Two Days escrita por SuAmortentia


Capítulo 3
Consequencias vs Um Jogo


Notas iniciais do capítulo

Esse povo da fic ficando mais bipolar, mas tudo bem, culpe a "prisão" que estão. Espero que gostem!



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Julieta P.O.V

Olhei para ele, curiosamente, enquanto pensava nas consequências do jogo. Quando havia dito que seriam minhas regras, isso significava nenhuma regra, e o rumo que aquilo tudo tomaria seria algo desagradável (depois, claro) e tudo o que eu queria agora era ganhar o jogo.

–Você pode começar - ele olhou um pouco surpreso, provavelmente achando que eu iria pedir para ir primeiro. Seria melhor logo saber como ele iria começar tudo isso, para saber suas estratégias... – escolho consequência, de qualquer maneira.

– Interessante escolha – ele olhou para mim, pensativo mas ao mesmo tempo com alguma certeza do que iria escolher, enquanto seu olhar parecia percorrer de cima a baixo, fazendo com que eu me perguntasse mesmo se deveria estar fazendo aquilo. Digo, mal o conheço e mesmo que ele seja extremamente gostoso e eu não tenha certeza no que isso vai dar, é arriscado, porém, antes que eu terminasse a linha de pensamento, ele me interrompeu – você poderia parar de pensar e apenas se soltar, você sabe.

–Quem disse que eu estou pensando?

– É quase impossível não notar você planejando algum tipo de estratégia . Só não sei sobre o que. Espero que não seja sobre o jogo, porque estou bastante determinado á ganhá-lo... Não importa o que eu necessite fazer para que isso aconteça.

–Venha com seu melhor para mim – pisquei, um sorriso decidido tomando meus lábios. Ele não poderia ter feito melhor jeito de me fazer ter certeza que iria ganhar aquilo do que quando instigou meu lado competitivo. Oh, Hori, vai ser extremamente divertido jogar com você...

– Tudo bem, eu já decidi o que eu quero. Pode ser qualquer coisa balanceada não? – acenei com a cabeça e ele logo continuou – bem, chupões. Sua consequência e desafio, querida, é deixar alguns interessantes em mim. Você decide quantos, mas espero que estejam bem visíveis enquanto nós estivermos aqui.

Pisquei, olhando confusa para ele, crendo que ele estava brincando. Seria impossível que ele realmente tivesse me pedido para deixar chupões nele. De onde uma pessoa tiraria uma ideia dessas? Porém, quando o encarei ele parecia estar se divertindo com minha expressão como se perguntando “Eu já ganhei o jogo então?”. Não tão cedo, querido...

– Bem, á seu pedido, Hori – ele pareceu um pouco surpreso, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, aproximei-me dele, beijando-o enquanto minhas mãos iam para seus cabelos e aproximava-o ainda mais de mim. Beijei-o lentamente, até sentir que seria o suficiente para um começo. Parei e olhei em seus olhos, que pareciam quentes orbes âmbar e isso apenas me animou para continuar.

Desci meus lábios pelo seu queixo, indo até o pescoço, onde o mordia ligeira, enquanto minhas mãos desciam até a barra da camisa dele, e com um olhar questionador dele - que mesmo assim ajudou – tirou-a e por mais que não devesse, não conseguiu segurar um suspiro. Realmente, uma ótima visão para se começar o dia. Passei os dedos delicadamente pelo abdômen dele, enquanto um sorriso vinha aos meus lábios.

–Você não acha que é o suficiente? – perguntei, com a voz levemente rouca, enquanto via os olhos dele inflamarem.

– Eu não vi nenhuma marca em mim, e é isso o que falei como consequência – o sorriso no rosto no meu rosto, como se fosse possível, aumentou ainda mais. Aproximei nossos rostos, enquanto o arranhava levemente, e dei um selinho, afastando-me novamente e sentando normalmente.

–Sabe... Nunca fui boa em deixar marcas, e não acho que seja agora, mas você vai ficar com a marca das unhas ai um tempinho e está válido não? – ele olhou para si mesmo e pode ver as marcas vermelhas dos arranhões. Eu acreditava que não ficariam nem um dia direito, mas seria quase impossível dar mordidas simplesmente por dar. Eu não era uma vampira ou algo do tipo, então, acho que é compreensível.

–Está tudo bem então, você fez o que pôde - sorriu, enquanto passava a mão pelos cabelos, ajeitando sua postura no lugar – acho que agora é a sua vez, certo? Como já deve imaginar, eu escolho consequência.

Olhei para ele, pensativamente, pensando no que eu queria que ele fizesse. Algo que eu não perdesse o controle, ou algo do tipo. Perder um pouco de controle não fará mal, uma parte do meu subconsciente tentava convencer, mas se não, tente tirar proveito para ver mais desse corpo glorioso dele. Pensando nisso e vendo que ele estava apenas de jeans, uma ideia ótima surgiu em minha mente.

