Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 39
Capítulo 39 - CAOS


Notas iniciais do capítulo

No caso das borboletas, o bater de asas de uma delas em um determinado lugar do mundo pode gerar uma movimentação de ar que, intensificada, desencadearia a alteração do comportamento de toda a atmosfera terrestre, para sempre. Parece loucura, mas acontece todos os dias, e chamamos de acaso.
Teoria do Caos Efeito Borboleta



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/281726/chapter/39

PDV-NESSIE

Já estava quase terminando minha obra de arte. Sem dúvidas, estava uma perfeição. Tia Alice ia ficar toda orgulhosa . Mais um pouco de máscara preta no contorno dos olhos e um vermelho sangue na boca. Pronto! Cabelo desfiado, tipo ninho de aves. Luvinha curta, estilo anos oitenta da Madonna e o véu preto, completamente preto, devido à tinta de cabelo. O vestido tinha recebido ajustes perfeitos. Foi cortado de maneira torta e totalmente sem cuidado, e todos os enfeites de flores e brilhos foram devidamente arrancados. Ficou um preto desbotado, cheio de defeitos, o que dava tudo um ar de farrapos. Só falta o buquê. Infelizmente amiguinhas, vocês não estão combinando com o meu look noiva cadáver. Sacudi bem o arranjo de flores, deixando ele todo desgrenhado. Amassei bem, para ficar com cara de detonado. Pronto, tá uma beleza. Felix entrou mais uma vez sem bater, mas a cara do vampiro era impagável quando se deparou com a minha figura.

- O que você fez sua maluca?

Sorri em vitória, vendo sua cara de aturdido. Girei, mostrando a ele todos os ângulos da minha criação de moda.

- Ora, dei uma modernizada! Que isso aqui? Um castelo de vampiros. Por favor, temos que agir de acordo. Onde já se viu, casar de branco em meio a mortos vivos. Tenho que estar a caráter, babá. Só falta um detalhe.

Rasguei as meias que estavam na altura da coxa, deixando elas com vários fios soltos. O que dava a tudo, um ar de que eu tinha sido atropelada ou jogada numa gaiola de feras.

- Nahuel vai mata-la, com certeza, garota. Não vai sobrar nada de você.

- Pois ele que tente. Anda, babá. Você também devia se arrumar como eu. Afinal, você vai entrar comigo na igreja.

Tentei me aproximar de Felix com a tesoura na mão, para cortar sua roupa, mas o vampiro correu como se o próprio demônio estivesse chamado por ele.

-Vem cá, Felix! Volta aqui, vai ficar lindo. Mas que vampiro mais covarde.

Ele sumiu, literalmente. Não estava nem mais no corredor. Sentei calmamente na poltrona, esperando minha deixa para sair dalí. Se Felix tinha feito aquela cara, imagina o que farão os outros. Dei uma risadinha singela. Mas meu peito estava apertado. Já estava muito próximo da hora do casamento, e nem sinal de um possível resgate. Talvez, eu devesse tentar fugir sozinha. Olhei mais uma vez a janela, com os jardins e muros altos, que tinham soldados espalhados por todos os lados. Mesmo que eu consiga pegar um ou dois, são muitos. Não ia conseguir passar nem do portão. Suspirei, sentando na poltrona, e a porta foi aberta pela vampira que tinha trago o vestido. Ela me olhaou e soltou um rosnado violento, me encarando com desgosto.

– Eu não acreditei quando Felix me contou. Tive que ver com meus olhos. O que pensa que está fazendo, garota insolente.

Bufei impaciente.

– Ninguém bate mais na porta? Vão entrando no quarto. Que falta de finesse, por favor. E quem é você afinal?

– Haid, e você pode ir tratando de tirar esta roupa.

– Nem pensar! Eu passei a noite toda elaborando este modelito perfeito. Nem vem! E se me tocar, eu grito para tio Marcus vir e te levar daqui.

A vampira espumava ódio. Se virou e saiu. Felix estava me olhando do lado de fora do quarto.

– Coisa feia, babá. Foi pedir ajuda da amiguinha vampira.

Ele bufou derrotado .

– Não vai cortar minha roupa, garota. Nem pense em chegar perto de mim com aquela tesoura.

Balancei os ombros, em sinal de descaso.

– Você é quem sabe. A gente ia arrasar junto, entrando pela nave da igreja. Taí outra coisa errada. O casamento não deveria ser na igreja. Deveria ser no cemitério. Ficaria mais de acordo, você não acha?

– Você deve estar enlouquecendo. A sua parte humana está entrando em parafusos, só pode. Agora, levante. Já está na hora.

Suspirei fundo, resignada. Olhei mais uma vez para a janela. Minha família! Eles jamais me abandonariam. Jake, talvez eu nunca mais o veja. Lágrimas já estavam marejando meus olhos, mas eu não permiti que elas caissem. Eu não ia dar o gosto deles me verem fraquejar. Sequei meus olhos, estendendo o braço para Felix. Ele me olhou desconfiado.

