A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 25
Problemas no ônibus


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo, atrasado eu sei, mas eu tinha ido viajar... Tipo, estava sem note, sem celular, sem sinal, sem net, sem nada.
Esse é um capítulo especial para uma amiga que fez aniversário essa semana ^^
Espero que gostem

Não deixem de comentar, por favor!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281906/chapter/25

POV. Jayne.

Depois do quase incidente com Travis, passei o resto da viagem em silêncio no meu canto. Meus braços formigavam. Eu queria uma lâmina pra me cortar, mas a voz do Nico dizendo para eu parar voltava à minha mente e me faziam afastar esses pensamentos.

A viajem estava tranquila até entrarmos em uma estrada ladeada por fazendas de milho. Elas pareciam não terem fim e pude perceber que Meggy se mexeu inquieta. Isso era mal sinal.

Segurei meu anel com força. Algo estava para acontecer. Eu podia sentir isso. Todo o nosso grupo pareceu ficar tenso, por um instante todos ficaram em silêncio, até Giullia parou de falar. O que comprovava que a situação estava complicada.

Estávamos esperando algo de ruim acontecer quando o casal lá na frente se levantou. Encolhi em meu banco. Travis percebeu meu movimento e sacou uma faca, mantendo-a fora do campo de visão deles, mas em uma posição que ficaria fácil para ele se defender dom rapidez.

Ele se posicionou entre mim e os dois, que olhavam em a nossa direção. Giullia estava do meu lado e só não sacou a espada pois ela chamaria muita atenção e seria difícil lutar em um ambiente tão pequeno com uma arma grande.

Conforme eles se aproximavam sua forma parecia mudar. O que parecia ser um homem vestindo uma calça jeans e blusa larga na verdade era uma mulher também. As duas possuíam olhos vermelhos e a pele delas era pálida, quase branca e parecia brilhar conforme a claridade batia em seus rostos, não um brilho daqueles vampiros de crepúsculo, era um brilho sinistro que fazia suas feições parecerem mais cruéis.

Quando a que estava mais adiantada sorriu, pude notar que seus dentes eram maiores que o normal, e pareciam bem afiados e pontudos. No segundo seguinte, elas pareciam normais novamente. E depois voltaram a parecer monstros, e assim ficaram, mudando de forma como se não conseguissem decidir qual forma manter.

– O que são essas coisas? - Perguntei baixinho para Giullia.

– Parecem ser Empousas... - Ela respondeu tensa. - Temos que derrotar as duas sem assustar o motorista.

– E como faríamos isso?

– E você acha que eu sei? - Ela gritou de volta.

As Empousas olharam para mim e seus sorrisos aumentaram. Uma delas se virou para a outra e disse:

– Veja Abna, a filha da morte está aqui para salvar aquele pivete. Pena que vai morrer antes. - Ela mostrou as garras na minha direção. E que garras, deviam ter uns sete centímetros.

– Tente se controlar Sirla. - disse a Empousae chamada Abna. - Não perca o foco ou vai acabar morrendo antes da nossa recompensa.

Do meu lado Giullia abafou um riso.

– O que foi agora?

– Abna... Sirla... Esses nomes são engraçados.

– GIULLIA!! Concentra! - Gritou Meggy, que estava lá na frente do ônibus.

– Ei cria de Hades! Como você foi parar aí? - Disse Giullia apontando para Meggy.

Não houve resposta. Abna, que estava mais perto da Meggy, se virou para ela e atacou. A filha de Hades foi rápida e sacou uma faca para parar o golpe.

Parei de prestar atenção na luta delas quando Sirla avançou em nossa direção, Ela empurrou Travis para o lado com tanta força que o vidro da janela chegou a trincar. Connor pulou alguns bancos para alcançar o irmão. Agora ela estava parada na minha frente com um sorriso vitorioso.

– venha filha de Tânatos. Eu não tenho ordens pra te matar ainda, só pra te capturar então seja uma boa menina e venha. - Sirla segurou o meu braço e o puxou com força.

– Me, larga! - Protestei tentando me soltar. suas garras estavam cortando o meu braço e seus olhos vermelhos estavam brilhando.

– E se eu não quiser? - Ela disse brincalhona, como se tivesse sugerido que fizéssemos um pique-nique .

– então morra! - Cuspi as palavras. A raiva começou a crescer dentro de mim. Estávamos tão perto. eu não iria simplesmente me deixar ser capturada. - Monstro nojento, morra e vá para o tártaro!

As palavras de certa forma surtiram o efeito desejado. Talvêz até demais. Seu rosto mudou de, alegre e confiante, para desesperado. Ela me soltou e cambaleou para traz e antes que pudesse recuperar o equilíbrio, explodiu em uma nuvem de pó vermelho e preto.

– Eu te avisei Sirla! Mas agora é tarde e eu não vou conseguir fazer nada sozinha, se bem que em será preciso... vocês estão indo exatamente para onde a minha senhora quer. Até a hora da morte de vocês semi deuses. Mas antes, acho melhor alguém assumir o controle do ônibus.

Depois disso Abna também explodiu em uma nuvem de pó, mas ela não havia sido atacada, minha suspeita é de que ela tenha fugido.

