Depois do que havia feito com Julieta, Hori havia decidido voltar para o quarto e até mesmo no momento que chegara lá um sorriso estava no seu rosto. Ele poderia ter vontade apenas de fazer sua pequena tortura de qualquer jeito, mas fazê-lo suavemente, quase aproveitando tanto quanto ela fora decididamente a melhor escolha a ser feita, pelo menos era o que pensava.

Sentou-se no sofá e ficou olhando para o teto, pensativo, repassando o que havia acontecido naqueles dois dias. Ouviu o barulho da porta e viu que Julieta estava entrando, sorrindo e ela mostrou o celular em uma das mãos, parecendo extremamente feliz.

– Musica – explicou, e se sentou ao lado dele, enquanto pegava o fone na bolsa que tinha jogado ali. Ofereceu o fone para Hori, que aceitou. Ficaram algum tempo ouvindo algumas musicas, quando repentinamente ela pulou do sofá, puxando tudo junto e tirou o fone. Colocou o celular do lado, enquanto Hori ainda a encarava confuso.

– O que foi? – ela, não tão delicadamente, puxou a mão dele e olhou nos olhos dele, com uma surpreendente diversão.

– Você vai cantar essa musica comigo, mesmo que não saiba, o que eu duvido, porque Karla deve ter te feito ouvi-la um milhão de vezes. E eu adoro cantá-la. Não canto bem, mas é extremamente prazeroso quando bem acompanhada – depois disso, deu play na musica e surpreendentemente, Hori pode ver que realmente a conhecia.

You can't trust a cold blooded man

Girl, don't believe in his lies

Can't trust a cold blooded man

He'll love you and leave you alive

It's one thing you must understand

You can't trust a coold blooded man

Os olhos dela o desafiavam, enquanto um sorriso abria-se lentamente. Se é isso que ela quer, é isso que darei á ela. Com um sorriso, puxou-a para si, sentindo-a mexer com o ritmo da musica, enquanto aproximava seu rosto do dela e cantava sua parte.

Can't trust a cold blooded woman

Boy, don't you lie in her bed

You can't trust a cold blooded woman

She'll love you and leave you for dead

It's one thing you must understand

You can't trust a cold blooded woman

Julieta sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo quando o ouviu cantando (n/a: voz sexy, por favor) e quase inconscientemente, seus pensamentos flutuando como sempre ocorria quando ouvia aquela musica, deslizou a mão até o pescoço dele e puxou-o ainda mais, como se qualquer distancia fosse desnecessária.

And all the times I stayed and wonder why

Are to blame

And all the times that I'm reminded by

I'm ashamed, oh yeah

Hori apenas podia observar os lábios dela se mexendo, mas algo queria que aquela musica acabasse logo. Talvez fosse o ritmo que parecia estar trazendo á essas imagens vida e com Julieta assim tão perto, não parecia muito difícil realizar, realmente.

You can't trust a cold blooded lover

You can't trust a cold blooded slave

You can't trust a cold blooded other

In the end they'll just drive you insane

There's one thing you must understand

You can't trust a cold blooded

Can't trust a cold blooded

Woman(man)

A musica acabara e alguma outra tocava ao fundo, mas nenhum deles se importava realmente. Mantinham o contato visual e parecia que não seria quebrado tão cedo, se dependesse de algum tipo de escolha. Na verdade, era quase difícil, mantê-lo, já que seus rostos estavam tão próximos, mas de alguma forma, pareciam travar alguma batalha pelos olhares. Ficaram assim por alguns instantes, mas parecerem fazer um acordo entre eles.

Hori foi quem fez o primeiro movimento, finalmente a beijando. Aquele beijo tinha, definitivamente, algo diferente. Tinha desistência e alivio dos dois, mas também parecia como se todo aquele desejo que fora acumulando naqueles desejos finalmente explodisse de uma só vez. Talvez por isso, sem parar o beijo, aproveitavam para tocar cada parte que estava ao alcance, aproveitando a sensação sem precisar se segurar.

Quando pararam, ainda estavam fazendo a rápida exploração que estavam fazendo com as mãos, Julieta, com a ajuda dele, prendeu suas pernas ao redor da cintura dele* ,o mesmo foi andando para trás, até esbarrar na cama (que era, afinal o seu destino) e virou inclinou-se na mesma, fazendo com que ela deitasse ali. Com um sorriso divertido, puxou-o para um beijo, mas ainda com os lábios nos dele, pode ouvi-lo cantar, ao ritmo da musica que tocava ao fundo (n/a: celular legal).

– Are you mine? – e a resposta, ambos sabiam, viria á maneira deles.

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Nota da Autora-Infartante:

*Coloquei isso aqui porque parece meio impossível eles, em pé, ela prender as pernas ao redor da cintura dele (porque todo mundo fica acostumadinho aos personagens fazerem isso quando estão deitados), mas é sim. Usem da imaginação e vão ver que a autora não estava querendo apenas deixar Julieta parecer preguiçosa.

OK,NHIUFGHGDFIUGHDSIUHSIUHDSU, DEPOIS DESSA EXPLICAÇÃO MARAVILHOSA, TENHO QUE CHORAR. Ok, não vou chorar, mas quase. Eis o quase-final. Porque não tem uma decisão óbvia, pelo menos para mim, no que escrevi. Apenas um destino óbvio do que irá acontecer, mas isso todo mundo sabia que ia acontecer desde o primeiro capitulo, certo?

Preciso falar que eu sou uma das pessoas que ficam extremamente “drogadas” com essa musica? Por isso escolhi (Lice que me indicou ela faz um tempo, então, obrigada Lice s2). E além disso, homens com vozes sexys cantando na situação que estavam é algo que me soa extremamente... Sedutor? É. Novamente, realizando sonhos.

E a fic está acabando. Isso ai é mais uma prova disso. Mas fiquem calmos. Ainda tem mais dois capítulos... E o final vai estar sofrível, porque o que imaginei, eu sofri até a minha alma, para vocês entenderem. Apeguei-me demais aos personagens, acho.

Enfim, até o próximo capitulo! Espero que gostem desse(não gostei muito dele também não, não sei se foi por ele ser pequeno demais, mas enfim, conta a intenção, certo?).