Só mais uma história de amor escrita por Sali


Capítulo 7
Beatrice


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi [][]
Então, gente!
Ainda tô no prazo! Não me batam!
Esses bloqueios criativos me matam, aiai
Mas cá estou eu, com um capítulo que é fofo... a partir da metade XD
Não me matem! u_u



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O som impaciente da campainha me acordou e acordou também a Júlia, que dormia serenamente sobre o meu peito.

– Ai, eu vou ter que atender. – Reclamei.

– Sério? – Ela perguntou, sentando-se na cama e soltando um bocejo. Não pude deixar de observar seu corpo sendo inteiramente descoberto pelo lençol diante de tal ato.

– Infelizmente sim. – Dei de ombros e ela riu.

– Ok.

Levantei-me e vesti uma boxer tirada da gaveta. Me dirigi até a mesa para pegar uma camiseta verde musgo, e ao fazer isso, pude ver algumas marcas avermelhadas ao longo do meu pescoço e no colo.

Júlia colocou-se de pé, atrás de mim, encostando uma mão nas minhas costas.

– Ai! – Reclamei, sentindo uma leve ardência no local onde seus dedos tocaram.

Virei-me, mirando o espelho por sobre o ombro e vendo muitas marcas de unhas e arranhões ao longo da pele das minhas costas.

– Fui eu que fiz isso? – Júlia perguntou, arqueando as sobrancelhas.

Eu ri.

– Quem mais seria?

– Nossa.

Ri ainda mais.

– É, você acabou comigo. – Sorri e vesti a camiseta que estava na minha mão.

Ouvi Júlia soltar uma risada e saí do quarto caminhando com passos lentos até a sala de estar. Destranquei e abri a porta, dando de cara com um rosto maquiado e seios esmagados em um top rosa neon.

Beatrice era o nome da dona disso.

– O que você quer, garota? – Perguntei, sem a menor questão de ser simpática.

– Nossa! Bom dia para você também, Mariana. – Ela disse com sua vozinha enojada.

– Eu não desejo o mesmo. – Respondi.

– Que mau humor. – Ela reclamou, para depois dar uma risada. – Mas pelo que eu posso ver, você teve uma noite agitada, hein? Esse cabelo bagunçado, essas marcas aí no pescoço, a camiseta que parece que você vestiu correndo... – Ela disse enquanto puxava a gola da minha camiseta com o indicador. – Conheço bem. Quem é a vadia?

Agarrei seu pulso.

– Ei, Beatrice. Já pensou em olhar no espelho antes de chamar qualquer pessoa de vadia? – Sibilei.

– Ui! Ficou nervosinha é? A vadia parece ser importante. Me diz, qual é o nome dela? Vai dizer que esqueceu... – Ela disse em tom provocativo, dando uma risada. Apertei mais seu pulso.

– Não. O nome dela é Júlia, e ela é infinitamente melhor do que você nunca foi, entendeu? Ela não é uma vadia igual a você. Ela é a minha namorada, a mulher da minha vida. E eu a amo como nunca amei ninguém. – Respondi, soltando o seu pulso com violência.

– Ai, machucou tá? – Beatrice respondeu-me, massageando o lugar onde eu apertara. – Eu só queria uma companhia para caminhar... e pensei em bater aqui, na porta da minha vizinha querida.

– Some daqui, garota. – Falei entre dentes e bati a porta.

Me virei de costas e vi Júlia encostada na parede do corredor, com o olhar na minha direção. Ela mordia o interior do lábio e estava vestida com a sua camiseta azul e uma calcinha branca. Seus cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo bagunçado.

– O que aconteceu? – Ela perguntou, andando até mim.

– Uma pessoa veio bater aqui. – Respondi simplesmente.

– Quem era ela?

Sentamos-nos no sofá da sala.

– Beatrice. Ela é uma vadia que mora aqui no prédio. Ela me persegue desde o ano passado. Diz que é apaixonada por mim. – Expliquei. – E isso meio que piorou depois que... depois que nós... enfim... isso aí mesmo. – Eu estava embolando as palavras, não conseguia verbalizar aquilo. Afinal, era terrível ter que falar isso, principalmente para Júlia. – Mas não pensa mal de mim. Isso aconteceu uma vez só, bem antes da gente se conhecer. – Completei, mexendo nos cabelos.

Mesmo depois de seis meses eu ainda temia fazer qualquer coisa que me afastasse daquela garota. E agora meu medo estava ainda maior.

– Calma, meu amor. – Júlia pegou as minhas mãos e eu dei um sorriso leve e aliviado. – Quando vocês transaram você era livre, solteira e não devia nada para ninguém. Eu não posso te condenar por tudo que você fez antes de me conhecer. – Ela piscou para mim.

Dei um sorriso.

– Obrigada, pequena. – Agradeci-a, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e ela sorriu.

– Mais alguma coisa a dizer antes de tomarmos café? – Ela perguntou, olhando para o meu rosto.

– Um pedido. – Mirei o seu da mesma forma.

– Diga.

