_Acabou a festa dos dois!! – Katherine entrou no quarto com tudo. Eu ainda estava meio sonolenta e estava deitada sobre o peito do Damon. Ela sorriu a ver nós dois ali deitados.
_ Cai fora Katherine. – Damon disse a ela.
_Está estragando um momento perfeito. – Falei com a voz ainda cheia de sono. Estava muito cedo.
_Essa era minha intenção Gilbert. – Ela disse.
Eu odiava quando me chamavam pelo sobrenome. Eu me levantei devagar colocando meus pés no chão, buscando pelos meus sapatos. Damon vestiu a camisa que ele tinha tirado durante a noite. Levantamo-nos e saímos. Katherine continuava parada ali nos olhando.
_Pra que acordar tão cedo Katherine? – Damon perguntou a ela, que nos seguia para a cozinha.
_Nem dormi. Klaus me deixou hipnotizada até hoje de manhã. – Ela tinha um tom estranho na voz.
Fui até o mini frigobar que estava no canto na cozinha, estava cheio de sangue, Klaus devia ter abastecido a pouco tempo. Peguei um pra mim e pra Damon, os coloquei em copos e o servi. Katherine foi ela mesma preparar o “Drink” dela.
_Bom Dia. – Caroline entrou na porta da cozinha com um sorriso contagiante no rosto. Tyler estava logo atrás dela.
_Bom dia. – Ele disse também com um sorriso. Haviam tido uma boa noite pelo jeito. Eles se sentaram na bancada ao lado de Katherine se servindo do frigobar também. Elena e Stefan vieram caminhando de mãos dadas. Katherine soltou um grunido assim que os viu.
_Bom Dia! – Stefan disse muito alegre. Todo mundo havia transado aquela noite?
_Bom dia irmão. – Damon também havia percebido. Elena também sorria ao seu lado. Klaus chegou a cozinha estragando todo o clima de boa manhã assim que entrou. Ele vinha com Bonnie e as outras duas bruxas Bennet’s atrás dele.
_Que cena linda. – Ele sorria.
_Quando vai acontecer a porcaria do ritual Klaus? – Tyler perguntou acabando com sua tentativa de bom humor matinal.
_O ritual, só pode ser feito durante a lua cheia, ou seja, amanhã a noite. – Ele disse sério.
_Vamos ter que passar mais uma noite aqui? – Katherine tinha mais do que indignação na voz.
_Sim querida Kath. – Ele a respondeu ironicamente. Ela resmungou algumas vezes.
_Já está tudo pronto para o ritual? – Rebecka perguntou saindo sei lá de onde.
_Sim. Então todos tem a tarde livre. – Ele sorriu. – Mas quero todos aqui antes do amanhecer.
_A que ótimo, papai colocou toque de recolher. – Damon ironizou e todos sorriram.
_Na verdade Damon, sim, isso é um toque de recolher, e espero que o obedeçam, se não vou ser obrigado a hipnotizar todos vocês. Sabem que sou capaz. – Ninguém se opôs a isso.
Tínhamos o dia livre e eu não tinha a mínima ideia do que fazer. Todos se dispersaram.. Alguns foram caçar, outros se divertir apenas e Katherine era a única que não pode sair. Isso me vazia gargalhar internamente. Todos já haviam saído e eu ainda não tinha ideia do que fazer, eu estava ali com Damon e Katherine. Nada podia ser mais torturante, acho que até ficar com Klaus seria menos desagradável.
_Vocês vão me fazer companhia, não é? - Katherine fez uma voz meiga de dar dó.
_Claro Kath, vamos ficar aqui sentados conversando e tomando um chá.
Não me segurei e soltei um riso. Damon revirou os olhos e disse:
_Vamos ficar bem longe de você. - Damon pegou minha mão e saímos da casa de Klaus. Katherine ficou na porta com os olhos transbordando de raiva. Não queria, mas senti pena.
_Pra onde vamos? - Perguntei entrando no carro.
_Surpresa. - Ele sorriu daquele jeito, me deu um selinho e partimos, para sei lá onde.

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(POV - Elena)

_Vou caçar. - Stefan me olhou se preparando para falar.
– Você vem comigo?
"Caçar? Coelinhos." Logo reprimi esse pensamento, parecia muito "Damon."
_Tudo bem. - Me levantei da grama batendo as mãos em minha saia. Estava torcendo para não vomitar.- Vamos caçar o quê? - Perguntei.
_O que você quiser. - Stefan me olhou com um olhar selvagem, estendeu a mão pra mim. A peguei com força e fomos para a floresta.

