Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 50
Capítulo 50 - MEU AMIGO ALEC


Notas iniciais do capítulo

Meus agradecimentos especiais a Joana Rubin pela bela recomendação da fic. Este capitulo é dedicado a você querida muito obrigada !!!
bjs bjs .



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PDV - NESSIE

//NA MANSÃO DOS CULLEN//



Ouvia risadinhas dengosas. Abri os olhos e vi Alec sentado na beira da cama. Sua mão brilhava como diamante, com os raios de sol batendo de encontro à sua pele. Edmond e Sarah riam com o brilho que ela fazia. Ele brincava, girando sua mão em várias direções, divertindo-os ainda mais. Despertei completamente, admirando a cena dele brincando com as crianças.


– Finalmente resolveu aparecer, Alec.


Ele sorriu sem graça, parando com a bricadeira. Me olhou, e vi sua íris, agora de um dourado fraco, mas de nada que lembrasse seu rubí de antes.


– Não quis arriscar ficar aqui na hora que eles nasceram, Nessie. É muito difícil ainda. Tive que caçar, para poder estar aqui. Mesmo assim, seus tios estão de olho em mim lá de baixo. E seu pai também.


– Confio em você Alec! Sei que não estaria aqui, se achasse que não conseguiria se contolar .


– Como sempre, me dá mais crédito do que eu mereço, Nessie.


– Não seja bobo! Sabe que tem minha amizade eterna, Alec. E terá a dos meus filhos também. Tenho certeza! Eles já gostam de você. Olha! Estão fascinados com o brilho.


Alec os olhava com profunda admiração.


– São lindos, não são?


– São sim. São muito especias, Nessie.


Olhei para Alec, e queria fazer uma pergunta. Olhei para a porta e tentei ouvir se tinha alguém por perto. Não tinha. Me aproximei dele, tocando sua mão e fiz minha pergunta.


– Como é viver sendo um Volturi, Alec?


Ele se retraiu, mas entendeu aonde eu queria chegar. Falou mais baixo que pode em velocidade vampiro. Mas eu sabia que meu pai leria em sua mente a nossa conversa. Mas não era com ele que eu me preocupava. Meu medo era que os outros da casa ouvissem e não me entendessem.


– É uma vida! Se é que pode chamar de vida o que temos. De obdiência e servidão, mas eu não acredito que seja isso que Aro reserve ao seu filho, Nessie. Acredito realmente, que ele o manterá como um príncipe ou princesa, como ele disse. E isso, tem algumas regalias no castelo. É claro que ele vai ter que participar de algumas tarefas para os reis, mas só as mais nobres. Eles obedecem a hierarquia no castelo. Talvez você não me entenda, e eu vou entender se não me compreender. Mas eu sinto falta das missões, de quando éramos realmente necessários. Não me arrependo de alguns trabalhos que tive que fazer. Eram cruciais, e sei que perderíamos muitas vidas humanas, caso não resolvessemos certos plobremas com vampiros mais descontrolados, ou até mesmo aqueles muito poderosos, que usam seu poder para subjugar os mais fracos. Não estou tentando justifica-los, nem redimi-los de seus crimes. Mas entendo que tem que ter uma ordem. Um governo. Carlisle concorda comigo. Somos criaturas muito poderosas, Nessie. Temos que ter leis, e infelizmente, só o medo da morte é capaz de deter um vampiro que está causando desordem e caos.


– Mas eles matam as pessoas, Alec. Se alimentam de sangue humano.


– É o que somos, Nessie. Carlisle e sua família são uma rara exeção. Nem mesmo eu posso me considerar ainda parte disso. Por séculos é assim. Não somos isso por escolha. É uma luta constante contra um de seus instintos mais fortes. O de se alimentar.


Toquei seu rosto em entendimento. Ele sofria. Podia sentir sua dor. Era latente!


– Sinto muito! Eu me sinto responsável por isso, Alec. Foi por minha causa, que largou tudo que conhecia. Sua irmã...


– Não diga isso, Nessie. Eu faria isso... Já teria feito isso à séculos atrás, se eu soubesse o que fazer da minha eternidade. Não se culpe. Não faça isso, por favor. Me deixe acreditar, que fiz isso por mim mesmo, e bancar o nobre.

