- Nossa Kame, que cara é essa? – Pergunta Jin, ao ver Kame entrando em casa correndo e com uma expressão muito preocupada.

            - Vocês não imaginam o que aconteceu... – Respondeu aparentemente cansado de tanto correr.

            - Desembucha de uma vez... o que houve? – disse Nikki, que já conhecia aquela família bem o bastante para saber que ele não estaria tão preocupado por pouca coisa.

            - A nossa faculdade... Foi interditada...- todos na sala ficaram atentos a notícia – parece que houve um problema de infiltração, que pode causar o desabamento da ala norte...

            - Nãooooooo! A ala norte é onde a gente fica nos intervalos, ou quando não temos aula, ou simplesmente não queremos assistir as aulas, eu gosto tanto daquele lugar – reclama Jin se mostrando altamente indignado.

            - Calma Jin, isso não é o fim do mundo – diz Nikki que tentava não demonstrar, mas também estava chateada com a situação, como todos os outros ali presentes, menos YunHo e Jaejoong, que não entendiam muito o apego deles com a ala norte...

            - Claro que é! Aquele lugar, aqueles bancos, fazem parte de uma tradição, a Kaw o Yesung e o Ryeo assinaram quando entrarão na facul, assim como eu, você, a Cah e o Kame, ou você esqueceu da promessa que fizemos lá?

            - Eu não esqueci – disse ela em um fio de voz, ela não gostava das reações exageradas do Jin.

            - Então mostre que você está chateada, preocupada, ou sei lá o que, mas mostre alguma reação – Jin não gostava quando ela tentava esconder suas emoções, ou seja, quase sempre.

            - Ei, acho que as reações são diferentes para cada um – falou Kaede-san, e todos na sala concordam – então agora vamos escutar o que mais meu sobrinho tem a dizer.

            - Obrigada tia, bem eles vão ver se conseguem salvar, e enquanto isso nós vamos estudar, se segurem que essa é a pior parte – nessa hora todos ficaram apreensivos.

            - Kame, larga a mão de ser lerdo e fala de uma vez – exclama Kaw, já sem paciência.

            - Tá bom, nós vamos estudar no colégio Sorafune.

            - Queeeeeeeeeeeee? Além de tudo vamos estudar com crianças? – Kaw fala isso indignada.

            - É o colégio cedeu a metade que eles não estão usando já que agora é só para segundo grau.

            - PARA TUDO!!! – disse Cah levantando do sofá – como assim “vamos estudar” Kaw??  Por acaso você veio para ficar?

            - Droga era pra ser surpresa TT_TT, é verdade sim e o Yun e o Jae vão ficar também, eles também estão no último ano.

            - Ah que legal mais gente pros nossos intervalos – falou Yesung, que adorava lugares com bastante gente.

            - Eu fico muito feliz que você vai voltar Kaw – disse Kaede-san – já sabe onde vocês vão ficar?

            - Não muito bem, eu vou continuar na minha casa com a minha família, e os meninos vão ficar em um hotel até acharem um apartamento – respondeu.

            - Pois bem, porque os dois não ficam na casa da piscina, lá é bem confortável, e garanto que agora como ainda estão sem emprego, é meio ruim pagar um hotel, não é mesmo? – Yun e Jae concordam – lá tem tudo o que vocês precisam quarto, banheiro ,cozinha, mas eu ficaria muito feliz se vocês se juntarem a nós nos refeições.

            - Muito obrigada Kaede-san, nós estávamos realmente preocupados sobre como iríamos fazer – disse YunHo.

            - De nada, meus filhos adoram visitas, bem meninos e meninas agora eu vou me retirar porque eu tenho um compromisso essa tarde.

            - Tchau Kaede-san – disseram todos.

            - Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu – grita Cah e todos olham pra ela – a Kaw voltou – nisso ela corre até a Kaw e a abraça, depois Jin também abraça, mas não sem antes puxar a Nikki, logo todos da sala estavam em um abraço coletivo.

            Olá, aqui é o narrador, demorei a aparecer hoje né? Acho que é por ter chamado a autora de louca...

