem que me contar, deve me contar. Tem que confiar em mim. A menos que o que ela queria é esconder algo de mim...

Não Damon. Para! Usa esta água que está caindo na sua cabeça pra clarear e esfriar suas ideias. Deixa de pensar besteira. Você sabe o que acontece quando você coloca besteira demais na cabeça e você não quer machucar a Elena. Você ama a Elena.

Você a ama!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem gente este é o antipenúltimo cap da primeira temporada. E o penúltimo e último serão do mesmo gênero. Tipo: Enorme!!!!
A boa notícia é que vai dar pra postar eles nos dias do carnaval. Daí a segunda vai seguir aqui mesmo tá, eu vou refazer a sinopse e só.
Beijos!
espero que tenham gostado. ^^
p.s: vou responder todos comentarios de vocês e responder as perguntas.