Sorri fracamente pra ele , abaixando minha cabeça , mas continuei com minhas perguntas .

– Acha que alguma vampira acolherá meu filho, Alec? Como uma criança viveria em Volterra? Quem cuidaria dele?

– Não há vampiras como as de sua família em Volterra, Nessie. Nenhuma tem instinto materno. Eu não vou mentir para você. Nenhuma criança cresceu em Volterra. Nunca aconteceu. Eu não saberia te dizer isso. Eu sinto muito!


Sorri para ele em agradescimento por sua sinceridade. Ele se levantou, me olhando com pesar. Mas eu sacudia a cabeça para mudar meus pensamentos.


– Agora, me ajude Alec. Quero descer com eles.


Ele me olhou contrariado.


– Não acho uma boa idéia, Nessie. Acho que precisa ficar de repouso, resguardo... Não sei o nome.


– Chega, Alec! Não aguento mais estar deitada. Sou uma meia vampira. Não sou tão fraca assim. E depois, já até amanheceu e... Onde estão Jake e Jason?


Alec parecia confuso, e não me respondeu de imediato.


– Bem! Jason está lá embaixo com Rose. Acho que ela tem um novo favorito. Seu tio já está com ciúmes.


– Tia Rose! Ela sempre teve um fraco por homens fortes.


Rimos, e eu levantei, pegando Edmond. Apontei Sarah, para que ele a trouxesse para mim. Ele me olhava, sem entender e eu dei Edmond para ele. Alec o segurou pela cintura, sem se aproximar do corpo. Ri da sua total falta de jeito.


– Não é assim,Alec. Olhe como vou pegar Sarah e faça igual com Edmond.


Ele pareceu entender, mesmo estando visivelmente sem jeito.


– Isso! Bem melhor! Vamos descer agora!


Desciamos alegremente. Alec conversava com Edmond, como se ele entendesse tudo que ele dizia. Edmond o olhava com atenção, e parecia mesmo estar entendendo toda aquela conversa sobre os melhores lugares para caçar cervos e alces. Levei um susto, quando Alice simplesmente arrancou Sarah do meu colo a levando.


– Até que enfim acordaram. Pensei que iam dormir o dia todo. Estava com saudades da minha afilhada e ela de mim. Não é mesmo, lindinha? Vamos, princesinha. Já separei sua roupinha de hoje.


Revirei os olhos para ela, que estava levando Sarah para trocar de roupa. Rose estava com Jason no colo, e ele sugava com vontade uma mamadeira de leite. Minha mãe pegou Edmond de Alec, dando à ele, uma mamadeira de sangue, a qual ele agarrou com vontade. Dei um beijinho na cabecinha de Jason e olhava ao redor, procurando por Jake. Meu pai acompanhou meu olhar, respondendo a minha pergunta silenciosa.


– Ele está em La Push. Problemas com lobos. Ele explica melhor quando chegar.


– Quando ele foi?


– Ontem à noite. Depois que você e as crianças dormiram.


– Foi algo grave, pai?


– Não! É claro que não, filha. Já posso ouvi-los. Eles estão chegando.


Fiu para a varanda, esperar meu lobo. Peguei Edmond dos braços de minha mãe, e fiquei lá, olhando a floresta.


– Vamos esperar o papai, Ed?


Não demorou para Jake aparecer com Seth ao lado. Edmond levantava os bracinhos em direção à eles, e eu ri.


– Você sabe, bebê, que ele é o seu papai, sabe? Você é muito esperto mesmo Ed.


Jake veio em sua forma de lobo e se aproximou da varanda, abaixando o focinho para que Edmond acarinhasse seu pelo. Edmond ria com vontade e queria pular de meu colo para Jake. Jake ria em sua forma de lobo, cheirando Edmond, encostando seu focinho nele. Saiu para voltar à sua forma humana, atrás da casa. Seth parecia indeciso se o seguia ou não. Resolvi incentiva-lo.


– Vamos, Seth!!! Tem uma mocinha muito curiosa em te conhecer lá dentro.


Ele sumiu mais que rapidamente para atrás da casa. Entrei com Edmond, e vi tio Emmet com Jason pendurado no pescoço. Ele corria pela casa e Jason gargalhava.