            (N.D.A: Ainda bem que você sabe¬¬)

            Enfim, eu voltei para narrar os novos acontecimentos. Carla estava muito feliz, porque sua amiga estava de volta. Seu coração também estava aos pulos por saber que Jaejoong o homem que só de olhar a fazia sentir-se muito estranha, estaria morando ali, na casa que era praticamente grudada com a sua. Isso sem falar no fato de que nesse exato momento estar indo junto com seus irmãos e seus amigos para o colégio para conhecer o lugar aonde iam estudar, só que nesses momentos a Cah lembrava o porquê se não gostar muito (melhor dizendo, nenhum pouco) de ir a colégios ou escolas onde tinham pessoas mais novas que ela, pra ser mais exato, ela não gostava de ver meninos mais ou menos 2 anos mais novos que ela, eles faziam com que ela lembrasse do seu irmão. Depois de todo esse tempo isso ainda a machucava demais, ainda mais por saber que não conseguiria achá-lo, já que a família que o adotou mudou o nome dele e apagou todos os meios possíveis para encontrá-lo.

            - Chegamos – disse Ryeo quando chegaram a um colégio muito bonito com pavilhões de mais ou menos quatro andares cada, uma área enorme para esportes, com piscina e tudo mais.

            - Quem diria logo quando tínhamos saído daqui, só deu para aproveitar 6 meses na faculdade – Jin reclamou, mas logo mudou de expressão – será que alguém lembra da gente?

            Todos se olharam sem saber responder, então nesse momento resolveram observar de longe uma pequena reunião que acontecia no meio da arquibancada. Olhando aquele grupo fazendo típicas brincadeiras de adolescente Kame exclama:

- Vida ingrata!

            Que tal usarmos mais uma das vantagens do narrador e saber o que está passando naquela “reunião”?

            - Vida ingrata! – exclama Ana que tem 16 anos (aliás como todos os presentes nessa reunião) é uma menina super simpática, alegre, mas é meio possessiva – não acredito que nossa escola vai ser invadida por universitários.

            - Nossa Ana, por que todo esse ódio? – perguntou Taemin, um menino que adora esportes e é bastante conhecido no colégio.

            - Ahhh eles se acham tanto ...

            - Ana, não seja assim, alguns deles devem se salvar – disse Sunny ela é coreana, chegou ao Japão a três anos e virou grande amiga da Ana e dos meninos aqui presentes e uns perdidos pela escola.

            - É Aninha, não generalize – falou Henry, um menino muito fofo de bochechas enormes, que toca violino muito bem.

            - Hum OK vou te dar uma chance pra eles – Ana disse isso, mas não parecia satisfeita – Ei cadê os outros meninos?

            Bem, agora a reunião não vai trazer muitas informações importantes, por isso, vamos voltar aos nossos universitários.

            - É gente, vamos passar muito tempo por aqui...- disse Yesung não muito feliz.

            Depois de algum tempo, Jin chamou a atenção de todos.

            - Povo, o que houve com a Cah?

            Nesse momento todos viraram para a cerca onde ela ainda estava olhando aquele pessoal conversando. Vendo isso Ryeowook foi até ela, ele sempre ouviu os problemas de sua irmã.

            - Cah vamos pra casa?

            - Wookie – ela o abraça – não consigo parar de imaginar como o Ryuma deve estar agora -  depois de falar isso ela cai no choro, soluçando compulsivamente.

            - Wook, nós vamos indo na frente – grita Yesung.

            - OK, nós já alcançamos vocês.

            - Yesung, é mesmo certo nós irmos? – pergunta Nikki.

            - É melhor assim, ela precisa se acalmar depois vocês conversam com ela – respondeu ele.

            E assim eles foram caminhando bem devagar, todos estavam preocupados, afinal tirando YunHo e o Jaejoong, todos sabiam da história e sempre tentavam acalmá-la, era poucos os momentos em que ela lembrava disso (não que ela esquecesse) mas quando alguma coisa da história vinha a tona, a Cah alegre sumia e ficava ali apenas uma criança frágil que tinha medo de ser abandonada novamente. Quando finalmente Ryeo e ela apareceram, o rosto dela ainda estava bastante vermelho, indicando que tinha parado de chorar a pouco tempo. Seus amigos sabiam onde deviam ir para alegrá-la, mas infelizmente agora eles não poderiam ir até lá.

            - Ei o que é aquilo? – disse Kame apontando um caminhão enorma saindo da mansão.

            Nisso Kaede-san aparece no portão.

            - Que bom que vocês chegaram, tenho uma surpresa para vocês...