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(POV - Elaine)

_Já chegamos?
_Não El. Você é ansiosa ou o quê?
_Desculpe, mas sair para um lugar que não sei onde é com Damon Salvatore é para deixar qualquer uma ansiosa, ou maluca.
Ele sorriu, seu ego estava em alta.
_Já estamos chegando. - Ele virou a direita para uma estrada de terra, as árvores cercavam a passagem que ficava cada vez mais sinistra.
_Damon, que lugar é esse? - Olhei para ele, que sorria.
_Você verá. - Ele parou o carro.
Olhei o local. Estava cheio de árvores e só havia um ponto de luz, que parecia o ponto central da floresta.Uma casa, na verdade um chalé, feito de madeira.
_Você vai conhecer o lugar que eu ficava quando era... - Ele me olhou com um olhar meio confuso e terminou. - Humano.
Eu estremeci. Aquela revelação parecia tão íntima e parecia que eu fui a primeira a saber, e a estar ali.
Saímos do carro e ele pegou em minha mão, me conduzindo.
_É bonito...- Falei parando em frente ao chalé.
_Deve estar empoeirado, mas acima de tudo contém lembranças... boas e ruins. - Seus olhos azuis estavam cada vez mais confusos, pareciam até vulneráveis.
_Tudo bem. Eu estou aqui. - Demos um selinho demorado e entramos.
Sim, o chalé estava cheio de pó e eu podia ver pelos móveis que o passado estava ali.
_Esses móveis são do século passado.
_É, não são fabricados mais. É uma raridade do passado. - O tom dele era gelado.
O chalé parecia pequeno de fora, mas por dentro era espaçoso e mesmo com todo pó tinha um jeito confortável.
_Mas então Salvatore; Por que me trouxe aqui? - Coloquei as mãos na cintura. - Pra fazer uma faxina?
Ele riu alto e me pegou pela cintura, começou a me beijar, foi quase impossível sair daquela tentação.
_Você não me respondeu.
_Sou mesmo obrigado? - Ele levantou uma sombrancelha.
_Se quiser que eu fique... - Dei um meio sorriso.
_Isso é covardia.
O silêncio pairou por meio minuto até que ele falou:
_Nunca trouxe ninguém aqui. O único a vir aqui, e não convidado, foi Stefan que me procurava para falar sobre Katherine. Mas isso foi quando eu já era vampiro. - Ele passou os dedos numa comôda empoeirada. - Agora, quando era humano, nunca. - Seus olhos observavam o local. - Esse local sempre foi um refúgio pra mim... humano e vampiro.
Ele fez uma pausa e o olhei pedindo pra continuar.
_ Quero que saiba que esse também pode ser seu refúgio, se preferir, o nosso.
Não sabia o que fazia: se desmaiava, se falava algou, ou se ficava em silêncio. Não fiz nenhuma das opções, o abracei com força e sussurrei em seu ouvido:
_Prefiro que seja o nosso. - O beijei com delicadeza, mas logo ele tomou o controle da situação e me beijou como nunca.

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(POV-Elena)

Estava feliz, não havia vomitado e o sangue estava quente e fresco.
_Coelhos até que tem seus encantos. - Falei limpando o canto da boca.
_É, eles tem sua pecualidade. Fico feliz que não tenha vomitado. - Stefan pegou em minha mão e tocou em minha face com aquela delicadeza que eu amava. Nos beijamos longamente.
Parecia que tudo estava se ajeitando. E isso me incomodava...

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(POV-Elaine)

_Já que esse é o nosso refúgio... que tal limparmos ele? - Me levantei do chão empoeirado colocando minha blusa.
_Claro. Limpeza de Damon?
O olhei desconfiada, arqueei uma sombrancelha e quando ia abrir a boca para falar ele me mostrou a "Limpeza de Damon". Em menos de quinze minutos a casa inteira estava limpa.
_Pronto. - Damon parou em minha frente, ofegante.
_Bela limpeza. Já pode virar dona de casa perfeita. - Eu ri alto, ele veio em minha direção para me beijar, mas desvieei. - Nem pense em me beijar desse jeito.
_Desculpe Srta. Limpeza, mas você não está limpa. - Ele tirou um floco de poeira do topo de minha cabeça. - A única solução é tomar um banho... a dois. - Ele abriu um sorriso tentador.