Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 44
Capítulo 44 - QUANDO OS ESPÍRITOS FALAM




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N/A


Uma densa neblina cobria toda floresta. A lua cheia iluminava por de trás da neblina. Dando a noite uma aparencia sombria .Um canto sussurrado e antigo era ouvido em uma língua indígena. Sua voz suave, era um chamado para espíritos antigos. A menina de cabelos longos, ajoelhada em meio a floresta dava giros com seu corpo ainda de joelhos, demostrando o respeito aos antigos espíritos guerreiros, que alí estavam chegando, mas não eram vistos por olhos que não fossem por eles escolhidos. A menina continuava seu canto. Por ora ela trocava por uma reza na mesma língua indígena antiga de seu povo. Seus olhos fechados e braços abertos para saldar aqueles que viam da terra dos espíritos. Ela parou, sentindo suas presenças. Abaixou  os braços, tentando acalmar seu coração. Ainda de olhos fechados. Eles tinham falado em sonho com ela, e a chamavam para estar em sua presença. Mas mesmo sabendo que eles não fariam mal a ela, era intimidador estar na presença deles. Claire abriu os olhos e pode vê-los. Quatro grandes espíritos guerreiros de seu povo. Ela só conhecia um. Era Sarah a mãe de Jake. Ela a olhava com sua expressão tranquila. Se aproximou de Claire.


- Levante-se Claire. O que temos a dizer é muito importante. Sei que temerá por seus amigos, mas a sobrevivência do povo Quileute está ameaçada por decisões erradas que serão tomadas. Por isso, a chamamos aqui,Claire. O espírito de seus ancestrais falaram com você. Não precisa temer.


Um homem alto e forte, com um sorriso nos lábios, que Claire pode ver que era muito parecido com o de Emily se aproximou dela. Seu olhos eram de um negro profundo, mas não havia brilho dentro deles.


- Não temos mais um corpo, Claire. Assumimos esta forma, somente para que nos veja.


Ele disse, respondendo os pensamento de Claire. Ela não estranhou. Já sabia que eles podiam ouvir seus pensamentos. Era impossível mentir ou tentar enganar os espíritos por esse motivo. Eles viam através de nossa carne humana. Eles viam a alma das pessoas.


- O que querem de mim?

Ela perguntou timidamente , ainda amedrontada por estar na presença de espiritos desconhecidos . O homem se aproximou mais de Claire e seu rosto perdeu o sorriso que sustentava. Fitou Claire de forma séria.


- Precisa avisar àquela que carrega o sangue dos frios, que o filho retornará ao pai, para curar as dores do coração da mãe. Ela deve deixar ele ir, para que seu coração conheça o bem e o mal, e caminhe com o inimigo e depois, se assim se mostrar merecedor. Será o guerreiro mais poderoso, porque dentro do seu espírito guerreiro, renascerá o grande protetor do povo Quileute, e toda a sua descendência viverá para proteger nosso povo.


- Eu não entendo!


- Diga a ela que se assim não for, a morte caminhará até mesmo para aqueles que se acham eternos.


O homem disse isso, tocando o ombro de Claire. Neste instante, ela pôde ver toda a aldeia sendo queimada. Sangues eram sugados de corpos humanos, e pôde reconhece-los. Via Emiliy, Sue e muito outros da aldeia serem bebidos e mortos por corpos de mortos vivos os frios com olhos vermelhos.


O choro de crianças que estavam em cima de um lobo enorme foi ouvido. O lobo era atacado por vários mortos vivos, que tentavam arrancar as três crianças de cima dele. Ele lutava ferozmente e as crianças não conseguiam mais se segurar em cima do lobo. Foram arrancadas de cima dele pelas mão frias dos mortos vivos. Mesmo crianças, elas eram extremamente fortes e tentaram se defender, mas sua luta ainda era fraca contra as várias mãos frias que tentavam ferir seus pequenos corpos. Um já tinha sucumbido e seu sangue escorria por seu pequeno corpinho, que estava inerte no chão. O lobo olhou o pequeno corpo de criança sem vida e se desesperou, indo a seu alcance, mas foi segurado por novos ataques de vários mortos vivos que mordiam, arrancando de seu corpo lupino, pedaços de carne. O lobo ainda tentava lutar mesmo mordido e sentindo seu corpo ferver e se desfazer em ácido. Tentava alcançar a criança que já estava morta. Ele sabia, pois não ouvia mais o pequeno coração da linda menininha de cabelos negros como os seus. Ele caiu no chão, ferido, voltando a sua forma humana. Se arrastava até a pequena menina. Abraçava seu corpo sem vida. Sentia nesta hora, o veneno que corria em suas veias e chegavam até seu coração. Soltou um grito, que veio junto com seu último suspiro. Vários uivos foram ouvidos nesta hora, pois o corpo do Grande Alpha caia sem vida, ainda abraçado a criança. Outro grande lobo cor de areia tentava lutar, mas não teve mais forças quando não ouvia mais seu pequeno coração pulsar, seguindo as batidas do seu. Olhou a cena de seu irmão e alpha caído abraçado com aquela que era a sua prometida mortos. Se voltou ao grande exército de frios e saltou sem temer a morte, pois ela era bem-vinda. Não havia mais nada para ele. A sua menina estava morta. Seu irmão estava morto. A morte seria muito bem-vinda. Seus irmãos lobos lutavam, mas eram sucumbidos um a um. Mesmo os frios de olhos dourados foram decapitados e desmembrados, e seus corpos jogados ao fogo. A pequena vampira com andar de fada foi a única poupada, e foi levada junto as duas outras crianças, mas todo o restante de sua família tinha sido mortos naquela batalha. Bella tentava salvar Nessie, mas foi morta por um vampiro loiro de olhos de sangue e ódio. Renesmee foi morta em seguida pelo mesmo vampiro. Seu corpo era tacado em pilhas de fogo. O jovem de cabelos de bronze foi trazido à presença de um vampiro altivo, com olhar felino. Ele o tocou seu braço.


