A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 17
Nosso destino é um parque de diversões?


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos... Minha cidade alagou então eu tenho mais tempo livre pra me dedicar às minhas Fanfics...(já que não esta tendo aula)
Eu tive a ideia deles procurarem nesse lugar por razões estritamente pessoais e por eu relacionar a personalidade dos Stolls aos Gêmeos Weasley u-u



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POV. Jayne

Meggy começou a falar alguma coisa sobre um plano para a nossa missão, mas, sinceramente, eu não estava escutando, e reparei que Giullia também não. Ela ficava olhando pra baixo ou então para os chalés ou o lago. Ela levantou e saiu. Ignorando os berros de reprovação de Meggy, que ordenava que ela voltasse e parasse com a criancice.

- Giullia, pare com isso e volte aqui agora! - Ela começou a ir atras da outra, mas Annabeth a parou fazendo que não com a cabeça. - Mas...

- Não é uma boa hora. Você sabe como ela é teimosa, mas não é burra. - Disse a loira em um tom calmo que me dava arrepio.

- Ela tem razão Meggy. Não creio que ela fará alguma coisa perigosa. Vamos continuar com os planejamentos. - Falou Quíron com o mesmo tom calmo, ele estava com os braços cruzados e com o cenho franzido por causa da concentração que ele mantinha no papel que agora estava em suas mãos novamente.

- Eu acho que deveríamos sair ainda hoje, quanto mais cedo melhor não é? - Perguntei esperançosa.

- Jayne, eu entendo que queira partir agora, mas não é melhor agirmos com a cabeça quente. A pressa é a inimiga da perfeição. - Disse o centauro.

- Não Quíron. Eu concordo com elas, agora nós temos uma ideia de para onde ir. E quanto antes fizermos alguma coisa melhor. - A loira explicou, ela olhava diretamente para mim. Havia compreensão no seu olhar e tive a impressão de que ela já tinha passado por algo parecido.

- Mas Annie! É perigoso, acho melhor esperar essa notícia dos irmãos Stolls Esfriar um pouco, isso pode afetar Giullia em um batalha. - Meggy retrucou inquieta seu olhar ia de Quíron e Annabeth até o chalé em que Giullia entrara.

- Com certeza isso vai afetá-la em combate. Se eu a conheço bem, ela não se deixará perder até ter encontrado seus irmãos. - A loira rebateu o argumento da outra.

- Você tem razão Annabeth. Se vocês duas concordarem, podem pegar suas coisas e sair em duas horas. - Ele agora me encarava e encarava Meggy com olhar decidido.

- Certo, vou pegar minhas coisas. - Eu olhei para Meggy, se ela aceitá-se poderíamos ir agora atras do Nico e dos irmãos da Giullia, e eu queria muito sair o quanto antes.

A menina suspirou e assentiu começando a descer as escadas em direção ao nosso chalé. Eu a segui. Chegamos lá em silêncio, pegamos nossas mochilas, vi que ela pegou uma sacolinha de couro de cima de uma mesinha e a colocou no bolso.

Depois ela abriu a gaveta ao lado da cama do Nico e tirou uma pequena estatueta de lá, eu reconhecia aquilo, pode parecer estranho, mas eu costumava colecionar essas coisas de mitomagia. Não que eu tivesse alguém para jogar comigo.

-É do Nico. Só alguma coisa para você poder se sentir ligada a ele de alguma forma.

- Obrigada Meggy. - Disse abraçando o objeto contra o peito.

- Vamos, Acho melhor sairmos daqui antes do toque de recolher. Ou seja... - Ela olhou para o relógio pendurado na parede. - em dez minutos.

- Certo. O que é essa sacolinha que você acabou de pegar? - Perguntei. Ela olhou para mim sem dizer nada, uma sobrancelha arqueada.

- Dracmas de ouro. Algo de que vamos precisar. - Não conversamos mais até chegar a um chalé que tinha um número 11 bem grande no topo da porta. Ele parecia ser bem novo, o que me fez pensar que, ou alguém tinha quebrado o anterior e tiveram que substituir ou eles eram muito cuidadosos com suas coisas.Sinceramente eu acho que é a primeira opção.

Batemos na porta e não demorou muito para que Giullia abrisse a porta. Ela pereceu levar um susto ao nos ver com as mochilas nas costas.

- Vamos logo, pegue suas coisas nós estamos de saída. - Não consegui deixar de dar o meu melhor sorriso, que ela não demorou a corresponder. Em menos de vinte segundos já estávamos correndo em direção à parede de escalada.