– Tio Emmett!!!


– Calma, Nessie! Este monstrinho é viciado em adrenalina. Olha isso!


Emmet jogou. Simplesmente jogou meu filho no ar, o agarrando a poucos metros do chão. Eu rosnei para ele. Só não pulei em seu pescoço, porque tinha Edmond em meus braços.


– Nunca!!! Nunca mais faça isso, EMMETT!!!!


Ele me olhou assustado.


– Calma monstrinha. Eu jamais deixaria ele cair.


– Você é muito sem noção, tio.


Ele ria, e Jason ria com ele. Alice descia com Sarah nos braços, e ela parecia muito agitada em seu colo. Olhei para a porta e vi Seth, que não se mexia, olhando para ela. Eu sabia o que estava acontecendo. Ela é seu Imprinting como previamos. E foi lindo testemunhar isso. Ele a pegou no colo com tanto cuidado e devoção, que foi comovente. Jake sorria pra mim, e ninguém da sala esboçou nenhum barulho ou palavra. Pareciamos todos presos nesta conexão especial deles. Era mágico! Sabia que minha filha seria amada e cuidada, como eu fui quando criança. E isso, é reconfortante pra mim. Seth a levou para o jardim. Alice parecia querer segui-los, mas tio Jasper a segurou impedindo-a.


– Só não quero que ela se suje.


Ela tentou se justificar, fazendo bico.


– Deixe-os tia! Não vamos incomoda-los. Ela está perfeitamente segura.


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ALGUM TEMPO DEPOIS ( PDV - NESSIE )



Jake me contou o que aconteceu em La Push. uma explosão de lobos. São oitenta novos transmorfos. Nos questionávamos o que isso representava. Uma esperança começava a brotar em meu coração. Mas ela não durou muito. Claire já tinha previsto isso. Jake me contou, e isso foi muito antes da premonição dos espíritos. Nem mesmo isso mudaria a decisão que teria que tomar. Os dias foram passando, e eu tinha pesadelos terríveis com ampulhetas, relógios e todo tipo de contador de tempo. Eu sabia exatamente o que isso significava. Meu tempo estava acabando. Jason se desenvolvia assombrosamente rápido. É o único que já andava sozinho e esboçava pequenas palavras. Pai, é claro, foi a primeira. Me deixando morta de ciúmes, mas orgulhosa ao mesmo tempo. Ele não desenvolvia dons especias, mas é muito rápido e de uma força nada normal para uma criança. Destrói com facilidade os brinquedos e mamadeiras. Ele já aceitava o sangue, e até mesmo já caça pequenos animais. Edmond cresce, aparentemente rápido, mas bem sutilmente. É extremamente inteligente. Nos surpreendia sempre com seus desenhos quase perfeitos. Adorava pintar e desenhar lobos. Como eu, quando era pequena. Tinha um fascínio por isso. São imprecionantes seus desenhos. Jake colava todos na porta da geladeira, que já não tinha mais espaço para nenhum. Ele tem uma preferência por sangue, mas já aceita a mamadeira de leite e algumas papinhas. É o mais teimoso também. Era eu. Minha mãe sempre dizia, que era a minha cópia masculina. Temos o temperamento muito parecido. Ele tem um dom também. Quase morremos do coração, quando ele fez pela primeira vez. Estavamos na floresta, e Jake ensinava Jason, como caçar um cervo. Edmond os olhava atentamente, sentado na grama ao meu lado, de Seth e Sarah. Jake abateu o cervo com Jason. Edmond olhava curioso a cena. Logo, três cervos se aproximaram da gente. Isso era muito incomum. Os animais, por instinto, fogem da gente. Somos predadores. Mas os cervos vinham correndo em nossa direção. Seth imediatamante protegia Sarah, e eu cobri com meu corpo Edmond. Mas os cervos pararam antes de chegar a nós. Edmond esticou os bracinhos, se desviando de mim e tocou um dos cervos. Ele os trouxe até nós. Eles se deitaram ao nosso redor, e Edmond sorria para eles. Olhei assustada, de boca aberta para Jake. Ele sorriu, pegando Edmond no colo.