- Lamentável, Edward. Poderia ter se juntado a nós. Você e sua família seriam muito bem-vindos, mas olhe à sua volta. Olha o que nos obrigou a fazer com a temozia de vocês.


O Vampiro falava teatralmente, apontando para a aldeia quileute destruída, e num gesto rápido, os dois vampiros que seguravam Edward desmembraram seu corpo, tacando-o ao fogo, juntamente com os outros.


Claire pôde ver seu lobo caído em sua forma humana. Quil estava morto. Ela chorava em cima de seu corpo mutilado, e neste momento, a visão foi se dissipando e ela via de novo os olhos do espírito do homem. Ele tirou seu toque do ombro de Claire. Imediatamente ela se sentiu fraca e caiu desacordada com a intensidade das imagens que tinha visto. Mas mesmo no seu inconsciente, ela ainda ouvia a voz do espírito do homem.


- Isso não é um sonho, Claire. Isso é o que vai acontecer, caso as decisões sejam erradas.


Seu corpo ficou alí por um tempo, mas logo foi erguido por braços fortes,que a tomavam de encontro ao peito nú. Foi sentindo o cheiro acolhedor de seu Quil. Abriu os olhos e encontrou seu olhar preocupado, alisando com carinho seu rosto.


- Tenho que começar a pensar em colocar um localizador em você, Claire. Pra saber quando vai sair assim pela mata, me deixando louco de preocupação.


Ela sorriu fracamente para Quil e beijou seus lábios,em um beijo calmo de gratidão por a ter encontrado.


- Preciso que me leve a um lugar. Temos que falar com algumas pessoas.


Quil concordou com a cabeça sem fazer questionamentos. Já sabia que não teria respostas antecipadas. Somente saberia quando Claire julgasse que fosse nescessário lhe contar.


Ele se transformou em lobo e Claire subiu em suas costas. Ele parou, esperando ela falar para onde iriam. Ela parecia pensar, e enfim falou.


– Para a casa dos Cullen, Quil.


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PDV – NESSIE

Eu e Jake caminhávamos abraçados até o chalé. Era estranho andar lentamente
por tanto tempo, mas era bom quando Jake estava ao meu lado.
Parecíamos normais. Quase humanos. Marido e mulher caminhando
normalmente. Seria tão fácil e simples. Não estaríamos
constantemente sendo ameaçados, vivendo com medo de que o inimigo
estivesse a espreita, esperando qualquer baixa de guarda. Seria só
mais um casal passeando. Uma mulher grávida e feliz, passeando com o
amor de sua vida. Sorri com meus devaneios e Jake me olhou curioso.


- Parecemos normais andando assim. É bom!

– Gostaria que fossemos normais, Nessie?

– Ás vezes penso nisso, mas não seria a mesma coisa. Talvez tenha que ser assim Jake. Para ser verdadeiro, intenso como é.

Jake me olhava balançando a cabeça, mas seu semblante estava franzido e ele
olhava o negro da floresta. Notei o som de algo correndo muito rápido. Sons de patas batendo no solo vinham em nossa direção.

– São Quil e Claire!

Jake falou, mas eu não os via ainda, mas meu pai e minha mãe já estavam do nosso lado. Me assustei quando olhei as feições de meu pai. Era do
homem em chamas novamente. Lembrei a última vez que eu o vi assim.
No castelo, depois do baile em Volterra. Algo não estava bem e ele
já sabia o que era.

– O que foi, pai? O que tem de errado? Algo em La Push?

