- Acho melhor a gente ir. – Fatinha se levantou.

- Ah, não. Não estou pronta. – Falou sem tirar os olhos do mar.

- Que tal um sorvete? Ai depois a gente vai. – Fera ajudou a garota a se levantar.

- Tá bom. – Levantou-se limpando a bunda que estava cheia de areia.

- Vocês pegam o sorvete e eu vo lá canta aquele gatinho. – Fatinha apontou para um garoto e em seguida foi até ele.

- Sabe o que é Lialita, essas ondas. – Ele olhava pro mar.

- Vai lá, eu pego o sorvete. – Ela riu.

Lia comprou três sorvetes dois de morango e um de chocolate ela estava caminhando na areia quando alguém se bate na garota e derruba o sorvete nela.

- VOCÊ NÃO OLHA POR ONDE ANDA? – Ela olhou para sua roupa e com a mão tentava limpa-la.

- Desculpa... Foi... – Ele olhou para a garota. – ADRIANO? AH EXPLICADO. – Encarou o garoto que riu.

- Qual é a graça? – Bufou. – Deixa de ser marrenta, eu te ajudo. – Ele colocou as mãos na roupa garota para tirar o sorvete.  

- Eu não preciso da sua ajuda. – Foi curta e grossa. Agora tirando a camiseta e ficando apenas de biquíni.

- Caraca. – Ele olhava a garota de cima em baixo.

- Idiota. Vou lá pegar outro sorvete. – Mordeu o lábio inferior. – Pega de maracujá, tá precisando. –Falou agora observando a garota que ia em direção à ‘’ barraca ‘’ de comidas.

Lia, Fera e Fatinha tomaram o sorvete e depois foram para casa.

- Eu posso saber onde vocês estavam? – Perguntou Raquel ao ver Lia e Fatinha entrando pela porta.

Lia apenas encarou a mãe e foi para o banheiro tomar um banho.

- Cara eu estou com vontade de comer chocolate, é sério. – Sentada na cama ela passava a mão sobre os fios loiros tentando desembaraça-los.

- Sei não viu Lia. – Fatinha riu tirando a toalha do cabelo.

- Lia a Ju. – Tatá entrou no quarto.

- Manda ela vir aqui. – Falou. – Oi Lia. – Ela entrou no quarto.

- Cara eu estou enjoada é sério. – Ela se deitou para trás colocando a mão na barriga.

- Lia quando você e o Dinho, bom transaram vocês usaram proteção? – Ela perguntou franzindo a testa.

- Você e o Dinho transaram? – Juliana fez bico. – Que isso Fatinha. Foi ano passado, nada haver eu estou com fome. – Ela levantou-se e foi até a cozinha e Juliana emburrada foi para casa.

07h00min. –

Chegando à escola todos estavam lá fora.

Lia não gostava de ficar lá fora ouvindo as piadinhas de Orelha ela sempre entrava e ficava sentada nas arquibancadas com os seus fones.

- Oi Lia. – Juliana aproximou-se da garota.

- Oi Ju. – Ela sorriu.

- Tudo bem? – Sentou-se no lado da amiga.

- Uhum. Só estou com ânsia de vomito. – Disse. – E você? – Perguntou.

- Estou bem. – Ela sorriu.

Em seguida Dinho aproximou-se das duas.

- Lia, minha mãe viu você saindo lá de casa depois da festa. – Falou.

- Hã? – Se fez de desentendida e o garoto entendeu o recado e saiu de lá.

- Eu falei que não queria que você se envolvesse com esse garoto. – Bufou. – Fez de proposito é? – Falou.

- Não. Para, sério eu só passei lá pra pegar um caderno nada de mais. – Ela tentava acalmar a amiga. – De noite eu passo na sua casa e a gente conversa melhor. – Ela saiu do local deixando Lia sozinha.

- Que ouve? – Fera sentou-se no lado da amiga.

- Nada. – Disfarçou. – Vamos pra sala? – Ela pegou no braço do amigo e os dois foram.

Um dia chato como qualquer outra Juliana evitava a garota e ficava soltando piadinhas.

A aula acabou e Lia foi para casa. De tarde ela resolveu ficar tocando guitarra precisava desabafar a volta da Raquel, brigas com Ju, Dinho e... Bom ela estava acabada por dentro precisava desabafar ou ficar um tempo longe de tudo isso.

- Oi Lia.- Ju entrou no quarto agora mais calma.

- Oi amiga. – Ela largou a guitarra e sorriu.

- Eu só queria falar que bom, acredito em você. – Ela sorriu.

- Não vai contar pra ela? – Fatinha entrou no quarto com um teste de gravidez e deu ele para Lia.

- Ju... – Suspirou. – Eu estou gravida. – Olhava para o teste e em seguida para a amiga que se estourou.

- GRAVIDA? DE QUEM? DO DINHO NÉ? – Gritava descontrolada. – Calma Ju. – Tentou. – Eu estava bêbada. Eu não sei o que fazer. – As lágrimas caiam sobre sua face.

- FAÇA O QUE QUISER, MAS BEM LONGE DE MIM SUA FALSA. – E ao gritar aquelas palavras ela saiu do quarto bufando.

- Lia o que você vai fazer? – Ela perguntou olhando a amiga jogando tudo que era roupa para dentro de uma mala.

- Vou pra Londres. – Suspirou. – Quer vir comigo? – Perguntou.

- Mas, por quê? – Perguntou. – Não vou conseguir ter um filho aqui. – Ela chorava. – Não mesmo. Juliana, Raquel, Dinho. – Sentou-se na cama e colocou as mãos no rosto.

- Eu vou com você. – Fatinha aproximou-se da amiga.