– Eu acho, que tem alguém aqui que não precisa de aulas de caça.


Rimos todos, em meio à surpresa e nervosismo. Contei ao meu pai e Carlisle o dom de Edmond. Eles ficaram maravilhados. Meu avô acha, que ele provavelmente é um indutor. Alguém que pode induzir pessoas e até animais a fazer o que ele quiser. É um dom muito perigoso. Olhei preocupada para ele, que brincava contente com três coelhos, que o seguiam pela varanda, enquanto ele engatinhava. Meu pai não conseguia ler a mente de Jason e nem a de Sarah. Edmond, sim. Mas quando os três estavam juntos, nem mesmo a dele, meu pai consegue ouvir. É como se eles formassem um escudo juntos. É impressionante como eles são ligados uns aos outros, mesmo sendo tão diferentes. Um sabe exatamente onde o outro está, e se procuravam tentando sempre estar juntos. Isso só faz meu coração ficar cada dia mais apertado. Sarah ainda não falava, e seu desenvolvimento é muito humano, mas sempre nos surpreendia com seu dom. Além de se comunicar como eu, ela muitas vezes, não precisa tocar nas pessoas para mostrar imagens ou palavras. Ela também pode nos conectar. Jake me contou que ele me ouvia, mesmo quando eu apaguei na hora do parto. Foi Sarah! Ela pode conectar a mente das pessoas em um elo mental. Ela ainda não tem uma voz. Sempre se comunica com a voz de outras pessoas. Geralmente é a minha ou a de Alice. Ela já entende várias coisas. É a mais infantil dos três. Adora musiquinhas de criança, e Seth é claro, canta todas para ela, que olha maravilhada a ele cantando, e tinhamos a mente invadida por borboletinhas tá na cozinha, fazendo chocolate... Ou pelas músicas do Barney, cantando e dançando. É lindo... Ela adora borboletas, e Seth as caça por todo o quintal, para trazer para ela os mais variados tipos. Ela ria satisfeita e batia palminhas, quando ele as soltava de novo. Seth não saia mais do chalé. Claro que Jake não perdia a chance de pertuba-lo, e é extremamente ciumento com Sarah. Brigavam todos os dias. Já até virou rotina. Mas enquanto discutiam por Sarah, Alice aproveitava para sequestra-la para uma seção de roupinhas e penteados. Comecei a escrever um diário, incentivada por minha mãe. Ela me convenceu a colocar tudo nele. Cada desenvolvimento deles. Cada pequena mudança. Eu escrevo nele todas as noites. Conto cada pequena aventura com meus filhos e Jake. Meu avô Charlie, finalmente conheceu os bisnetos. Ele a princípio, ficou chateado por escondermos até mesmo que eu estava grávida de Jake. Mas ficou babando pelas crianças, e sabiamos que tinhamos sido perdoados pelas mentiras. É claro que ele estranhou cada um ser tão diferente do outro, mas adotou sua filosofia de sempre.


– Se for muito esquisito, não quero saber. Não me contem!



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Era uma manhã de um sol, nada comum em Forks. Eu e minha mãe estávamos brincando com as crianças no quintal. Edmond começava a dar seus primeiros passinhos, seguindo Jason, que o incentivava. Sarah olhava animada para eles. Jake e Seth estavam em La Push, ainda com problemas com os novos lobos. Eles são muito novos e tinham sempre problemas com a transformação. Alguns não aceitavam e estavam com raiva da transformação. Outros empolgados demais e viviam se transformando sem necessidade, o que é um plobrema, pois são novos demais, e isso interrompia seu crescimento normal. Muitas vezes, Jake só conseguia voltar à noite. Se lamentava sempre quando perdia algum progresso dos nossos filhos, mas eu passava para ele atravéz do meu dom, tudo o que ele tinha perdido do nosso dia.


Ouvimos a caminhonete de Quil parar na porta da mansão. Mas o cheiro que veio não era dele. Olhei tristemente pra minha mãe, que me incentivou com um beijo na testa a entrar para falar com ela.


– Vá, querida! Pode deixar que eu fico com eles.