O ônibus balançou e começou a ir para o lado. Estava quase saindo da estrada quando Connor grito:

– O motorista. Ele sumiu! - Todos olharam na direção onde deveria estar o motorista, mas não tinha ninguém ali.

Meggy pulou para o banco do motorista e pisou no freio. Não a tempo de evitar que o ônibus quebrasse uma cerca e parasse no meio do milharal, mas a tempo dele não virar ou ficar atolado.

– Alguém sabe dirigir essa coisa?

– Eu sei. - Se voluntariou Connor.

– Certo, então você dirige daqui pra frente. - disse Meggy enquanto se levantava. Seu rosto estava branco e ela parecia que ia vomitar. Tive que me segurar para não rir.

Depois de connor nos tirar do meio do milho e nos colocar na estrada, Giullia foi ver como Travis estava e Meggy ficou com a cabeça virada para uma janela aberta tentando se recuperar. Ela ainda parecia estar prestes a vomitar.

Me sentei em uma cadeira meio isolada dos outros e fiquei pensando. Se eu matei aquela Empousae com o meu "dom da morte" isso significa que eu posso matar qualquer monstro assim? senti o meu corpo inteiro doer, eu me sentia cansada e sonolenta. Sem nem perceber acabei pegando no sono com Spike no meu colo.

Acordei com Travis me sacudindo. Ele sorria de orelha a orelha.

– Boas noticias bela adormecida! Chegamos a Moore!

eu praticamente pulei do banco. O que não agradou muito o Spike que voou para o Colo do Connor, que estava parado do lado do irmão.

– Onde está a Giullia e a Meggy? - Reparei que elas não estavam no ônibus.

– Meggy está levando Giullia para ver se a cidade está limpa e procurar algum lugar para descansarmos e montarmos um plano. - Disse Travis.

– E nós pensamos em aproveitar a saída delas para fazer uma coisa. Você nos ajuda?

– Ajudar a fazer o que?

Os dois se entreolharam e sorriram. Não sei por que, mas aquilo meio que me assustou. O mais velho deles se inclinou na minha direção e sussurrou seu plano no meu ouvido.

– Então é isso? - Agora eu também estava sorrindo. - Ajudo sim, mas tem certeza de que isso é certo? digo, o Nico...

– Sabemos sobre o Nico e sobre o prazo, mas não vai fazer mal, afinal é só alguns minutos. Né Connnor?

– Exatamente Travis!

Fiquei olhando para os dois por um tempo antes de me levantar e ir ajudá-los com seu pequeno plano.

POV. Giullia

Por que justo eu? Eu não quero dar uma volta na cidade com a cria de Hades. Eu quero ficar com os meus irmãos...

Fiquei resmungando o caminho inteiro. No fim demos uma volta de quase uma hora nos arredores de onde tínhamos estacionado e não achamos nada, além de uma loja de conveniências, que Meggy não me deixou "olhar", uma padaria, que Meggy não me deixou entrar e de uma loja de Games, que adivinhem? Meggy não me deixou jogar.

Voltamos para o ônibus e já estava anoitecendo, só tínhamos mais dois dias, e eu aposto que a estraga prazeres da cria de Hades vai fazer a gente esperar até amanha para sairmos procurando o tal ninho de monstros.

Para minha surpresa estava silencioso no busão. As luzes estavam apagadas e as cortinas fechadas.

– Será que aconteceu alguma coisa? - Disse Meggy preocupada.

Saí correndo e subi as escadas o mais rápido que pude. Entrei pelo corredos e fiquei parada ali, quase no meio. Escuto um barulho vindo do lugar do motorista e então as luzes se acendem e duas pessoas pulam em cima de mim.

– Giullia!!! Parabéns!! - Disse Travis e Connor ao mesmo tempo.

Fico sem reação por um tempo, até me lembrar que o meu aniversário seria amanha. Então, sem mais nem menos, dou um tapa em cada um deles.

– Idiotas! Não me assustem assim! - Pude sentir minhas bochechas ficando quentes.

– Ei Connor, olha que fofa, ela está vermelha...

– Não estou!

– Está sim -disse Travis.

– Não estou. - Minhas bochechas ficaram ainda mais quentes.

– Está sim. - Eles estavam tentando abafar a risada.

–Não estou.

– Não está.

– Estou sim... Merda...

Eles começaram a rir sem disfarçar. Meggy entrou e nos olhou com aquele típico olhar reprovador dela.

– Já acabaram com a criancice? - Subitamente as risadas acabaram.

– Ei Meggy, relaxa. É só um bolo.

– E onde está esse bolo? - Perguntou ela olhando em volta. - E onde está Jayne?

– Então, a Jayne foi pegar o bolo... - Disse Travis.

– Sozinha? - Gritou Meggy começando a ficar nervosa. Escutamos um grito vindo de fora, parecia ser... Não... Saímos correndo para fora do ônibus, mas não conseguíamos ver quase nada no escuro que estava.

– Temos que achá-la! - Disse Meggy, ela parecia mais séria do que nunca. Seus olhos estavam escurecidos e tinham perdido parte do brilho. Como costuma acontecer quando alguém está obcecado por algo. Por um segundo eu senti medo dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem e recomendem por favor!!
Para deixar essa autora feliz...

**Próximo capítulo esse sábado.**
PS: Juro pelo rio estige que vou postar até sábado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.