– Essa garota é louca, de verdade. Ela pode querer se vingar de você, meu amor. Então, por favor, nunca acredita em nada que ela te disser. – Pedi.

– Eu não acreditaria nem se quisesse. – Júlia sorriu. – Ela é uma vadia!

Suspirei aliviada.

– Você não existe. – Dei-lhe um beijo na testa. – Te amo demais.

Ela me abraçou.

– Eu também te amo, mas agora vem, vamos tomar café. – Ela se levantou e esticou a mão para mim.

Me levantei e peguei sua mão, caminhando ao seu lado até a cozinha.

– Não. Eu faço o café. – Ela disse quando eu me encaminhava para pia.

– Ui, ok. – Levantei as mãos e ela riu.

– Agora senta aí. – Ela exclamou, indicando uma cadeira diante da mesa.

– Sim senhora! – Bati continência, fazendo-a rir.

– Menina boba... – Ela balançou a cabeça e eu ri.

Apoiei a cabeça em uma mão e comecei a observar Júlia mexendo em alguma coisa na pia ou abrindo e fechando os armários atrás de algumas coisas. Em certo momento ela virou-se, olhando para mim.

– Que foi?

– Nada. Só estou admirando a sua beleza. – Dei uma risada, olhando-a de cima a baixo.

Ri ainda mais quando ela corou.

– E você nem é exagerada, né Mari? – Ela perguntou, apoiando as mãos sobre a mesa e dando-me um selinho.

– Exagerada? De jeito nenhum, Ju. É verdade isso. – Dei de ombros e ela se aproximou de mim.

Peguei a sua mão e a puxei rapidamente, de modo que ela caísse sentada em meu colo, com uma perna de cada lado da minha coxa direita. Coloquei as duas mãos em suas costas e a beijei, puxando seu corpo para o meu. Assim que a minha mão foi para a sua coxa, ela se afastou.

– Deixa eu terminar isso daqui, ok? – Ela mordeu o lábio inferior e se levantou, me fazendo soltar uma risada.

– Júlia, Júlia... – Balancei a cabeça e ela riu, andando até a pia e pegando o bule de café e levando até a mesa.

Também me levantei, pegando no armário duas xícaras e levando à mesa da mesma forma. Peguei pão no armário e Júlia tirou manteiga e queijo da geladeira. Colocamos tudo na mesa e nos sentamos em cadeiras frente a frente.

– A gente tem que tomar banho. – Eu falei logo que terminamos de comer, enquanto guardávamos as coisas.

– Juntas? – Júlia olhou para mim de lado, mordendo o lábio inferior e me fazendo soltar um risinho.

– Você decide. – Dei de ombros.

– Ah, vamos lá. – Ela exclamou, pegando-me pelo pulso e me puxando ao longo do corredor.

Chegamos ao quarto e ela continuou me puxando, até estarmos dentro do banheiro.

Antes mesmo que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela já estava livre da camiseta e da calcinha que vestia, ficando completamente nua à minha frente. Dei de ombros e tirei a minha blusa e a boxer, mas antes que pudéssemos entrar no box de vidro ela se esticou, beijando-me nos lábios e colando cada parte dos nossos corpos livres de qualquer roupa. Senti as mãos de Júlia irem diretamente aos meus ombros, colocando as unhas ali com leveza e olhei para o seu rosto.

– Até o fim do dia as minhas costas vão estar em carne viva. – Murmurei, fazendo-a soltar uma risada.

– Eu não tenho culpa. – Ela se defendeu. – É uma mania!

– Então troca de mania. Eu juro que quero dormir normalmente hoje!

Ela soltou outra risada.

– Vou tentar. – Ela riu, abraçando o meu pescoço e me beijando novamente.

Abracei a sua cintura com firmeza, puxando-a para mim da mesma forma. Deslizei a mão pelo seu abdome até a parte interna da coxa, fazendo suas pernas se abrirem levemente. Acariciei aquela área e Júlia soltou um risinho baixo e escondeu o rosto na curva do meu pescoço. As suas mãos seguraram meus ombros delicadamente e suas pernas se fecharam um pouco.

Depositei um beijo delicado no seu ombro e retirei minha mão de onde estava, voltando a segurar a sua cintura.

– Vamos só tomar banho por enquanto. – Sussurrei em seu ouvido. Ela levantou a cabeça e olhou para mim, dando um sorriso.

Entramos no box e eu abri o chuveiro, deixando uma água fria cair sobre nós. Assim que isso aconteceu, vi a pele de Júlia se arrepiar e não pude deixar de sorrir com isso, deslizando delicadamente as pontas dos dedos ao longo dos seus braços e fazendo-a sorrir da mesma forma.


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Notas finais do capítulo

Quem quer matar a Beatrice?
kkkkkkkk
Enfim.
Safadezas a parte... comentem! *-*
E agradecimentos especiais ás gurias limdas que favoritaram e comentaram a fic e blablabla
Mas vei, 5 reviews por cap?
Tá me deprimindo, poxa!
Mas enfim.
Au revoir!