Entrei na mansão, encontrando Claire, que estava tendo uma conversa silenciosa com meu pai. Ela me olhou assim que eu entrei. Me deu um sorriso, que não chegava até os olhos. Sorri para ela, pegando sua mão, para que se sentasse ao meu lado. Alec estava na sala e olhava pela janela, para as crianças que brincavam no quintal. Meu pai se sentou à nossa frente. Carlisle e Esme no canto da sala. Alice, Jasper, Rose e Emmet tinham ido para Seattle fazer compras, e a casa estava quieta. Só ouviamos as risadinhas das crianças no quintal, e isso dava a tudo um tom melancólico de uma tragédia anunciada.


– Claire, pode falar!


– Está na hora, Nessie! Um deles tem que partir daqui a seis dias.


– Seis dias, Claire?


– Sim. Eu... Lamento muito.


– Mas e os lobos, Claire? Eles poderiam lutar. São tantos! Nós poderiamos lutar também. Talvez tenhamos alguma chance... Eu...


Os olhos de Claire se escureceram, e eu percebi que ela estava se segurando ao máximo que podia para não chorar. Ela mordeu os lábios e fez algo que eu nem mesmo acreditei. Se ajoelhou à minha frente.


– Eu lhe imploro, Nessie. Não por mim, mas pela vida de todos os Quileutes e até mesmo pela vida de meu filho ainda não nascido...


– Claire, pare com isso!!! Não a pressione desta maneira!!!


Meu pai tentava levanta-la, mas ela pediu com mão, para que ele não a interrompesse . Eu estava muda e começava a tremer nervosamente.


– Sei que é como se estivesem arrancando um pedaço do seu coração... Mas eu imploro, Nessie. Não mude de idéia. Nada será mudado. Você viu! Irá acontecer.


Eu a peguei pelos ombros, para que se levantasse, e ela me acompanhou. Mas continuou a falar.


– Os lobos não estão prontos ainda, Nessie. São novos demais. Estarão prontos, mas só quando chegar a hora. E acredite quando eu falo que não é agora!


Alice e o restante da família entravam na casa essa hora. Claire olhou para Alice, como se esperasse ela falar alguma coisa.


– Eu levo ele.


Foi tudo que Alice disse. Tio Jasper a tocou no ombro, e eles se olharam. Ela desviou o olhar dele, me olhando firmemente.


– Eu levarei seu filho a Volterra, Nessie.


– Não! Vocês enlouqueceram! Aro vai ler na mente de quem for lá entregar a criança. A única que tem alguma chance de não revelar dos outros bebês, é Bella. Eu sinto muito Edward, mas não vou deixar Alice ir. Aro a quer muito, para eu permitir que ela vá até ele de boa vontade, e ainda levando uma criança à tira colo.


Tio Jasper cospia as palavras. Ele semple tão contido e discreto. Era a primeira vez que eu o via assim. Mas ele tinha como sempre razão em suas palavras. Qualquer um que fosse até Aro, ele leria na mente que haveria outras crianças. Somente minha mãe e eu teriamos alguma chance de não falar nada em Volterra. De não revelar sobre as outras crianças.


– Eu posso ajudar quanto a isso.


Claire falou calmamente, já recomposta de sua crise de desespero. Toda a sala olhava para ela agora.


– Eu conheço as ervas da floresta. E existe uma em especial que eu posso usar em uma infusão. Ela faz com que a pessoa esqueça alguns fatos recentes e tenha sua mente mudada por indução.


– Como, indução?


Meu avô parecia curioso sobre a erva.


– A pessoa dormirá alguns dias e deverá ser induzida com a história que ela deve saber, e a que ficará no lugar da que ele deve esquecer.


– Vampiros não dormem, Claire. E nem bebem chás de ervas.


– Terá que beber esse Edward. E mesmo um vampiro dormirá.


Toda a sala ficou uma confusão. Nesta hora, todos falavam ao mesmo tempo. Jacob chegou com Seth e minha mãe entrou com as crianças, que começaram a ficar nervosas com a agitação.


