Só mais uma história de amor escrita por Sali
Notas iniciais do capítulo
Oi, moças mais gatas del mundo.
Como vão vocês?
Well, eu disse que voltaria o mais rápido possível, e cá estou eu. Como avisado, os capítulos 14, 15 e 16 foram pro saco. Os capítulos de 1 a 4 também sofreram mudanças, mas foram leves. Se quiserem voltar e ler, podem ficar à vontade, mas não é algo realmente obrigatório. O capítulo 13 também continua a mesma coisa.
Enfim. Agora a ação vai realmente acontecer, e eu espero que todas as moças bonitas que comentaram no aviso, comentem aqui também.
Vocês não me abandonaram, né?
Well, leiam ^^
– Mari, posso mexer no seu notebook? – Júlia pediu logo que entramos no quarto.
– Pode, Ju. Só cuidado para não excluir o meu trabalho. – Respondi enquanto me dirigia ao banheiro. Antes de fechar a porta, ouvi-a rir e responder um "ok".
Tomei um banho demorado, a fim de tentar amenizar uma dor muscular que começava a incomodar no meu ombro esquerdo. Sequei-me rapidamente e saí do banheiro, vendo o quarto completamente vazio.
– Júlia? – Chamei, andando até a escrivaninha onde o notebook repousava fechado.
– Aqui! – Ouvi sua voz na sala.
Andei até lá e vi Júlia deitada no sofá da sala, parecendo muito concentrada no que passava na televisão.
– Ah não, Ju. Me deixa deitar aí, por favor. Eu tô quebrada! – Pedi e ela riu, se sentando num canto do sofá. Sentei-me ali e deitei a cabeça no seu colo, sentindo seus dedos mexerem no meu cabelo enquanto assistíamos ao programa que passava na televisão.
Pouco tempo depois, acabei adormecendo.
– Mari? – A voz de Júlia me acordou. – Acorda, amor. Vamos para a cama.
Esfreguei os olhos.
– Oi?
– Você dormiu. Vem, vamos para a cama.
– Ah, sim. – Esfreguei os olhos e soltei um bocejo. – Hm... Acho que eu não vou poder te levar para casa hoje.
Ela riu.
– Tudo bem, amor. Eu vou dormir com você, de qualquer forma.
Sorri e me levantei do sofá, me espreguiçando longamente.
– Isso é bom.
Ela riu novamente e me puxou pela mão.
– Vem, vamos para o quarto.
. . .
– Ah, Júlia. Não... Eu quero dormir! – Murmurei, escondendo o rosto no travesseiro.
Mari! Você me prometeu que ia. E além disso, são quase dez horas agora.
– O shopping está pelo menos aberto a essa hora?
– O shopping abre às nove, Mari.
Soltei um grunhido e apertei mais o travesseiro contra o rosto. De repente, senti os lábios de Júlia na base das minhas costas, subindo beijos lentos pela linha da minha coluna até onde a camiseta cobria.
Meu corpo se arrepiou, mas continuei com o rosto enfiado no travesseiro.
– Mari... Acorda, vai? – Júlia sussurrou com uma voz manhosa, a boca próxima ao meu ouvido. Eu sentia o seu peso sobre mim e seus dedos massageando as laterais do meu corpo, enquanto seus lábios roçavam a minha nuca e o meu pescoço.
Agarrei o travesseiro com mais força e mordi o lábio inferior, sentindo meu corpo reagir – sem eu querer – a cada toque.
– Hm... Eu sei que você gosta disso. Agora acorda aí.
– Ok, Ju. Você venceu. – Me deitei de costas e esfreguei os olhos, soltando um bocejo longo.
Júlia deu um sorrisinho vitorioso.
– Eu sabia que venceria.
– Claro. – Sorri de canto e me sentei na cama, espreguiçando-me longamente. – E agora que eu acordei... Vou tomar um banho.
– Não demora.
Revirei os olhos e sorri, entrando no banheiro.
Tomei um banho frio, tentando afastar de vez o sono que ainda me dominava, e voltei ao quarto enrolada em uma toalha. Me vesti com uma roupa qualquer, e logo Júlia estava me arrastando para o shopping.
Em meia hora, nós paramos diante de pelo menos quinze vitrines e entramos em umas seis lojas, onde ela analisava preços e experimentava roupas, sem levar nada.
– Sério, Ju. Você deve ser a única lésbica do planeta que gosta de passear no shopping e olhar vitrines! – Exclamei e ela riu.
– Não generaliza, Mari. Não são todas as meninas que gostam de meninas que têm um estilo igual ao seu. – Ela revirou os olhos.
Abri a boca para responder, mas fui interrompida.
