Regina observou Lucy montar no cavalo negro ao seu lado. A menina vestia um lindo vestido vermelho com decote em U, seus cachos castanhos caiam graciosamente sobre os ombros. Ela tinha um sorriso estampado no rosto, sua animação era contagiante.

- Então, aonde vamos? – Regina perguntou quando começaram a andar.

- Você vai ver. – Lucy sorriu animada – Não aguentava mais ficar lá dentro. Obrigada.

Regina sorriu e piscou para ela.

Lucy parou 30 minutos depois, logo depois de subirem uma grande colina. Estavam agora em uma área plana com a grama perfeitamente verde de uma forma que só fica depois da primavera, o sol batia forte em todo o local exceto palas sombras de algumas poucas arvores.

- Então, é aqui que você vem toda a tarde? – Regina perguntou quando Lucy pegou seu livro e se encaminhou para baixo de uma arvore.

- Basicamente. Gosto de ler, aqui é calmo.

Regina sentou ao lado de Lucy. Graham e o outro guarda observavam tudo atentos.

Durante alguns minutos, Regina observou Graham, perdida em seus pensamentos, enquanto Lucy lia.

 Ele se preocupara e fora gentil e carinhoso com ela durante aqueles dias, mas as coisas aparentemente tinham voltado a ser o que eram antes. Embora às vezes, como hoje, ele agia como... Como... Ela não sabia dizer ao certo como. Talvez apenas diferente, mas havia algo mais ali, ou talvez ela apenas quisesse que tivesse.

- Vou dar uma volta – Regina disse a Lucy, levantando – daqui a pouco estou de volta.

Quando o outro guarda fez menção a acompanhar a rainha, Graham se adiantou, subindo em seu cavalo logo depois de Regina.

- Adam, fique com Lucy e fique atento. As pessoas raramente vêm para cá, então tome cuidado se alguém aparecer.

Adam concordou obviamente irritado por ter que seguir as ordens de Graham, mas voltou ao seu posto, atento a tudo e todos, antes de Regina e Graham saírem.

***

-Alguma novidade? – Regina perguntou quando Graham passou pela porta da mansão.

-Não, não o encontro em lugar nenhum. Estão procurando por ele, Kate também esta ajudando. – ele levantou o queixo dela fazendo-a olhar para ele. – Não se preocupe, ele é uma criança, já esta tarde. Ele deve estar com fome e cansado, logo deve aparecer.

- Graham... – ela balançou a cabeça – nós discutimos ontem a noite, e eu fui para sua casa. Deixei-o sozinho, bravo, - os olhos dela se enchiam de pavor pelo filho. – mas eu já estava tão cheia dele falando que não sou a mãe e dele, que vai encontrar a mãe biológica com ou sem minha ajuda. Eu... – sua voz falhou – Agora ele sumiu. E se tiver acontecido alguma coisa? – uma lagrima caiu dos olhos dela.

- Vão encontra-lo, - Graham limpou a lagrima do rosto dela – tem muita gente procurando por ele. – ele a puxou pela cintura e a manteve perto de si.

 Ela o abraçou, o medo tomando conta de seu coração, como a muito não acontecia.

O telefone de Graham tocou, ele se afastou para atendê-lo. Regina viu um sorriso aliviado aparecer em seus lábios alguns segundos depois.

- Kate o encontrou, esta trazendo ele. – Regina suspirou aliviada. – Não falei que iriam encontra-lo? – ele a puxou para si outra vez, ficando a centímetros do rosto dela.

Regina quebrou o espaço e o beijou. Realmente o beijou, como a muito não fazia. Ela sentiu algo se agitar dentro dela, seu coração disparar... Ela se sentia segura nos braços dele, como antes, e algo mais... Algo que não deveria estar ali. Isso a encheu de medo outra vez.  Ela não deveria sentir nada por ele, ela abrira mão de tudo quando lançou a maldição, foi o preço que pagara. O que estava acontecendo, o que isso significava?