Alice discutia com Jasper. Minha mãe tentava acalmar Edmond e Jason, que começaram a chorar. Rose brigava com meu pai sobre ele sempre tentar proteger Bella e ele discutia com ela. Todos estavam nervosos. Tio Jasper não estava usando o seu dom para acalmar ninguém. Jacob perguntava o que estava acontecendo, sem receber resposta. Minha mente começava a doer em forte dores de cabeça. Eu sabia que era Sarah que estava assustada. Seth já a puxava para ele, tentando acalma-la. Mas ela estava nervosa demais...


– Eu faço! Eu bebo a infusão. Eu levo a criança para Volterra.


Todos olhavam para o único que tinha se mantido calado até então. Alec se voltou para Claire.


– Faça o chá feiticeira. Eu bebo! Será bom ter algumas noites de sono depois de séculos.


Sorriu pra mim, piscando o olho e saiu calmamante em direçao à floresta, deixando a todos mudos. Corri atrás dele. Jake me segurou pelo braço, mas eu desviei indo atrás de Alec.


– Alec! Alec!


Chamei-o, mas ele continuava a correr à minha frente. Tentei alcança-lo, mas ele é mais rápido. Gritei, sabendo que ele me ouviria.


– NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ QUE VOLTE E VENHA FALAR COMIGO, ALEC.


Sentei em uma pedra, cruzando as pernas. Logo o vi surgindo de má vontade, ao meu encontro.


– O que é, Nessie?


– Como é o quê? Solta a bomba e sai saindo. Como é isso, Alec? Vai voltar? Não pode! Aro matará você. Não seja estúpido! Eu irei...


– Não fale besteira, Nessie. Você não vai. Aro não vai me matar.


– Como não? Você os traiu. Ele quer sua cabeça, Alec.


– Aro é um politico, Nessie. Caius talvez queira minha cabeça, mas Aro não deixará. Tenho muito mais serventia a ele vivo do que morto. Ele me aceitará de volta com um sorriso nos lábios.


– Não tenho esta certeza, Alec. Não quero que faça isso.


– Mas eu quero fazer. Aqui não é meu lugar, Nessie. Respeito e admiro sua família, mas a vida dos Cullen não serve pra mim. Sou o que sou.


Olhei profundamente para Alec, tentando buscar a verdade naquilo tudo.


– Não diga que está fazendo isso por mim, Alec.


– Não é por você. Eu quero rever alguns amigos.


– Há! Por favor!!


Levantei, ficando de costas para ele.


– Eu cuidarei dele, Nessie. Sei que isso não a deixará mais tranquila. Mas é melhor que deixa-lo sozinho.


Suas palavras encheram minha alma. Eu queria correr para ele e me ajoelhar em agradecimento, mas eu comecei a respirar ofegante, tentando desesperadamente segurar as minhas lágrimas. Ele percebeu meu estado. Segurou meus ombros, fazendo com que eu o olhasse. Seu olhar de compaixão e amor, quando me olhavam, faziam meu peito se apertar. Ele me abraçou e eu não segurei mais as lágrimas.


– Faria isso Alec...? Protegeria meu filho? Ficaria com ele? Faria isso por mim?


Ele segurou meu rosto banhado em lágrimas. Meus lábios tremiam pelos soluços do choro. Ele secou minhas lágrimas com os polegares. Nossos rostos já estavam muito próximos. Ele se aproximou e respirou fundo, me dando um doce beijo na testa.


– Claro que faria. Mas não é só por isso, Nessie. Eu estaria mentido se não falasse que eu quero mesmo ir. Me sinto fraco estando aqui. Essa dieta está me matando.


Olhei indignada para ele, que ria envergonhado.


– Mas fique tranquila. Vou ajuda-lo a caçar os animais e não as pessoas. Farei o possível.


– Alec, não brinque comigo. Prometa pra mim, que vai protege-lo. Não o deixe se transformar em um monstro.


Alec me olhou sério, desmanchando o sorriso. Pegou minha mão e a beijou.


– Eu prometo! É uma promessa, Nessie !


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Notas finais do capítulo

Sei que talvez o imprinting de Seth não tenha sido muito detalhado e tão , mas prometo amores, que volto a isso em outra oportunidade , por que afinal a fic e de Jake e Nessie.E como amo de paixão o Seth e agora tambem Sarah não quero banalizar com meras linhas corriqueiras . Eles merecem mais, concordam ???
bjs !!!



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