A filha de Hermes parecia estranhar o rumo que tomávamos, mas eu e Meggy sabíamos muito bem pra onde estávamos indo. Quando abrimos a porta e seguimos pelo corredor escuro e estreito a garota parecia perplexa e ao mesmo tempo ofendida, como se tivéssemos enganado ela, ou vencido ela em seu jogo favorito. O que eu acho que dá no mesmo.

Entramos na cabana e Meggy tirou um mapa dos Estados Unidos de dentro de sua mochila. Ela o esticou no chão para que todas pudéssemos ver. Em seguida tirou uma caneta e marcou um ponto onde suspeito que seja o acampamento e depois circulou a Flórida.

- Bom, mesmo com a dica que recebemo do pai da Jayne a Flórida não é um lugar pequeno, alguém tem alguma sugestão? - Olhamos para Giullia, mesmo que inconscientemente. Ela nos encarou por um tempo e depois seu rosto se iluminou.

- Bom, eles gostam de diversão, com certeza ele iriam para algum parque de diversão ou coisa do tipo.

- Mas Tânatos disse que eles precisaria da nossa ajuda, e não acho que seja uma ajuda financeira e nem para ajudá-los a sair de uma encrenca com a polícia. - Disse Meggy apreensiva.

- Sim eu sei mas é um começo, eles podem ter ido pra lá antes de desaparecer, eles podiam estar lá quando a coisa ruim aconteceu com eles. - Disse Giullia, se não a conhecesse diria que ela quer procurar nos parques para brincar em algum dos brinquedos.

- Bem, não custa nada tentar. E pra que parque você acha que eles foram? - Perguntei inocente.

- Aí eu já não sei. Mas eu acho que eles iriam para o maior parque possível.

Eu e Meggy a encaramos. Ela estava viajando em pensamentos. Balançava o corpo como se estivesse em uma super montanha russa. Seus olhos estavam fechados, mas então ela retornou a realidade.

- Então você acha que eles foram...

- Pra Disney? - A filha de Hades me interrompeu. O sorriso da outra se alargou ainda mais, se é que era possível. - Está certo, podemos começar por lá. Mas tente se concentrar Giullia. Estamos tentando ajudar os seus irmãos e ainda temos que procurar alguma pista de onde o Nico esteja.

Eu já disse que a Meggy séria me dava medo? não? então aqui vai. A Meggy séria me dá muito medo! Ela colocou o mapa de volta na mochila e a colocou nas costas. Levantando-se em seguida. Olhei para o relógio, ele marcava 11:20pm.

- Vamos, o meio mais rápido de chegarmos até a Flórida é pelas sombras, mas já vou avisando, não poderei viajar mais do que uma vez por dia e depois que chegarmos vamos montar acampamento e descansar entendido?

Meggy não estava brincando quando disse sobre descansar. A viagem foi um pouco pior do que a que fiz com Nico até o acampamento. Tive a sensação de que a pele do meu rosto tinha se desgrudado e que eu ficaria surda pra sempre. Assim que chegamos Meggy caiu de joelhos, as mão apoiadas no chão. Ela estava tremendo, e não era de frio.

- Vamos, temos que arrumar um lugar para dormir. - Falei enquanto ajudava a menina a se sentar.

- Que tal ali? - Perguntou Giullia apontando para uma porta que parecia ser de um armário de algum zelador do lugar onde viemos parar. Eu não conseguia saber exatamente onde tínhamos chegado, mas dava para ver que era na flórida pelo ar quente e o tipo de vegetação.

- Você só pode estar brincando. - Disse incrédula. Ela realmente queria dormir em um armário de vassouras?

- Prefere dormir aqui e arriscar que nos expulsem? - A filha de Hermes levantou uma sobrancelha. Suspirei e fui em direção a porta.

- Está trancada, como pretende abri-la? - Ela apenas me olhou ofendida como se eu a tivesse subestimado dizendo que ela não conseguia respirar.

- Apenas olhe novata. - Ela tirou alguma coisa do bolso, parecia um pedaço de arame. Não sei o que ela fez, mas em menos de três minutos a porta estava aberta. Confesso que meu queixo caiu. Eu já tinha visto isso em filmes ou em desenhos, mas ver isso na vida real, ali, bem na minha frente... Era outra coisa.

- Ok, admito. Você venceu. - Levantei os braços me rendendo, ela era boa.