– Achei! – Júlia quase gritou, me deixando sem entender. – Vem, Mari. Vamos lá! – Sua mão agarrou meu pulso e ela me puxou pelo shopping até chegarmos a uma loja onde a vitrine era tomada por fotos de modelos vestidas por lingeries coloridas.
– Meu Deus, Júlia. Isso é mesmo uma loja de...
–... Lingerie? – Ela sorriu e olhou para mim. – Sim. É. Agora vamos. Eu preciso de sutiãs novos.
Revirei os olhos e nós atravessamos a porta. O interior da loja estava realmente cheio para as dez da manhã de um sábado. Era um labirinto de mulheres, sutiãs, calcinhas, rendas e cor de rosa.
– Bom dia. Precisam de ajuda? – Uma vendedora surgiu à nossa frente.
– Sim, por favor. Eu estava querendo ver alguns sutiãs de bojo.
– Ah, sim. Acompanhe-me. – A vendedora respondeu, conduzindo-nos pela loja.
– Aqui estão os com bojo. Estão separados por tamanho. Qualquer coisa é só chamar. Meu nome é Cecília.
– Certo. – Júlia sorriu. – Muito obrigada.
A mulher assentiu e saiu dali, indo atender outra mulher que a chamava.
– E aí, Mari? Não vai experimentar nenhum? – Perguntou, pegando um sutiã rosa cheio de rendas e colocando-o na frente do meu corpo.
– Hm... Melhor deixar isso para quem tem o que colocar dentro. – Sorri de canto, afastando a mão de Júlia e fazendo-a rir alto.
– Tudo bem.
Enquanto a minha namorada olhava algumas dezenas de sutiãs diferentes, caminhei pela loja, observando todos aqueles sutiãs e calcinhas que não faziam – e nunca fariam – parte do meu vestuário.
– Mari! – A voz de Júlia me fez voltar até onde ela estava.
– Sim?
– Qual você prefere? Esse de costas nadador com fecho frontal ou esse normal? – Ela perguntou, indicando um sutiã rosa bem claro e um branco com bolinhas lilás, azul e turquesa.
– Como eu não faço a menor ideia do que você falou, acho que prefiro esse. – Indiquei o branco.
Ela olhou para ele com uma expressão que demonstrava dúvida.
– Será? Mas eu precisava de um para usar com camisetas...
– Olha, Ju, isso infelizmente vai ter que ser escolha sua. De sutiã, meu conhecimento não passa de como tirá-los.
Ela riu.
– Nisso você tem doutorado.
Dei meu melhor sorriso de canto.
– É a prática.
Ela me deu um tapa fraco no braço.
– Que seja. Agora vem cá.
Segui a minha namorada até a área dos provadores e me sentei em um sofazinho cor de rosa enquanto ela adentrava uma das cabines.
– Mari! – Ela chamou-me depois de alguns instantes. – Vem aqui.
Levantei-me e bati na porta do provador, sendo rapidamente puxada para o cubículo relativamente grande.
Júlia vestia um dos sutiãs escolhidos, o tal rosa de fecho frontal e sei lá mais o que. De tudo que ela havia falado, eu só conseguia prestar atenção em como a cor favorecia sua pele morena e o colo macio, e em como sua pele estava arrepiada graças ao ar condicionado do local.
– Mari? – Júlia chamou.
– Sim?
– E aí?
– E aí o quê? – Perguntei.
– Ficou bom?
Assenti lentamente.
– Mari! – Ela exclamou, tirando de uma vez minha atenção do seu corpo.
– Sim, Ju. Ficou bom.
Ela sorriu.
– Obrigada. Agora com licença. Vou trocar de roupa para irmos embora.
– Tenho mesmo que sair? – Perguntei e ela mordeu o lábio inferior.
Com um movimento rápido, me pressionou contra uma das paredes do cubículo e encaixou o rosto na curva do meu pescoço, beijando lentamente a minha pele e fazendo meu corpo se arrepiar. Pousei as mãos na sua cintura nua e mordi com força o lábio inferior.
E então ela se afastou.
– Sim, você tem.
Revirei os olhos e me deixei ser empurrada para fora do provador, voltando a me sentar no sofazinho.
Minutos depois, Júlia saía de lá com os dois sutiãs na mão. Ficamos por algum tempo na fila do caixa, até que finalmente ela pagou e nós pudemos deixar a loja.
– Ok. E agora? – Júlia perguntou, enquanto caminhávamos de mãos dadas pelo shopping.
– Agora... Eu sei lá. Você decide, amor.
Ela sorriu.
– Tem certeza?
– Por quê? O que você quer?
Júlia levou as mãos a uma mecha do cabelo, brincando com os fios castanhos.
– Eu estava querendo cortar o cabelo...
Sorri de canto e coloquei um braço em seus ombros.
– Então vamos ao salão.