– Eu serei mais boazinha que você, porque não sei até onde sua habilidade se estende, certo? Bem... Você pode tirar uma peça de roupa, e tem que ser aqui mesmo e ficar assim durante a manhã inteira. Pode agradecer mais tarde pela minha bondade.

Um sorriso se espalhou pelo rosto dele, malicioso e triunfante, como se ele já tivesse ganho o jogo, e isso não me agradou muito. O que eu havia feito demais? Ele se levantou e de costas para mim tirou o jeans, fazendo com que eu ficasse boquiaberta. Ele usava uma boxer que deveria ser proibida pelo modo como aderia à parte traseira dele. E deve aderir a da frente também... Balancei minha cabeça, quando ele se sentou ao meu lado novamente, e olhei para o teto.

–O que foi? Está com vergonha de olhar? Nunca viu um homem só de cueca? – o tom dele era provocante e quase tentador. Acho que não foi a melhor ideia ter escolhido isso, não? Ele estava atrás e agora está na frente, péssima jogada, Julieta.

– Eu já vi, sim, porém, não é porque eu pedi para você ficar seminu que eu queira ver algo ai – mas todos sabem que você quer, não adianta mentir.

– Da próxima vez – ele se aproximou, murmurando no meu ouvindo, fazendo com que eu sentisse sua respiração ali – escolha algo que você não vai ficar envergonhada... Porque se não, em uma próxima jogada sua, vai acabar constrangida demais para terminá-la.

Virei meu rosto para o dele, olhando-o zangada. Quem era ele para falar isso para mim? Oras, aquilo era um jogo sim, e um que eu queria muito ganhar como qualquer outro que impusessem, porém, não é como se eu permanecesse uma garota com um pouco de decência que eu não fosse continuar. Eu não iria desistir tão fácil, muito menos por uma bobagem como vergonha.

– Isso nós veremos. Acho que nosso jogo acabou por aqui mesmo. Tenho que terminar minha leitura e agradeceria se dessa vez você não me interrompesse – peguei o livro e os óculos e sentei-me ali, acomodando-me e recomeçando a ler, enquanto ele se levantava.

******

Estava quase terminando o livro e pelas minhas contas já estava quase na hora do almoço. Olhei ao redor, procurando onde Hori estava e não vi nenhum sinal dele. Marquei em que página parei e tirei os óculos, levantando-me e comecei a procurá-lo.

Andei até a porta do banheiro, não o tendo visto em nenhum outro lugar ali – a não ser que ele tenha realmente se escondido, o que eu duvidava – e vi que ela estava aberta. Vendo que estava destrancada, entrei ali e vi o chuveiro ligado.

–Não acredito que além de imbecil, ainda deixa o chuveiro ligado. Depois o mundo acaba e perguntam o porquê - andei até lá e desliguei o chuveiro, mas com o azar, minha blusa não saiu impune e acabou molhando um pouco. Bufei, e sai do box, andando até a saída do banheiro, mas como não era o meu dia, escorrego em alguma coisa no chão e antes que eu possa ver, alguém me ajudou. Alguém que eu poderia até imaginar quem seria.

– Veio me ver tomando banho? Sinto ter que decepcioná-la dessa vez – olhei para ele e vi que ele estava com o cabelo molhado e com uma toalha amarrada na cintura, enquanto seu corpo parecia realmente mais bonito que antes.

– Quantos banhos por dia você toma mesmo?

–Não tanto quanto eu acho que será necessário tomar esses dois dias para disfarçar – ele tossiu, e olhou para mim, que estava olhando um pouco confusa, mas quando entendi, mesmo não querendo, senti-me corar – como eu já disse, mulher extremamente animável.

– Eu ainda estou com raiva – murmurei, saindo do banheiro e voltando para o sofá, vendo que ele estava me acompanhando. Quando finalmente me sentei, olhei para ele e soltei a pergunta que me veio a cabeça para mudar o clima um pouco - quando vamos comer?

–Acho que eles vão trazer algum tipo de carrinho, ou uma mala, sei lá. Só sei que morrer de fome, nós não vamos. Se quiser ir lendo ou dormindo enquanto isso, porque parece que a comida só chega quando você não está por perto para ver.

–Tudo bem – murmurei, me esticando no sofá, vendo-o levantar uma sobrancelha – estou cansada ok? Pode não parecer, mas esse jogo é mais cansativo para mim do que eu esperaria. Principalmente desde que é com um idiota.

– Não fique brava – ouvi-o murmurar, enquanto fechava os olhos e mesmo assim, pude senti-lo sorrindo – estamos apenas começando.



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Notas finais do capítulo

HUSHAUSHAUSHAUSA, familiar, familiar. Espero que tenham gostado, não esqueçam de deixar reviews.