– Chega de confusões, garota.

–----------------------------------------------------------------------------PDV - JAKE

Olhei mais uma vez a porta aberta do helicóptero, sem acreditar que aquele plano insano ia realmente dar certo. Mas estavamos sem opção. E nem em sonho, eu podia permitir que Nessie se casasse.

– Jacob!!! É a sua vez. Você tem que pular agora.

Jasper me chamou. Eu estava paralizado, sem acreditar no que eu ia fazer. Respirei fundo, pensando nela. E isso me deu coragem. Coloquei a fivela com o cabo de aço no cinto de segurança, indo para a porta, olhei pra Jasper e ele fez um ok com o polegar. Desci sem olhar pra baixo. Imediatamente, a adrenalina tomou conta do meu corpo e tive que me controlar, pois os tremores vinham com a descida rápida. Alice já estava no telhado da igreja. Fez sinal para Rose, que desceu em seguida.

Descemos pela lateral do telhado da igreja. Lá de cima, a visão era privilegiada. Podiamos ver os portões laterais e da frente do castelo, por onde Edward, Bella e os outros entrariam. Jasper fez sinal para que ficassemos abaixados, para não denunciar nossa posição.

– Precisamos do sinal.

–-------------------------------------------------------------------------

PDV - NESSIE

A enorme porta da igreja foi aberta, e um pânico começava se instalar dentro de do meu corpo. Estava ficando tonta. Felix segurou meu braço com firmeza. Ele sentia meu corpo fraquejar.

– Calma, garota! Cadê a sua coragem?

Olhei pra ele, pensando que ele estava de deboche, mas sua feição era séria. Fiquei firme e vi os olhos de centenas de vampiros me encarando. Aro tinha armado um verdadeiro circo. Eram vários vampiros, que me encaravam sem acreditar no que estavam vendo. Sorri em vitória. Eu tinha conseguido minha pequena vingancinha. Estavam todos chocados com o modelito da noiva. Várias vozes baixas, falando muito rápido. Começaram os murmurinhos.

Pude ver Aro com expressão de ódio na frente do altar. Nahuel tinha uma expressão de desagrado, mas logo o seu sorrisinho cínico já estava brilhando em seu rosto novamente.

Caminhava tão lentamente pela nave da grande igreja, que tive esperança que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo e logo eu acordaria na minha casa. Mas enfim cheguei à frente do meu martírio, e meu coração estava tão pequeno, que eu achei que ele podia parar de bater. Nahuel pegou minha mão, me levando até a frente do altar, e eu não via como sair dalí. Meus movimentos eram automáticos. Meu cérebro estava congelado. Fechei os olhos, fazendo uma prece silenciosa. Então, um estrondo foi ouvido...

Tudo aconteceu em velocidade de vampiro. Todos os vidros das janelas da enorme igreja foram quebrados num estrondo ensurdecedor. Um rugido feroz se fez ouvir, e o vulto vermelho saltou à frente. Meu coração imediatamente reconheceu a batida frenética do coração do meu lobo. Sem olhar para mais nada, nem ninguém, corri ao seu encontro, voando em suas costas. Ele me levou, saindo de dentro da igreja, que já estava um verdadeiro caos. Imediatamente, pude ver Alec mandando seu poder para dentro da igreja repleta de vampiros. Tentei vê-lo de novo, mas Jake estava correndo com toda a sua velocidade para o pátio do castelo. Tudo alí estava um caos. Os jardirns tão bem tratados, estavam destruídos. Uma luta insana estava sendo travada. Vi minha mãe enfrentando Jane. Segurando-a firme em seu braço. Tio jasper estava estraçalhando vários soldados. Vi corpos de vampiros serem arremessados em fogueiras, que já ardiam um forte odor adocicado. Tio Emmet lutava ao lado de Quil e Embry, que pareciam se divertir com toda aquela loucura.

– Pare, Jake! Temos que ajuda-los!

Ele não parou! Já estavamos muito próximos ao portão de saída do castelo. Sabia o que ele estava tentando fazer, mas eu não ia deixar. Saltei de suas costas. Ouvi um ganido em protesto, mas ignorei completamente. Indo na direção contrária, voltando aos jardins onde a batalha continuava. Vi Leah sendo encurralada pos três vampiros. Saltei na jugular de um deles, jogando seu corpo no chão. Pude ver Jake ao meu lado, pegando o outro. Destruimos os vampiros, e mais uma vez, ele tentava me tirar da batalha. Desviei dele, indo em direção ao meu pai, que estava defendendo Esme de Demetri. Ele me viu, e se distraiu, levando um golpe violento do vampiro rastreador. Saltei ao seu encontro. Esme já etava novamente investindo contra Demetri. Amparei meu pai, que estava caído, mas ele me segurou firme pelo braço.

– Tem que sair daqui, Renesmee. Vá embora!

– NÃO PAI!!! Tenho que ajuda-los.

Ele me olhou firme, falando baixo, de uma maneira que só eu poderia ouvir.

– Renesmee...




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Amor Imortal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.