– Sério? – Ela olhou para mim, surpresa.
Dei uma risada baixa.
– Sério, Ju. Eu não sou uma namorada tão chata assim.
Júlia sorriu e me puxou para si.
– Claro que não, amor. Você é a melhor namorada do mundo.
Sorri e beijei-lhe o rosto, enquanto nos dirigíamos para o segundo andar.
Enquanto caminhávamos, a vitrine de uma loja me chamou a atenção. Havia skates, tênis, bonés, camisas xadrez e camisetas de bandas.
Parei por alguns instantes, com a atenção tomada por um tênis preto com linhas brancas e azuis e senti as mãos de Júlia sobre meus ombros.
– Então quer dizer que a Senhorita Odeio Shoppings e Olhar Vitrines está, pasmem, olhando uma vitrine? – Ela riu.
– Eu não sou de ferro. E esses tênis são legais.
– Vamos entrar então? – Ela olhou para mim e eu assenti, seguindo em direção à porta da loja.
– Desejam alguma coisa? – Logo que entramos, um garoto que não poderia ser muito mais velho que eu nos abordou.
– Eu só queria ver alguns tênis, nada de mais. – Dei de ombros e ele assentiu.
– Ok. Qualquer coisa é só chamar.
– Ok. – Assenti e me virei para ver as prateleiras em formato de skate que tomavam uma parede inteira e abrigavam os mais diversos tênis. Desde casuais e clássicos até os boot skatistas e esportivos.
Corri os olhos pelas prateleiras, em busca do tênis preto, branco e azul que eu havia visto na vitrine, tão distraída que não percebi que havia uma pessoa do meu lado até eu esbarrar nela.
– Ah, me desculpe. – Eu disse apressadamente, levantando os olhos e vendo a mulher ao meu lado.
Ela não parecia ser mais velha que eu. No máximo um ano ou dois. Tinha a pele morena, dreads nos cabelos castanho escuros e um alargador na orelha esquerda. Usava uma regata vinho que expunha os braços; o direito inteiramente fechado de tatuagens e o esquerdo também decorado por algumas, mas em menor quantidade. A calça preta era saruel, e os tênis eram de cano alto.
– Não é nada. – Disse, numa voz levemente rouca, com um sorriso de canto que esbanjava malícia e olhos que pareciam me avaliar, exatamente como eu havia acabado de fazer com ela.
Antes que eu pudesse responder, a voz de Júlia chamou a nossa atenção, fazendo eu e a mulher ao meu lado olharmos ao mesmo tempo na direção da minha namorada.
– Amor! Olha! Achei uma blusa dos Strokes. Não era assim que você... – E então a voz dela morreu no momento em que seus olhos foram em direção à morena ao meu lado. O sorriso desta se alargou.
– Júlia! Quanto tempo! – Ela disse, me fazendo franzir as sobrancelhas.
Toda a animação do olhar da minha namorada de repente havia se esvaído, e ela olhava fixamente para a mulher, com os lábios entreabertos. O cabide que continha a camiseta cinza dos Strokes quase escorregava dos seus dedos.
– Isabel? – Ela disse, incerta. Sua voz era falha e baixa.
– Amor? Está tudo bem? – Perguntei, andando até ela e colocando uma mão na sua cintura.
– Amor? – A mulher, Isabel, como Júlia dissera, voltou a sorrir com malícia. – Quer dizer que você está namorando, Ju?
– Júlia. – A minha namorada corrigiu, a voz com uma pontada de nojo. – E sim. A Mari é a minha namorada. – Completou, entrelaçando uma mão na minha.
– Oh, tudo bem. Júlia, então. E, bom, eu fico feliz por vocês. Bom, agora eu preciso ir. Até outra hora. – E com o mesmo sorriso desagradável nos lábios, a mulher passou por nós, deixando a loja.
Olhei para o lado, sentindo a mão de Júlia apertar a minha com força.
– Júlia? Está tudo bem? Você a conhecia?
Ela soltou um suspiro e deixou a camiseta sobre um balcão, me puxando para fora da loja.
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E quem será essa Isabel? Alguém tem palpites? Será que ela vai ser importante pro futuro da fic?
Well, deixo essas perguntas com vocês.
Bom, deixo aqui meus agradecimento a todas as leitoras que não me abandonaram, mesmo depois de três meses e oito dias de hiato. E às que param de ler, ou se não ficaram com preguiça de comentar, well, respeito a escolha de vocês e espero entendê-la.
Bom, a última coisa que eu gostaria de dizer é que essa Isabel foi inspirada numa das mulheres de The Real L Word, a Whitney Mixter. Eu amo essa mulé. Ela é linda. E me tirou do armário.
Ninguém precisa saber disso né?
Então, bom, espero reviews.
Até mais!
~~ Sali T.