Dark escrita por Clara Nascif, Rafaelle Guimares


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pelo cap pequeno, o próximo será BEM melhor. Boa leitura.



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Eu estava pronta. Pronta para pegar minha moto e sair por ai. Iria atrás, daria volta no mundo, afinal eu tinha tempo. Já havia me despedido do Clewbert, estava pronta para subir na moto e parti.

-Marina – Ouvi o Clewbert me chamar. – Tenho algo a te mostrar. – Ele segurava um papel e vinha em minha direção. – Sei que não tenho como te impedir, então vou te ajudar. Aqui, seu pai havia descoberto algumas propriedades do Cond. – Peguei o papel. Tinha um mapa e varias pontos, em cada ponto uma media de anos. Na cidade onde minha mãe havia morado tinha uma media de  1943-1963. Exatamente o tempo que ele ficará aqui. Exatamente o ano que ele foi embora. Procurei o ano que estávamos. Confiando naquele mapa, ele estava longe.  –Onde achou isso?

-Seu pai me mandou em sua ultima carta, disse que se um dia o Cond voltasse a interferir era pra eu procurar todos os meios de impedi-lo. E isso era todo o que ele sabia. As datas foram resultados de investigações deles, nada especifico. É um começo. Espero que ajude.

-Obrigada Clewbert. –Guardei o papel em minha bolsa. Liguei a moto. – Deseje-me sorte.

-Não se esqueça de me mandar noticias.

-Eu ainda vou voltar. – Sai a mil. Não sei quanto tempo demorei a chegar, mas parei em um posto rodoviário, na entrada da cidade e peguei um daqueles mapas que diziam “você está aqui” de acordo com o mapa,havia uma mansão que ficava no final da cidade. Peguei a moto e acelerei, cheguei lá em uma hora, a casa estava toda fechada, e com uma placa de vende-se na entrada. Uma vizinha observava pela janela.

-Com licença. Quem morava aqui?

-Um senhor, muito estranho, mas ele já foi embora. O que você quer?

-Nada. Ele é um velho conhecido meu. Você sabe para onde ele foi?

-Ouvi ele falar algo sobre Boston. Não tenho muita certeza. Ele não era muito sociável.– Desdobrei o mapa, é Boston estava no ‘roteiro’ do Cond.

-Obrigada.

Peguei a moto, mais uma longa viajem. Boston era uma cidade Grande e eu precisaria de tempo para encontrá-lo. E Pensar direito no que iria fazer. A Viajem foi longa, muito longa. Estava feliz de ter chegado, principalmente, por que sabia que estava perto dele. Parei em um hotel. Por um momento, todos me olhavam. Desci da moto e olhei ao redor. É seria difícil, mas não impossível. Eu não iria desistir. Tirei o capacete e a chave. Peguei minha mochila. Na recepção havia um menino lá com seus 20 anos.

-Quero um quarto.

-De casal ou de solteiro?

-Solteiro?

-Tem certeza? Posso te acompanhar. – Eu me apoiei no balcão e o puxei pela gola da camisa.

-Tenha mais respeito garoto, você não sabe com quem brinca. Pensei duas vezes antes de falar, posso não ter muita paciência. – Ele perdeu a cor, eu deveria esta apertando de mais. O soltei. Ele pegou um formulário.

-Preencha aqui, por favor. – Ele falava limpando e massageando a garganta. Preenchi. -Quarto 258

-Obrigada. – Peguei a chave e subi. Duas longas viagens em pouco tempo. Entrei na internet comecei pesquisar sobre Boston, joguei o nome do Cond lá, mas não deu em muita coisa. Claro, ele era esperto, deveria mudar o nome conforme mudava o lugar. Pesquisei mansões, em Boston tinha algumas, mas em lugares inapropriados para pessoas anti-sociais. Pelo visto, eu iria passar um bom tempo ali, pretendia descobrir o que ele fizera com minha mãe e acabar com ele, lentamente. Precisaria de uma escola e de um ‘disfarce’ Faria o jogo dele. Pesquisei alguns colégios, em lugares perto de onde ele poderia estar. Eu iria fundo nisso, eu era capaz. Achei uma, era cara, mas dinheiro não era problema para mim. Me fitei no espelho. Realmente, eu estava muito parecida com minha mãe, os mesmos cabelos, os mesmos olhos, mas ainda tinha uns traços do meu pai. Meu pai, eu nunca o vi, só nos falávamos por cartas, e então ele faleceu. Até isso o Cond me tirou. Ele iria pagar. Não importa o quanto demorasse. Não importava, eu tinha uma eternidade pela frente. 


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