Ele me olhou. Tentou se recompor, mas não me respondeu.Quil estava em
sua forma de lobo, com Claire montada nele. Eles se aproximaram de
nós, e Claire desceu das costas de Quil. Corri para abraça-la,
mas ela ela só me deu um sorriso fraco. Ela tinha um olhar
pesaroso. Quil se afastou, voltando em seguida em sua forma humana,
se juntando a nós. Claire ainda me olhava de maneira estranha,
alternando seus olhares pra mim, Jake, meu pai e minha barriga, que
já era visível.

- Tentei vir antes para vê-la, Nessie. Mas fui covarde minha amiga, sinto
muito.

- Tem algo errado, Claire?

Perguntei e minha voz saiu trêmula. Senti meu pai ao meu lado, encarando
Claire, e algo se passou entre eles. Estranhei os olhares que um
lançava para o outro. Tentei amenizar o clima tenso que já se estalava alí.

– Vamos entrar gente! Claire, venha! Vou fazer um chá pra gente e você me conta
tudo. Pai! Mãe! Podem ir. Nós vamos ficar bem.

Minha tentativa foi ridícula. Era óbvio que nada estava bem e que nada
ficaria bem. Mas os olhares que meu pai lançava à Claire, estavam
me deixando nervosa. Quil já assumia uma posição de defessa
sobre ela. Mas Claire parecia decidida e voltou a me olhar.

– Não, Nessie!Não vou entrar para tomarmos chá, minha amiga. Gostaria muito de
que fosse isso que me trouxe aqui. Um bate papo com minha amiga de
infância. Mas não foi...

– Claire, talvez não devesse dizer isso agora para ela. Deixe que eu diga quando
chegar o momento certo pra isso.

Meu pai interrompeu Claire, que me olhava piedosa agora.

– Preciso falar agora, Edward. Antes que a coragem me falte.

Quil a abraçou pelos ombros e vi lágrimas correrem no rosto caramelo de Claire.
Eu segurei sua mão, tentando consola-la, mas isso só fez ela
chorar ainda mais. Eu já tremia levemente, sentindo as mãos de
Jake me puxando para ele. Jake havia me contado que Claire se
comunicava com os antigos espíritos Quileutes, e o fato dela estar
alí com seus olhos assustados, chorando e pedindo desculpas
silenciosas, só podia ser algo que ela viu. Olhei mais uma vez
para meu pai e ele continuava com sua expressão de homem em
chamas. Ele falou, encarando uma chorosa Claire.

– Eu entendo, Claire. Mas eu prometo que quando chegar a hora eu mesmo falarei
com ela. Tenho certeza que eles entenderão. Não se sinta covarde por isso.

Ela olhava agradecida para ele agora, mas pegou minha mão em um
gesto de súplica, que me deixou sem ação, e disse a frase mais sem
sentindo que eu já tinha ouvido na minha curta vida.
– O filho retornará ao pai, para curar as dores do coração da mãe.
Eu queria protestar, gritar, perguntar que droga era essa, mas eu não
consegui. Ela tinha no rosto a dor, e ver isso nela, numa simples
humana, que parecia carregar um fardo pesado demais para seu frágil
corpo, me doía. As palavras morreram na minha boca. Quil a pegou
no colo, quando seu frágil corpo parecia desfalecer e entrou
floresta a dentro. Ficamos parados sem falar nada . Quando Jake
olhou para meu pai, eu pude perceber que ele fazia uma pergunta
silenciosa para ele.

– Hoje não, Jacob.Leve Renesmee para casa. Ela já teve notícias difíceis demais
por uma noite.

Ele e minha mãe saíram rápido demais, rumo a floresta. Fugiram para caçar. Para
não responderem mas as minhas perguntas e as de Jake, que agora me
olhava com preocupação.

– Estou bem, Jake. Só muito confusa.

– Venha, eu levo você agora.

Me deixei ser carregada pelos seus braços fortes e acolhedores. Alí, eu me
sentia protegida e amada. Me permiti mergulhar em seu cheiro
maravilhoso, para acalmar meu coração. O dia tinha sido repleto
de péssimas notícias. Eu queria esquece-las alí, naquele corpo
moreno. Ele sorria, mesmo não sendo meu sorriso perfeito. Mas era
bom senti-lo comigo. Eu não sei o que teremos que enfrentar, mas
nada me afastará de Jake de novo.

– Eu nunca mais vou deixá-la, Nessie.

Ele falou como se nossas mentes fossem uma só. Ele estava pensando o mesmo que eu, sem precisarmos falar nada. Passei isso através do meu dom,
encostando minha mão em seu rosto e ele assentiu com a cabeça, me olhando profundamente.

– Como se fossemos um só, Nessie.










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