- Agora diga que eu sou foda.

- Não exagera.

-Anda, eu sei que você sabe que eu sou demais. - Ela sorria triunfante. Nota mental: Nunca dar corda para o ego de uma filha de Hermes.

-Vamos descansar. Você fica de vigia Srta. Foda. - Nós duas caímos na risada, mas paramos assim que vemos o olhar de desaprovação de Meggy.

Eu me deito em um cantinho bem escondido, usei a mochila como travesseiro e dormi segurando a estatua de mitomagia contra o peito.

- Boa noite Nico. - Sussurro antes de cair no sono.

Tive um sonho estranho, como já era costume. Eu estava em uma sala quadrada e pequena, ela era mal iluminada. Haviam centenas de escorpiões pretos pelo chão e no meio da sala. Dentro de um círculo branco, que parecia ter sido desenhado com giz, estava um menino acorrentado, os cabelos negros do garoto lhe cobriam, parcialmente, o rosto.

-Nico! - Gritei com todas as minhas forças, tive a sensação de ter falado, de verdade, enquanto dormia, mas minha voz não passava de um sussurro. E ele parecia estar dormindo. Ele se remexia inquieto. Ele murmurava alguma coisa, pude entender algumas palavras soltas: Escorpiões... Detesto... Jayne... Preciso sair... Profecia... Chocolate...

A imagem tremulou e o sonho mudou.

Eu estava agora em um povoado, ele parecia ser britânico e não americano, mas algo parecia estar errado. Olhei uma das placas e nela eu pude ler "3 Vassouras". Isso era a réplica de Hogsmead, no parque do Harry Potter na disney. Percebi assustada.

Ouvi passos vindo na minha direção e me escondi atras do barril mais perto que achei. Era uma mulher que se aproximava. Ela tinha cabelos negros e lisos e era bem alta. Ela olhou para os lados e depois entrou em um beco. Eu a segui, mesmo sabendo que não deveria fazer isso. Estava escuro então eu não sabia exatamente para onde estava indo.

Entrei no beco em que ela tinha entrado mas não havia ninguém ali. Era um beco sem saída, como ela podia desaparecer assim?

Meu sonho mudou novamente, desta vez eu estava de pé em uma sala completamente preta, eu não podia dizer se era grande ou pequeno porque eu não sabia dizer onde a sala começava e onde ela terminava. Na minha frente estava ninguém menos do que o Nico, olhado pra mim.

senti um peso na minha mão, a estatueta estava lá. Olhei pra ela mais atentamente. Era uma estatueta de Hades o deus dos mortos.

-Nico! Estamos indo salvar você, espere por nós. - Eu gritei, não sabia se ele poderia me escutar, do mesmo jeito que eu não sabia como conseguia vê-lo já que não tinha iluminação nenhuma no lugar aonde estávamos. Ele começou a andar em minha direção, cauteloso, como se a qualquer momento ele pudesse cair de um abismo

- Estou esperando sim. Quem está com você? - ele perguntou com um leve sorriso no rosto quando finalmente chegou perto.

-A Meggy e a Giullia. Aonde você esta? - Diminui a distância e o abracei.

- Não sei. Acredite, não dá pra ver nada de onde eu estou. - Continuamos abraçados por um tempo.

-Fique com isso. Para lembrar que estamos chegando. - Eu o entreguei a estatueta. Não sabia se aquilo daria certo, afinal era só um sonho, mas não custa tentar. Ele o pegou e colocou no bolso.

- Estou esperando por você. Para voltarmos para o acampamento.

A imagem do Nico tremulou e, antes que eu acordasse vi o rosto de Uma mulher. Ela tinha olhos de réptil e sua pele era escamosa e esverdeada, ela sibilou, mostrando uma língua bifurcada. Ela avançou em minha direção e quando já estava bem perto se dissolveu em uma núvem de névoa verde.

Acordei com um sobressalto. Já era de manha e Giullia me cutucava e gritava que eu tinha que acordar.

- Vamos logo, ou você quer virar a comida de um grifo raivoso? - Tenho que concordar que esse era um argumento convincente para me fazer levantar...



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Notas finais do capítulo

Deixem comentários, recomendações e favoritem a história para deixar essa escritora feliz... *-*
Se tiverem alguma fic de PJO, HP ou THG podem deixar nos comentários que eu dou uma olhada, não prometo que eu vá ler, mas eu estou precisando de novas fics pra ler então...



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